Programa Ressignificar realiza mais de 16 mil capacitações no DF em um ano
Ao completar um ano, o Programa Ressignificar, da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), já realizou 16.688 qualificações dos profissionais das forças de segurança e administração penitenciária do Distrito Federal, com foco no atendimento humanizado de mulheres vítimas de violência doméstica. A iniciativa tem como objetivo transformar a atuação dos servidores públicos na linha de frente do combate à violência contra a mulher e tem sido essencial para o aprimoramento das práticas de segurança e proteção às vítimas. “Mais de 16 mil capacitações em um ano mostram a dimensão e o impacto do programa Ressignificar. As medidas que estamos implementando são essenciais para as mulheres e fundamentais para o avanço de toda a sociedade. Estamos somando esforços, promovendo campanhas permanentes e capacitando profissionais da segurança pública para garantir direitos e dignidade. Os resultados já são visíveis e celebrados tanto por quem atua na linha de frente quanto pelas mulheres atendidas. Já colhemos frutos importantes, mas o trabalho continua — até que nenhuma mulher seja penalizada por ser mulher”, ressalta a vice-governadora do DF, Celina Leão. A iniciativa tem como objetivo transformar a atuação dos servidores públicos na linha de frente do combate à violência contra a mulher e tem sido essencial para o aprimoramento das práticas de segurança e proteção às vítimas | Fotos: Divulgação/SSP-DF O programa representa um passo importante para a estrutura de segurança pública, como explica o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. “O Ressignificar é mais um esforço para que os profissionais da segurança pública estejam cada vez mais capacitados para atuar em situações que envolvam a violência contra a mulher. Todo o governo está afinado em unir esforços para proteção das mulheres e para que o DF seja, cada vez mais , um lugar seguro para nascer mulher”, destaca. “O resultado alcançado reforça o papel estratégico da capacitação, que se traduz não apenas em números, mas na qualidade do atendimento às vítimas e na construção de uma segurança pública mais justa, humana e eficiente”, completa Avelar. Capilaridade A capacitação foi criada com o objetivo de oferecer uma formação contínua e especializada às equipes da SSP-DF e das polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Departamento de Trânsito (Detran-DF) e secretarias de Justiça e Cidadania (Sejus) e de Administração Penitenciária (Seape). A estratégia inclui cursos presenciais e a distância, por meio de abordagens que incluem conteúdos jurídicos, protocolos de abordagem humanizada, estratégias de prevenção, sensibilização, treinamento operacional e atualização de procedimentos. Além da capacitação técnica, a qualificação também busca impactar a cultura institucional das forças de segurança, incentivando a reflexão, a empatia e o respeito como valores indispensáveis ao exercício da atividade policial. O planejamento pedagógico prevê a elaboração de planos de curso, definição de temas prioritários, monitoramento constante das ações formativas e a produção de relatórios avaliativos. Além da capacitação técnica, a qualificação também busca impactar a cultura institucional das forças de segurança, incentivando a reflexão, a empatia e o respeito como valores indispensáveis ao exercício da atividade policial “A capacitação contínua dos policiais penais é essencial para aprimorar a segurança pública e incrementar a consciência do efetivo sobre a violência de gênero. Na semana passada, 300 policiais penais participaram da aula inaugural do curso presencial do Ressignificar, que será estendido a toda a categoria. Essa iniciativa reforça o compromisso da Seape-DF com a qualificação dos policiais e a proteção integral das mulheres”, destaca o secretário de Administração Penitenciária Wenderson Teles. Outro avanço promovido pela iniciativa foi a inclusão da temática de enfrentamento à violência contra a mulher nos concursos públicos da segurança, garantindo que os futuros servidores ingressem já sensibilizados e preparados para atuar de forma adequada diante dessas ocorrências. Capacitação A primeira etapa do curso, ou a virtual, é disponibilizada aos servidores por meio da Escola de Governo (Egov) e tem duração de 20h/a. A etapa inclui disciplinas como “História e contexto social da violência contra as mulheres”, “Ações concretas no enfrentamento à violência contra as mulheres no DF” e “As estratégias de enfrentamento à violência contra as mulheres nas instituições de Segurança Pública do DF. Já a segunda etapa, que é presencial, tem duração de 15 h/a e é aplicada por cada instituição. Além das secretarias já mencionadas, a concepção do curso incluiu as secretarias da Mulher e de Saúde do DF. A chefe do Núcleo de Desenvolvimento e Capacitação do órgão, Angélica Aguiar de Mello, destacou os avanços do curso, que iniciou com módulos a distância e tem conquistado maior adesão entre os servidores. “Estamos animados para o segundo módulo, que será presencial e permitirá um diálogo mais direto sobre a questão da violência, além de apresentar o protocolo interno oficial do Detran-DF para estes casos”, explicou. A ação reforça o compromisso em criar um ambiente mais seguro, inclusivo e alinhado com a proteção integral às mulheres. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF)
