PMDF realiza instrução de resgate de animais vítimas de incêndios florestais
A Polícia Militar, por meio do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), realizou na tarde dessa quarta-feira (30) uma instrução especializada em Resgate Operacional de Animais Vítimas de Incêndios Florestais, direcionada aos 27 alunos do 31º Curso de Combate a Incêndio Florestal do CBMDF (Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal). [LEIA_TAMBEM]A capacitação ocorreu nas dependências do BPMA e teve como foco o aperfeiçoamento técnico dos alunos no atendimento a ocorrências envolvendo fauna silvestre em risco, especialmente em cenários de queimadas e incêndios de grandes proporções, comuns durante o período de estiagem no Distrito Federal. A iniciativa reforça a integração entre as forças de segurança e meio ambiente, ampliando a capacidade de resposta às emergências ambientais e contribuindo diretamente para a proteção da biodiversidade regional, além de refletir na segurança, saúde pública e bem-estar da população do DF. *Com informações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)
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Incêndios florestais e riscos químicos: pesquisa avalia impacto da fumaça na saúde dos bombeiros do DF
Com a intensificação e maior frequência dos incêndios florestais no Distrito Federal, um estudo fomentado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) está investigando os riscos químicos aos quais os bombeiros militares estão expostos durante o combate ao fogo. O projeto, intitulado “Avaliação de risco químico para bombeiros militares por exposição à fumaça em incêndios florestais no Distrito Federal”, é conduzido pela professora Eloísa Dutra Caldas, da Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o bombeiro militar e doutorando Fausto Jaime Miranda de Araújo, e foi selecionado pelo edital Demanda Espontânea (2022). Estudo visa contribuir para protocolos de segurança e políticas públicas com foco na saúde dos bombeiros militares | Foto: Divulgação/CBMDF A pesquisa é inédita no Brasil por avaliar a exposição dos bombeiros em condições reais de combate ao fogo, um desafio que coloca esses profissionais em contato direto com substâncias tóxicas e potencialmente cancerígenas. O estudo busca gerar dados concretos para embasar protocolos de segurança e políticas públicas voltadas à saúde ocupacional desses trabalhadores. Trajetória e motivação Com uma carreira consolidada na área da toxicologia, Eloísa Dutra Caldas é professora titular do Departamento de Farmácia da UnB desde 1997 e uma das principais referências no país em toxicologia ocupacional. Formada em química e mestre em química analítica pela UnB, fez doutorado em química ambiental pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, com foco nos impactos de substâncias químicas na saúde humana. Há mais de 20 anos, coordena pesquisas que avaliam riscos e exposição a contaminantes, sempre com o objetivo de proteger a saúde de trabalhadores em situações críticas. A proposta do estudo nasceu a partir da experiência do bombeiro militar Fausto Jaime Miranda de Araújo, doutorando em ciências da saúde na UnB. Graduado em agronomia e com mestrado em toxicologia alimentar, Fausto sempre esteve envolvido em projetos de pesquisa, mas foi sua vivência no Corpo de Bombeiros que acendeu o alerta para a falta de medidas preventivas no combate a incêndios florestais. O bombeiro militar e doutorando Fausto Jaime Miranda de Araújo usa máscara respiratória e coletor de amostras para análise das partículas presentes na fumaça, logo após o combate ao incêndio | Foto: Fausto Jaime/Projeto de Avaliação de Risco Químico “Desde o início do meu trabalho na corporação, percebi que a exposição à fumaça é um problema grave, especialmente nos incêndios florestais, onde muitas vezes não usamos nem máscaras de proteção. O poder público não tem dado a atenção devida a esse risco; e, com as mudanças climáticas, os incêndios tendem a aumentar”, explica. Além da experiência