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hepatites virais

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Fórum alinha estratégias de combate a hepatites virais

Profissionais da Secretaria de Saúde do DF (SESDF) e do Ministério da Saúde participaram, na quarta-feira (30), do 3º Fórum de Eliminação das Hepatites Virais do Distrito Federal. O evento teve como tema “Diagnóstico em Foco” e discutiu a importância de se realizar o diagnóstico precoce das hepatites e de ampliar a oferta de testes rápidos nas unidades de saúde. “Além de ser um evento técnico científico, essa é uma oportunidade para fazermos o monitoramento dos indicadores relacionados às hepatites nas regiões de saúde. Então, ele acaba sendo dividido em dois momentos: um mais teórico e outro com mais interação e participação das regiões de saúde”, explicou a gerente substituta da Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist), Daniela Magalhães.  Daniela Magalhães: "O diagnóstico é uma peça fundamental para o enfrentamento à doença porque se eu conhecer quem são as pessoas que estão adoecidas ou que estão realmente infectadas, conseguimos tratar" | Foto: Matheus Oliveira/ Agência Saúde-DF O objetivo do encontro foi capacitar os profissionais de saúde que estão envolvidos diretamente no atendimento e monitoramento dessas doenças, atuando em áreas como atenção primária, especializada e vigilância epidemiológica, para que eles possam interpretar corretamente os marcadores sorológicos.  Debate  Durante o fórum, houve troca de experiências sobre práticas eficazes de monitoramento, que contribuem para a melhoria do diagnóstico, acompanhamento e tratamento das hepatites B e C na rede pública de saúde. “O tema deste ano é o diagnóstico porque a gente só vai conseguir eliminar [a doença] se a gente tiver uma qualidade nessa área, se eu conhecer quem são as pessoas que estão adoecidas ou que estão realmente infectadas para que a gente possa tratar. Então o diagnóstico é uma peça fundamental”, ressaltou Daniela Magalhães.   Além da capacitação dos profissionais de saúde que atuam no combate às hepatites, o Fórum também promoveu a troca de experiências sobre as estratégias aplicadas para eliminar essas doenças no Distrito Federal  Prevenção e tratamento As hepatites virais B, C e D são doenças infecciosas sistêmicas que afetam o fígado e, na maioria dos casos, não apresentam sintomas e, muitas vezes, são diagnosticadas décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado. [LEIA_TAMBEM]No caso das hepatites B e C, as principais formas de contágio estão relacionadas ao contato sexual, em relações sem preservativo, e também ao uso de objetos contaminados como agulhas e seringas.  A principal forma de prevenção é a vacinação, para a hepatite B, e a utilização de preservativos. Ainda não existe vacina para a hepatite C, mas os medicamentos disponíveis no SUS permitem a cura, na grande maioria dos casos.  Os testes rápidos para detecção da infecção pelos vírus B ou C estão disponíveis para toda a população na rede de saúde pública do DF. O exame é obrigatório para todas as gestantes no 1º trimestre de gestação ou quando iniciar o pré-natal. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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Hepatites virais: Prevenção, testagem e tratamento salvam vidas

Neste 28 de julho, Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) reforça a importância da conscientização, prevenção e diagnóstico precoce de infecções como cirrose e câncer de fígado, que podem evoluir de forma silenciosa para complicações graves. O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais alerta para a importância da conscientização, prevenção e diagnóstico precoce dessas doenças | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF No primeiro semestre de 2025, o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) diagnosticou 35 casos de hepatites virais. Em comparação com o mesmo período de 2024, houve uma leve redução, com 37 casos entre janeiro e junho do ano passado – ao longo de 2024, o hospital identificou 72 pacientes com a infecção. As hepatites virais são inflamações causadas por vírus que atingem o fígado e se dividem em cinco tipos: A, B, C, D e E. Vale