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Projeto escolar combate bullying por meio das artes marciais

O Centro de Ensino Médio (CEM) Urso Branco, no Núcleo Bandeirante, encontrou nas artes marciais uma ferramenta eficaz de transformação social. Criado em 2017, o projeto Quem Luta Não Briga reduziu significativamente os conflitos na escola, ampliou as modalidades ensinadas e tornou-se referência para outras instituições do Distrito Federal. Projeto Quem Luta Não Briga atende pessoas de 15 a 60 anos da comunidade escolar | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF Mais de 500 alunos já passaram pelo projeto, que atende pessoas de 15 a 60 anos da comunidade escolar. “Em 2017, a comunidade do Núcleo Bandeirante enfrentava muitos conflitos, especialmente entre regiões próximas. Essas tensões chegavam à escola, transformando o ambiente em um foco de disputas de gênero, condição social e outros problemas”, explica o diretor Dreithe Thiago Ribeiro. A iniciativa, que começou com seis placas de tatame e aulas de jiu-jítsu, atualmente conta com um centro de lutas equipado, oferecendo também boxe, caratê, muay thai, judô, treino funcional e pilates. O supervisor pedagógico Eronildo Santiago, responsável pelo centro de lutas, ressalta o impacto do programa: “Tivemos uma formação ampla de alunos que se tornaram campeões, saíram de situações de violência doméstica e melhoraram o desempenho escolar”. Inclusão social O estudante Davi Rocha, de 13 anos, é faixa laranja de caratê. Ele ganhou confiança e autocontrole ao praticar a luta na escola O projeto também se destaca pela inclusão social. Alunos sem condições financeiras recebem doações de equipamentos. “Aqui, o aluno que não tem recursos tem total capacidade para treinar”, afirma Santiago. Entre os instrutores voluntários está o mestre de caratê Olivério Fernandes Borges, 74, um dos primeiros alunos da escola, fundada em 1963. Sua presença contínua ao longo de quase toda a história da instituição simboliza o compromisso de longo prazo com a educação e o desenvolvimento dos jovens. O estudante Davi Rocha de Carvalho, 13, aluno do 8º ano, é um dos beneficiados pela iniciativa. “Desde que comecei no caratê, aprendi a me controlar melhor e a confiar mais em mim. O projeto me ensinou que ser forte não é brigar, mas saber quando não brigar”, relata o adolescente. O diretor Dreithe também alerta para novos desafios, como o cyberbullying: “Hoje, com o acesso irrestrito que eles têm aos dispositivos digitais, os conflitos muitas vezes começam nas redes sociais para depois chegar à escola”. Ele recomenda que os pais observem o comportamento dos filhos nas plataformas digitais. O sucesso do Quem Luta Não Briga já inspira iniciativas semelhantes em outras unidades da rede pública do DF, demonstrando como projetos inovadores dentro da Secretaria de Educação podem transformar não apenas as escolas, mas comunidades inteiras. Várias faculdades já visitaram o projeto para estudá-lo como um caso de sucesso em intervenção socioeducativa. Às vésperas de completar uma década, o projeto mantém-se ativo, mesmo durante as férias escolares, oferecendo uma alternativa constante para jovens e adultos da comunidade. *Com informações da SEEDF  

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Conheça o BSBJJ, projeto social que transforma vidas por meio do jiu-jítsu

