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Festival Consciência Negra 2025 movimenta cultura, economia e solidariedade no DF

O Distrito Federal encerrou, no fim de semana passado, uma das maiores edições do festival Consciência Negra já realizadas na capital. Entre os dias 20 e 22 deste mês, mais de 100 mil pessoas passaram pela programação, que uniu cultura, formação, empreendedorismo e solidariedade. O evento gerou 675 empregos diretos e 1.200 indiretos, além de promover o trabalho de 27 artistas, outros cinco selecionados por chamamento público e 19 palestrantes que ajudaram a aprofundar debates sobre identidade, memória e justiça racial. Público pôde desfrutar de três dias de shows, feiras e bate-papos | Foto: Divulgação/Secec-DF Ao longo dos três dias, o público encontrou shows, bate-papo, feiras criativas e apresentações que destacaram a pluralidade da produção artística afro-brasileira. A presença de 27 afroempreendedores reforçou o compromisso do evento com a circulação de renda e o fortalecimento de negócios liderados por pessoas negras no DF. Para muitas dessas iniciativas, participar significou ampliar o alcance de seus produtos, conquistar novos clientes e se conectar com outras redes de trabalho. [LEIA_TAMBEM]A solidariedade também marcou a edição deste ano. Como ingresso, o público doou alimentos não perecíveis, resultando em mais de meia tonelada destinada a instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade. A iniciativa reforçou o caráter comunitário do evento e aproximou ainda mais a população das ações culturais. “Quando mobilizamos milhares de pessoas para celebrar a história e a força da população negra, promovemos algo que vai além da cultura: construímos pertencimento, afirmamos direitos e abrimos caminhos para quem, muitas vezes, não encontra espaço”, avalia o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Claudio Abrantes. “Este evento mostrou que o DF está pronto para avançar com políticas públicas mais inclusivas e transformadoras.” Com ambiente acolhedor, diversidade na programação e impacto direto na economia criativa, o Consciência Negra 2025 deixou um recado claro: a valorização da cultura afro-brasileira é um compromisso contínuo, que segue inspirando políticas, fortalecendo comunidades e lembrando que igualdade se constrói todos os dias. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa  

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SQS 106 recebe placas que destacam marcos históricos de Brasília e aproximam moradores da memória da capital