ressaltar, no entanto, que outros agentes infecciosos – como os da gripe, dengue e herpes – também podem afetar o órgão. Segundo a médica Liliana Mendes, supervisora da residência médica em Hepatologia do HBDF, é importante compreender que as hepatites virais nem sempre apresentam sintomas. “Muitos pacientes não sentem nada, mas outros podem ter náuseas, vômitos, febre, icterícia e alterações nas enzimas hepáticas. Em alguns casos, pode levar a uma hepatite fulminante e até mesmo a um transplante de fígado com urgência”, afirma. A testagem rápida permite identificar com precisão e celeridade os casos reagentes, o que é essencial para quebrar a cadeia de transmissão das hepatites virais | Foto: Breno Esaki/Arquivo Agência Saúde-DF Entre as formas mais graves estão as hepatites B e C crônicas, cuja transmissão ocorre principalmente pelo contato com sangue contaminado, relação sexual sem proteção e compartilhamento de objetos cortantes ou perfurantes – como agulhas e seringas. Portanto, é sempre bom lembrar que a prevenção é o caminho mais seguro para conter o avanço dessas doenças. Diagnosticado com hepatite C em 2007, o servidor público aposentado Oscar Macedo descobriu o vírus por acaso, durante exames pré-operatórios para uma cirurgia nasal. Com o diagnóstico confirmado, foi encaminhado para o Hospital de Base, onde fez acompanhamento no núcleo especializado no tratamento da doença. Lá, passou por consultas, exames laboratoriais e uma biópsia hepática que revelou fibrose em estágio avançado. "A hepatite C, infelizmente, ainda não tem vacina, mas tem cura. O tratamento é feito com medicamentos de uso oral, disponibilizados pelo SUS" Liliana Sampaio, supervisora da residência médica em Hepatologia do HBDF O primeiro tratamento, realizado no próprio Base entre 2009 e 2010, utilizou os remédios disponíveis na época. Em 2012, com o surgimento de novos medicamentos, Oscar teve acesso a um tratamento mais moderno e eficaz, novamente pelo Hospital de Base, que resultou na eliminação definitiva do vírus. Desde então, ele realiza acompanhamento regular na unidade e celebra a cura técnica, chamada de “resposta virológica sustentada”. Mesmo curado, Oscar segue orientações médicas para proteger o fígado e evitar uma possível reinfecção. Para ele, o atendimento recebido no Base foi essencial para superar a doença e ter qualidade de vida, reforçando o papel fundamental da rede pública no enfrentamento às hepatites virais. Vacinas e tratamento gratuito pelo SUS No Brasil, a vacina contra a hepatite B é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em três doses, a partir do primeiro mês de vida. Também está disponível a imunização contra hepatite A, cuja transmissão ocorre pela via fecal-oral, em duas doses. Ambas as vacinas são eficazes e seguras. [LEIA_TAMBEM]“A hepatite C, infelizmente, ainda não tem vacina, mas tem cura. O tratamento é feito com medicamentos de uso oral, disponibilizados pelo SUS”, explica Liliana Sampaio, que também é pesquisadora do HBDF e doutora em gastroenterologia pela USP. Para auxiliar no combate às hepatites, é fundamental que todos os adultos realizem a testagem para hepatites B e C. Essa triagem permite vacinar quem ainda não tem imunidade contra a hepatite B e iniciar precocemente o tratamento de quem já foi infectado, evitando complicações. De acordo com a farmacêutica e especialista em Vigilância em Saúde, Thaynnara Pires, o Hospital de Base realiza rastreamento ativo de casos por meio do monitoramento contínuo de indicadores da Vigilância Epidemiológica e análise conjunta com o Núcleo de Laboratório. Todas as amostras coletadas são acompanhadas e notificadas de forma oportuna aos órgãos competentes, como o Ministério da Saúde, por meio dos sistemas oficiais de informação. Farmacêutica e especialista em Vigilância em Saúde, Thaynnara Pires informa que o Hospital de Base realiza rastreamento ativo de casos de hepatites B e C por meio de monitoramento contínuo | Foto: Bruno Henrique/ IgesDF Testes rápidos O acesso aos exames e à correta indicação médica são ferramentas que garantem maior efetividade nas ações de saúde pública. “A testagem rápida permite identificar com precisão e rapidez os casos reagentes, o que é essencial para quebrar a cadeia de transmissão