Resultados da pesquisa

museu vivo da memória candanga

Thumbnail

Brasília faz 65 anos e celebra história nos espaços de memória

Brasília é a grande protagonista do mês de abril, quando completa 65 anos de história. Mesmo nova, a cidade tem muita história para contar, relembrar e se redescobrir. No Distrito Federal essa memória não se perde. Mais do que isso, ela está muito bem guardada e contada, seja no Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF), seja nas ruas, em locais históricos como o Memorial JK, o Museu Vivo da Memória Candanga e Catetinho. O Catetinho foi a primeira sede do governo federal oficial no DF | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Responsável por abrigar documentos produzidos pelo Poder Executivo e acervos privados de interesse público, o Arquivo Público tem levado essa memória para outros continentes, a exemplo de Portugal. Recentemente, foi firmada a parceria com a Casa da Arquitectura de Portugal para compartilhar os documentos digitais de Lúcio Costa, urbanista responsável por planejar o Plano Piloto de Brasília. Iniciativa que busca preservar a memória e o legado do arquiteto para que futuras gerações possam desfrutar, já começou a ser compartilhado com o ArPDF. A parceria visa criar um acervo digital que reunirá plantas, esboços, correspondências, fotografias, publicações e outros materiais de relevância histórica e cultural, para facilitar pesquisas acadêmicas, exposições e intercâmbio de conhecimentos. 4,5 milhões número de documentos em pequeno formato no acervo do Arquivo Público do DF O superintendente do ArPDF, Adalberto Scigliano, ressalta que qualquer registro, em qualquer formato, seja audiovisual, textual ou cartográfico, é fundamental para complementar a história de Brasília. Para ele, tudo é relevante, desde fotos e documentos de pioneiros até registros de um grande gênio como o Lúcio Costa, pois cada peça ajuda a compor uma visão mais completa da cidade e garante a preservação dessa história para futuras gerações. No Arquivo Público, a história da capital está contada em aproximadamente 6 mil caixas-arquivos, com 4,5 milhões de documentos em pequenos formatos. Além disso, a instituição mantém cerca de 45 mil documentos em grandes formatos, dois milhões de negativos e microfilmes, além de 300 películas e mais de 500 vídeos em diversos suportes. Memória de Brasília O Museu Vivo da Memória Candanga preparou uma exposição de fotos especialmente para o aniversário de 65 anos de Brasília | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília A memória da construção de Brasília está espalhada pelo Distrito Federal. Um desses locais é o Museu Vivo da Memória Candanga. Antes de se tornar um museu, o local funcionava como o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO), criado para atender à crescente demanda por serviços de saúde no Distrito Federal. Além de socorrer operários, acidentados nas obras, o hospital também realizava partos e prestava atendimento ambulatorial a crianças e donas de casa. O complexo era formado por 23 edificações de madeira e permaneceu em funcionamento até 1974, quando foi inaugurado o Hospital Distrital, atual Hospital de Base. “Esse hospital teve Edson Porto como primeiro diretor. A esposa dele, Marilda Porto, ainda vem aqui às vezes. Quando ela entra, se emociona muito, chora… e nunca senta na cadeira dele. É uma memória forte, né? Ele veio pra Brasília justamente para cuidar desses operários”, comenta a gerente do Museu da Memória Candanga, Eliane Falcão. Além dos itens utilizados pelos operários, o espaço conta com uma exposição que resgata a presença feminina na história de Brasília, muitas vezes esquecida. Somente no último ano, o espaço recebeu cerca de 25 mil visitas. Para comemorar o aniversário de 65 anos de Brasília, o Museu Vivo da Memória Candanga preparou uma exposição com fotos coloridas da década de 1970. São 140 fotos do acervo de Joaquim Paiva que ficarão expostas por cerca de dois meses. Há também o Museu do Catetinho, que foi a primeira residência oficial do presidente Juscelino Kubitschek. Construído em apenas 10 dias, o projeto de Oscar Niemeyer é um prédio simples, feito de madeira, e conhecido como Palácio das Tábuas. Visitantes encontram referências da época, através da preservação do mobiliário original e outros objetos. O Memorial JK recebe, em média, 40 mil pessoas por ano | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A cidade também conta com o Memorial JK, onde os visitantes encontram objetos que simbolizam a capital, além do acervo pessoal do ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek. Logo na entrada, o impacto inicial vem da estrutura arquitetônica assinada por Oscar Niemeyer, que traduz em formas a força simbólica da história de JK. O visitante é recebido por uma série de fotografias que contam a trajetória dele, desde a vida pessoal, como médico, até a atuação política e encontros com líderes de outros países. Além disso, o espaço revela momentos marcantes da vida e do legado de JK. O acervo tem cerca de 16 mil itens, entre documentos, fotos, condecorações, roupas, livros e objetos pessoais. “Eu acho que o mais importante do museu é que ele preserva uma história singular, essencial para compreendermos o Brasil de hoje. JK foi um homem que realmente cumpriu o que prometeu. Seu plano de governo, que propunha ‘50 anos em 5’, teve como pilares a educação, a energia, o transporte, a alimentação e a indústria de base. E ele entregou”, destaca o vice-presidente do Memorial JK, André Octavio Kubitschek. O Memorial JK recebe em média 40 mil pessoas por ano. O espaço promove o programa Museu-Escola, que leva cerca de 20 mil crianças ao longo do ano, principalmente nos períodos escolares, como abril e julho. Os outros 20 mil visitantes adultos, em geral são turistas, estudiosos ou pessoas interessadas na história de Brasília e do Brasil.

