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Projeto de ciência de dados contribui para políticas públicas de migração

Seja ela motivada por conflitos armados, crises climáticas, desastres ambientais ou escassez de alimentos, a migração é conceituada como um direito básico da humanidade. As experiências, memórias e identidades envolvidas no processo de mobilidade territorial são também os principais fatores responsáveis pela evolução da espécie humana. Compreender os deslocamentos e suas implicações é essencial para a construção de políticas públicas eficazes. Nesse contexto, a ciência de dados desempenha um papel crucial. A utilização da ciência de dados para entender e auxiliar a gestão das migrações internacionais é um dos grandes desafios da atualidade. No Distrito Federal, o Núcleo DataMigra, com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), tem se destacado nessa missão ao integrar diferentes bases de dados, garantir a qualidade das informações e respeitar a segurança e a privacidade dos migrantes. Estudos sobre dados migratórios com apoio da FAPDF integram dados que respeitam normas de qualidade de informações, segurança e a privacidade dos migrantes | Foto: Arquivo/DataMigra) Segundo Leonardo Cavalcanti, pesquisador responsável pelo projeto, o DataMigra enfrenta desafios como a integração de múltiplas bases de dados e a necessidade de respeitar a proteção de dados sensíveis. “Nosso trabalho busca enfrentar esses desafios com o máximo rigor científico e responsabilidade ética”, afirma Cavalcanti. Para isso, o DataMigra promove oficinas para capacitar gestores e pesquisadores no uso da ferramenta, além de organizar visitas de estudantes da rede pública do DF à sala de situação de dados, ampliando a compreensão sobre as dinâmicas migratórias. “O apoio da FAPDF a iniciativas como o DataMigra reforça nosso compromisso com pesquisas que impactam diretamente a formulação de políticas públicas e a inclusão social”, destaca Marco Antônio Costa Júnior, presidente da FAPDF. Políticas públicas Com uma interface intuitiva e visualização dinâmica, o DataMigra permite a análise detalhada de fluxos migratórios, vistos emitidos, registros fronteiriços e integração no mercado de trabalho. Essas informações são fundamentais para que gestores elaborem políticas públicas mais eficazes e baseadas em evidências. “A nova versão do DataMigra BI foi lançada com o objetivo de subsidiar decisões governamentais com dados atualizados, promovendo a inclusão e a garantia de direitos dos migrantes”, explica Cavalcanti. O projeto também colabora com o Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), que publica relatórios periódicos sobre migrantes e refugiados no Brasil, fornecendo informações essenciais para o planejamento de políticas públicas. Vice-presidente da FAPDF, Paulo Nicholas participa do painel ‘Internacionalização: Elementos de Estratégia’, durante o evento na capital da França | Foto: Arquivo/FAPDF Imigração como fator de desenvolvimento Um dos principais destaques das pesquisas conduzidas pelo DataMigra é o impacto positivo da imigração na economia do Distrito Federal. Contrariando percepções negativas, os dados mostram que a presença de migrantes e refugiados tem ajudado a suprir a carência de mão de obra em setores estratégicos, como construção civil e tecnologia, contribuindo para o desenvolvimento local. “Os dados demonstram que a imigração não é um problema, mas um ativo para o crescimento econômico e social do Distrito Federal e do Brasil”, reforça Cavalcanti. Cooperação internacional e o futuro do estudo das migrações A relevância desse campo de estudo também se reflete na articulação acadêmica global. Em parceria com a Université Paris 8, o DataMigra tem promovido eventos internacionais para debater os desafios das migrações em meio a crises geopolíticas. “A cooperação entre pesquisadores de diferentes laboratórios e universidades potencializa nossos métodos e amplia o alcance das pesquisas”, conclui Cavalcanti. Um dos eventos de maior impacto nesse sentido foi o Colóquio Internacional realizado na Université Paris 8, na França, entre os dias 11 e 12 de março. O evento reuniu especialistas, acadêmicos renomados e policy makers para discutir políticas públicas sob uma perspectiva comparada entre Brasil e França. “O evento abordou diversas políticas públicas, incluindo as políticas migratórias de ambos os países e suas aplicações locais”, explica Cavalcanti. Durante o evento, o pesquisador apresentou a sala de situação de dados migratórios da UnB e o sistema DataMigra BI. “O DataMigra BI, apoiado pela FAPDF, é hoje um sistema de referência internacional na ciência de dados, principalmente pela capacidade de disponibilizar, com periodicidade, dados oficiais que passam por um rigoroso tratamento desde a coleta até a análise e divulgação”, destaca. Esteve presente no Colóquio, em Paris, o vice-presidente da FAPDF, Paulo Nicholas, o gestor destacou a importância da ciência e da tecnologia brasileira para uma noção de cidadania ampla. “Algo que me chamou atenção durante as visitas à França foi o fato de um dos cursos de engenharia, que tem sido prioridade, ser chamado de Engenharia da Soberania. Um curso que consiste em tudo que envolve ciência, tecnologia e inovação”, sua fala destaca o compromisso da gestão com a ciência vista de maneira ampla e plural. *Com informações da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF)