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Em sete meses, Aluguel Social amparou cerca de 190 mulheres vítimas de violência doméstica
Uma porta de saída da violência doméstica. É o que o programa do Governo do Distrito Federal (GDF) Aluguel Social significa para Jasmin*, 33, uma das 190 mulheres atendidas durante os sete meses de duração do programa, que foi inaugurado no ano passado pela Secretaria da Mulher (SMDF). “Com essa ajuda hoje consigo ter saúde mental e estudar para concursos públicos e assim mirar em um futuro melhor para mim e minha família” Jasmin (nome fictício), uma das 190 mulheres atendidas pelo programa Aluguel Social Por meio da iniciativa, Jasmin conseguiu reconstruir sua vida e a de seus filhos, distante do agressor, com a ajuda de um benefício mensal de R$ 600. “Foi uma bênção, pois enfrentaria muitas dificuldades sem a ajuda financeira que tinha antes da separação. Hoje, o auxílio cobre mais da metade do aluguel e, com isso, tenho condições de morar bem e com dignidade”, relata a autônoma. A acolhida também se reflete no atendimento psicossocial garantido pelo programa. “Assim que fiz a denúncia de violência doméstica, passei a me consultar no Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) e eles me prestaram todo o auxílio necessário”, relembra Jasmin, satisfeita com a acolhida do governo. “Com essa ajuda hoje consigo ter saúde mental e estudar para concursos públicos e assim mirar em um futuro melhor para mim e minha família”, diz esperançosa. Proteção e acolhimento Oferecer assistência às vítimas é essencial para o fortalecimento emocional e a retirada do ciclo de violência | Foto: Arquivo/Agência Brasília Com mais de R$ 500 mil de investimento do GDF, o Aluguel Social contempla as ações coordenadas de proteção às mulheres pela gestão pública. “A dependência financeira faz com que muitas vítimas de violência não tenham condições de se afastar do seu agressor e, com esse programa, elas podem permanecer em um local seguro com seus filhos. A medida promove ainda maior acesso às demais ações de proteção e acolhimento do poder público, dando condições para que elas possam retomar suas vidas”, destaca a vice-governadora do DF, Celina Leão. “A medida promove ainda maior acesso às demais ações de proteção e acolhimento do poder público, dando condições para que elas possam retomar suas vidas” Celina Leão, vice-governadora do DF De acordo com a psicóloga e assessora do Ceam, Pollyana da Cunha Gonçalves, oferecer assistência às vítimas é essencial para o fortalecimento emocional e a retirada do ciclo de violência do passado. “Quando elas são encaminhadas para os equipamentos, além da questão financeira, avaliamos a questão emocional, fazendo um levantamento das demandas e um direcionamento para os serviços que vão ajudar no fortalecimento emocional delas”, destaca a profissional. Entre as demandas oferecidas estão a análise da composição familiar, agendamento das próximas consultas, realização do mapa da vida, bem como assistência jurídica e assistencial. “Dependendo da necessidade de cada uma, a gente estabelece se o atendimento será mensal ou quinzenal”, acrescenta Pollyana. O objetivo é garantir a segurança, autonomia e recomeço dessas mulheres, segundo a secretária da Mulher, Giselle Ferreira. “Implementar essa política de forma ampla e eficaz significa oferecer um suporte real para que as mulheres possam sair de situações de violência com dignidade e segurança”, destaca a secretária. Sobre o programa Em julho de 2024, o GDF regulamentou, por meio do Decreto nº 45.989/24, o Aluguel Social para mulheres em situação de vulnerabilidade. De responsabilidade da Secretaria da Mulher, ele oferece auxílio financeiro temporário de R$600 mensais pelo período de seis meses, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período, mediante justificativa técnica emitida pela SMDF. Para ter acesso ao benefício, a mulher deve residir no Distrito Federal e ser atendida por algum dos equipamentos da Rede de Proteção à Mulher Vítima de Violência da Secretaria da Mulher. Os casos que envolvem mulheres acolhidas na Casa Abrigo e na Casa da Mulher Brasileira, bem como aquelas com filhos de até 5 anos, terão prioridade na concessão do benefício, desde que apresentem as condições necessárias para o recebimento. *Para preservar a identidade da entrevistada, foi usado nome fictício.