Ler mais...

Thumbnail

Pioneiros da construção de Brasília se reencontram no Museu Vivo da Memória Candanga

Uma folia com roupas feitas à mão e marchas carnavalescas antigas marcou o cenário do Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) nesta quinta-feira (27). No espaço histórico vinculado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a iniciativa “Grito de Carnaval com os Pioneiros Candangos” reuniu os moradores e construtores mais antigos da nova capital que se formava em 1960, em um dia de festa para recordar as memórias preciosas que fazem parte das estruturas que ergueram o Distrito Federal. A aposentada Áurea da Silva foi uma das mais animadas com o encontro: “Todo mundo aqui é muito gente boa, são pessoas que se dedicam à história da cidade com uma comemoração muito respeitosa” | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “Eles chegam, conversam e contam o que fez parte da vida deles. A maioria tem entre 70 e 90 anos, então é importante lembrar do passado, e eles ficam muito felizes. É por isso que nós falamos que é um museu vivo” Eliane Falcão, gerente do Museu Vivo da Memória Candanga Esbanjando energia no evento, a aposentada Áurea Maria da Silva, 66, compartilhou da alegria que o espaço do museu proporciona. “Eu me sinto em casa, é maravilhoso”, afirmou. “Todo mundo aqui é muito gente boa, são pessoas que se dedicam à história da cidade com uma comemoração muito respeitosa. É gratificante e muito gostoso”. Em 1958, Áurea chegava de Minas Gerais com a família para se instalar na Cidade Livre, como eram chamadas pelos candangos na época as regiões administrativas do Núcleo Bandeirante e parte do Park Way, Candangolândia e Riacho Fundo. A gerente do museu, Eliane Falcão, explicou que a ideia do evento surgiu a partir das oficinas que já ocorrem no espaço com a presença de diversas pessoas idosas interessadas nas confecções artesanais e a integração que as atividades promovem. “O objetivo maior é reunir a história”, apontou. “Eles chegam, conversam e contam o que fez parte da vida deles. A maioria tem entre 70 e 90 anos, então é importante lembrar do passado, e eles ficam muito felizes. É por isso que nós falamos que é um museu vivo”. O primeiro hospital Quando o grupo se reuniu, o que não faltou foi disposição para comemorar e reviver lembranças de outros carnavais Para quem não conhece a fundo a história de Brasília, vale saber que o primeiro hospital da cidade surgiu antes mesmo da inauguração da capital federal para atender os operários. Em apenas 60 dias, o já extinto Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) foi erguido nas proximidades da Cidade Livre, em 6 de julho de 1957. Atualmente o local é ocupado pelo Museu Vivo da Memória Candanga. Florêncio de Souza, piauiense que chegou a Brasília em 1957, antes da inauguração oficial da cidade, comemorou: “Eu vim passear em Brasília e estou aqui até hoje. É um quadradinho dos melhores. E o museu é uma ótima recordação do tempo que passou” São instalações que o aposentado Florêncio Vilarinho de Sousa, 91, conhece muito bem: o filho do pioneiro foi uma das primeiras crianças a nascer no antigo hospital. Seu Florêncio lembra até a hora exata em que chegou do Piauí à nova capital: 17h de 13 de junho de 1957. Desde então, ele fez parte da história do DF não apenas com suas habilidades de carpinteiro e marceneiro, mas também como uma fonte de memória viva dos primeiros passos da cidade. “Eu vim passear em Brasília e estou aqui até hoje”, contou, “É um quadradinho dos melhores. E o museu é uma ótima recordação do tempo que passou. Hoje encontrei um amigo que não via há 50 anos.” Leonardo de Lima tem dois filhos que nasceram no antigo HJKO, onde hoje fica o museu: “Quem vem aqui está vendo onde começou Brasília” Com dois filhos também nascidos no antigo HJKO, o aposentado Leonardo de Lima, 84, falou sobre a importância do atual museu para resgatar a história da cidade: “Quem vem aqui está vendo onde começou Brasília”. Um dos fundadores da primeiras escolas de samba do DF no Cruzeiro, a Aruc, ele descreveu o reencontro promovido no Museu Vivo como simbólico. “É uma alegria para o povo”, sintetizou. De geração em geração Rosalina da Cruz foi criada no espaço onde funciona o MVMC: “De tudo que tem aqui eu participo, não perco nada, porque sempre revejo meus amigos e antigos vizinhos. É reviver o meu passado” O Museu Vivo da Memória Candanga é aberto ao público de segunda a sábado, das 9h às 17h, recebendo diversas visitas de escolas de todas as regiões do DF com frequência. Além das oficinas de artesanato e exposições, o local também já foi moradia de muitas pessoas da comunidade. É o caso da funcionária pública Rosalina da Cruz, 67, criada desde os 4 anos no espaço do museu. O pai era funcionário público no antigo HJKO, e toda a família dela tem uma forte história de vivência no local. “Cada vez que eu venho aqui, são sempre lembranças boas que a gente não esquece”, afirmou. “De tudo que tem aqui eu participo, não perco nada, porque sempre revejo meus amigos e antigos vizinhos. É reviver o meu passado”.