Há mais de seis décadas, quando Brasília ainda era poeira vermelha, concreto fresco e sonhos em construção, os primeiros moradores chegaram carregando esperança e coragem. Foram os pioneiros que deram vida aos prédios recém-erguidos, e é justamente essa memória que o Projeto Passos Pioneiros busca homenagear com a inauguração de cinco placas históricas na SQS 106, neste sábado (30), às 9h, próximo ao bloco D da quadra. “Essa região é onde Brasília começou a ser construída, onde os primeiros blocos residenciais foram construídos e os três primeiros blocos que tiveram pessoas habitando são esses aqui na SQS 106”, explica Giordano Bazzo, vice-prefeito da quadra, referindo-se aos blocos C, D e I. Cada placa instalada destaca um capítulo da história de Brasília | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília Os primeiros oito blocos foram projetados por Oscar Niemeyer em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), sendo o único projeto de blocos residenciais do arquiteto em Brasília. Os três blocos restantes da quadra foram criados por Wagner Urubatan Neves, responsável por 11 blocos nas quadras 106 e 306 sul. Memória preservada Cada placa instalada destaca um capítulo da história de Brasília: os primeiros prédios entregues em 1959; a transformação do conjunto residencial IAPC na SQS 106; a inauguração do Centro de Ensino Fundamental 01, a quarta escola do Plano Piloto; curiosidades sobre o Cine Brasília, onde é sediado o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais tradicional do país, e a entrequadra 106/107, tombados em 2007. Além de fatos marcantes da área comercial, como os primeiros semáforos e as tesourinhas construídas. A pesquisa dessas informações foi feita com o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF). “Nós cedemos todas as fotos desde o início da quadra 106. Também o projeto de organização dos blocos e outros documentos” afirma Elias Manoel, historiador do Arquivo Público. Para ele, a importância de resgatar essa história é vincular o passado ao presente. “Aquilo que você não lê, você não retoma, você esquece. A história quando não é revisitada, é esquecida. Revisitar a história é olhar uma placa como essa”, complementa o historiador. Novos olhares Letícia Nunes tem 21 anos, nasceu em Brasília e mora no Guará com a família. Ela trabalha como operadora de caixa em um mercado da quadra e confessa que nunca tinha parado para perceber sua importância histórica. “Eu passo todo dia por aqui e não tinha ideia que era a quadra que iniciou tudo. Eu só passava por esse lugar sem ter ideia, como se fosse um lugar qualquer. Achei muito interessante essas placas que identificam. Agora, vou passar por aqui e sempre lembrar disso”, diz Letícia. Já o servidor público Fábio Lacerda mora na quadra 106 há 5 anos. Ele conta que, embora soubesse que a quadra existia há décadas, nunca tinha se dado conta da relevância histórica do local que mora. “Eu sabia que era uma quadra antiga, mas não sabia que tinha toda essa história. Recentemente, passando por aqui, vi essas placas e consegui conhecer um pouco mais e achei bastante interessante”, afirma Fábio. Letícia Nunes tem 21 anos: “Eu passo todo dia por aqui e não tinha ideia que era a quadra que iniciou tudo. Eu só passava por esse lugar sem ter ideia, como se fosse um lugar qualquer. Achei muito interessante essas placas que identificam. Agora, vou sempre lembrar disso”, diz Letícia Recuperação histórica Além da inauguração das placas, a quadra também recebe reformas. Servidores do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) trabalham na manutenção do espaço e da infraestrutura local. “A instalação das placas e a recuperação da quadra aproxima os moradores e visitantes porque elementos históricos não estão em qualquer lugar por aí. E ao defrontar-se com uma placa dessa, aproxima a comunidade porque a comunidade se irmana com um diálogo histórico. Porque, se a gente não tiver lugares que se possa ler conteúdos de história, como é que você vai saber que aquele lugar é histórico?”, questiona o historiador do Arquivo Público.

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Filme ‘Desmemórias’ é exibido em escolas públicas e em sessão gratuita no Cine Brasília

A arte cumpre melhor seu papel quando é vista por mais gente. É por isso que o filme Desmemórias, uma produção brasiliense, tem rodado a cidade em sessões seguidas de debates em escolas públicas do Distrito Federal. E no próximo domingo (25), às 18h, a obra será mostrada gratuitamente em uma sessão aberta a todos no Cine Brasília. Filme brasiliense Desmemórias começou a ser exibido em escolas públicas do DF | Foto: Juliano Chiquetto Ambientado na capital federal, o longa entrelaça a história da protagonista, Narcisa, à da própria cidade. Ao longo da trama, ela enfrenta os desafios da demência e as consequências em suas relações afetivas. A história provoca uma reflexão sobre o papel da memória na construção das nossas identidades. [LEIA_TAMBEM]As exibições em escolas públicas começaram nesta quinta-feira (22), no Centro de Ensino Fundamental (CED) 03 do Gama. "É uma das maiores escolas do Gama, que atende a várias faixas etárias, desde crianças até adultos. Inclusive, há uma turma à noite que é só de idosos", conta Guilherme Angelim, produtor executivo do filme. A próxima unidade a ser visitada é o Centro Educacional Gisno, na Asa Norte. A recepção nos colégios, aponta Angelim, tem sido "das melhores": "[É uma ação importante, porque] aqui em Brasília, os níveis de demência são um pouco grandes. Também é importante por ser um filme daqui, por mostrar a cidade e, principalmente, por serem escolas públicas. E a gente consegue alcançar não só os alunos, mas também os professores". O produtor também revela, agora, boas expectativas para a sessão de Desmemórias no domingo, no Cine Brasília. "Esperamos casa cheia, a gente espera que seja um grande lançamento. A equipe em si do filme tem uma relação afetiva e a gente espera que todos gostem. É um filme emocionante, que faz chorar, que toca de alguma forma. E a gente espera que toque o coração de cada um e que sensibilize para essa questão da demência", arremata.