prática, Fausto também se especializou em engenharia de segurança do trabalho, o que fortaleceu sua compreensão sobre os perigos invisíveis que cercam os bombeiros. Para ele, este é um problema de saúde pública global: “Somente recentemente a comunidade científica começou a dar atenção à proteção dos bombeiros florestais. O cenário mundial, com incêndios cada vez mais intensos e frequentes, reforça a urgência de pesquisas como a nossa”. O que a fumaça revela: substâncias tóxicas e desafios de análise [LEIA_TAMBEM]As primeiras análises indicam a presença de poluentes altamente tóxicos, como benzeno, tolueno, xileno, etilbenzeno, formaldeído, acroleína e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA) — compostos reconhecidos por causar sérios danos ao organismo, incluindo doenças respiratórias e câncer. Em várias amostras, os níveis detectados ultrapassaram em muito os limites ocupacionais recomendados, chegando a ser centenas de vezes maiores, no caso do benzeno. Coletar essas informações em condições reais de combate ao fogo foi um desafio à parte. Para garantir dados fiéis à realidade, a equipe desenvolveu um sistema de monitoramento com bombas de coleta instaladas nos uniformes dos bombeiros, exigindo grande logística e apoio do Corpo de Bombeiros. Mais de 100 tentativas em diferentes focos de incêndio foram necessárias para obter 35 amostras válidas, revelando o quão complexa é a tarefa de mensurar a exposição a substâncias invisíveis no calor do combate. Impacto e próximos passos Mais do que um avanço científico, o estudo tem um papel social evidente: proteger a saúde dos bombeiros e, indiretamente, da população exposta à fumaça. Os resultados preliminares reforçam a necessidade urgente de medidas como o uso de equipamentos de proteção respiratória adequados, algo que ainda não é rotina na corporação. A equipe agora está na fase de análise detalhada dos dados e na preparação de artigos científicos. Também está prevista uma nova etapa com a coleta de material biológico, como amostras de urina, para avaliar de forma ainda mais precisa os impactos da exposição química no organismo dos bombeiros. Com apoio da FAPDF, a pesquisa busca transformar esses resultados em recomendações práticas e políticas públicas, contribuindo para protocolos de segurança mais rigorosos e ações de prevenção que beneficiem não apenas a corporação, mas toda a população do DF, que também sofre os efeitos da fumaça durante os períodos de queimadas. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)
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Mais de cem militares, 12 viaturas e aeronave atuam no combate ao incêndio no Guará
Mais de cem militares do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF) trabalham no combate às chamas que atingem o Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará. Com o emprego de 12 viaturas e uma aeronave, os bombeiros atuam no local desde às 11h deste sábado (5). A suspeita é de que o incêndio tenha sido causado de forma criminosa. “Há indícios de que uma pessoa tenha colocado fogo na área. O incêndio estava controlado e de repente começou a surgir um novo foco. Um suspeito foi preso, em flagrante, ateando fogo na região”, relatou o comandante operacional do CBMDF, coronel Pedro Anibal. A suspeita é de que o incêndio tenha sido causado de forma criminosa | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Segundo o militar, o local abriga pessoas que trabalham com materiais recicláveis, que servem de combustão para o alastramento das chamas. “Ali tem muito catador que armazena pneu, plástico e papelão, por exemplo, por isso a gente vê uma fumaça mais escura”, esclareceu o coronel Anibal. No momento, as equipes continuam trabalhando para controlar as chamas e erradicar os focos de incêndio. “É uma região mais delicada para atuarmos justamente pela quantidade de materiais recicláveis e pelo tipo de vegetação também, considerada mais alta e com muito capim exótico. Tudo isso provoca chamas muito altas”, conclui o coronel.