Ler mais...

Thumbnail

Museu Vivo da Memória Candanga está com inscrições abertas para cursos de artesanato

Já pensou em aprender a costurar, crochetar ou tricotar? Essas e outras modalidades de artesanato são oferecidas pelo Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) por meio do projeto Saber Fazer. Para participar, basta fazer a inscrição junto ao professor de cada oficina e comparecer aos encontros promovidos no equipamento público.  São várias modalidades de cursos, quase todos gratuitos ou com taxa | Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília Atualmente, são ofertados os cursos de gravura e xilogravura, corte e costura, crochê, tricô, bordado tradicional, costura criativa, bijuteria em crochê, pintura em gesso, crochê no lacre, bolsas de crochê, cerâmica e sabonetes artesanais. Embora a maioria dos workshops seja gratuita, o MVMC permite que os professores cobrem taxas simbólicas aos participantes para a aquisição de materiais. Aulas As aulas de sabonete artesanal, bolsa de crochê, bordado livre, crochê no lacre começam nesta segunda-feira (10). Os demais já estão em andamento, mas ainda são aceitas novas inscrições. O aprendizado ocorre de segunda a sexta-feira, conforme os horários de cada oficina, e seguem até dezembro. “Esses cursos são muito importantes para a nossa comunidade, resgatam os saberes populares e incentivam novas possibilidades de renda”, observa a gerente do MVMC, Eliane Falcão. “É uma forma de valorizar os saberes do nosso país. Estou no museu desde 2019 e conheço muitas pessoas que tiraram a carteirinha de artesão graças a esse conhecimento gratuito e voltaram para dar aulas, levando o conhecimento adiante.” Localizado no Núcleo Bandeirante, o Museu Vivo da Memória Candanga ocupa as instalações do primeiro hospital de Brasília. As lembranças da época da construção da capital federal estão reunidas na mostra permanente Poeira, Lona e Concreto.  Os contatos para inscrições estão disponíveis no Instagram do museu.  Museu Vivo da Memória Candanga → Funcionamento: de segunda a sábado, das 9h às 17h. Entrada gratuita. → Endereço: Setor Juscelino Kubitschek, Lote D, Núcleo Bandeirante. Telefone (61) 3301-3590  

Ler mais...