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Ação de Dia das Mulheres do GDF leva serviços de saúde e beleza à comunidade feminina do Paranoá
Localizado no Paranoá, o Núcleo do Programa Direito Delas, da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), foi palco de um evento especial para celebrar o Dia Internacional da Mulher. Nesta segunda-feira (10), cerca de 90 mulheres da comunidade tiveram a oportunidade de receber diversos serviços gratuitos de cuidados pessoais. Além da área de estética, a ação também focou no atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica com assistência jurídica e ofertou serviços de saúde como a aferição de pressão e checagem da glicemia das participantes. Mulheres do Paranoá tiveram acesso, nesta segunda (10), a serviços gratuitos de beleza e de saúde| Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília A iniciativa, chamada “Momento da Beleza”, faz parte do projeto Papo Delas e contou com a participação de voluntárias e profissionais que ofereceram serviços como manicure, limpeza de pele, corte de cabelo, hidratação, design de sobrancelhas, entre outras atividades. Além dos atendimentos, o encontro serviu como um espaço de acolhimento e troca de experiências entre as mulheres, reforçando a importância do autocuidado e do fortalecimento da autoestima. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, afirmou que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem uma programação de atenção e recepção das mulheres durante todo o ano, que se fortalece durante eventos especiais e temáticos que buscam mais parceiros para o trabalho realizado. Ela ressaltou, ainda, que o Núcleo do Direito delas do Paranoá tem um atendimento alto por ser uma região em vulnerabilidade, onde a atuação do Estado é importante. “Para que a gente consiga chegar nessas mulheres, a gente traz uma roda de conversa e oferece vários serviços. E muitas vezes, através dessa busca ativa, a gente consegue identificar ciclo de violência em mulheres que nem se reconhecem como vítimas. A partir desse momento a gente inicia um tratamento, uma orientação e um acolhimento para que essa mulher possa se fortalecer emocionalmente e romper com o ciclo da violência”, observou a gestora. Valorização e autoestima “Muitas vezes, através dessa busca ativa, a gente consegue identificar ciclo de violência em mulheres que nem se reconhecem como vítimas. A partir desse momento a gente inicia um tratamento, uma orientação e um acolhimento”, diz a secretária Marcela Passamani “Me sinto muito empoderada e com valor. Você vê que não é qualquer outra coisa que passou na vida que te define, mas sim o que você está vivendo e adquirindo agora. Então estou muito feliz, valorizada e grata por essa oportunidade”. Esse foi o sentimento da confeiteira Eline Nascimento de Sousa, 41, que aproveitou o evento para fazer a sobrancelha e as unhas, além de também fortalecer a rede de contatos. “Tem pessoas que conhecemos para aumentar o leque de clientes e de amizades, então foi bom para acrescentar na vida mesmo”, completou. Uma das cabeleireiras voluntárias, Goreti Fernandes, 41, destacou a satisfação de participar da ação em prol das mulheres: “É muito satisfatório poder ajudar o próximo e ser bem-recebida por essas guerreiras maravilhosas. Sair do nosso salão para atendê-las é uma gratidão, estou muito feliz pelo convite. É muito gratificante ver o sorriso no rosto delas e o maior motivo de participar, porque levanta a autoestima delas e a nossa como profissionais”. Goreti Fernandes foi uma das cabeleireiras voluntárias na ação no Paranoá: “É muito gratificante ver o sorriso no rosto delas” Após aferir a pressão e checar a glicemia na área destinada à saúde do evento, a cuidadora de idosos Genilda Maria Oliveira, 46, disse ter ido para homenagear o Dia das Mulheres e ficou animada com as diversas opções de atendimento oferecidas no local. “Acho que muitas mulheres merecem essas possibilidades que tivemos hoje. É uma ação que gostei bastante em um lugar muito interessante que eu não conhecia, apesar de morar aqui no Paranoá a vida toda”, detalhou. As ações são realizadas em 11 núcleos localizados em Ceilândia, Estrutural, Guará, Itapoã, Paranoá, São Sebastião, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas, Gama e Samambaia. Direito Delas O programa Direito Delas foi criado pela Sejus-DF para atender vítimas diretas, que são mulheres em situação de violência e seus familiares, crianças e adolescentes de 7 a 14 anos vítimas de estupro e vítimas de crimes contra a pessoa idosa. A iniciativa oferece atendimentos social, psicológico e jurídico em nove núcleos existentes, sendo um em cada cidade: Ceilândia, Estrutural, Guará, Itapoã, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas e Samambaia.