das hepatites virais”, diz Thaynnara. A analista do laboratório clínico do HBDF, Isabella Mariano, explica que os testes rápidos para detecção das hepatites virais estão disponíveis no hospital, mas precisam ser solicitados por um profissional de saúde do IgesDF. “Só realizamos o exame com o pedido médico interno. Os testes rápidos têm resultado liberado no mesmo dia, e a sorologia completa também”, afirma. Essa agilidade é essencial para garantir o início rápido do acompanhamento e tratamento. O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais é mais que uma data simbólica: é um alerta para o cuidado contínuo com a saúde do fígado. Com prevenção, testagem e tratamento adequado, é possível evitar complicações graves e salvar vidas. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)

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Capacitação avalia diagnóstico e monitoramento de infecções sexualmente transmissíveis

Profissionais da Secretaria de Saúde (SES-DF) participaram, nessa quinta-feira (13), de uma oficina sobre diagnóstico e monitoramento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Mais de 200 profissionais da rede de saúde pública participaram da oficina | Foto: Divulgação/Agência Saúde Promovido pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) em parceria com o Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e IST (Dathi) do Ministério da Saúde (MS), o encontro reuniu mais de 200 profissionais de diferentes áreas da rede pública. “Com mais profissionais treinados, quem ganha é a população” Erick Gusmão, enfermeiro da UBS 11 de Samambaia Durante esta semana, a Escola de Saúde Pública (ESP-DF) também promoveu uma capacitação teórica e prática para 40 servidores, que atuarão como facilitadores de testagem rápida no Distrito Federal. Pioneirismo  Em janeiro, o DF se tornou pioneiro ao instituir, por meio da portaria nº 35/2024, a função de facilitadores de testagem rápida para IST. Esses profissionais, após treinamento teórico e prático, serão responsáveis por expandir a oferta de exames de HIV e outras infecções, garantindo segurança e qualidade no diagnóstico. O enfermeiro Erick Gusmão, da UBS 11 de Samambaia, um dos facilitadores formados no curso, destacou a importância da iniciativa. “Já estamos planejando os próximos passos para capacitar mais equipes”, adiantou. “Com mais profissionais treinados, quem ganha é a população”. Testagem rápida “O treinamento prático assegura que os testes sigam todas as etapas corretamente: pré-analítica, analítica e pós-analítica” Beatriz Luz, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde Em 2024, a SES-DF aplicou quase 85 mil testes rápidos para sífilis e 84,3 mil para HIV. Além disso, foram feitos cerca de 64 mil testes para hepatite B e 70 mil para hepatite C. A gerente da Gevist, Beatriz Luz, enfatizou a importância da testagem rápida para diagnóstico ágil e intervenções precoces, reduzindo a transmissão e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. “Para garantir a eficácia desse processo, a capacitação dos profissionais é essencial”, reforçou. “O treinamento prático assegura que os testes sigam todas as etapas corretamente: pré-analítica, analítica e pós-analítica.” Daniela Magalhães, uma das facilitadoras da oficina e referência técnica distrital (RTD) da Rede de Testagem Rápida da SES-DF, lembrou: “A SES-DF possui um compromisso com as boas práticas em testagem rápida. O facilitador tem esse papel de oportunizar capacitações regionalizadas, que qualifiquem o método nas localidades”. O líder da equipe de Diagnóstico do Dathi/MS, Alisson Bigolin, destacou que a capacitação busca formar multiplicadores nos territórios, ampliando a disseminação das diretrizes nacionais para diagnóstico e monitoramento laboratorial das ISTs. “Temos manuais e notas técnicas, mas precisamos que essas informações cheguem aos serviços de saúde”, pontuou. “Os facilitadores terão um papel fundamental para difundir esse conhecimento na rede.”   *Com informações da Secretaria de Saúde

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Saúde discute em fórum estratégias para eliminar hepatites virais