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Realidade de população migrante, refugiada e apátrida é tema de conferência

A Universidade de Brasília (UnB) sedia, nesta quinta-feira (4), a 2ª Conferência de Migrações, Refúgio e Apátrida do Distrito Federal (Comigrar-DF), a etapa preparatória para a realização do evento nacional que terá como tema Cidadania em Movimento, entre 7 e 9 de junho deste ano. A reunião será realizada até as 19h no Memorial Darcy Ribeiro. “Esse evento é superimportante porque o governo ainda está em um processo de entender a realidade dos migrantes. Aqui, temos espaço para falar o que a gente gostaria e como o governo pode abraçar essas sugestões para transformar em política pública”, destaca a venezuelana Rosa Paulina Bravo Henriquez. A mudança de Rosa para o Brasil, há sete anos, foi motivada pelas privações socioeconômicas e a busca de um futuro melhor. Grávida, Rosa vivenciou desafios longe da família. “É um choque cultural, é a língua, são os costumes. Cada vez que chegava a uma parte do Brasil, tinha que me adaptar novamente para construir uma nova vida, mais próspera”, explica. Rosa Paulino Bravo ressalta: “Temos espaço para falar como o governo pode abraçar as sugestões para transformar em política pública” | Foto: Jhonatan Vieira/Sejus A iniciativa realizada pela Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), em parceria com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Agência da ONU para os refugiados (Acnur) tem como objetivo promover a participação social e política dessa população, além de propor e discutir diretrizes e recomendações para políticas públicas que beneficiem esse grupo. Para a secretária de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, Marcela Passamani, “é preciso respeitar e promover a dignidade humana e o protagonismo das pessoas migrantes e refugiadas, reconhecendo-as como sujeitos de direitos”, afirma. “É preciso respeitar e promover a dignidade humana e o protagonismo das pessoas migrantes e refugiadas,  reconhecendo-as como sujeitos de direitos” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania Durante a abertura do evento, o secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Jean Uema, ressaltou que “para a reconstrução das políticas públicas relativas à mobilidade humana, é preciso envolver os migrantes e refugiados ”. Segundo a subsecretária de Apoio a Vítimas de Violência, Uiara Mendonça, “dar voz às populações minoritárias fomenta discussões significativas sobre o mundo das migrações”. Vidas em trânsito A 1ª edição da Comigrar é considerada um marco histórico da política brasileira de migrações, refúgio e apatridia, e resultou em um amplo processo de mobilização que envolveu a participação de cerca de 5 mil pessoas, em 2014. A iniciativa culminou na publicação da Lei n° 13.445/2017 – Lei de Migração, consolidando o paradigma das pessoas migrantes, refugiadas e apátridas no Brasil como sujeitos de direitos. A organização da 2ª Comigrar-DF foi feita pela Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), da Sejus. Para a realização do evento, foi montada comissão com membros do governo, da sociedade civil e organismos internacionais. Participaram a Subsecretaria de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial (Subdhir), da Sejus; as secretarias de Desenvolvimento Social  (Sedes-DF), de Educação (SEEDF) e de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda do DF (Sedet-DF); Organização Internacional para Migrações (OIM); Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur); Instituto de Migrações e Direitos Humanos (IMDH); Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios (CSEM); Programa Integrado Horizontes (PADF) e representações de migrantes. *Com informações da Sejus