Thumbnail

Com 25 mil visitantes em 2024, Museu Vivo da Memória Candanga fortalece vínculos com as raízes da capital

Mais de 25 mil pessoas visitaram o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), no Núcleo Bandeirante, ao longo de 2024. Segundo os dados do espaço, os meses com maior frequência foram junho e agosto, com 4.006 e 3.163 visitas, respectivamente. Os períodos são conhecidos no local pela programação educativa voltada para estudantes da rede pública e privada. “O nosso foco do dia a dia são as escolas. Temos um programa educativo muito forte. Também recebemos muitas escolas e faculdades do mundo todo porque há uma curiosidade em conhecer a história da nova capital”, destaca a gerente do MVMC, Eliane Falcão. Os projetos realizados com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) também são apontados pela gestora como importantes para o impulsionamento da visitação: “Os eventos apoiados pelo FAC costumam ter um quantitativo maior de público”. O acervo do Museu Vivo da Memória Candanga relembra os tempos da construção de Brasília e os primeiros anos da nova capital | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília O Museu Vivo da Memória Candanga é conhecido por remontar a história desde antes da construção da nova capital até a inauguração de Brasília, em 1960. Terceiro espaço a ser construído pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), antes de se tornar um museu, o local abrigou o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) para atender a demanda dos candangos. O acervo oficial é composto por edificações e peças históricas. “O Museu preserva valiosos recortes históricos dos primeiros anos de Brasília, refletindo o esforço e a determinação de milhares de migrantes que, com coragem e trabalho árduo, percorreram quilômetros para edificar a nova capital federal. Este espaço mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa é um ponto de encontro para a memória e a reflexão, sendo também aberto para eventos que conectam a população com a rica história e cultura da cidade, permitindo que todos possam vivenciar e celebrar o legado de nossa construção coletiva”, afirma o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón. Uso do espaço O museu tem foco na educação cultural e recebe cursos diversos, como costura criativa e cinema Sob a responsabilidade da Secec-DF, o museu é um espaço cultural disponível para eventos ou oficinas. Para fazer a solicitação de uso, os interessados devem seguir alguns procedimentos, incluindo a assinatura da Secretaria responsável e a verificação de disponibilidade de horário, a fim de evitar conflitos com outras atividades já programadas no museu. Os interessados devem enviar um e-mail para o endereço eletrônico mvmc@cultura.df.gov.br solicitando o Formulário de Pauta Espontânea, primeiro passo para a solicitação do uso do espaço. As propostas apresentadas devem incluir o projeto do curso, que deve estar vinculado à temática cultural, e será submetido à apreciação da Subsecretaria de Patrimônio Cultural. Não é obrigatório contar com apoio do FAC, nem realizar as atividades nos horários de funcionamento do museu. Como exemplos, alguns cursos em andamento incluem cinema, costura criativa e crochê no lacre. Para pessoas físicas, é necessário preencher o Formulário de Pauta Espontânea, apresentar documento de identificação com CPF, comprovante de residência e assinar o termo de responsabilidade pelo uso do espaço. No caso de pessoas jurídicas, a solicitação requer o Formulário de Pauta Espontânea, documento de identificação, CNPJ, Contrato Social, ata de reunião de assembleia, estatuto e termo de responsabilidade. As solicitações devem ser feitas com, no mínimo, 40 dias de antecedência ao evento, e os documentos devem ser preenchidos digitalmente. Caso haja necessidade, o setor administrativo do MVMC está disponível para fornecer suporte. Além disso, é imprescindível fazer um aviso prévio, seja por e-mail ou telefone, para garantir a reserva e o bom andamento do processo. Os cursos oferecidos são, geralmente, gratuitos. No entanto, caso haja cobrança, o valor máximo permitido para a participação é de R$ 50, conforme estabelecido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Esse valor deve ser destinado exclusivamente à aquisição de materiais necessários para o curso.

Ler mais...