Nesta segunda-feira (29), a sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em Brasília foi palco do Fórum de Eliminação de Hepatites Virais, reunindo especialistas para debater estratégias e ações para o combate à doença. O evento destacou a importância da cooperação no planejamento estratégico, em nível federal e distrital, para erradicar as hepatites virais até 2030, alinhando-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O subsecretário de Logística da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), Maurício Fiorenza, ressaltou a vantagem de Brasília em termos de imunização e proximidade com organizações internacionais como a Opas. “Brasília está com uma imunização alta e estamos planejando um reforço. Neste evento, lançamos o plano de eliminação das hepatites virais no Distrito Federal, que é um passo crucial para o Brasil alcançar a meta de eliminação até 2030”, afirmou Fiorenza. Fórum de Eliminação de Hepatites Virais reuniu na Opas especialistas para debater estratégias e ações para o combate à doença | Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O subsecretário explica que o plano tem quatro pilares fundamentais: vacinação, diagnóstico, tratamento e educação. “Temos vacinas disponíveis para hepatite A e B. É essencial diagnosticar as pessoas infectadas e tratá-las. Além disso, promover a educação e a conscientização é crucial, pois a hepatite pode ser uma doença silenciosa, sem sintomas evidentes, como a icterícia”, explicou. O subsecretário de Vigilância Sanitária da SES-DF, Fabiano dos Anjos, destacou que o fórum permite o desenvolvimento de planos de ação mais eficazes. “Nossa coordenação envolve todas as regiões de saúde do DF, o que facilita a aplicação prática das medidas de vigilância em saúde. A epidemiologia nos dá uma visão global das doenças, permitindo-nos ajustar a assistência para melhor atender à população do Distrito Federal”, concluiu. Durante o fórum, o coordenador-geral das Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mário Gonzalez, ressaltou a importância do trabalho em conjunto com gestores das áreas de HIV, Aids e ISTs, uma vez que há convergência nas ações em resposta e também nas populações mais vulneráveis a essas infecções e doenças. Ele alertou para o fato de que a mortalidade por hepatites tem aumentado em todo o mundo. As hepatites virais mais comuns entre os brasileiros são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o da hepatite E, que é menos frequente no Brasil Como se prevenir As hepatites virais mais comuns entre os brasileiros são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o da hepatite E, que é menos frequente no Brasil. No caso das hepatites B e C, as principais formas de contágios estão relacionadas ao contágio sexual, em relações sem preservativo, e também ao uso de objetos contaminados como agulhas e seringas. As principais formas de prevenção são a vacinação, no caso da hepatite B, e a utilização de preservativos (camisinhas). Na maioria dos casos, essas hepatites não apresentam sintomas. Muitas vezes são diagnosticadas décadas após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado. A forma crônica da hepatite D, também chamada de Delta, é considerada a mais grave, com progressão mais rápida para cirrose. A forma crônica respondeu por 75,9% dos casos registrados, enquanto a aguda representou 18,9% dos casos no Brasil. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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DF tem rede referência de assistência a pacientes com doenças infecciosas

Causadas por micro-organismos como bactérias, fungos, vírus, parasitas e protozoários, as doenças infecciosas quando atingem gravidade têm um percentual relevante de mortalidade em todo o país. Por esse motivo, a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos são essenciais para a manutenção da saúde da população. No Distrito Federal, a rede pública conta com uma cadeia de assistência a pacientes com as patologias que começa nas unidades básicas de saúde e pode passar por ambulatórios, hospitais e até o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin). A rede pública do DF conta com uma cadeia de assistência a pacientes com doenças infecciosas que começa nas UBS’s e pode passar por ambulatórios, hospitais e até o Cedin | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília “O mais importante em relação ao atendimento é que as doenças infecciosas perpassam todas as áreas. Tem um conjunto de doenças em que o tratamento acontece dentro dos próprios hospitais, com os pacientes internados. Temos também tratamentos nas áreas ambulatoriais especializadas, onde temos demanda sobretudo de pessoas com HIV, Aids e hepatites virais, mas a própria Atenção Primária consegue atender muitos casos, já que a imensa maioria tem um desfecho favorável desde que atendida nos primeiros estágios”, comenta o médico infectologista e Referência Técnica de Infectologia da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), José David Urbaez. As doenças infecciosas habitualmente têm um espectro clínico de iniciarem de forma leve, mas se não forem tomadas as devidas providências, elas evoluem e se tornam casos graves. Alguns componentes também são importantes para o desenvolvimento da doença, como a vulnerabilidade social e a imunossupressão. Segundo o médico infectologista, quadros de febre são considerados sinais de alerta para as patologias infecciosas em geral. Prevenção, diagnóstico precoce e acesso a tratamentos são essenciais para a manutenção da saúde da população, em especial no que diz respeito a doenças infecciosas “Muitas delas têm uma característica fundamental que é provocar febre, que talvez seja um elemento muito orientador de tudo. Teve o sintoma, a orientação é procurar uma unidade básica de saúde para se fazer a abordagem semiótica e toda a parte de cuidados básicos, bem como os testes rápidos. A partir de um diagnóstico precoce rapidamente é possível tomar as atitudes cabíveis e tratar a doença”, informa. Atendimento especializado Há mais de dois anos, José (nome fictício) recebeu o diagnóstico de HIV. “Estava passando muito mal, com a imunidade baixa, a pele muito vermelha e fui em busca de saber o que era. Fui à UPA [unidade de pronto atendimento], fiz o exame, fui diagnosticado e me encaminharam para cá”, diz se referindo ao Cedin, local onde faz acompanhamento desde então. “Fiz mais exames aqui e uma semana depois passei a tomar o tratamento e fui melhorando”, conta. Para o homem, ser acolhido em um espaço especializado fez toda a diferença. Seja porque conseguiu abaixar a carga viral, seja pela assistência que conta no local. “O Cedin é a melhor coisa que tem. Está salvando a minha vida de forma gratuita. Querendo ou não, é uma grande ajuda. Eu não teria como comprar os medicamentos, seria tudo muito caro. Além do medicamento e dos exames, tenho tido acompanhamento psicológico e psiquiátrico, o que é muito acolhedor”, destaca. Atualmente, o Cedin é referência nos tratamentos para HIV/Aids, hepatites virais crônicas, tuberculose e hanseníase e também atende casos de HTLV (infecção causada pelo vírus T-linfotrópico humano) e de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) complicadas, que não foram resolvidas na Atenção Primária. Por não se tratar de um serviço “porta aberta”, os pacientes são encaminhados por outras áreas de atenção da SES. “Atendemos pessoas que foram diagnosticadas com esses agravos fora daqui e que precisam de um atendimento mais específico. Servimos de retaguarda para a rede”, explica a infectologista do Cedin, Denise Arakati. A infectologista do Cedin, Denise Arakati, ressalta a importância do diagnóstico precoce: “A população precisa se atentar para os sinais e sintomas dessas doenças” A maior parte dos atendimentos no centro especializado é de pacientes com HIV. O local atende 60% dos casos em todo o Distrito Federal. “Temos em torno de 5,5 mil pacientes ativos com HIV. Também atendemos muitos casos de tuberculose resistente ou complicada, mas como eles têm alta, o número oscila bastante. A média é de 30 a 40 pacientes em acompanhamento”, acrescenta. A infectologista destaca a importância do diagnóstico precoce. “A população precisa se atentar para os sinais e sintomas dessas doenças, e procurar um serviço de saúde. Hoje, no Brasil, temos 100 mil pessoas com HIV que não sabemos quem são. Da mesma forma acontece com a tuberculose, detectamos de 80% a 90% dos casos, mas temos esse outro percentual que o sistema não consegue capturar. Então é importante se testar para essas doenças”, revela Denise.