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Migração que virou filme

A migração do maranhense Eliézer Alcântara Lima e de seus 11 irmãos para Brasília durou 20 anos. A saga de duas décadas acabou se tornando um documentário feito pela filha dele, a jornalista Larissa Leite. A família iniciou a mudança para Brasília logo após a inauguração da nova capital, fugindo da vida difícil na pequena Presidente Dutra, no Maranhão. Larissa Leite, o filho Santiago e o pai Eliézer: “Contesto todos que dizem que Brasília é uma cidade estranha. Não é mesmo” | Fotos: Renato Araújo/Agência Brasília Eliézer, hoje com 68 anos, aposentado do Banco Brasil, pai de cinco filhos, avalia que atingiu seu objetivo: conseguir equilíbrio financeiro. Já os filhos tiveram mais liberdade para buscar seus caminhos, como é o caso de Larissa, que, em vez da estabilidade do serviço público, encontrou a satisfação no instável mercado jornalístico. [Olho texto=”“Eu lia as cartas e enxergava claramente a possibilidade do roteiro. Queria documentar a trajetória impressa ali, em papéis já desgastados pelo tempo, em movimento” ” assinatura=”Larissa Leite, jornalista” esquerda_direita_centro=”direita”] Larissa, hoje casada, mãe de um menino de 4 anos, Santiago, e à espera de uma menina, define Brasília como uma cidade que lhe proporcionou muitas oportunidades. Criada no Guará, entre avós e tios – também vindos do Maranhão – e muitos primos, ela classifica a capital como acolhedora. “Minha infância foi muito preenchida, livre, não havia vazio”, lembra. A convivência estreita com parentes possibilitou à jornalista ler as cartas que seu pai, tios e avós trocaram durante os 20 anos de migração. Daí surgiu a ideia de fazer o documentário Cartas de Brasília. “Eu lia as cartas e enxergava claramente a possibilidade do roteiro”, afirma. ”Queria documentar a trajetória impressa ali, em papéis já desgastados pelo tempo, em movimento, em passos que voltariam ao passado e, quem sabe, trariam novos significados ao presente, a essa história particular que, ao mesmo tempo, é de tantas famílias brasileiras que apostaram em Brasília”, conta. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Para ela, seu pai e irmãos conseguiram proporcionar aos filhos, aqui em Brasília, uma estrutura não só financeira, mas familiar. “Gosto muito de Brasília, acho que ela possibilita muitas oportunidades. Contesto todos que dizem que é uma cidade estranha. Não é mesmo”, diz Larissa, que planeja criar seus dois filhos na capital onde cresceu. Enquanto Eliézer e irmãos buscaram em Brasília a estabilidade, a geração de Larissa e de seus primos queria a realização profissional. “Nós, primos, tivemos a liberdade de fazer nossas escolhas. Tenho primo físico, médico… Tivemos a possibilidade de escolher entre várias profissões”, avalia a jornalista. A filha de Eliézer pensa em Brasília com carinho e diz querer retribuir à cidade o que ela deu à sua família.

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Oportunidade para servidores formados em Biblioteconomia

[Olho texto=”“As vagas são para pessoas apaixonadas!”” assinatura=”Adalberto Scigliano, superintendente do ArPDF” esquerda_direita_centro=”direita”] O Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF) lançou edital de chamamento público endereçado aos servidores, graduados em biblioteconomia que queiram migrar para o órgão. O edital foi publicado no Diário Oficial do DF, no dia 29 de julho. O Superintendente do órgão, Adalberto Scigliano, ressalta que, para esta vaga, assim como para as demais que se encontram abertas, há um convite subentendido. “As vagas são para pessoas apaixonadas! Pessoas que se sintam estimuladas pela busca constante e pela satisfação da descoberta. Que estejam em sintonia com a história de nossa cidade e que se alegrem em compartilhá-la com todos aqueles que nos procuram em busca desses laços entre o passado, o presente e o futuro. Porque este é o nosso papel: guardar a memória de nossa capital e ajudar a escrever páginas de muitas histórias sobre ela, dando aporte a pesquisadores e a todas as pessoas que nos procuram e que também se mostram apaixonadas por esta saga tão rica!” [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Além dos bacharéis em biblioteconomia, servidores efetivos formados em arquivologia, história, contabilidade, economia, administração, gestão de pessoas, ciências da computação, desenvolvimento de rede, engenharia de software, jornalismo, direito, ciências jurídicas, arquitetura e engenharia podem se candidatar às vagas até o dia 30 de setembro. As inscrições podem ser feitas na página do órgão. A seleção será feita pelo próprio Arquivo Público, que também se incumbirá de entrar em contato com os escolhidos. Mais informações podem ser obtidas com a Gerência de Pessoal (Gepes), pelos telefones (61) 3361-7739 (ramal 109), (61) 98199-1379, ou pelo e-mail: gepes@arquivopublico.df.gov.br *Com informações do Arquivo Público do DF

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CAP recebe 156 projetos de construção em fevereiro

Todas as macrorregiões terão postos avançados da CAP, o que facilitará o atendimento à população / Foto: Renato Araújo/Agência Brasília Em 26 dias, a Central de Aprovação de Projetos (CAP/GDF) recebeu 156 processos que antes eram analisados pelas administrações regionais. Desde que o processo de migração foi iniciado, nos primeiros dias de fevereiro, a área recebeu processos de Águas Claras, Ceilândia, Gama, Recanto das Emas e Taguatinga. A transferência atende à determinação da Lei nº 6.138, de 26 de abril de 2018, que instituiu o novo Código de Obras e Edificações, regulamentada pelo Decreto nº 39.972, de 2 de agosto de 2018. A expectativa é que, até meados de abril, todos os projetos de construção de residências tenham sido transferidos à CAP. Assim, com o objetivo de aproximar o atendimento da CAP à população, foi aprovada a criação dos postos avançados em dez macrorregiões. Assim estabelece o Decreto nº 39.671, de 18 de fevereiro de 2019. O anúncio havia sido antecipado no lançamento do SOS Destrava DF, pacote de medidas do GDF para incentivar o desenvolvimento urbano e econômico do território. Como funciona Com o objetivo de facilitar a transferência, servidores da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) fazem o levantamento dos processos físicos sob responsabilidade das administrações regionais. Na primeira etapa da migração, são priorizadas as administrações que sediarão os postos avançados da CAP. Eles serão instalados nos órgãos com espaço e infraestrutura adequada ao atendimento. Cada posto avançado abarca os processos da própria região administrativa e das mais próximas. Águas Claras, por exemplo, engloba Arniqueiras e Areal; Ceilândia, Sol Nascente, Pôr do Sol e Brazlândia; Cruzeiro, Setor de Indústria e Abastecimento, Setor Complementar de Indústria e Abastecimento e Sudoeste; Gama, Santa Maria; Lago Norte, Itapoã, Paranoá e Varjão; Lago Sul, Jardim Botânico e São Sebastião; Park Way, Candangolândia, Guará, Núcleo Bandeirante e Riacho Fundo; Samambaia,  Recanto das Emas e Riacho Fundo II; Sobradinho, Arapoanga, Fercal, Planaltina e Sobradinho II; Taguatinga, Vicente Pires. Nos postos avançados, os cidadãos poderão protocolar documentos e projetos, pedir esclarecimentos, sanar dúvidas, discutir exigências e acompanhar as etapas do processo. Para esse atendimento, servidores da CAP serão alocados nos postos. “Eles terão treinamento técnico, com manual de procedimentos, lista de documentos e roteiro das dúvidas frequentes”, detalha o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira.

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