Thumbnail

Curso de técnicas de bordado usa arquitetura brasiliense como inspiração para artesanato

Reconhecida como museu a céu aberto, a capital federal serviu de inspiração para o curso de técnicas de bordado do projeto Bordando Brasília. A iniciativa é realizada pelo Núcleo de Arte do Centro-Oeste (Naco), com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), no Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC). A formação de técnicas de bordado foi concluída nesta semana, com participação de 25 alunas. O projeto segue em andamento até 7 de dezembro com mais quatro cursos gratuitos: design, identidade visual, marketing digital e gestão financeira. Após essa data, a coleção será vendida na loja Mãos Criativas, no Liberty Mall. Uma das alunas da oficina foi a artesã Luciana Oliveira de Almeida, 55 anos. Ela conta que as novas habilidades vão impulsionar o trabalho que realiza com patchwork, técnica que usa retalhos para criar artigos de vestuário e décor. “No patchwork, podemos agregar bordados, pontos de cruz e até pintura. Vou agregar o bordado a mão livre nas peças, que era algo que eu já sabia fazer e aperfeiçoei aqui”, revelou. Luciana Oliveira de Almeida aperfeiçoou a técnica que usava em suas peças e ainda aprendeu pontos novos | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília Quem também gostou da prática foi a aposentada Marina Lúcia Oliveira, 64. “Sabia muito pouco de bordado e, rapidinho, peguei a técnica do ponto corrente, do ponto cheio e do ponto escama”, conta ela, que, após se aposentar, começou a buscar novos conhecimentos. “É um curso muito bom para aprender e para trabalhar a cabeça, fazer novas amizades.” A sala de aula foi comandada pela mestre em artesanato Maria de Fátima Lima, bordadeira há mais de 20 anos e reconhecida pelo prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato. “Fico muito feliz em poder passar o meu saber para outras pessoas. Muitas chegaram iniciantes, sem bordar nada, e se desenvolveram muito. Com os pontos que elas aprenderam, podem seguir e deslanchar a carreira, porque o bordado, além de ser uma terapia, é uma renda”, afirmou. Pontos turísticos de Brasília, como o Teatro Nacional e a Catedral Metropolitana, foram bordados nas obras, sob a consultoria de Cris Malheiros e Patrícia Herzog Como produto final, as alunas bordaram elementos de monumentos que decoram o Cerrado brasiliense, como o Congresso Nacional, o Teatro Nacional e a Catedral Metropolitana, em colchas e capas de almofadas. As peças foram feitas com consultoria das designers Cris Malheiros e Patrícia Herzog. “As formas de Brasília encantam o mundo inteiro e são ícones da identidade brasileira. Pensamos em uma coleção que sai de peças menores ou simplesmente utilitárias para peças que podem trazer sofisticação e elegância para ambientes, trazendo o bordado para uma outra escala”, observou Herzog. Malheiros revelou que houve uma pesquisa detalhada sobre quais elementos deveriam compor as peças. “Trouxemos as linhas, formas e cores do Cerrado, do pôr do Sol, das folhas secas quando caem ao chão. E é uma coleção atemporal, moderna e pensada para encantar os brasilienses, quem nos visita e o mercado, além de que pode ser trabalhada em diversos outros produtos”, disse. “A intenção foi abrir o olhar para a nossa cidade e conseguimos. Os produtos estão prontos para ir para o mercado e participar de diversos segmentos em que a decoração é bem-recebida; a intenção é que elas prosperem.” Conhecimento Caroline Palhares destaca que os cursos do projeto podem impulsionar a carreira dos artesãos da cidade Interessados em participar dos próximos quatro cursos podem verificar se há vagas, pelo telefone (61) 99663-4740. As aulas são realizadas presencialmente, sempre das 14h às 17h, no MVMC. Ao final, todos os participantes, com frequência igual ou superior a 70% nas formações, receberão certificado. A coordenadora pedagógica do projeto, Caroline Palhares, afirmou que o objetivo dos cursos é impulsionar a carreira empreendedora dos participantes, oferecendo conhecimento técnico em áreas essenciais para profissionais autônomos. A gestora destacou ainda o papel do cenário das aulas para o aprendizado dos participantes. “O museu foi uma das primeiras construções de Brasília e, depois que a população se mobilizou, abriu as portas para não só exposições sobre a história dos candangos, mas também para vários ateliês. Aqui, temos cursos de costura, bordado, crochê, tecelagem, cerâmica e vários outros. Então, entendemos que esse era o ambiente mais interessante para trabalharmos o bordado e relação com a arquitetura de Brasília”, comentou Palhares. Cronograma – Bordando Brasília Noções de Design – até o dia 19 deste mês Identidade Visual – dias 25 e 26 deste mês Marketing Digital – dias 27 e 28 deste mês Gestão Financeira – 3 e 4 de dezembro.