No tatame do Centro de Ensino Fundamental (CEF) Dra. Zilda Arns, diversos jovens encontram, por meio da luta, transformação social e desenvolvimento pessoal. Funcionando há oito anos em parceria com a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF), o Projeto BSBJJ oferece aulas gratuitas de jiu-jítsu, promovendo a inclusão a partir de treinos que combinam técnicas de defesa pessoal e atividades educativas, reforçando o aprendizado escolar e desenvolvendo habilidades emocionais por meio do esporte. Além do Itapoã, o projeto está presente em mais duas unidades no Distrito Federal, localizadas em Samambaia e no Paranoá, onde a comunidade tem acesso a treinos na administração regional e nos batalhões da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Com um termo de fomento de aproximadamente R$ 300 mil da SEL, o apoio contempla a disponibilização de materiais esportivos, um educador especializado e serviços para o projeto, que já alcança uma média de 200 alunos impactados na comunidade. Projetos como o BSBJJ incentivam valores como respeito, superação e trabalho em equipe | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília Segundo o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, projetos como o BSBJJ são fundamentais para transformar a realidade de muitos jovens, incentivando não apenas a prática esportiva, mas também valores como respeito, superação e trabalho em equipe. “Apoiar iniciativas assim é essencial e um compromisso com a formação de cidadãos e com o fortalecimento do esporte como um agente de mudança social. Acreditamos no esporte como uma ferramenta poderosa para promover inclusão social, disciplina e novas oportunidades para os jovens do DF”, destaca o gestor. Os alunos matriculados na rede pública de ensino que apresentam boas notas recebem um quimono e faixas personalizadas com as marcas dos apoiadores para usar em competições e treinos. De acordo com o coordenador do projeto, Israel Costa, 23 anos, é feito um acompanhamento com os jovens dentro e fora do tatame, incentivando o bom desempenho na escola em casa. “ [O projeto] Tem mudado a realidade deles. O Itapoã é uma comunidade carente e esse é o papel mais importante do projeto e das artes marciais: pegar aquele que está na rua, trazer para o tatame, dar um quimono e uma oportunidade para transformar não só a vida dele como a da família”, ressalta. Israel Costa: “O Itapoã é uma comunidade carente e esse é o papel mais importante do projeto e das artes marciais: pegar aquele que está na rua, trazer para o tatame, dar um quimono e uma oportunidade para transformar não só a vida dele como a da família” O instrutor frisa a mudança visível nos jovens por meio do retorno de quem os acompanha. “Muitas vezes os pais chegam falando que o comportamento do filho mudou, está ajudando dentro de casa e mais disposto a mudar de vida, procurando uma melhoria para a família. É gratificante ver essa transformação. Na minha vida mesmo faz toda diferença: treino em projetos sociais desde os 8 anos e sempre notei várias iniciativas sem apoio, mas em Brasília tem sido diferente. Com o apoio deste GDF e da SEL, temos conseguido fazer a diferença e ajudar essa meninada a tomar outro rumo”. Menos rua e mais tatame Mestre Gessé Pereira dos Santos descreve o projeto como “uma ponte que mostra que eles são capazes” Indo para o terceiro ano de atuação, a unidade do Itapoã atende cerca de 50 alunos e conta com os ensinamentos do mestre Gessé Pereira dos Santos, 42. Ele descreve o BSBJJ como uma uma boia salva-vidas em meio ao caos. “Conseguimos tirar esses jovens de uma vida ociosa na frente das telas e ser uma ponte que mostra que eles são capazes, transformando-os em verdadeiros campeões não só no tatame, mas na vida. Tudo isso gera o grande lema do projeto, que é: menos rua, mais tatame”. O professor de jiu-jítsu aponta que, fora a ética comportamental que a arte marcial ensina, os alunos se tornam mais otimistas com a vida. “Para treinar uma arte marcial, você precisa respirar, se conhecer e dominar a força. Vejo a mudança na história dessas crianças e jovens. Eles conseguem ir além das diversidades, não desistir fácil, ter resiliência e respeitar o próximo – tudo por meio do que é ensinado na luta”, pontua Gessé. Asafe Ferreira Reis: “Temos amizade no tatame que nos deixam longe de coisas ruins” O jovem de 14 anos Asafe Ferreira Reis integra o projeto há um ano e reforça a importância do acesso ao esporte independente da idade, além da melhora no porte físico e a rede de apoio formada pela rotina de treinos. “Temos amizade no tatame que nos deixam longe de coisas ruins. Antes de começar a treinar, eu tinha facilidade para pegar doenças, ficava gripado com frequência e qualquer coisa vinha muito forte. Hoje em dia não sinto tanto isso e também não canso como antes”. Ana Beatriz Prata Cruz, de 12 anos, também treina há cerca de um ano no Itapoã e já ganhou dois campeonatos de jiu-jítsu no DF. A atleta ressalta que, depois que começou a praticar o esporte, passou de uma adolescente parada e desanimada para uma que ama as atividades. “O tatame me transforma. Não sei como explicar, porque é um sentimento muito grande. Quando entrei, pensei que ia ser muito difícil, mas não é. É um esporte realmente para todos”, declara. Pertencimento A instrutora Nayara Alves dos Santos reforça a importância de o projeto ajudar no empoderamento de meninas Um grande diferencial do projeto é a turma feminina de jiu-jítsu que funciona desde 2023 no Dra Zilda Arns e atende todas as idades. Responsável pelo grupo, a faixa-preta Nayara Alves do Santos, 35, é vista como um exemplo para as meninas que se espelham na luta feminina. A instrutora destaca a importância da autodefesa para as mulheres e explica que sempre viu a necessidade de existir uma turma feminina, ao perceber que muitas se sentiam mais confortáveis com a possibilidade ー ou, ainda, tinham pais ou parceiros que não aceitavam a prática delas na modalidade por não entenderem como funciona o esporte. “Trabalhamos justamente as questões da mulher na sociedade, sobre se proteger de assédios e saber que em várias situações você pode ter uma postura diferenciada. Além de trabalhar a ansiedade e autoestima, essa turma é para empoderar as mulheres e mostrar que elas conseguem sair de qualquer situação. Se defender, se impor e falar que não é não. Elas gostam de estar aqui. Mais que jiu-jítsu, é um ambiente de troca de experiências e transformação de vidas”, acentua a professora. Eduarda Almeida ressalta que, no tatame, consegue pertencimento e acolhimento Entre as alunas de Nayara, está a estudante de 18 anos Eduarda Almeida, que participou de outros projetos sociais e reforça o acolhimento e pertencimento que a turma específica trouxe ao projeto. “Muda o cenário que geralmente é mais composto por homens. É um diferencial porque a gente não vê isso em muitos lugares, então as mulheres se sentem acolhidas e com um lugar para chamar de seu. Eu raramente via uma mulher faixa preta e a Nayara faz um grande diferencial nesse caminho que o jiu-jítsu feminino está trilhando, em que a gente tem mais visibilidade em tudo”. A jovem acentua, ainda, a diferença que as aulas gratuitas fazem na vida dela, de Pessoas Com Deficiência (PCDs) e diversas pessoas da comunidade que participam do BSBJJ: “Normalmente as academias de luta são pagas e não são todos que têm dinheiro. Esse projeto acolhe todo mundo e fico muito grata por ele existir. Quando eu venho para cá, posso esquecer um pouco de tudo que acontece lá fora e só treinar e interagir com os amigos”.