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Flores brotam em meio a cenário devastado por incêndio florestal nas proximidades da Torre Digital
O que poderia ser um simples desabrochar de mudas no terreno da Área de Proteção Ambiental (APA) do Lago Paranoá, no mês da primavera, transformou-se num símbolo de resiliência. Semanas após a devastação da vegetação de Cerrado nas proximidades da Torre Digital, causada por um incêndio florestal de provável origem humana, pés de espécie Hippeastrum goianum, planta conhecida como Amarilis do Cerrado, brotaram, criando um contraste, onde algumas flores amarelas se misturam a árvores secas, troncos caídos e restos de fuligem. Flores da espécie ‘Hippeastrum goianum’ surpreenderam e brotaram em meio a cenário devastado por incêndios | Fotos: Matheus Ferreira/Divulgação A paisagem com ares pós-apocalípticos foi capturada pelo servidor público e fotógrafo amador Matheus Ferreira, que compartilha nas redes sociais imagens da riqueza do bioma brasiliense na página Árvores do Cerrado (@arvoresdocerrado). “Há quase um mês, essa área de Cerrado, composta por vegetação nativa, pegou fogo e tudo foi devastado. Ficou bem queimado. Algumas pessoas comentaram comigo que tinham visto algumas flores nascendo em meio à área queimada. Peguei minha máquina e fiquei procurando, até que encontrei esses dois pezinhos dessa flor”, recorda-se. O que mais impressionou Matheus foi o surgimento de plantas tão delicadas em meio a um cenário devastador, que ele descreveu como “de guerra”. “Para mim, é um símbolo de esperança e de renascimento. Apesar de tudo que as pessoas fazem para destruir a natureza, ela continua firme”, afirma. “Vejo isso como um sinal de esperança e de força do Cerrado. É um bioma de resistência que, mesmo diante de condições climáticas extremas, como falta de chuva e secura, vê florescer os ipês e tantas outras árvores nativas. Espero que fique uma mensagem para as pessoas de que nem tudo está perdido”, completa. Regeneração O fotógrato amador Matheus Ferreira vê o surgimento das flores como “um sinal de esperança e de força do Cerrado” A recuperação do Cerrado após a passagem do fogo costuma ser natural, especialmente nas áreas de vegetação nativa. No entanto, a superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Instituto Brasília Ambiental, Marcela Verciani, afirma que cada local deve ser avaliado após as queimadas, considerando suas características. Algumas vegetações se regeneram sozinhas, enquanto outras necessitam de novos plantios. Essa avaliação é feita pelo órgão que gerencia 82 unidades de conservação, incluindo a APA do Lago Paranoá, considerada uma unidade de uso sustentável. “Nós sabemos que os incêndios nesta época do ano são provocados, pois não existem faíscas naturais. A forma como acontece o fogo é prejudicial, porque eleva a temperatura e cria labaredas grandes, o que resulta numa perda considerável de Cerrado. Por isso fazemos o apelo para que as pessoas não usem o fogo nos períodos críticos de seca extrema”, afirma Verciani. 193 Canal de emergência do CBMDF para denúncias de incêndios Neste ano, o Instituto Brasília Ambiental contratou 150 brigadistas para atuar em 12 bases durante o período crítico de incêndios e seca. Segundo a superintendente, o órgão elabora um projeto de lei para ser enviado à Câmara Legislativa do DF (CLDF), estabelecendo a contratação da brigada ao longo do ano e não por temporada. “O combate é importante, mas a prevenção tem tanta ou mais importância”, comenta. Ela cita ações como a criação de aceiros, roçadas e queimadas controladas no período mais ameno. Denuncie Com o aumento dos incêndios florestais na vegetação do Cerrado, o Governo do Distrito Federal (GDF) convoca a população a denunciar os casos. Os cidadãos devem entrar em contato imediatamente com o número 193, o canal de emergência do CBMDF. Durante a ligação, é necessário passar informações como a localização exata do fato e as proporções das chamas e, se possível, relatos sobre as condições de acesso ao local e sobre a presença de suspeitos de autoria do crime. De acordo com o artigo 41 da Lei 9.605/98, provocar incêndio em mata ou floresta é tipificado como