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#TBT: A magia das luzes de Natal em Brasília

Logo que chegou a Brasília, João de Santo Cristo, cantado pela banda Legião Urbana, ficou “bestificado com as luzes de Natal” e exclamou: “Meu Deus, mas que cidade linda!”. Assim como ele, turistas e brasilienses se encantam com os adereços e iluminação que compõem as paisagens do Planalto Central nesta época do ano. A tradição surgiu já no ano de inauguração, em 1960, e é o tema desta matéria do #TBTDoDF, especial da Agência Brasília que mergulha na história da capital federal. O Teatro Nacional é um dos pontos que recebiam enfeites natalinos no início de Brasília | Foto: Divulgação/Arquivo Público do DF Imagens do Arquivo Público do Distrito Federal mostram que nos primeiros natais brasilienses as luzes eram instaladas na Rodoviária do Plano Piloto e no Teatro Nacional, espalhando-se também pela Esplanada dos Ministérios e chegando à Torre de TV e à W3 Sul. Há ainda uma imagem datada de 1960 do que teria sido a primeira árvore de Natal da cidade, que dá as boas-vindas ao Papai Noel. Outro registro mostra a decoração do Catetinho, a primeira residência oficial do então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, durante a construção de Brasília. Na imagem, datada de 1956, mesmo ano em que o prédio conhecido como “Palácio de Tábuas” foi criado, aparecem pessoas reunidas na cozinha, iluminada por pisca-piscas pendurados em árvores ao redor. Outra imagem mostra servidores da antiga prefeitura de Brasília montando a imagem de Papai Noel, no ano de 1963. O Catetinho era enfeitado com luzes pisca-piscas penduradas em árvores | Foto: Divulgação/Arquivo Público do DF Antes de 1960, porém, o espírito natalino já estava no Planalto Central. É o que conta um artigo da Revista Brasília, periódico criado pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), publicado mensalmente entre janeiro de 1957 e maio de 1963. A edição de dezembro de 1957 conta que foi montada uma árvore de Natal e distribuídos presentes para 1.680 crianças com idade até 12 anos. “E foi esta a primeira festa natalina das crianças de Brasília”, diz o texto. “Apesar de não ser um bem tombado, o Natal é uma manifestação cultural que, sem dúvida, faz parte da tradição da cidade. Começou com os candangos, que vieram para a construção, e seguiu com o fomento do poder público”, explica o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Ramon Fernandez. De forma inédita, a pasta é a responsável pelo evento natalino neste ano e oferece o projeto Um Sonho de Natal, com atrações em três pontos do Eixo Monumental. Tempo de esperança As luzes desta época do ano sempre chamaram a atenção da aposentada Fátima Barreira, 65 anos. Quando chegou a Brasília, em 1977, ela encantou-se com os pisca-piscas que enfeitavam o Congresso Nacional e a Esplanada dos Ministérios. No ano passado, visitou as decorações com a filha e, este ano, já foi ver o presépio que adorna a Praça do Buriti. “Cada decoração tem sua simbologia. Amo tudo: a árvore, os anjos… Decorar a cidade para mim significa valorizar o simbolismo do Natal, reproduzir o nascimento daquele que morreu por todos nós”, afirma. Fátima Bezerra: “Decorar a cidade significa valorizar o simbolismo do Natal, reproduzir o nascimento daquele que morreu por todos nós” | Foto: Arquivo pessoal A jornalista Thays Passos, 36, aprendeu a gostar do Natal com a família, que é católica, e busca passar esse apreço ao filho de 6 anos. Por isso, ela e o esposo sempre levam o menino para ver “as luzinhas”. A favorita, até o momento, foi a decoração de 2021. “Estava espetacular. Não era só pisca-pisca nas árvores e monumentos como de costume. Foi algo que proporcionou um espetáculo para os visitantes, com neve, música e cenários incríveis. Não tinha como não se deslumbrar com tudo aquilo”, conta. Thays acredita que decorar a cidade é uma forma de levar alegria à população. “Para quem mora nas cidades satélites e trabalha no Plano Piloto, o trajeto decorado e iluminado traz um momento de prazer e alegria no meio do caos da rotina corrida”, diz. “A decoração e a programação de Natal representam uma oportunidade de lazer e de entretenimento para quem vive aqui”. Thays Passos: “A decoração e a programação de Natal representam uma oportunidade de lazer e de entretenimento para quem vive aqui” | Foto: Arquivo pessoal ?Um Sonho de Natal Neste ano, o projeto Um Sonho de Natal leva magia para a população em três pontos: Esplanada dos Ministérios, que abriga a Vila do Papai Noel; Praça do Buriti, com o presépio, e Praça do Cruzeiro, que oferece experiências gastronômicas e uma roda-gigante. A festa segue até 1º de janeiro de 2024, sempre das 17h às 22h, e terá uma vasta programação cultural e musical. Este ano, o projeto Um Sonho de Natal está presente em três pontos da cidade | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília ?O projeto foi promovido por meio de edital público, elaborado pelo Centro de Cultura Popular Brasileira com apoio de diversos parceiros. O investimento na iniciativa é de R$ 7 milhões e a expectativa é que 1 milhão de pessoas visite os espaços. Acesse neste site a programação completa.