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Cief abre 2 mil vagas para jovens de 9 a 17 anos com novas opções esportivas em 2025

Crianças e adolescentes têm um motivo especial para começar 2025 com energia e saúde. O Centro Interescolar de Esportes (Cief), localizado na 907 Sul, abre inscrições na segunda-feira (6) para alunos da rede pública do Distrito Federal interessados em praticar esportes. Serão ofertadas cerca de 2 mil vagas em diversas modalidades, incluindo novidades como beach tênis, jiu-jítsu e musculação. O período de matrículas para alunos da rede pública segue até 9 de fevereiro. A partir de 10 de fevereiro, estudantes de escolas particulares também poderão se inscrever, desde que ainda haja vagas disponíveis. Alunos da rede pública de ensino têm exclusividade nas matrículas até 9 de fevereiro, quando estudantes das escolas particulares poderão se inscrever também | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Nosso objetivo é atender alunos de 9 a 17 anos e 11 meses, uma faixa etária estratégica, pois queremos incentivar os jovens a desenvolverem o gosto pela atividade física desde cedo e dar continuidade ao trabalho realizado nas escolas”, destaca o diretor do Cief, Guilherme Hoffs de Lima. Inscrições As inscrições devem ser feitas presencialmente na secretaria do Cief, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. O atendimento será por ordem de chegada, e as aulas ocorrerão nos turnos matutino, das 7h15 às 12h15, e vespertino, das 13h30 às 18h30. 2 mil alunos expectativa de atendimento no CIEF em 2025 Além das novas modalidades, o Cief continuará oferecendo atletismo, basquete, futsal e voleibol, esportes que já atraíram centenas de jovens ao longo de 2023 e 2024. Para garantir uma vaga, os responsáveis devem apresentar os seguintes documentos: → Declaração escolar atualizada; → Duas fotos 3×4 recentes; → Cópias dos documentos do estudante e do responsável; → Comprovante de residência; → Cópia da tipagem sanguínea com fator RH. Ampliação Reativado no segundo semestre de 2023, o Cief iniciou as atividades com cerca de 500 alunos. Em 2024, o número cresceu para 750, e, com as melhorias e ampliação do espaço, a expectativa é atender até 2 mil jovens em 2025.