crime ambiental. No caso de queimadas dentro das unidades de conservação do Distrito Federal, a orientação é acionar o Instituto Brasília Ambiental, que é responsável pela administração dos espaços. Desde julho, o órgão conta com um número exclusivo de denúncias de focos de incêndio, que é atendido pela central da Diretoria de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (DPCIF) pelo (61) 9224-7202. O telefone também é WhatsApp. Por ele, a população pode enviar mensagens e a localização do fogo. Combate a incêndios florestais → 193 (Corpo de Bombeiros) → (61) 9224-7202 (Instituto Brasília Ambiental) Informações sobre autores de incêndios florestais → 190 (Polícia Militar) → 197 (Polícia Civil)
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Operação Curupira, da PCDF, prende mais dois suspeitos de causar incêndios florestais
Mais duas pessoas foram presas na tarde desta quinta-feira (19) suspeitas de atear fogo em uma área de vegetação em São Sebastião. Os acusados foram detidos durante a segunda fase da Operação Curupira, deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação Especial de Proteção ao Meio Ambiente, à Ordem Urbanística e ao Animal (Cepema). A ação faz parte da força-tarefa para identificar e punir pessoas envolvidas em queimadas no DF. Os homens foram flagrados praticando o crime ambiental no Núcleo Rural Nova Vitória por policiais da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema), da Divisão de Operações Aéreas (DOA) e da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DCPI). Militares do Corpo de Bombeiros (CBMDF) também atuaram na região contendo as chamas. O crime de incêndio e dano ambiental à vegetação nativa pode render até oito anos de prisão | Foto: Divulgação/ PCDF Os suspeitos foram indiciados pelo crime de incêndio e dano ambiental à vegetação nativa e podem cumprir uma pena de até oito anos de reclusão. Outras prisões Desde a semana passada, as prisões de incendiários tiveram início no DF. Na sexta-feira (13), a Polícia Rodoviária Federal prendeu um homem suspeito de atear fogo na área de Cerrado do Recanto das Emas. Ele também foi denunciado por um morador da região. Na terça-feira (17), um jovem de 19 anos foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) sob a suspeita de autoria do fogo que atingiu o Parque Burle Marx, no Noroeste. Ele foi levado à 5ª Delegacia de Polícia (DP), na Asa Norte. A detenção ocorreu após uma denúncia pelo 190. A PCDF tem prendido suspeitos de atear fogo à vegetação desde a semana passada Na quarta-feira (18) foi deflagrada a primeira fase da Operação Curupira com a prisão de um homem de 50 anos acusado de atear fogo no Lago Oeste. O incêndio se alastrou por um território de aproximadamente 200 mil metros quadrados e, por esse motivo, ele pode ter uma pena aumentada em até 13 anos. Também na quarta, a PMDF prendeu dois homens em flagrante por atear fogo em uma área de mata na marginal da BR-020, próximo ao Ribeirão Sobradinho. Denúncia [LEIA_TAMBEM] O Governo do Distrito Federal (GDF) convoca a população a denunciar os incêndios florestais na capital. Os cidadãos devem entrar em contato imediatamente com o número 193, o canal de emergência do CBMDF. Durante a ligação, é necessário passar informações como a localização exata do fato e as proporções das chamas e, se possível, relatos sobre as condições de acesso ao local e sobre a presença de suspeitos de autoria do crime. De acordo com o artigo 41 da Lei 9.605/98, provocar incêndio em mata ou floresta é tipificado como crime ambiental. Combate a incêndios florestais → 193 (Corpo de Bombeiros) → (61) 9224-7202 (Instituto Brasília Ambiental) Informações sobre autores de incêndios florestais → 190 (Polícia Militar) → 197 (Polícia Civil)
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Autoria de incêndios florestais no DF é investigada; três pessoas foram presas nos últimos dias