Ler mais...

Thumbnail

GDF recebe doação de 1,2 mil itens de informática para reforço tecnológico e ampliação digital

Em mais uma importante parceria entre o Governo do Distrito Federal e o Tribunal Superior do Trabalho (TST), 860 monitores de vídeo e 330 microcomputadores foram doados pela corte trabalhista ao Executivo local nesta quarta-feira (25). Os equipamentos vão reforçar o aprendizado de aproximadamente 400 crianças, jovens e adolescentes alunos dos cursos de informática básica ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). “Vamos continuar trabalhando juntos para melhorar a capacitação e a vida desses estudantes que tanto precisam de acesso à informação e crescimento profissional”, disse o governador Ibaneis Rocha, que ressaltou a importância da parceria com o TST | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília A doação entregue à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) será direcionada para as três Estações da Cidadania – duas em Ceilândia Norte e uma no Recanto das Emas – e para as Praças dos Direitos – uma em Ceilândia e outra no Itapoã. Presente na assinatura do termo de doação, no Salão Nobre do Gabinete da Presidência do tribunal, o governador Ibaneis Rocha destacou a parceria com o TST. “É uma alegria muito grande contar com o Tribunal Superior do Trabalho. Não é a primeira vez que eles fazem doação para o GDF, e vamos continuar trabalhando juntos para melhorar a capacitação e a vida desses estudantes que tanto precisam de acesso à informação e crescimento profissional”, defendeu o chefe do Executivo. Além desse aporte tecnológico para as regiões administrativas, o Museu Vivo da Memória Candanga será contemplado com 20 monitores de vídeo e 10 microcomputadores, que serão utilizados para digitalização de acervos e modernização dos processos internos. A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, diz que os equipamentos vão contribuir para reforçar a inclusão digital de jovens “Estamos muito felizes de receber os equipamentos, que vão ser de grande valia para toda a comunidade e para o pleno funcionamento do museu”, acrescentou a secretária de Cultura e Economia Criativa em exercício, Patrícia Paraguassu. Segundo o presidente do TST, ministro Lelio Bentes Corrêa, o repasse dos equipamentos ao GDF visa democratizar o acesso à tecnologia entre crianças e adolescentes das três regiões administrativas: “ Esse ato é muito mais do que uma doação, ele simboliza essa comunhão de interesse, no sentido de levar à população do DF uma condição melhor de atendimento, sobretudo no que diz respeito à inclusão digital”. Inclusão digital Administradas pela Sejus, as Estações da Cidadania e as Praças dos Direitos são serviços que integram, no mesmo espaço, programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação profissional, serviços socioassistenciais, políticas de prevenção à violência e de inclusão digital em territórios de vulnerabilidade para desenvolvimento social e promoção de cidadania. “Nesses cinco equipamentos públicos da Sejus, os alunos são atendidos no contraturno escolar. A gente sabe que, na rede pública de ensino, eles já têm essa oportunidade de estudar informática, mas queremos capacitar ainda mais para fazer a inclusão digital desses jovens”, detalhou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reisman, a doação vem como um estímulo para que jovens ocupem posições de trabalhos na área: “Os equipamentos servem como uma estrutura tecnológica e para trilhar o caminho da inclusão digital. Dados mostram que há uma lacuna de 20 mil vagas no setor de tecnologia no DF, e esses programas de inclusão darão conta de grande parte dessas oportunidades”. Atualmente, o DF conta com três unidades de Estação da Cidadania, sendo duas em Ceilândia (QNM 28 e QNR 2) e uma no Recanto das Emas (Avenida Recanto das Emas, Quadra 113), onde também são realizados os serviços do programa CEU das Artes, parceria entre a Sejus e a Secretaria de Educação (SEE) para promoção de educação integral com difusão de cultura, esporte e lazer. Quanto à Praça dos Direitos, há uma em Ceilândia (QNN 13) e outra no Itapoã (Quadra 203, Del Lago II).

Ler mais...