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Peças raras contam a história do Corpo de Bombeiros do DF

Cenário de destruição e pânico. A cena dramática ganhou repercussão nacional e internacional. Naquela tarde de 29 de janeiro de 1969, labaredas de fogo tomaram conta de todo o quarto andar do Ministério da Fazenda, colocando em risco não apenas funcionários do órgão, mas também 40 crianças de uma creche mantida no local com filhos dos servidores. Graças à atuação enérgica e rápida dos bombeiros, que chegaram ao local em 18 viaturas, todos foram resgatados com sucesso. Funcionando ainda provisoriamente em espaço da academia do CBMDF, o museu recebe uma média de 200 visitantes mensais | Foto Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Essas e outras ações de uma das mais antigas corporações militares do Distrito Federal podem ser conferidas no Museu Histórico do Corpo de Bombeiros Militar do DF, montado desde 2018 no hall do Auditório José Nilton Matos. O espaço, provisório, fica localizado na academia da instituição, no Setor Policial Sul. A ideia é dar visibilidade a mais de 8 mil itens armazenados na reserva técnica do espaço. [Olho texto=”“O museu atua em várias vertentes. Uma delas é o resgate da nossa história, nossos valores e missões. A outra, a valorização pessoal e do marketing da instituição, usando o espaço para mostrar à sociedade como a gente trabalha e atua”” assinatura=”primeiro-tenente Phrancis Arlley Lopes, chefe do Museu Histórico do CBMDF” esquerda_direita_centro=”direita”] “Há intenção de conseguir um local definitivo, existe um pré-projeto, mas nada definido ainda”, adianta o chefe do museu, o primeiro-tenente Phrancis Arlley Gomes Sales. “É um assunto a ser estudado; estamos tentando caminhar até a maturidade do projeto para que ele esteja pronto para captar recursos via leis de incentivo à cultura”, explica o militar, formado em museologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Até lá, na atual instalação, o visitante pode encontrar não apenas fotos, documentos e recortes de jornais plotados em painéis que contam a história e a atuação do CBMDF, mas também objetos antigos importantes na atuação dos soldados no dia a dia, como capacetes, fardas e cintos ginásticos, além de peças como sirenes, machadinhas, lanternas, rádios e vários formatos de esguicho usados de 1964 para cá. Incêndio no Ministério da Fazenda, em 1969: cenas dramáticas | Foto: Acervo do Museu do CBMDF Compõem ainda o acervo viaturas, como dois jipes e seis caminhões. A reprodução de uma tela do século 18, do artista João Francisco Muzzi, que registra o incêndio do Recolhimento de Nossa Senhora do Parto, no Rio de Janeiro, remonta, mais ou menos, à criação do Corpo de Bombeiros no Brasil, uma criação de D. Pedro II. É uma história escrita com amor e fogo. Amor à instituição e inúmeras chamas que cruzaram o caminho desses bombeiros, cuja primeira tropa chegou por aqui em 27 de julho de 1964. Boa parte dessas peças raras foram doadas pelos primeiros militares que aqui estiveram. “O Museu Histórico dos Bombeiros atua em várias vertentes. Uma delas é o resgate da nossa história, nossos valores e missões”, explica o primeiro-tenente. “A outra, a valorização pessoal e do marketing da instituição, usando o espaço para divulgação dos nossos treinamentos, para mostrar à sociedade como a gente trabalha e atua.”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Apesar de funcionar dentro da Academia de Bombeiros Militar Corpo do DF, também é aberta ao público civil a visitação do espaço, das 13h às 19h, de segunda a quinta, e das 8h às 13h, na sexta. Segundo Phrancis Arlley, uma média de 200 pessoas passam mensalmente pelo local. Professores e diretores que tiverem interesse em apresentar a história e importância do Corpo de Bombeiros aos alunos só precisam agendar uma visita pelo e-mail museucbmdf@gmail.com. “Temos intenção de fazer projetos educativos com vários tipos de público, incluindo alunos e turistas”, informa o chefe do museu.

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Memória dos candangos está de volta ao Museu Vivo

Integrando as atividades do projeto Sorria, Brasília, que comemora os 62 anos da capital, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) entrega restaurado um dos patrimônios memoriais da cidade: a exposição permanente Poeira, Lona e Concreto, do Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC). Composta de diferentes ambientações, a mostra resgata, em fotos, objetos e documentos, a época da chegada dos sonhadores candangos | Fotos: Ascom/Secec-DF “Poeira, Lona e Concreto conta justamente a realização do sonho que é Brasília. Estamos trabalhando com ações que exaltam a preocupação do GDF com a memória cultural, por meio de exposições que colocam em dinâmica aspectos históricos”, observa o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. [Olho texto=”A restauração foi feita após minuciosa análise técnica do acervo, em que foram constatados desgaste das madeiras e objetos e presença de insetos” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Montada no Museu Vivo desde sua inauguração, em 1990, a exposição permanente conta com mais de mil itens e é composta por peças, objetos e fotos que narram a história da cidade, desde os projetos, a construção, até a inauguração. Após minuciosa análise técnica do acervo, feita pela Diretoria de Preservação (Dipres), foram constatados desgaste das madeiras e nos objetos e presença de insetos. A Secec passou a atuar no processo de restauração, que levou cerca de 90 dias para ser concluída. Após a restauração, concluída em cerca de 90 dias, a exposição do Museu Vivo é retomada do jeito que foi concebida originalmente Esse processo consistiu na remoção de todo o acervo original e cenográfico para higienização e reimpressão das réplicas das fotos, croquis, descupinização da galeria, reparo das peças expostas, controle de vetores e pragas urbanas, dedetização, desinsetização, desratização, controle/manejo de pombos em áreas internas e externas e pintura da galeria. Além disso, os painéis de madeira que abrigavam as fotos foram trocados. Responsável pelos espaços culturais da pasta, o subsecretário do Patrimônio Cultural, Aquiles Brayner, destaca que a exposição é retomada do jeito que foi concebida originalmente. “Após a descupinização do espaço e reimpressão das imagens que estavam muito desgastadas pelo tempo, Brasília recebe de volta a preservação da história do povo candango”, garante. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Composta de diferentes ambientações, a mostra cumprirá seu papel de resgate da época da chegada dos sonhadores candangos. A partir de fotografias, textos, móveis e objetos do início de Brasília, que vão desde documentos importantes – como os da Missão Cruls, projetos de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer – até as acomodações dos pioneiros, com detalhes da vida de inúmeras famílias, Poeira, Lona e Concreto faz com que a representação sociocultural se materialize para cada visitante. Gerente do Museu Vivo, Eliane Falcão destaca a satisfação de trazer de volta em excelente estado uma exposição que simboliza toda a diversidade cultural presente no Distrito Federal. “Poeira, Lona e Concreto vai além de sua competência didática e histórica. A mostra eterniza toda a narrativa de trabalhadores de diversos lugares do país movidos pela oportunidade de trabalho e pelo desejo de participar do processo de construção da nova capital”, considerou. Serviço Poeira, Lona e Concreto Museu Vivo da Memória Candanga Funcionamento diário, das 9h às 17h *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF

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Arquivo Público resgata histórias não oficiais de pioneiros

E se a Catedral Metropolitana de Brasília ficasse no meio da Praça dos Três Poderes ou a torre do Congresso fosse uma só com detalhes em alto relevo na parede externa? E se o Palácio do Planalto trocasse de lugar com o Superior Tribunal Federal ou a cúpula da Câmara dos Deputados tivesse a forma da casca em concreto armado localizado no Setor Militar Urbano? Estagiário de Niemeyer durante a construção de Brasília, Gervásio Cardoso doou ao Projeto Pioneiros 14 rascunhos que ganhou do próprio arquiteto, com ideias que teve para o Congresso Nacional | Fotos: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Todas essas possibilidades foram imaginadas e esboçadas pelo arquiteto Oscar Niemeyer antes de apresentar o projeto definitivo da nova capital brasileira ao presidente Juscelino Kubistchek, no final dos anos 1950. Quem conta essa história é o pioneiro mineiro, Gervásio Cardoso de Oliveira Filho, 78 anos. [Olho texto=”“São obras que revelam o processo criativo de Oscar Niemeyer, a evolução de cada ideia até chegar ao projeto original de uma obra”” assinatura=”Gervásio Cardoso de Oliveira Filho, pioneiro mineiro” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Ele foi estagiário de Niemeyer durante as construções dos primeiros edifícios da capital e detentor de 14 traços que revelam as transformações sofridas no projeto original do Congresso Nacional. Os rascunhos datam de 1957 e até agora estavam inéditos para o público. “É a Brasília que ninguém viu”, brinca o arquiteto, que guardou esse segredo histórico por 44 anos. “São obras que revelam o processo criativo de Oscar Niemeyer, a evolução de cada ideia até chegar ao projeto original de uma obra”, conta Gervásio, que doou o material para o Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF). Os esboços irão compor a coleção Projeto Pioneiros, novo programa da instituição arquivística. Dividido em duas linhas de pesquisas, o Projeto Pioneiros visa resgatar, além de divulgar, a história da construção, inauguração e consolidação de Brasília por um olhar mais romântico e mais humano, que foge dos registros oficiais. “O Arquivo Público é a casa da memória do DF, é uma instituição que tem a vocação, missão de guardar a história dos protagonistas que fizeram parte da história desta cidade”, comenta o historiador do órgão, Elias Manoel da Silva, há 17 anos servidor do espaço. [Olho texto=”“O ArPDF entrou em contato com mais de dez pioneiros e estamos nos articulando para buscar essas imagens e as histórias inéditas que eles têm para contar”” assinatura=”Adalberto Scigliano, superintendente do Arquivo Público” esquerda_direita_centro=”direita”] Na etapa, Olhar Pioneiro, serão recolhidos registros de fontes diversas como, por exemplo, vídeos, textos e fotografias, sobre o surgimento da nova capital. Noutra fase, intitulada Pioneiros – A História que Ninguém Contou, serão feitas entrevistas que trazem à luz fatos inéditos ou curiosos sobre a história de Brasília. “O ArPDF entrou em contato com mais de dez pioneiros e estamos nos articulando para buscar essas imagens e as histórias inéditas que eles têm para contar. São pessoas que estiveram à margem ou não tiveram tanto espaço midiático quanto as grandes figuras do início da cidade, mas que merecem e devem ter seus feitos imortalizados porque também fazem parte dessa história”, avalia o superintendente do espaço, Adalberto Scigliano. O arquiteto Gervásio Cardoso (C), com Oscar Niemeyer em 1982 | Foto: Arquivo pessoal Encontros históricos A primeira vez que Gervásio Cardoso ouviu falar sobre a construção de Brasília foi na escola, no final dos anos 1950, em Patos de Minas. Ele tinha 16 anos e a partir da inusitada notícia começou a traçar os destinos de sua vida profissional, intrinsecamente, ligada com a capital do país. O pioneiro não esconde as lágrimas quando se lembra do episódio. “A professora nos disse que tinha se hospedado na cidade o arquiteto que estava planejando a nova capital do Brasil”, recorda. “Aquilo mexeu com a minha cabeça, me interessou de tal forma que falei para o meu pai que eu queria ser arquiteto”, conta ele, que já gostava de fazer alguns rabiscos. Quando menos esperava, lá estava ele no coração do Planalto Central, no meio de um dos canteiros de obras da Esplanada, trazendo debaixo do braço uma caricatura de Oscar Niemeyer. O ano? 1959. Meses depois, já integrava a equipe de urbanismo e arquitetura do ídolo, colaborando com esboços e desenhos de prédios. Pioneira na Vila Planalto, Icila Damasceno (E) doou para o projeto imagens feitas pelo pai, fotógrafo: “Ele anotava tudo que registrava com sua câmera “Ele me recebeu da maneira mais carinhosa possível, olhou com atenção os desenhos, perguntou se eu gostava de desenhar, se queria aprender e mandou alguém trazer uma prancheta”, lembra Gervásio Cardoso. Quase duas décadas depois, em meados dos anos 1970, depois de se formar na Universidade de Brasília (UnB) e passar temporada de um ano na França, o pupilo voltaria a se encontrar novamente com o mestre em Brasília. Agora experiente na profissão, recebeu a incumbência de dar sequência ao projeto de construção do anexo do Senado Federal e colaborou na finalização do edifício do Palácio da Justiça. Foi mais ou menos nessa época, em 1977, que recebeu de presente os 14 rascunhos das ideias que teve para o Congresso Nacional com a simples dedicatória: “Para Gervásio, com um abraço de Oscar Niemeyer”. “Só de ele ter concordado que eu desenvolvesse um projeto dele, era a maior prova de que confiava em mim”, diz, orgulhoso. Cerzindo história Moradora há 51 anos da Vila Planalto, a paraense Icila Damasceno de Sena, 87 anos, tem muitas histórias para contar sobre os primórdios da construção de Brasília. Chegou aqui com o pai, o militar paraense Antônio Pereira Damasceno, que acabou se tornando um dos primeiros fotógrafos da nova capital. Tal qual o mineiro Gervásio Cardoso, a família logo aprendeu a importância de registrar os fatos que a cercava. Afinal, não era todo dia que uma cidade nascia do nada bem diante dos olhos. Uma urbe, diga-se de passagem, que estava sendo projetada para ser a nova capital do país. Como o pai era fotógrafo, tudo ficou mais fácil. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Ele era militar, tinha organização e anotava tudo que registrava com sua câmera. Nos ensinava a valorizar o resgate da memória das pessoas, dizia que era história”, comenta a pioneira, uma das primeiras moradoras da Candangolândia. “Quando ele veio trabalhar na Novacap, morava nos alojamentos; quando ganhou a casa, fez uma placa com os dizeres: ‘Retiro do Damasceno’. Depois fomos para uma casa na W3 Sul”, diz. Entre as preciosidades que a família reservou para o Projeto Pioneiro, do ArPDF, estão imagens do antigo Rio Paranoá, antes de virar o lago, além de experiências como uma das primeiras cerzideiras de Brasília, atendendo uma clientela de peso, formada por presidentes como Costa e Silva, João Figueiredo e, veja só, até Fernando Henrique Cardoso. “Eu cerzia muito, tinha muito serviço”, destaca.