Três pessoas foram presas no Distrito Federal nos últimos cinco dias suspeitas de provocar incêndios florestais na capital federal. A mais recente prisão ocorreu nesta quarta-feira (18) de forma preventiva durante a Operação Curupira, deflagrada pela Polícia Civil (PCDF). A ação faz parte de uma força-tarefa para identificar e punir pessoas envolvidas em queimadas. Na ocasião, um homem de 50 anos foi detido acusado de atear fogo em um terreno no Lago Oeste que se alastrou para outras propriedades e para áreas de proteção ambiental. O fato aconteceu no dia 12 de agosto. A prisão preventiva de um homem de 50 anos faz parte de uma força-tarefa para identificar e punir pessoas envolvidas em queimadas | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília Segundo investigação da Coordenação Especial de Proteção ao Meio Ambiente, à Ordem Urbanística e ao Animal (Cepema) da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema), o homem disse que colocou fogo no terreno porque seria capaz de controlar. No entanto, as chamas se expandiram atingindo dez propriedades e duas áreas de proteção ambiental, que equivalem a aproximadamente 200 mil metros quadrados. “Esse crime aconteceu no dia 12 de agosto. A partir daí, começamos as investigações. Ouvimos cerca de sete chacareiros da região e mais alguns brigadistas. Tomamos também o termo de depoimento do acusado. Após ter certeza da autoria e da materialidade do crime, ingressamos no Poder Judiciário com um pedido de prisão preventiva e busca e apreensão na casa do suspeito”, explicou o delegado João Maciel Claro, o coordenador da Cepema da PCDF. João Maciel Clar0: ” Ouvimos cerca de sete chacareiros da região e mais alguns brigadistas. Tomamos também o termo de depoimento do acusado. Após ter certeza da autoria e da materialidade do crime, ingressamos no Poder Judiciário com um pedido de prisão preventiva e busca e apreensão na casa do suspeito” O homem foi indiciado pelos crimes de incêndio e dano ambiental à vegetação nativa. A pena pode ser aumentada em um terço devido a destruição de patrimônio particular e ambiental, resultando numa reclusão de oito a 13 anos. Além dos crimes ambientais, o homem teria ameaçado com o uso de facão os vizinhos e os brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) que tentaram conter as chamas. Caso isso seja confirmado, ele pode responder ainda pelas ameaças. Investigações continuam A Coordenação Especial de Proteção ao Meio Ambiente, à Ordem Urbanística e ao Animal investiga outros autores de queimadas. “Nós estamos investigando todos os incêndios no DF. Nós temos alguns outros suspeitos. Um homem já está qualificado. Vamos analisar as imagens, colher testemunhos e ver como foi a situação ocasional desse incêndio, bem como as proporções que ele tomou. Se estivermos convencidos da gravidade do fato, também será pedida prisão dele nos próximos dias”, adiantou o delegado. Sobre os casos das queimadas na Floresta Nacional de Brasília e no Parque Nacional de Brasília, a Polícia Civil tem levantado informações para repassar aos órgãos competentes, já que os espaços são de responsabilidade do governo federal. “Como a atuação é federal estamos levantando informações e, se tivermos, passaremos aos órgãos responsáveis. Se não, tomaremos as medidas administrativas aqui no âmbito da Polícia Civil também”, completou. Desde a semana passada, as prisões de incendiários tiveram início no DF. Na sexta-feira (13), a Polícia Rodoviária Federal prendeu um homem suspeito de provocar um incêndio na área de Cerrado do Recanto das Emas. Ele também foi denunciado por um morador da região. Na terça-feira (17), um jovem de 19 anos foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) sob a suspeita de autoria do fogo que atingiu o Parque Burle Marx, no Noroeste. Ele foi levado à 5ª Delegacia de Polícia (DP), na Asa Norte. A detenção ocorreu após uma denúncia pelo 190. Denúncias As denúncias podem ser feitas pelos telefones 197, 190, 193 e 9224-7202 O delegado João Maciel Claro reforçou a importância das denúncias nas investigações. “Trabalhamos com a inteligência que, muitas vezes, colhe informações da população. Então é muito importante que a sociedade denuncie, principalmente, se souber a autoria. Basta ligar no 197 que todas as denúncias serão apuradas”, afirmou. As denúncias podem ser feitas pelos seguintes canais: 197 (PCDF), 190 (PMDF), 193 (Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal) e 9224-7202 (Instituto Brasília Ambiental).