Thumbnail

Café com Viola homenageia a chegada da primavera no Museu Vivo da Memória Candanga

Para celebrar a estação mais florida do ano, a primavera, o Museu Vivo da Memória Candanga será o anfitrião da quarta edição do Café com Viola, neste sábado (21), das 9h às 12h. O evento contará com a apresentação de cantores regionais e um café cultural coletivo, dando a oportunidade ao público de trocar experiências. A entrada é gratuita e a ação conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC). Entre os artistas locais que farão parte da programação estão Júlia e Gaby Viola e a dupla Anderes e Fernandes. No espaço também haverá uma feira de artesanato e um bate-papo com prosa reflexiva. O palco estará aberto para manifestação de quem desejar mostrar o talento artístico. “A ideia principal desse projeto ser em um horário diferenciado é também um fator comunitário, para promover um evento para toda a família, com uma troca rica de experiências” Volmi Batista, produtor cultural Para o idealizador do evento, Volmi Batista, uma das propostas do projeto é dialogar com diferentes gerações da música e mostrar a diversidade musical regional caipira, interagindo com a história de Brasília. O produtor cultural destaca, ainda, que as edições têm buscado cada vez mais a presença artística feminina, com as últimas edições levando um coral formado por mulheres. “Há pessoas que nasceram neste lugar e não conhecem esse espaço público. A ideia principal desse projeto ser em um horário diferenciado é também um fator comunitário, para promover um evento para toda a família, com uma troca rica de experiências. É um local arborizado e preservado em questão de ambiente e memória, observando a tradição do museu de ser um espaço de convivência onde cada um pode levar algo — seja um bolo, seja um café, seja uma música”, destacou Batista, lembrando que, antes de ser museu, o local abrigava o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO). A arte de um museu vivo O Museu Vivo da Memória Candanga receberá a quarta edição do Café com Viola neste sábado | Foto: Tony Oliveira/ Agência Brasília O Museu Vivo da Memória Candanga é um núcleo pioneiro da cultura local e um equipamento cultural com tombamento permanente homologado em 2015 como Patrimônio Histórico e Cultural Nacional. Cada edição do Café com Viola visa celebrar uma data especial brasileira. As edições passadas contaram com temas como folclore e outros assuntos ligados à história e cultura nacional. De acordo com o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, o museu tem a incumbência de registrar, difundir e recriar os saberes e modos de vida diversos, oferecendo oficinas de artesanato e arte popular para a comunidade. “Esse espaço cumpre o conceito de um museu vivo, que recria cenários históricos para simular um período de tempo passado, proporcionando aos visitantes uma interpretação experiencial da história com uma vocação especial: a de contar a história daqueles personagens anônimos que construíram Brasília. É por isso que sempre focamos na divulgação da arte popular, a arte das pessoas comuns”, observou o subsecretário.

Ler mais...

Thumbnail

Museu Vivo da Memória Candanga recebe projeto Café com Viola

O Museu Vivo da Memória Candanga receberá, neste sábado (13), das 9h às 12h, o evento Café com Viola, realizado pelo Clube do Violeiro Caipira de Brasília. Na programação, um café da manhã coletivo terá apresentações artísticas com violeiros e violeiras, roda de prosa e palco aberto para artistas e simpatizantes das artes em diversas formas de expressão. O Museu Vivo da Memória Candanga será palco para café da manhã cultural | Foto: Divulgação/ Secec O projeto conta com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), tendo como objetivo promover integração comunitária, inserir a arte nas comunidades por meio da música, revelar e valorizar os artistas locais, criar oportunidades e difundir as manifestações tradicionais ligadas à música e viola caipira. Além disso, visa alcançar outros tipos de manifestações culturais, como dança, artesanato, poesia, literatura e pintura, promovendo um intercâmbio cultural e social em benefício das comunidades. A data escolhida para o evento faz homenagem ao Dia Nacional da Música e Viola Caipira, instituído por meio da lei nº 14.472, de 6 de dezembro de 2022. Café com Viola ⇒ Das 9h às 12h, no Museu Vivo da Memória Candanga –  Setor JK, Lote D, Núcleo Bandeirante. Telefone: 3301-3590 ⇒ Apresentações do Coral Habeas Cantus e de Claudinho da Viola ⇒ Roda de prosa: Momento reflexivo ⇒ Feira de artesanato Entrada gratuita. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador