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Campanha Janeiro Roxo alerta para importância do diagnóstico precoce de hanseníase

Dados da Secretaria de Saúde (SES-DF) indicam que os casos de hanseníase diminuíram nos últimos três anos no Distrito Federal. Foram registradas 108 ocorrências em 2024. O número é 29,4% menor que os 153 casos registrados em 2022. Em 2023 foram 130 registros da doença. Apesar da diminuição, o Brasil é o segundo país do mundo com a maior ocorrência de casos, segundo o Ministério da Saúde (MS). Com o objetivo de conscientizar a população e os profissionais de saúde, o mês de janeiro levanta atenção para o diagnóstico precoce da doença, fundamental para uma boa recuperação. Sintomas mais comuns da hanseníase incluem manchas com sensibilidade, caroços vermelhos e diminuição do suor e dos pelos do corpo | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Atualmente, a Estratégia Global de Hanseníase 2021-2030, da Organização Mundial da Saúde (OMS), visa interromper a transmissão e alcançar a meta de zero casos. A subnotificação e o atraso do diagnóstico podem levar a sequelas a longo prazo. “O Janeiro Roxo coloca a doença em evidência e desperta a atenção da população para eventuais sintomas e lesões para os quais não haviam procurado assistência, geralmente por não achar que fosse algo importante”, enfatizou a Referência Técnica Distrital em dermatologia da SES-DF, Ana Carolina Igreja. “Também desperta nos próprios profissionais um alerta para a doença”, completou. A principal forma de transmissão é por via aérea – como gotas de saliva – provenientes de um contato prolongado com algum portador não diagnosticado e não tratado Sintomas A hanseníase, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, é uma doença que atinge pessoas de ambos os sexos e de todas as faixas etárias. Ela pode apresentar evolução lenta e progressiva e, quando não tratada, pode causar sequelas como deformidades e incapacidade físicas, e comprometer os nervos periféricos, extremidades e a pele. A principal forma de transmissão é por via aérea – como gotas de saliva – provenientes de um contato prolongado com algum portador não diagnosticado e não tratado. A especialista da SES-DF explica que o diagnóstico tardio decorre, muitas vezes, da negligência aos sintomas, que podem ser confundidos com outras doenças. “Os sinais mais comuns são manchas com sensibilidade alterada. Mas nódulos eritematosos [caroços vermelhos, dolorosos e inchados], áreas com alteração de sensibilidade, áreas com diminuição sudorese [suor] e pilificação [pelos no corpo] também são sintomas frequentes”, detalhou. Tratamento A doença tem cura e o tratamento, padronizado pelo MS, é realizado por meio da associação de três antimicrobianos, denominada de Poliquimioterapia Única (PQT). O tempo pode variar de seis a 12 meses, de acordo com a forma clínica da doença. No DF, o atendimento às suspeitas é feito pelas unidades básicas de saúde (UBSs), que encaminham os casos em que haja necessidade aos serviços de referência – no Centro Especializado de Doenças Infecciosas (Cedin), no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e no Hospital Universitário de Brasília (HUB). *Com informações da SES-DF

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Comitê de enfrentamento à hanseníase alerta e conscientiza a sociedade sobre o combate à doença

O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), criou o Comitê Distrital de Enfrentamento à Hanseníase. O objetivo é identificar, monitorar e propor ações para o enfrentamento da doença no DF, além de garantir o cumprimento das metas relacionadas ao tema. A medida foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de terça-feira (31). O comitê será interinstitucional, multiprofissional e técnico-científico, com caráter consultivo, deliberativo, normativo e de vigilância. A dermatologista Janaina Barbaresco, da SES-DF, explica que a hanseníase tem tratamento e cura. Segundo a especialista, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais eficaz será o tratamento, pois evita as deformidades e sequelas. “Ao iniciar o tratamento correto, o paciente pode retornar as atividades habituais, sem o risco de transmissão” Janaina Barbaresco, dermatologista “Por isso, é fundamental realizar a busca ativa de contatos de pacientes de hanseníase nos territórios, para identificar possíveis casos novos da doença. Ao iniciar o tratamento correto, o paciente pode retornar as atividades habituais, sem o risco de transmissão”, afirma. A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, transmitida pelas vias respiratórias (por fala, tosse ou espirro) e afeta a pele e os nervos periféricos, como os das mãos e dos pés, provocando perda de sensibilidade na pele. Caso não seja tratada, pode levar a complicações graves, incluindo a perda de mobilidade dos membros e até incapacidades permanentes. Dores ou sensação de choque nos nervos dos braços e pernas, nódulos avermelhados e dolorosos no corpo ou diminuição da força muscular nas mãos, pés ou face podem ser sinais de hanseníase | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde A transmissão da doença ocorre durante o convívio próximo e prolongado com uma pessoa ainda não tratada. “O período entre o contágio e o aparecimento dos sintomas pode ser longo. É essencial procurar atendimento médico imediatamente para avaliação e diagnóstico caso apareçam sinais como manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou acastanhadas acompanhadas de perda de sensibilidade, pele seca e queda de pelos. Dores ou sensação de choque nos nervos dos braços e pernas, nódulos avermelhados e dolorosos no corpo ou diminuição da força muscular nas mãos, pés ou face também devem ser investigados”, orienta a dermatologista. Compromisso global O comitê atua alinhado à Estratégia Global de Hanseníase 2021-2030 da Organização Mundial da Saúde (OMS), que visa a acelerar as ações para alcançar a meta de zero hanseníase. Também segue as diretrizes da Estratégia Nacional de Enfrentamento à Hanseníase 2024-2030, com foco na interrupção da transmissão, eliminação, redução de novos casos e combate às manifestações discriminatórias associadas à doença. Dentro desse contexto, o Plano de Enfrentamento da Hanseníase do Distrito Federal 2023-2030 visa a eliminar a transmissão da doença no DF até 2030, fortalecer a gestão do plano e promover a inclusão social, combatendo o estigma e a discriminação, sendo sua implementação e cumprimento um dos focos principais da atuação do comitê. *Com informações da Secretaria de Saúde

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DF tem rede referência de assistência a pacientes com doenças infecciosas

Causadas por micro-organismos como bactérias, fungos, vírus, parasitas e protozoários, as doenças infecciosas quando atingem gravidade têm um percentual relevante de mortalidade em todo o país. Por esse motivo, a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos são essenciais para a manutenção da saúde da população. No Distrito Federal, a rede pública conta com uma cadeia de assistência a pacientes com as patologias que começa nas unidades básicas de saúde e pode passar por ambulatórios, hospitais e até o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin). A rede pública do DF conta com uma cadeia de assistência a pacientes com doenças infecciosas que começa nas UBS’s e pode passar por ambulatórios, hospitais e até o Cedin | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília “O mais importante em relação ao atendimento é