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GDF reforça efetivo no combate ao incêndio florestal no Parque Nacional de Brasília
Com o objetivo de ampliar os esforços para debelar o incêndio florestal iniciado no último domingo (15) no Parque Nacional de Brasília, o Governo do Distrito Federal (GDF) aumentou, nesta terça-feira (17), o efetivo empenhado na operação conjunta que envolve o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), o Instituto Brasília Ambiental, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Prevfogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Cerca de 640 bombeiros foram acionados para participar do combate e já estão se revezando em campo. Além disso, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) cedeu um helicóptero para auxiliar nos trabalhos aéreos. O coronel Marcos Rangel explicou que novos militares foram acionados para ampliar as equipes terrestre e aérea no enfrentamento à queimada iniciada no domingo | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O incremento logístico permitiu que a operação controlasse o incêndio e impedisse a expansão do fogo. “Posso considerar que a operação está sendo bastante exitosa e o nosso governador não está medindo esforços para que tenhamos sucesso nessa missão”, afirmou o coronel do CBMDF, Marcos Rangel. “Continuamos empenhados no combate. O incêndio já está controlado. Ele não se expandiu, mas continua presente na mata de galeria, que é de difícil acesso, dificultando nosso avanço”, complementa. “Posso considerar que a operação está sendo bastante exitosa e o nosso governador não está medindo esforços para que tenhamos sucesso nessa missão” Marcos Rangel, coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal O desafio agora é conter os focos subterrâneos na mata de galeria que se concentram próximo ao Córrego do Bananal. “O trabalho da tarde foi de manutenção das linhas para evitar novas reignições e combate dentro das matas de galeria. O perímetro total da área apagada está sendo monitorado, mas o Bananal ainda tem focos ativos dentro. Ele não vai se expandir, não vai aumentar a área atingida pelo incêndio, mas tem pontos quentes”, explicou o coordenador de Manejo Integrado do Fogo do ICMBio, João Paulo Morita. O monitoramento está sendo feito por meio dos helicópteros dos Bombeiros e da PMDF. “Em termos de água, estamos bastante favorecidos com cinco bombas d’água, carros-pipas do Exército e aeronaves Air Tractor do ICMBio e uma aeronave nimbus do Corpo de Bombeiros para o lançamento de água”, complementou o coronel Rangel. A queimada começou por volta das 11h30 do último domingo (15) próximo à região do Córrego do Bananal e da unidade de captação de água da Companhia Ambiental de Saneamento do Distrito Federal (Caesb). Criado em novembro de 1961, o Parque Nacional de Brasília é uma unidade de conservação de proteção integral que mantém o bioma e abriga bacias dos córregos que formam a represa Santa Maria, responsável pelo fornecimento da água potável ao DF. A chefe do Parque Nacional de Brasília e Reserva Biológica Contagem, Larissa Diehl, explicou que a situação na Água Mineral é diferente da Floresta Nacional de Brasília (Flona), quando houve a necessidade de suplementação da alimentação dos animais Monitoramento dos animais Todas as equipes foram orientadas a fazer o monitoramento dos animais no parque, mas não há registro de resgate. Apenas uma anta adulta foi identificada com ferimentos, chegou a receber os cuidados necessários e continua solta no parque, que tem uma área de mais de 42 mil hectares. Até agora, a estimativa é de que 2,4 mil hectares de vegetação tenham sido consumidos. “É importante aproveitarmos para avisar a população que não estamos recebendo doações de alimentos. No momento, identificamos apenas um animal ferido, que continua solto. Ele não precisou ser removido ou contido”, avisou a chefe do Parque Nacional de Brasília e Reserva Biológica Contagem, Larissa Diehl. Ela explicou que a situação na Água Mineral é diferente da Floresta Nacional de Brasília (Flona), quando houve a necessidade de suplementação da alimentação dos animais. “A proporção de área atingida lá foi muito maior e, por isso, foram tomadas essas atitudes. No Parque Nacional, ainda não é necessário”. De acordo com João Paulo Morita, o desafio agora é conter os focos subterrâneos na mata de galeria que se concentram próximo ao Córrego do Bananal Força-tarefa Na segunda-feira (16), o GDF instalou uma força-tarefa por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) para investigar possíveis ações criminosas relacionadas ao episódio. A decisão foi tomada após reunião, no Palácio do Buriti, com a presença do governador Ibaneis Rocha, da vice-governadora Celina Leão e de órgãos de segurança e meio ambiente. No fim de agosto, após o DF ser atingido por fumaça vinda de outras unidades da Federação, o governador Ibaneis Rocha instituiu um grupo de trabalho para elaborar um plano de ação para eventos críticos da qualidade do ar. Em abril, foi decretado estado de emergência ambiental no DF para o período de junho a novembro, o que possibilitou a preparação dos órgãos que compõem o Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais que executa o Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Distrito Federal (Ppcif) para otimizar recursos humanos e materiais em relação às queimadas. O principal apoio, no entanto, precisa vir dos moradores. Além de evitar o uso de fogo em áreas abertas, a população pode colaborar acionando o Corpo de Bombeiros pelo número 193 ao avistar qualquer foco de incêndio. Também é possível usar a Central de Denúncias de Incêndios Florestais, criada em julho pelo Brasília Ambiental, pelo número 9224-7202 — ligação ou WhatsApp. Previsão do tempo De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de chuvas para os próximos dias na capital federal. Nesta terça-feira (17), o DF bateu a marca de 147 dias consecutivos de estiagem sem qualquer expectativa de precipitação. A seca deve permanecer ao longo da semana e também nos próximos dias. Além disso, segundo o meteorologista de plantão do Inmet, Heráclio Alves, as condições climáticas continuarão favorecendo a ocorrência de incêndios devido às altas temperaturas e ao clima seco. *Colaborou Fernando Jordão
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DF está em alerta vermelho para baixa umidade do ar e risco de incêndios florestais
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) publicou, nesta quinta-feira (5), alerta vermelho de grande perigo para umidade relativa do ar abaixo de 12% em todo o Distrito Federal. Previsto para durar inicialmente até as 17h, o aviso dos meteorologistas também aponta elevado risco de incêndios florestais e à saúde dos brasilienses. O alerta vermelho (grande perigo), conforme o sistema de cores estabelecido pelo Inmet, é o mais crítico entre os existentes, que incluem ainda os avisos laranja (perigo) e amarelo (perigo potencial). A estiagem, conforme as projeções dos meteorologistas, só deve ter fim após a segunda quinzena de setembro`| Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Em todos os cenários, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil do DF dispara mensagens orientando a população sobre os riscos e cuidados que devem ser tomados durante o período de estiagem. O serviço pode ser solicitado pela população por meio do telefone 40199. Basta enviar uma mensagem, e a inclusão na lista de transmissão é automática. Os alertas são gerados pelo Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do Ministério da Integração, em parceria com os órgãos de Defesa Civil de estados e municípios. “A Defesa Civil trabalha em conjunto com outros órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) no monitoramento dos índices do Inmet, em particular na questão da umidade e temperatura, para, quando for necessário, emitirmos o alerta via SMS aos cidadãos”, explica a capitã Luciana de Oliveira, da Gerência da Gestão Administrativa e Comunicação da Defesa Civil do DF. Cuidado redobrado Segundo a servidora, com a umidade relativa do ar abaixo de 12%, é preciso redobrar os cuidados especialmente com crianças e idosos, mais vulneráveis aos sintomas provocados pela seca. “E para a população em geral, as orientações são as mesmas: manter-se hidratado, os ambientes umidificados, evitar exposição ao sol e atividade física