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Museu da Limpeza Urbana chega ao Plano Piloto

Na próxima terça-feira (3) será inaugurada, no térreo do Venâncio Shopping, a exposição itinerante do Museu da Limpeza Urbana. A data escolhida marca a comemoração do aniversário de 60 anos do Serviço de Limpeza Urbana (SLU). Na mostra, serão exibidos documentos e objetos desde a década de 1960, muitos deles encontrados no lixo. No acervo do museu, que tem sede em Ceilândia, há objetos raros, como um orelhão, todos encontrados no lixo | Fotos: Divulgação/SLU O Museu da Limpeza Urbana funciona desde 1996 em uma casa situada na Usina de Tratamento Mecânico Biológico de Ceilândia, na QNP 28 (Usina do P Sul), e conta com um acervo de 600 peças. Foi idealizado pelo servidor do SLU Cícero de Lacerda, que hoje atua no Papa-Entulho de Santa Maria. [Olho texto=”“É uma oportunidade de conhecer objetos que contam a evolução dos tempos e a história do SLU na gestão dos resíduos sólidos do DF”” assinatura=” Silvio de Morais, diretor-presidente do SLU” esquerda_direita_centro=”esquerda”] A ideia do Museu da Limpeza Urbana itinerante é aproximar a população desse cenário, contando a história do SLU, não somente com essas peças encontradas no lixo, mas também mostrando o novo, com o que há de melhor atualmente na limpeza urbana do Distrito Federal. “É uma oportunidade de conhecer objetos que contam a evolução dos tempos e também a história do SLU na gestão dos resíduos sólidos do Distrito Federal. Uma forma de sensibilizar e abordar temas sobre conscientização ambiental”, diz o diretor-presidente do SLU, Silvio de Morais. São seis décadas de atuação do SLU e de lá para cá muita coisa aconteceu na gestão de resíduos sólidos. A limpeza pública do DF vem se aprimorando a cada ano com novas tecnologias e equipamentos de limpeza pública que muitas vezes passam despercebidos pela população. A mostra inclui maquetes, como as do Papa-Entulho, Aterro Sanitário de Brasília e antigo Lixão da Estrutural Os visitantes vão conhecer os uniformes dos garis ao longo dos anos, telefones antigos, como orelhão, celulares analógicos e os primeiros digitais; quadros e fotografias das décadas de 1980 e 1990 com vários equipamentos de limpeza da época. Será uma viagem com muita informação e novidades da gestão dos resíduos sólidos de antes até os dias de hoje, inclusive com maquetes do Papa-Entulho, Papa-Lixo, Papa-Reciclável, Aterro Sanitário de Brasília e antigo Lixão da Estrutural. O selo dos Correios da série Profissões em homenagem aos garis também estará compondo o acervo do museu. Todas as peças estão catalogadas e cada uma contará sua história através de uma linha do tempo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No Venâncio Shopping, a exposição ocupará uma loja ampla, de 92 metros quadrados, localizada próximo à praça de alimentação. *Com informações do Serviço de Limpeza Urbana (SLU)

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