que as doenças infecciosas perpassam todas as áreas. Tem um conjunto de doenças em que o tratamento acontece dentro dos próprios hospitais, com os pacientes internados. Temos também tratamentos nas áreas ambulatoriais especializadas, onde temos demanda sobretudo de pessoas com HIV, Aids e hepatites virais, mas a própria Atenção Primária consegue atender muitos casos, já que a imensa maioria tem um desfecho favorável desde que atendida nos primeiros estágios”, comenta o médico infectologista e Referência Técnica de Infectologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), José David Urbaez. As doenças infecciosas habitualmente têm um espectro clínico de iniciarem de forma leve, mas se não forem tomadas as devidas providências, elas evoluem e se tornam casos graves. Alguns componentes também são importantes para o desenvolvimento da doença, como a vulnerabilidade social e a imunossupressão. Segundo o médico infectologista, quadros de febre são considerados sinais de alerta para as patologias infecciosas em geral. Prevenção, diagnóstico precoce e acesso a tratamentos são essenciais para a manutenção da saúde da população, em especial no que diz respeito a doenças infecciosas “Muitas delas têm uma característica fundamental que é provocar febre, que talvez seja um elemento muito orientador de tudo. Teve o sintoma, a orientação é procurar uma unidade básica de saúde para se fazer a abordagem semiótica e toda a parte de cuidados básicos, bem como os testes rápidos. A partir de um diagnóstico precoce rapidamente é possível tomar as atitudes cabíveis e tratar a doença”, informa. Atendimento especializado Há mais de dois anos, José (nome fictício) recebeu o diagnóstico de HIV. “Estava passando muito mal, com a imunidade baixa, a pele muito vermelha e fui em busca de saber o que era. Fui à UPA [unidade de pronto atendimento], fiz o exame, fui diagnosticado e me encaminharam para cá”, diz se referindo ao Cedin, local onde faz acompanhamento desde então. “Fiz mais exames aqui e uma semana depois passei a tomar o tratamento e fui melhorando”, conta. Para o homem, ser acolhido em um espaço especializado fez toda a diferença. Seja porque conseguiu abaixar a carga viral, seja pela assistência que conta no local. “O Cedin é a melhor coisa que tem. Está salvando a minha vida de forma gratuita. Querendo ou não, é uma grande ajuda. Eu não teria como comprar os medicamentos, seria tudo muito caro. Além do medicamento e dos exames, tenho tido acompanhamento psicológico e psiquiátrico, o que é muito acolhedor”, destaca. Atualmente, o Cedin é referência nos tratamentos para HIV/Aids, hepatites virais crônicas, tuberculose e hanseníase e também atende casos de HTLV (infecção causada pelo vírus T-linfotrópico humano) e de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) complicadas, que não foram resolvidas na Atenção Primária. Por não se tratar de um serviço “porta aberta”, os pacientes são encaminhados por outras áreas de atenção da SES. “Atendemos pessoas que foram diagnosticadas com esses agravos fora daqui e que precisam de um atendimento mais específico. Servimos de retaguarda para a rede”, explica a infectologista do Cedin, Denise Arakati. A infectologista do Cedin, Denise Arakati, ressalta a importância do diagnóstico precoce: “A população precisa se atentar para os sinais e sintomas dessas doenças” A maior parte dos atendimentos no centro especializado é de pacientes com HIV. O local atende 60% dos casos em todo o Distrito Federal. “Temos em torno de 5,5 mil pacientes ativos com HIV. Também atendemos muitos casos de tuberculose resistente ou complicada, mas como eles têm alta, o número oscila bastante. A média é de 30 a 40 pacientes em acompanhamento”, acrescenta. A infectologista destaca a importância do diagnóstico precoce. “A população precisa se atentar para os sinais e sintomas dessas doenças, e procurar um serviço de saúde. Hoje, no Brasil, temos 100 mil pessoas com HIV que não sabemos quem são. Da mesma forma acontece com a tuberculose, detectamos de 80% a 90% dos casos, mas temos esse outro percentual que o sistema não consegue capturar. Então é importante se testar para essas doenças”, revela Denise.