nas horas mais quentes”, acrescenta a capitã. O militar Fábio Rodrigues: “Só assim [com garrafas de água] para conseguir praticar atividade física. Até para quem está acostumado com a seca está difícil” Cuidados que o militar Fábio Rodrigues, de 48 anos, já conhece bem. O brasiliense, adepto da prática do ciclismo, não sai de casa sem sua aliada para encarar os dias de estiagem: as garrafinhas. “Ando sempre com duas – uma contém água e a outra tem isotônico”, detalha. “Só assim para conseguir praticar atividade física. Até para quem está acostumado com a seca está difícil”. O professor de futevôlei Edivan Souza, 57, costuma orientar os alunos com dicas que vão além da hidratação por ingestão de líquidos: “Ela precisa ser contínua, um hábito em dias de seca. Mas não podemos descuidar. Sempre recomendo uma alimentação leve para prática das aulas e de proteção, com utilização de camisas com proteção UV ou uso de cremes e hidratantes em áreas que ressecam mais, como o nariz e rosto”. Índices preocupantes O meteorologista Carlos Rocha, do Instituto Brasília Ambiental, explica que, neste ano, a seca chegou antes do previsto para os brasilienses: “A estiagem veio mais cedo, e estamos sem chuva desde o dia 23 de abril. Normalmente, no início de maio, ainda temos algumas precipitações. É inédito em toda a série histórica desde 1963 termos quatro meses consecutivos sem chuva – maio, junho, julho e agosto”. Como se não bastasse, na terça-feira (3), o DF atingiu o recorde histórico de menor umidade relativa do ar, com a estação meteorológica da Ponte Alta, no Gama, registrando o índice de apenas 7%. O alerta vermelho (grande perigo), conforme o sistema de cores estabelecido pelo Inmet, é o mais crítico entre os existentes, que incluem ainda os avisos laranja (perigo) e amarelo (perigo potencial) A estiagem, conforme as projeções dos meteorologistas, só deve ter fim após a segunda quinzena de setembro. “Temos a possibilidade de chuvinha prevista para o dia 21 – sempre deixando claro que a assertiva desses modelos em um prazo de 15 a 20 dias não é muito boa. Entretanto esta é a tendência mostrada hoje”, prossegue Rocha. Ainda de acordo com o especialista, soma-se à tradicional seca brasiliense o impacto das queimadas florestais em todo o país. Nesta manhã, o instituto emitiu informativo apontando “horizonte mais esfumaçado, com o aumento da concentração de material particulado, proveniente das queimadas que estão ocorrendo no Distrito Federal e no Entorno”. “Para agravar a situação, na noite de quarta-feira (4) e manhã de quinta (5), observamos que houve uma chegada de fumaça (material particulado), proveniente da queima de biomassa (incêndios florestais), vindo da região leste do DF, devido aos incêndios naquela região, mas que, por sua vez, também recebeu a fumaça, devido à circulação atmosférica, da fumaça das queimadas na região Sudeste e Norte do país”, diz o aviso. O professor de futevôlei Edivan Souza costuma orientar os alunos com dicas que vão além da hidratação por ingestão de líquidos Qualidade do ar Ciente dos riscos à população, o GDF instituiu, em 26 de agosto, uma comissão para elaboração de plano para episódios críticos de poluição do ar na capital. A criação do colegiado foi oficializada com a publicação do decreto nº 46.182 na edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A constituição do grupo já havia sido anunciada após uma reunião do governador Ibaneis Rocha com autoridades do GDF em decorrência da cortina de fumaça vinda de outros estados que se concentrou no céu da capital federal no dia anterior. Composto por 17 órgãos do GDF e sob coordenação do Instituto Brasília Ambiental, o grupo terá como responsabilidade propor ações de ampliação e modernização da rede de monitoramento da qualidade de ar do DF. A comissão terá um prazo de 90 dias para a elaboração das propostas. O objetivo é deixar a cidade preparada caso aconteça novamente uma situação semelhante. Essa foi a primeira vez que Brasília enfrentou a forte redução do Índice de Qualidade do Ar (IQAr), que chegou a ser classificado de ruim a péssimo para material particulado (poeira, fumaça ou fuligem).
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