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GDF regulamenta Lei do Aluguel Social para vítimas de violência doméstica e em vulnerabilidade social
Mulheres vítimas de violência doméstica que moram no Distrito Federal passam a contar com um importante auxílio para sair dessa situação: o aluguel social. A medida foi regulamentada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) nesta terça-feira (9), em evento no Palácio do Buriti. O aluguel social representa uma assistência financeira temporária e complementar, com duração inicial de seis meses, podendo chegar a 12 meses, para vítimas de violência doméstica em situação de extrema vulnerabilidade econômico-social. “É uma prioridade do governo realmente cuidar das mulheres”, destacou a governadora em exercício Celina Leão, ao assinar decreto nesta terça (9) | Fotos: Renato Alves/Agência Brasília A norma busca assegurar que mulheres arquem com as despesas de moradia sem comprometer as condições básicas de sustento, como alimentação e itens essenciais de higiene e limpeza. O decreto assinado pela governadora em exercício Celina Leão nesta terça (9) regulamenta a lei nº 6.623/2020, de autoria do deputado federal Rafael Prudente. A violência doméstica, para fins deste decreto, é definida conforme a Lei Maria da Penha (lei federal nº 11.340/2006), abrangendo qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause lesão, sofrimento físico, sexual, psicológico, dano moral ou patrimonial. Ao assinar o decreto instituindo o aluguel social, Celina Leão lembrou da importância do tema e de o governo ampliar sua rede de apoio às mulheres. “Será o mesmo valor daquele auxílio emergencial, que é de meio salário mínimo. Tem que ter alguns pré-requisitos, indicadores, mostrando a vulnerabilidade social. É uma prioridade do governo realmente cuidar das mulheres. A gente sempre tem falado não só na questão do feminicídio, da violência, mas na questão da capacitação também, de melhorar a qualidade de vida, de colocar essa mulher no mercado de trabalho. Então, são várias ações; vocês percebem que são ações coordenadas, planejadas, para que a gente possa cada dia mais ter uma cidade mais segura para as mulheres viverem”, detalhou a governadora em exercício. A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, e o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, ressaltam a importância do trabalho integrado para o acolhimento e a proteção de mulheres vítimas de violência Regulamentação Caberá à Secretaria da Mulher do Distrito Federal (SMDF) cuidar de todo o processo administrativo, incluindo a análise e o parecer técnico-social, além de acompanhar as beneficiárias durante o período de concessão do aluguel social. Em caso de descumprimento dos requisitos estabelecidos, a assistência poderá ser cancelada, sempre com a devida comunicação à beneficiária. Para a titular da pasta, Giselle Ferreira, o aluguel será um importante meio de fortalecimento das vítimas de violência doméstica. “A gente quer que seja muito mais do que um auxílio, que elas participem dos nossos equipamentos públicos para darmos orientação psicológica, capacitação, e para ser a porta de entrada e a porta de saída contra a violência doméstica”, afirma. O secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, avalia que a pauta da mulher é transversal e, dentro da sua área, demanda um trabalho integrado de proteção a este público. “Sem dúvida nenhuma, [começa] no registro da ocorrência, que é necessário, e para isso a gente tem que ter verdadeiras campanhas, na entrega de um dispositivo para que a mulher possa, então, acionar rapidamente as forças de segurança pública e, sobretudo, nessa mudança cultural. É preciso acabar com aquele velho chavão de que em briga de marido e mulher não se mete a colher. Muito pelo contrário: todos temos que meter a colher, todos temos que impedir que esse tipo de violência continue. E, para isso, a gente demanda essa necessidade de mudança cultural. A mudança está vindo, graças a Deus, em tempo de a gente poder colher bons resultados”, ressalta.