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Julho Amarelo é o mês de luta contra as hepatites virais

As hepatites virais B, C e D são doenças infecciosas que atacam principalmente o fígado e, embora nem sempre apresentem sinais e sintomas, quando não diagnosticadas, podem acarretar complicações das formas agudas e crônicas, muitas vezes levando à cirrose ou ao câncer de fígado. Entre 2016 e 2020, foram notificados 2.290 casos confirmados de hepatites virais no Distrito Federal. Vacinas para as hepatites dos tipos A e B são oferecidas pelo SUS | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Desse total, foram 877 (38,3%) de hepatite B, 1.410 (61,6%) de hepatite C e 3 (0,1%) de hepatite D. Nos quatro últimos anos, foi observado um crescimento nos números das notificações das hepatites B e C, chamando a atenção o aumento de 110,1% da hepatite C em 2020 em relação a 2019. Neste ano, assim como em 2016, foram inseridas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) fichas das pessoas tratadas em anos anteriores na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e que estavam sem registro de notificação no ano de diagnóstico. Também durante o período de 2016 a 2020, segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), ocorreram no DF 110 óbitos que tiveram como causa básica as hepatites virais, sendo 75 por hepatite C e 22 por hepatite B. [Olho texto=”Todas as hepatites virais podem ser evitadas com alguns cuidados” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os dados estão disponíveis no mais recente Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais no Distrito Federal, divulgado pela Secretaria de Saúde. Transmissão A principal via de transmissão das hepatites B, C e D é por contato com sangue e hemoderivados, além de contato sexual e da transmissão de mãe infectada para o recém-nascido (durante o parto ou no período perinatal). A transmissão pode ocorrer ainda pelo compartilhamento de objetos contaminados, bem como em acidentes com exposição a material biológico, procedimentos cirúrgicos, odontológicos e endoscopia, entre outros, quando as normas de biossegurança não são respeitadas. “As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde, seja em âmbito público, seja no privado. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no Distrito Federal e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas que levem à redução do número de casos da doença”, ressalta a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde, Beatriz Maciel. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Prevenção Todas as hepatites virais podem ser evitadas com alguns cuidados. Para a do tipo A, o recomendado é lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro ou trocar fraldas e antes de cozinhar ou comer. Também é indicado o uso de água tratada e higienização adequada dos alimentos. Já a prevenção das hepatites B e C passa por evitar o contato com o sangue contaminado, razão pela qual é recomendado usar preservativos nas relações sexuais; sempre exigir materiais esterilizados ou descartáveis e não compartilhar itens, equipamentos ou utensílios de uso pessoal. A rede pública de saúde dispõe de preservativos para distribuir. Além disso, as hepatites A e B podem ser prevenidas por meio de vacinação, e ambas estão previstas no calendário nacional de imunização. A hepatite C não possui vacina. [Olho texto=”“Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite B ou C podem receber o tratamento gratuito pelo SUS” assinatura=”Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Diagnóstico e tratamento A rede pública de saúde do DF disponibiliza os meios para se diagnosticar as hepatites virais, como exames de sangue e testes rápidos ou laboratoriais, em qualquer unidade básica de saúde (UBS) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto. Os testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C estão disponíveis para toda a população na rede do SUS no Distrito Federal (DF). O tratamento da hepatite A se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente. Já em caso de hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são administrados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento com medicamentos específicos (alfapeginterferona, tenofovir e entecavir) tem por objetivo reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especialmente a cirrose e o câncer de fígado. Tanto o tratamento para a hepatite B quanto para hepatite C estão disponíveis na rede pública de saúde. “Todas as pessoas com infecção pelo vírus da hepatite B ou C podem receber o tratamento gratuito pelo SUS. O médico, tanto da rede pública quanto suplementar, poderá prescrever o tratamento seguindo as orientações dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e B (PCDT Hepatite C e PCDT Hepatite B) do Ministério da Saúde”, esclarece Beatriz Maciel. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Saiba como se prevenir contra HIV e outras ISTs