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Pesquisa investiga resistência da hanseníase ao tratamento

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Pesquisa investiga resistência da bactéria da hanseníase a tratamento

O Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) desenvolveu um protocolo para entender o motivo pelo qual alguns pacientes com hanseníase não respondem adequadamente ao tratamento. O estudo nasceu em virtude de uma necessidade apresentada pelas equipes de saúde da rede pública, que muitas vezes têm dúvida em relação à falta de resultado das intervenções medicamentosas. Andréia Barros (D) com a apoiadora clínica de hanseníase Maria José Neiva:  “Acho que se eu não tivesse passado por uma enfermeira que conhecia a doença, até hoje estaria tendo reação sem saber o que era” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Para responder a esse questionamento, a pesquisa faz o sequenciamento genético do microrganismo para detectar mutações que levam a bactéria a ter resistência a antimicrobianos utilizados no tratamento. “A hanseníase tem uma peculiaridade”, explica o gerente de Biologia Médica do Lacen, Fabiano Costa. “Não conseguimos fazer a cultura do microrganismo no laboratório, como se faz com outras bactérias e isso também não permite que façamos um teste de sensibilidade para traçar o perfil”. O protocolo, prossegue o gestor, será capaz de verificar por técnica molecular o perfil do bacilo de Hansen, apontando se houve ou não mutação. “Muitas vezes, os médicos estão esperando um resultado negativo de uma baciloscopia depois de um ano ou três de tratamento, e quando o paciente volta para fazer o controle, ele continua com a positividade da doença”, detalha. “Esse protocolo é para tirar a dúvida se houve desenvolvimento de resistência da bactéria”. Por enquanto, o processo ainda está em fase de estudo e apenas com amostras do DF. A expectativa é de que em breve possa ser usado no dia a dia dos pacientes e médicos da rede pública. “Esperamos que logo estejamos credenciados para ser referência em hanseníase”, afirma o gerente. Doença silenciosa [Olho texto=”“Um dos sinais mais comuns são as manchas de coloração diferenciada mais esbranquiçada ou mais avermelhada com evolução para perda de pelo no local e de sensibilidade” ” assinatura=”Geandro de Jesus Dantas, gerente de Apoio à Saúde da Família da SES-DF” esquerda_direita_centro=”direita”] Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase é transmitida por meio de gotículas de saliva eliminadas pela fala, tosse e espirro. Os sintomas podem demorar de dois a sete anos para se manifestar no paciente depois da infecção. Além disso, os primeiros sinais costumam ser indeterminados, dificultando o diagnóstico do problema. “Um dos sinais mais comuns são as manchas de coloração diferenciada mais esbranquiçada ou mais avermelhada com evolução para perda de pelo no local e de sensibilidade”, aponta o gerente de Apoio à Saúde da Família da Secretaria de Saúde (SES-DF), o enfermeiro Geandro de Jesus Dantas. “Existem outros estágios, como aumento da sensibilidade e alterações do nervo. Nas fases mais complicadas, [os pacientes] apresentam deformidades, atrofia do nervo e alterações importantes nos movimentos das mãos e dos pés”. A gerente de recursos humanos Andréia Barros, 24, descobriu a doença por acaso. Aos 17, ela sofreu uma queimadura em uma das pernas e só percebeu minutos depois. O machucado foi tratado no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), mas, mesmo após uso de medicamento e curativo, não teve evolução. Foi quando uma enfermeira suspeitou que Andréia tinha hanseníase e a encaminhou à Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 de Águas Claras. Acompanhamento À época, a jovem já não tinha sensibilidade nas pernas – por isso não sentiu a queimadura – e estava com um alto nível da bactéria hansênica no organismo. O tratamento começou logo após o diagnóstico e terminou no fim do ano passado. “Acho que se eu não tivesse passado por uma enfermeira que conhecia a doença, até hoje estaria tendo reação sem saber o que era”, relata a moradora do Recanto das Emas. Andréia suspeita que tenha adquirido a enfermidade em Tocantins, onde viveu parte da adolescência, tendo em vista que não há outros casos na família. Hoje, ela está livre da doença, mas convive com a falta de sensibilidade nas duas pernas, do joelho aos pés. Além disso, sonha em se formar em enfermagem para poder cuidar de mais pessoas que tenham esse problema. “Vocês que estão passando pelo tratamento, lembrem-se que a parte ruim vai valer a pena”, afirma. “Não desistam, continuem lutando, porque se correr atrás, dá tudo certo”. [Olho texto=”“O Ministério da Saúde define que só é considerado tratado, curado da hanseníase, quem faz o tratamento até o final – e ainda há o risco de sequelas graves, como problemas na visão” ” assinatura=”Maria José Leite, enfermeira” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O acompanhamento de Andréia foi feito pela enfermeira e apoiadora clínica da hanseníase Maria José Neiva Silveira e Leite, junto a uma médica. “Se não tiver o vínculo e empatia, o paciente acaba abandonando o tratamento”, pontua Maria José. “Não é fácil tomar remédio todo dia e todo mês ter que comparecer a uma unidade de saúde para pegar mais medicação. No dia em que a pessoa comparece, precisa tomar seis comprimidos na dose supervisionada, e o restante leva para casa, tomando dois por dia”. Tratamento [Olho texto=”Rede pública de saúde disponibiliza gratuitamente a medicação para a doença” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A especialista também lembra que o paciente deve completar o tratamento prescrito, uma vez que, caso haja interrupção, a doença será considerada como não tratada. “O Ministério da Saúde define que só é considerado tratado, curado da hanseníase, quem faz o tratamento até o final – e ainda há o risco de sequelas graves, como problemas na visão”, alerta.  “Se o paciente tiver até cinco lesões e nenhum nervo comprometido, faz o tratamento de seis meses; mas, se tiver algum nervo comprometido, independentemente do número de lesões, ou seis manchas ou mais pelo corpo, o tratamento terá duração de um ano”, esclarece a enfermeira. “Até que as bactérias mortas sejam eliminadas do organismo, o paciente tem muitas reações hansênicas; é como se ficasse uma poeira de bacilos mortos no organismo. Às vezes demora cinco anos ou mais para terminar tudo”. Todos os remédios são ofertados pela rede pública. Onde procurar ajuda A doença pode ser diagnosticada e acompanhada em uma das 176 unidades básicas de saúde do DF. Policlínicas e hospitais de referência – Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e Hospital de Base de Brasília (HBB) – também fazem o acompanhamento e a reabilitação dos pacientes. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O diagnóstico é feito mediante aplicação do teste. Em caso de positividade, é oferecido um coquetel medicamentoso que deve ser utilizado por até 18 meses. A medicação garante a estagnação do desenvolvimento da doença, bem como impede o paciente de transmitir a enfermidade. Durante o tratamento, também é oferecida aos pacientes a participação em grupos de apoio. “São estratégias interessantes para ajudar a reinserir o paciente socialmente e recuperar a autoestima dele”, reforça o gerente Geandro. “Em algumas unidades, também temos serviços de reabilitação para ajudar as pessoas com sequelas mais graves.” Neste ano, o DF já qualificou 35 médicos da Atenção Primária da rede pública para o diagnóstico e manejo da hanseníase. “É uma doença que preocupa muito a gente porque sabemos das consequências e da incapacidade física que ela pode gerar, por isso precisamos atacá-la de todas as formas possíveis”, defende o gestor.