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Incentivo do GDF ao esporte transforma atletas em campeões

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Academia Buriti completa um ano de atividades físicas

Nesta sexta-feira (13), a Academia Buriti completa um ano de atividades. O projeto, gerido pela Secretaria Executiva de Qualidade de Vida (Sequali), da Secretaria de Economia, tem como meta disponibilizar aulas on-line, presenciais e gratuitas de diversas modalidades para os servidores do GDF e incentivá-los a buscar mais qualidade de vida, por meio de atividades pela saúde física e mental. A Academia Buriti oferece oito modalidades de atividades físicas para que o servidor se exercite | Foto: Divulgação/Seec “A Academia Buriti é uma das principais realizações da Sequali. Com o objetivo de tirar os servidores do sedentarismo, a ação ganhou ainda mais importância no contexto da pandemia. As atividades ajudam a melhorar não apenas o condicionamento físico, mas o estado emocional e a autoestima dos alunos”, detalha Adriana Faria, secretária executiva da Sequali. “Nosso objetivo é trazer melhores condições de vida para as pessoas. A academia é uma iniciativa inovadora que reúne grandes profissionais, como instrutores e mestres, o que ganha ainda mais importância em momentos como o que estamos vivendo, de isolamento social imposto pela pandemia, e que já ajudou tantos servidores e tirou tantas pessoas do sedentarismo”, acrescenta o secretário de Economia, André Clemente. [Olho texto=”“Temos vários inimigos na vida: o estresse, a doença e o sedentarismo, por exemplo”” assinatura=”Mestre Dada, mentor de defesa pessoal” esquerda_direita_centro=”direita”] Inicialmente, o projeto englobava apenas três modalidades: defesa pessoal, taekwondo e kickboxing. “Defesa pessoal é algo muito amplo, não é só sobre luta. É sobre defender a vida! Temos vários inimigos na vida: o estresse, a doença e o sedentarismo, por exemplo. Então precisamos nos conhecer para combatê-los. A melhor pessoa para cuidar de você é você mesmo. Por isso, esse projeto é muito importante”, completa Mestre Dada, mentor de defesa pessoal. Com o passar do tempo, a Academia Buriti recebeu mais mentores e, junto com eles, novas modalidades. A grade completa atual inclui defesa pessoal, arnis kali, kickboxing, taekwondo, jiu-jitsu, karatê, boxe e treino funcional. “Para mim é uma grande oportunidade de crescimento participar de um projeto que busca a qualidade de vida para alunos e professores. A troca de experiências sempre é mútua”, conta Sueli Moraes, professora de treino funcional e servidora da Sequali. No início do mês de junho, as aulas da academia passaram a ser também presenciais. O espaço, ao lado da passarela do anexo do Palácio do Buriti, segue todas as regras de segurança e de saúde. As aulas continuam sendo transmitidas de forma gratuita pelo canal da Secretaria de Economia no YouTube. Os alunos Durante seu primeiro ano de existência, a Academia Buriti recebeu diversos alunos em todas as modalidades. Os professores confirmam que não apenas a saúde, mas a disposição, o humor e a autoestima dos alunos melhoraram muito após a retomada ou o início da prática de exercícios físicos. “É incrível a iniciativa de aulas gratuitas para os servidores. Todos os professores são de excelência. Além de humanos e carinhosos, o que fez do ambiente mais que uma academia, é um espaço de acolhida, de cuidado do corpo e da mente dos alunos. Sou muito grata por essa iniciativa”, diz Mônica Carneiro, aluna da Academia Buriti e servidora do Metrô/DF. [Olho texto=”Já foram transmitidas mais de 480 aulas da Academia Buriti e com mais de 36 mil visualizações” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Esse projeto é fantástico! Ele tem um alcance muito grande. Está mudando a vida de muitas pessoas. É um compromisso acompanhar as aulas. Eu acompanho as aulas gratuitamente de Goiânia, no conforto da minha casa, melhorando minha saúde”, conta Márcia de Almeida, que não é servidora do DF, mas acompanha as aulas virtuais no YouTube da Secretaria de Economia, já que ele é aberto e gratuito. Já foram transmitidas mais de 480 aulas da Academia Buriti e com mais de 36 mil visualizações. Academia fora da academia A academia também oferece aulões abertos aos servidores do GDF e familiares em diferentes locais de Brasília. Na Praça do Buriti já teve taekwondo. E no último Dia dos Pais foram reunidas quatro modalidades de luta no Parque da Cidade. A academia realizou neste ano eventos especiais de troca de faixa, uma aula especial de alongamento, aulas em comemoração ao mês da mulher e também recebeu o Projeto Taekwondo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Família Para envolver a família dos servidores, a Sequali vai iniciar a ação Manhãs Divertidas. A proposta é realizar aulas especiais para crianças de 6 a 12 anos na Academia Buriti. A estreia será no próximo dia 21 , das 9h às 11h.   *Com informações da Secretaria de Economia