Preservativos, tanto para a mulher quanto para o homem, estão entre as formas de prevenção | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde Prevenir sempre é o melhor remédio. O alerta é da Secretaria de Saúde (SES), que mantém ações voltadas para a prevenção do HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Em todas as 172 unidades básicas de saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), localizado na Rodoviária do Plano Piloto, são oferecidos preservativos masculinos e femininos e gel lubrificante, exames para o HIV – na maioria dos casos, com testagem rápida – e testes rápidos para sífilis e hepatites virais B e C. Além do uso de preservativos, o Hospital Dia e o Hospital Brasília oferecem ainda a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) como estratégia de prevenção. A PrEP é indicada para pessoas parceiras das Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV). “Na PrEP, após avaliação por profissionais especializados, o usuário passa a usar um medicamento específico para evitar o HIV, reduzindo o risco de contrair o vírus”, explica a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES, Beatriz Maciel Luz. O paciente recebe todas as orientações, como acompanhamento sobre o uso de camisinha e demais cuidados, para não contrair outras ISTs. Profilaxia Também está disponível em toda a rede pública a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). É uma forma de prevenção da infecção pelo HIV com o uso de medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento da Aids para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente, por meio da exposição ocupacional – caso de profissionais de saúde – ou pela exposição sexual ocorrida em episódios de sexo sem camisinha ou de violência sexual. De acordo com Beatriz, esses medicamentos precisam ser tomados durante 28 dias, ininterruptamente, com o objetivo de impedir a infecção pelo vírus, sempre com orientação médica. A PEP está disponível em todos os serviços de urgência e emergência, unidades de pronto-atendimento (UPAs) e no Hospital Dia. A principal forma de prevenir a infecção pelo vírus da hepatite B é a vacina, disponível nas salas especializadas e nas UBSs. As doses são aplicadas em todas as pessoas ainda não vacinadas, independentemente da idade. Para as crianças, a recomendação é receber quatro doses da vacina: ao nascer e aos dois, quatro e seis meses de idade (vacina pentavalente). Já para a população adulta, o esquema completo prevê a aplicação de três doses. ISTs no DF De 2014 a 2019, dados do último boletim com informações sobre a doença no DF registraram 4.102 casos de infecção pelo HIV e 2.150 casos de Aids. Houve uma redução do coeficiente de detecção dos casos de Aids por 100 mil habitantes. Em relação ao HIV, foi constatada tendência de crescimento, o que pode indicar o aumento da detecção precoce de infecção pelo HIV antes de sua evolução para Aids. O tratamento adequado no momento oportuno tem possibilitado que 92% dos pacientes com HIV/Aids estejam atualmente com carga viral indetectável, o que reduz a quase zero por cento a chance de desenvolverem infecções oportunistas ou até mesmo de transmitirem a doença para outra pessoa. Pesquisas mostram um perfil epidemiológico predominantemente masculino (com uma proporção de cerca de 7,3 casos masculinos de HIV para 1 feminino). Entre esse público, predomina a transmissão sexual, principalmente de homens que fazem sexo com outros homens. Observa-se que a faixa etária que detém o maior número de casos de Aids é a de 20 a 39 anos (32%). Já os casos de HIV diagnosticados concentram-se na faixa etária mais jovem, de 20 a 29 anos (46%). Outro dado que chama a atenção é o crescimento de casos de HIV/Aids em faixas acima dos 60 anos. Em 2014, entre as mulheres, esses casos representavam 5,1% do total, e entre os homens, 3,3%. Já em 2019, essa faixa passou a representar 11,3% dos casos femininos e 5,8% dos casos masculinos. * Com informações da SES