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Janeiro Roxo promove conscientização sobre a hanseníase

Com tempo de incubação de até 20 anos e capaz de causar sérias lesões incapacitantes, a hanseníase é a doença no foco da campanha do Janeiro Roxo. O objetivo é conscientizar sobre os sintomas e a importância do tratamento, além de combater a desinformação e o preconceito. Na capital, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), ampliou a capacidade de atendimento, possibilitando diagnóstico e cuidado precoces. Em 2023, foram 165 casos confirmados. Arte: Agência Saúde-DF “Essa é uma doença que as pessoas conhecem pouco. Elas podem estar contaminadas sem saber”, afirma a coordenadora de Atenção Primária da SES-DF, Sandra França. A partir deste Janeiro Roxo, as equipes da Saúde da Família (eSF) expandiram o monitoramento da hanseníase até nas visitas domiciliares. “Procuramos levar uma abordagem inicial por meio dos Agentes Comunitários de Saúde [ACS], que podem fazer a primeira observação dos sinais sugestivos da doença e o encaminhamento à Unidade Básica de Saúde [UBS]”, completa a coordenadora. Como o DF é uma região com baixa ocorrência da hanseníase, apresentando taxa de 0,8 casos para cada 10 mil habitantes, o desafio de gestores é manter os profissionais da linha de frente capacitados a identificá-la corretamente. No ano passado, a “Carreta da Hanseníase”, um consultório itinerante para diagnóstico, percorreu diversas regiões administrativas (RAs) e realizou 770 atendimentos, sendo identificados 14 casos positivos. O principal resultado, porém, foi o treinamento das eSF. Janeiro Roxo: o objetivo da campanha é conscientizar sobre os sintomas e a importância do tratamento contra a hanseníase, além de combater a desinformação e o preconceito | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase tem tratamento garantido na rede pública, onde as 176 UBSs servem como portas de entrada. O tratamento dura de 6 a 12 meses, dependendo do diagnóstico. Em caso de gravidade, existe o apoio especializado nas policlínicas e hospitais da rede. O preconceito, porém, prejudica a busca por ajuda. “Infelizmente, o imaginário social ainda perpetua conceitos errados sobre a doença, como a ideia de que o contato físico de uma pessoa com hanseníase irá transmitir a bactéria, o que não é verdade. O convívio social é um direito da pessoa com hanseníase e um dever de toda a sociedade”, lembra o enfermeiro Douglas Aquino, da equipe técnica da Subsecretaria de Vigilância à Saúde da SES-DF. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Hanseníase é tema de capacitação para servidores da atenção primária

Doença silenciosa, que pode ficar encubada por até 20 anos e causar sérias lesões, a hanseníase é foco de encontros de capacitação para profissionais que atuam em unidades básicas de saúde (UBSs). O foco dos eventos, realizados ao longo do mês de janeiro, é atualizar os conhecimentos dos servidores, ajudar no diagnóstico precoce e facilitar o tratamento de pacientes, além de enfrentar o preconceito sobre a hanseníase. Servidores das oito UBSs da Região Central de Saúde vão passar pela capacitação sobre a hanseníase até sexta-feira (3) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF “Como não é uma doença que está no nosso dia a dia, como diabetes ou pressão alta, é importante essa capacitação”, afirma a enfermeira Amanda Gomes, da Unidade Básica de Saúde 2 do Cruzeiro. O gerente da unidade, Iratan Crisóstomo, também ressalta a importância do diálogo com os pacientes. “Um desafio é que o tratamento é longo, de seis meses a até mais de um ano”, acrescenta. Até sexta-feira (3), terão passado pela capacitação servidores das oito UBSs da Região Central de Saúde, que abrange Varjão, Lago Norte, Lago Sul, Asa Norte, Asa Sul, Vila Planalto e Cruzeiro. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O instrutor é o médico dermatologista Pedro Zancanaro. Ele destaca a importância da identificação rápida da doença, que é contagiosa e muitas vezes confundida com problemas de pele. “Precisamos que a atenção primária à saúde faça logo o diagnóstico”, afirma. Em todo o Distrito Federal, as unidades básicas de saúde oferecem acolhimento aos pacientes com suspeitas de hanseníase. A capacitação dos servidores das UBSs da região central faz parte da programação da campanha Janeiro Roxo, voltada para a conscientização sobre a hanseníase. “Todos os meses, há uma cor e faremos esses encontros. Em fevereiro, a programação será sobre a fibromialgia”, afirma a gerente de Áreas Programáticas da Superintendência da Região Central de Saúde, Daniele Hossaka. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Janeiro Roxo alerta importância de informar sobre a hanseníase