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Sul-Americano de Jiu-Jitsu é atração no Ginásio do Cruzeiro

O Ginásio do Cruzeiro, um dos principais endereços do esporte na capital federal, será palco neste fim de semana (12 e 13) do Sul-Americano de Jiu-Jitsu Pro Brasília-DF. Neste sábado (12), das 16h30 às 18h, o espaço será reservado para a pesagem dos atletas. No domingo (13), até 600 competidores, divididos entre várias categorias, se enfrentarão sem a presença de público. Os campeões das dez categorias absolutas ganharão passagem e inscrição para outro torneio da modalidade, programado para março de 2021, em Gramado (RS).  Entre os participantes, 200 lutadores são egressos de projetos sociais do DF que foram agraciados com quimono e inscrição gratuita. O evento, que pela primeira vez se realiza em Brasília, conta com parceria da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), por meio de termo de fomento no valor de R$ 119.960,94 que ajudará na aquisição de premiação, como medalhas e troféus, infraestrutura, alambrados, materiais esportivos, uniformes para a equipe de coordenação e apoio de equipes de saúde. Também apoia a competição a organização esportiva Abu Dhabi Jiu-Jitsu Pro (AJP). Apoio “O apoio da Secretaria de Esporte foi o divisor de águas desse evento, que nos permitiu incluir lutadores que em outro cenário, não teriam a oportunidade de participar de um evento desse nível, sem contar a doação dos quimonos”, valoriza o vice-presidente da Federação Brasileira de Jiu-Jitsu, Rodrigo Natalino. Os protocolos de segurança em combate à pandemia de Covid-19 estabelecidos pelo GDF serão respeitados, como uso obrigatório de máscaras, aferição de temperatura dos presentes, higienização constante do tatame e cronograma de horários previamente definidos para que o participante compareça ao ginásio somente no momento da luta, retirando-se ao final, como forma de evitar aglomeração. “Queremos dar prosseguimento às atividades, dando o máximo de segurança aos praticantes”, explica Rodrigo. “O atleta deverá escolher levar seu treinador ou um acompanhante, e as finais serão transmitidas ao vivo pelo site da Federação.” * Com informações da SEL

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Projeto social ensina artes marciais em São Sebastião