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Hepatites virais são tema da campanha Julho Amarelo

Julho chegou, e com ele a conscientização e prevenção às hepatites virais. A Organização Mundial da Saúde instituiu 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais e, no Brasil, uma lei federal estabeleceu o “Julho Amarelo” para reforçar ações de vigilância, precaução e controle dessas enfermidades. De acordo com a Secretaria de Saúde (SES), 340 casos foram notificados no DF no ano passado. As hepatites virais são doenças que atacam principalmente o fígado e, inicialmente, apresentam poucos sintomas, sendo chamadas de enfermidades “silenciosas”. Por conta disso, pessoas infectadas podem apresentar problemas de saúde antes de terem a doença detectada. Quando não diagnosticadas, as hepatites virais podem acarretar complicações das formas agudas e crônicas, muitas vezes levando à cirrose ou ao câncer de fígado. “As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no Distrito Federal e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas que levem à redução do número de casos da doença”, ressalta Beatriz Maciel, gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES. Números no DF Em 2019, o DF registrou quatro casos de hepatite A, 130 casos de hepatite B e 206 casos de hepatite C. Dados relativos ao período entre 1999 e 2018, compilados pelo Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, mostram que foram catalogados 9.322 casos das hepatites A, B e C no Distrito Federal, registrando 706 óbitos. Sintomas Os sintomas mais comuns das hepatites virais são náusea, febre, falta de apetite, cansaço, diarreia e icterícia (coloração amarela da pele e nos olhos). O período de incubação do vírus em uma pessoa varia de 15 a 45 dias. Transmissão No Brasil, as hepatites mais comuns são acometidas pelos vírus A, B, C ou D, e suas formas de transmissão são variadas. A hepatite A é transmitida de pessoa para pessoa quando os alimentos ou a água estão contaminados por fezes contendo o vírus, sendo mais frequente em locais com precariedade de saneamento (água e esgoto tratados) e acometendo principalmente crianças e adolescentes. A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível, mas também pode ser disseminada por compartilhamento de utensílios e objetos contaminados (seringas, agulhas, itens de higiene pessoal, transfusão). Por sua vez, a transmissão da hepatite C decorre principalmente pelo sangue, mas também pode ocorrer de maneira semelhante às da hepatite B. Já o vírus causador da hepatite D é considerado um “satélite” e só acomete pessoas que já estão infectadas também pelo vírus da hepatite B. Sua transmissão é igual à das hepatites B e C, e no Brasil costuma aparecer mais na região amazônica. Prevenção Todas as hepatites virais podem ser evitadas com alguns cuidados. Para a do tipo A, o recomendado é lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro, trocar fraldas e antes de cozinhar ou comer, além do uso de água tratada, saneamento básico e higienização adequada dos alimentos. Já a prevenção das hepatites B e C passa por evitar o contato com o sangue contaminado, portanto recomenda-se a utilização de preservativos nas relações sexuais, sempre exigir materiais esterilizados ou descartáveis e não compartilhar itens, equipamentos ou utensílios de uso pessoal. Além disso, as hepatites A e B podem ser prevenidas por meio de vacinação, e ambas estão previstas no calendário nacional de imunização. A hepatite C não possui vacina. Diagnóstico e tratamento A rede pública de saúde do DF disponibiliza os meios para se diagnosticar as hepatites virais, sejam exames de sangue e testes rápidos ou laboratoriais, em qualquer unidade básica de saúde (UBS) e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado no mezanino da Rodoviária do Plano Piloto. O tratamento da hepatite A se resume a repouso e cuidados com a dieta do paciente. Já em caso de hepatite C, a intervenção terapêutica é feita com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por 8 ou 12 semanas. A hepatite B não possui cura, mas seu tratamento com medicamentos específicos (alfapeginterferona, tenofovir e entecavir) tem por objetivo reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especialmente a cirrose e o câncer de fígado. Tanto o tratamento para a hepatite B quanto pela hepatite C estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). * Com informações da Secretaria de Saúde e do Ministério da Saúde

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