O primeiro mês do ano é marcado pela campanha Janeiro Roxo, para conscientizar e informar a população sobre a hanseníase. “A doença é muitas vezes negligenciada e estigmatizada pela sociedade. Por isso, o objetivo da campanha é desenvolver ações de conscientização. E chamar atenção para os sinais e sintomas da hanseníase, a prevenção e o tratamento”, explica a enfermeira e referência técnica da Hanseníase na Gerência de Apoio à Saúde da Família, Francisca Lumara Vaz. Manchas brancas, avermelhadas e amarronzadas em qualquer parte do corpo estão entre os principais sinais da hanseníase. O diagnóstico é realizado por meio do exame da pele e dos nervos | Foto: Divulgação Todos os anos, o Brasil registra 30 mil novos casos da doença, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A classificação coloca o país em segundo lugar no ranking mundial em relação ao número de casos, superado apenas pela Índia. “Estamos trabalhando para aumentar, ainda mais, a sensibilização entre os profissionais, na rotina das unidades de saúde, para a busca ativa e investigação dos casos com sinais e sintomas suspeitos, bem como os exames dos contatos de convivência domiciliar”, enfatiza a RTD. Arte: Secretaria de Saúde do DF Diagnóstico Os principais sinais e sintomas da hanseníase são: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência ao longo dos nervos dos braços e pernas; manchas brancas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade ao calor, frio, dor e tato; áreas da pele com quedas de pelos, especialmente nas sobrancelhas; áreas da pele muito ressecadas e com ausência de suor; nódulos (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos; diminuição da força muscular dos pés e mãos com dificuldade para segurar objetos. [Olho texto=”“Se o tratamento é realizado de forma completa e correta no prazo estipulado, o paciente alcança a cura e a cadeia de transmissão é interrompida, o que impede que outras pessoas sejam infectadas”” assinatura=”Francisca Lumara, técnica da Hanseníase na Gerência de Apoio à Saúde da Família” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo a referência técnica da Hanseníase da Secretaria de Saúde, em alguns casos, a doença pode ocorrer sem manchas, apenas com inflamação de nervos. “É necessário enfatizar, para a população, a importância do diagnóstico precoce, que pode evitar a ocorrência de sequelas que levam até a incapacidades físicas”, destaca. O diagnóstico é realizado por meio do exame da pele e dos nervos para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas. A maioria dos casos pode ser confirmado no nível da Atenção Primária à Saúde, nas unidades básicas de saúde (UBS). A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que ataca, principalmente, a pele e os nervos. A transmissão ocorre pelo contato próximo e frequente, pelas vias aéreas (secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro) de pacientes sem tratamento. Por isso que toda vez que é diagnosticado um caso de hanseníase devem ser avaliadas também as pessoas que residem com o infectado. Cura O tratamento da hanseníase é realizado de forma gratuita no âmbito do SUS, estando disponíveis nas UBSs e nos serviços ambulatoriais de referência. Além disso, é realizado por meio de esquemas terapêuticos padrões com a associação de três medicamentos padronizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A duração do tratamento varia de acordo com a forma clínica da doença, podendo ser em seis ou doze meses. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Se o tratamento é realizado de forma completa e correta no prazo estipulado, o paciente alcança a cura e a cadeia de transmissão é interrompida, o que impede que outras pessoas sejam infectadas”, afirma Francisca Lumara Vaz. Quem suspeitar de estar com a doença deve procurar atendimento na Atenção Primária, na UBS de referência de casa. Cabe à Atenção Primária o acolhimento do paciente para a investigação e diagnóstico do caso suspeito, o início e acompanhamento do tratamento. Nas situações com dificuldades de definição diagnóstica ou que exigem exames complementares de maior complexidade, os pacientes são encaminhados para os serviços ambulatoriais de referência. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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