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Vítimas de violência doméstica terão voucher em transporte por aplicativo
O Governo do Distrito Federal (GDF) e a empresa de transporte por aplicativo Uber Brasil vão oferecer desconto de R$ 40 para mulheres vítimas de violência doméstica. O benefício será disponibilizado para aquelas que forem a uma das delegacias especializadas de atendimento à Mulher – Deams I e II – a fim de denunciar casos de violência ou buscar acolhimento e não tiverem condições de arcar com o retorno para casa. A medida passou a valer já nesta quarta-feira (8). O GDF e a Uber Brasil assinaram parceria que garante desconto de R$ 40 para mulheres vítimas de violência doméstica. A medida já passou a valer a partir desta quarta-feira | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília As duas delegacias terão, mensalmente, 35 códigos promocionais para distribuir entre as denunciantes. O valor será descontado da tarifa final da corrida entre a delegacia e a casa da mulher. Dessa forma, a depender da proximidade entre os locais, do horário de solicitação e de outros fatores que influenciam na tarifa, a corrida pode ser gratuita ou ser mais barata do que o convencional. O serviço será divulgado em cartazes em todas as delegacias do DF e em outros equipamentos públicos. A parceria foi firmada entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e a empresa privada nesta quarta-feira (8), no Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob). A cooperação terá a duração inicial de um ano. O acordo também prevê a divulgação de material educativo relacionado ao enfrentamento da violência de gênero para motoristas e usuários cadastrados no aplicativo de transporte. Haverá informações sobre os tipos de violência (física, psicológica, moral, sexual e patrimonial), os canais de denúncia, locais para acolhimento, e mais. Secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar: “É uma iniciativa que materializa o conceito de integralidade adotado pela Secretaria de Segurança Pública para se referir à necessidade de que todos, inclusive a sociedade civil, abracem as ações e projetos desenvolvidos aqui, chamando cada um a desempenhar o papel que lhe é devido” A subsecretária de Prevenção à Criminalidade da SSP, Regilene Siqueira, afirmou que a parceria é uma forma de “incentivar e garantir o acesso efetivo das vítimas de violência doméstica ao sistema de justiça, além de contribuir com a logística do trabalho policial, garantindo maior agilidade e eficiência na prestação do serviço”. E completou: “É uma iniciativa que materializa o conceito de integralidade adotado pela Secretaria de Segurança Pública para se referir à necessidade de que todos, inclusive a sociedade civil, abracem as ações e projetos desenvolvidos aqui, chamando cada um a desempenhar o papel que lhe é devido”. Para o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, toda a sociedade deve se mobilizar no enfrentamento da violência de gênero para a redução definitiva dos casos. “A violência doméstica demanda uma mudança cultural. É preciso que a gente eduque as nossas crianças, os nossos pequenos menininhos, para que respeitem as nossas pequenas menininhas e, crescendo juntos com esse tratamento respeitoso, nós vamos construir, realmente, uma mudança cultural onde vamos ter paz e menos violência doméstica”, avaliou. Projeto Ângela Outra forma de ter acesso ao código promocional no transporte de aplicativo é pelo Projeto Ângela, uma assistente virtual desenvolvida pela Uber Brasil em parceria com o Instituto Avon. A mulher precisa entrar em contato com o projeto pelo número (11) 9 4494-2415, por ligação – que é gratuita independente da localização – ou por mensagem de texto, via SMS ou Whatsapp. É possível ainda solicitar o auxílio pelo site. São solicitadas informações sobre o caso e, em seguida, é disponibilizado o código promocional, também no valor de R$ 40. O voucher é disponibilizado uma única vez. A gerente de Relacionamentos Governamentais da Uber, Analu Cordeiro dos Santos reforçou: “Assim como enuncia nossa Constituição, segurança é dever do estado, mas direito e responsabilidade de todos. E é por isso