No final do mês passado, 13 atletas mirins estiveram no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu 2019 Fotos: Vinicius de Melo / Agência Brasília O treino começa às 19h e as crianças mal podem esperar o horário marcado. Quando o professor chega ao galpão onde ocorrem as aulas no bairro Bonsucesso, em São Sebastião, o local já está cheio. Agitados, os alunos esperam ansiosamente pelas lições. As principais são os golpes de lutas, mas disciplina, respeito, superação e coragem estão na lista dos ensinamentos. O professor é Adalberto Antônio Ventura, 48 anos, conhecido como Betinho. Atleta desde os 29, faixa preta há nove anos, servidor público concursado e comandante do projeto social Campeão No Esporte e Na Vida. Há cinco anos, partiu dele a iniciativa de dar aulas gratuitas para crianças de São Sebastião. Hoje, 100 meninos e meninas aprendem Judô, Muay Thai e Jiu-Jitsu sem pagar nada. Ele, que é como um pai para muitos alunos, dava aulas em academias particulares e via de perto as dificuldades financeiras das famílias para pagar as mensalidades. “Eu encontrava os alunos, perguntava o porquê de terem parado de treinar e eles sempre falavam que os pais estavam sem dinheiro”, conta. “Em qualquer dificuldade financeira, o esporte era cortado”, acrescenta. Adalberto decidiu criar o projeto social depois que outra iniciativa que ensinava Judô de graça na cidade fechou as portas. E não se trata apenas de lazer. Eles levam o esporte a sério. No final do mês passado, 13 atletas mirins estiveram no Campeonato Brasileiro de Jiu-Jítsu 2019, que aconteceu em Barueri, São Paulo. E cinco deles voltaram com medalhas do maior evento do país na modalidade: dois ouros, uma prata e dois bronzes. Histórias de vida Por trás de cada premiação, uma história de vida. Jonatha Michael Lopes da Silva, 15 anos, luta há quatro anos, é faixa laranja e ganhou ouro em sua categoria. O novo campeão nacional mirim de Jiu-Jitsu, que já participou de outros 20 torneios, trava uma batalha diária para conciliar os estudos, os treinos e o trabalho como Jovem Candango para ajudar em casa. Pretende cursar veterinária e continuar lutando depois de adulto. As crianças treinam em um galpão cedido pela Administração Regional de São Sebastião “Desde os 6 anos eu treino. Fiz Judô antes em outro projeto social. Eu moro na casa da minha avó e do meu avô com minha mãe, eles sempre me incentivaram muito. O esporte mudou minha vida. O tempo que eu poderia estar na rua, aprendendo o que não presta, estou treinando e aprendendo um pouco da vida”, diz. “Eu poderia cair em outro caminho, mas o esporte me salvou.” Mateus Damaso tem 11 anos e começou a trilhar um caminho no Jiu-Jitsu com dois anos de treino. O medalhista de bronze no Campeonato Brasileiro relata que, antes de praticar esporte, voltava da escola e passava o dia na rua. “Eu saí da rua e não aprendo a fazer coisa errada. Agora tenho duas medalhas de ouro, três de bronze e umas quatro de prata. Vou ser lutador de Jiu-Jitsu quando crescer”, diz. Aos 13 anos e com menos de dois anos de treino, Rayssa Gomes da Silva também voltou com o ouro pra casa. “A Rayssa é impressionante. Aprende tudo muito rápido e evolui muito bem. Ela tem o dom mesmo”, elogia o professor. Nascida em Água Branca, no interior do Piauí, ela mora no Distrito Federal há três anos e pretende seguir carreira no esporte. “Gosto muito de estar no tatame. É muito importante estar aqui aprendendo e me destacando. O esporte mudou o meu jeito de pensar”, afirma. Superação Mais de 200 adultos também treinam no galpão e colecionam títulos. Como Pedro Moura, 28 anos. Faixa preta de Judô e de Jiu-Jitsu, ele já ganhou um Campeonato Panamericano, dois Europeus e é campeão mundial de Jiu-Jitsu. Com muita dedicação e talento, Pedro transformou o esporte em profissão. “Eu e minha irmã somos atletas, ela vive nos Estados Unidos e se sustenta como atleta. Nasci em São Sebastião e o projeto foi muito importante na nossa vida e carreira”, conta. “Perdi muitos amigos para o crime, perdi alunos. Esses meninos são a segunda geração de campeões, fora os pais de família que o professor consegue formar”, acrescenta Pedro que passou em um processo seletivo para dar aulas no Qatar. Para manter o projeto social  Campeão No Esporte e Na Vida, Adalberto conta com a ajuda de outros seis professores voluntários. As crianças treinam em um galpão cedido pela Administração Regional de São Sebastião. Todo o resto, incluindo quimonos, vem de doações, que podem ser feitas através de contatos pelo telefone: 9.8550-0535. “Já tivemos aula de reforço e acompanhamento escolar. Tenho muitos projetos, mas dependemos de voluntários”, afirma o professor.

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