que estamos aqui hoje. Esse é um debate do qual a Uber quer fazer parte” O serviço é gratuito para todo o Brasil e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Lançado em 2020, o Projeto Ângela também oferece informações sobre serviços de acolhimento e apoio a vítimas de violência doméstica, contato com psicólogos e apoio jurídico. As informações fornecidas durante o atendimento são confidenciais e servem apenas para registro dos casos e monitoramento. Todos contra a violência de gênero Ainda durante a assinatura da parceria, a Uber recebeu o selo Parceiro da Segurança, ação que simboliza a participação no projeto Empresa Responsável Comunidade + Segura, promovido pela SSP desde agosto deste ano. As empresas interessadas em receber o selo devem preencher um formulário e aguardar que as equipes da SSP entrem em contato. “A violência é uma realidade presente nas cidades que infelizmente pode afetar a todos e que precisamos enfrentar, e é essencial que todos trabalhemos juntos para garantir um ambiente mais seguro”, afirmou a gerente de Relacionamentos Governamentais da Uber, Analu Cordeiro dos Santos. “Assim como enuncia nossa Constituição, segurança é dever do Estado, mas direito e responsabilidade de todos. E é por isso que estamos aqui hoje. Esse é um debate do qual a Uber quer fazer parte.” Para o diretor-geral da PCDF, José Werick de Carvalho, a medida representa “um grito de solidariedade e um abraço acolhedor às vítimas de violência doméstica. Que as demais empresas sigam o exemplo. Nós estamos aqui para acolher e criar todos os instrumentos possíveis. Este é mais um passo no sentido de romper os ciclos de violência” O diretor-geral da PCDF, José Werick de Carvalho, acrescentou que o projeto do GDF com a Uber simboliza “um grito de solidariedade e um abraço acolhedor às vítimas de violência doméstica. Que as demais empresas sigam o exemplo. Nós estamos aqui para acolher e criar todos os instrumentos possíveis. Este é mais um passo no sentido de romper os ciclos de violência”, completou. Já a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, afirmou que o benefício auxilia na proteção, sobretudo, das vítimas de classes mais baixas. “A violência está muito próxima e não escolhe classe social, mas a gente entende que, na classe social mais vulnerável, tem aumentado cada vez mais os casos de feminicídio. Então, é uma importante ferramenta que a Secretaria de Segurança, justamente com a Uber, vai disponibilizar para a proteção da mulher. Essa pauta não deve ser prioridade só do setor público, mas de toda a sociedade”, avaliou. ?Como denunciar violência contra a mulher ? Ligue 190 – PMDF: Em caso de emergência, a mulher ou alguém que esteja presenciando alguma situação de violência pode pedir ajuda por meio do telefone 190. Uma viatura da Polícia Militar é enviada imediatamente até o local para o atendimento. Disponível 24 horas por dia, todos os dias. A ligação é gratuita. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] ? Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher: O serviço registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento. A denúncia pode ser feita de forma anônima, disponível 24 horas por dia, todos os dias. A ligação é gratuita. ? Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam): Diante de qualquer situação que configure violência doméstica, a mulher deve registrar a ocorrência em uma delegacia de polícia, preferencialmente nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam), que funcionam 24 horas por dia, todos os dias. Os canais de comunicação também podem ser os telefones de plantão – (61) 3207-6172/3207-6195 – e o e-mail deam_sa@pcdf.df.gov.br. ? Ligue 197 – Disque Denúncia: A Polícia Civil do Distrito Federal conta, ainda, com canais de denúncia nos quais são garantidos o sigilo. Além do Disque 197, a denúncia pode ser comunicada por e-mail: denuncia197@pcdf.df.gov.br, por WhatsApp (61) 98626-1197, ou ainda registrada online neste site. Os canais estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias. A ligação é gratuita. Veja aqui outros canais de denúncia de violência de gênero.
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