Colegiado fortalece a preservação do patrimônio cultural do Distrito Federal
Em 2025, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac) consolidou seu papel na proteção do patrimônio cultural do DF, promovendo discussões e ações voltadas à preservação da história, da arte e da identidade local. Ao longo do ano, o colegiado realizou oito reuniões ordinárias e uma extraordinária, com foco em processos e projetos decisivos para o futuro cultural da região. Para o próximo ano, o conselho projeta novos desafios, como a finalização de processos em andamento e a consolidação das diretrizes para intervenções | Foto: Divulgação/Secec-DF Entre as ações de destaque estão a reavaliação do tombamento do Teatro Dulcina de Moraes e a proteção de seus acervos, incluindo o reconhecimento do Ideário de Dulcina como Patrimônio Imaterial do DF. Além disso, o registro do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste – Mamulengo, também como patrimônio imaterial, reflete o esforço contínuo para manter vivas as manifestações culturais regionais. O conselho também esteve envolvido em processos relevantes, como a análise da requalificação urbana do percurso turístico-cultural de Planaltina e o projeto de restauro da Praça dos Três Poderes, sob coordenação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Intervenções em áreas sensíveis, como o pilotis do Bloco J da Superquadra Sul 307 e a incineração da cabeça da imagem do orixá Ogum, na Praça dos Orixás, também estiveram entre as deliberações do ano. [LEIA_TAMBEM]“O trabalho do Condepac reflete o nosso compromisso com a preservação da identidade cultural do Distrito Federal, e os avanços de 2025 são fundamentais para o fortalecimento de nossa memória coletiva. Continuaremos a avançar com o olhar atento às necessidades da nossa população e ao nosso patrimônio”, afirma o secretário de Cultura e Economia Criativa do DF e presidente do Condepac, Claudio Abrantes. Além disso, o conselho deu início à criação de grupos de trabalho estratégicos, como o GT Vila Cultural Cobra Coral e o GT Patrimônio Ambiental, e avançou na atualização e revisão do Regimento Interno, bem como na elaboração de novas diretrizes para intervenções em áreas tombadas. Para 2026, o colegiado projeta novos desafios, como a finalização de processos em andamento e a consolidação das diretrizes para intervenções, além da continuidade das ações de valorização e proteção dos bens culturais que integram a identidade de Brasília e do entorno. O trabalho coletivo desenvolvido ao longo de 2025 reafirma a importância do Condepac como órgão técnico e deliberativo que, com o apoio da sociedade civil e de parceiros institucionais, atua para garantir que o patrimônio cultural do Distrito Federal seja preservado, valorizado e protegido para as futuras gerações. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF)
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Evento valoriza manifestações populares tradicionais das regiões administrativas
A pergunta que abriu a programação da 12ª Jornada do Patrimônio, realizada na última sexta-feira (28/11), no Museu Nacional da República, já provocava: quantos lados tem o nosso quadradinho? A resposta passava por Sobradinho, Ceilândia, Planaltina, Paranoá, Taguatinga e outras regiões que compõem o mosaico cultural do Distrito Federal. O evento anual reuniu professores e estudantes para ampliar o entendimento sobre o patrimônio cultural que nasce do encontro entre diferentes saberes e tradições. Organizada pela Secretaria de Educação (SEEDF), em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) e com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a iniciativa colocou em evidência manifestações como o Boi do Seu Teodoro, a Via Sacra de Planaltina, Martinha do Coco e o Mestre Zé do Pife. Também fizeram parte do debate expressões contemporâneas presentes no território, como hip-hop, samba, reggae e rock. Iniciativa colocou em evidência manifestações como o Boi do Seu Teodoro, Via Sacra de Planaltina, Martinha do Coco e Mestre Zé do Pife | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF Brasília de muitas raízes O tema escolhido para 2025 buscou romper com imagens cristalizadas de Brasília, cidade construída por trabalhadores vindos de diversas regiões do país e que carrega, em suas regiões administrativas, elementos das raízes trazidas por quem a edificou. Festas, danças, narrativas orais, culinária e brincadeiras compõem a tessitura de identidades que atravessam o tradicional e o contemporâneo. “A 12ª Jornada do Patrimônio reafirmou o compromisso da secretaria com uma escola que reconhece, valoriza e se alimenta da potência das culturas populares do Distrito Federal”, afirmou a diretora de Educação em Tempo Integral, Érica Martins. “Quando ampliamos o olhar para além do Plano Piloto e evidenciamos os muitos lados do nosso quadradinho, fortalecemos o sentimento de pertencimento, promovemos justiça social e asseguramos o direito à cultura como parte essencial da formação integral”, completou. O encerramento do encontro contou com a apresentação do grupo Tribo das Artes A programação do evento incluiu três conversas ao longo do dia. Pela manhã, os educadores Elza Caetano e Pablo Feitosa debateram a cultura afro-brasileira na capital. À tarde, Chico Simões e Manu Matusquella abordaram o teatro de bonecos e a palhaçaria. No fim do dia, os artistas Tico Magalhães, do Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro, e Martinha do Côco conversaram sobre a cultura popular cerratense. O encerramento contou com a apresentação do grupo Tribo das Artes. *Com informações da Secretaria de Educação
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Reinaugurado após mais de uma década, Teatro Nacional abre suas portas para visitas guiadas
Brasilienses e turistas aguardaram com muita expectativa a reabertura do Teatro Nacional Claudio Santoro, que ficou mais de uma década fechado. Então, nada mais justo que, após a reinauguração, ele possa ser visto de diferentes perspectivas. Por isso, além da programação regular de espetáculos, o espaço também recebe semanalmente grupos de visitas guiadas. “É uma experiência. Conhecer o Teatro quando não tem espetáculo, caminhar pelo palco, pelos camarins, visitar todas as instalações… Acho que isso é algo importante. A gente quer gerar no público de Brasília a possibilidade de ter esse contato”, destacou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes. O Teatro Nacional Claudio Santoro passa a oferecer visitas guiadas e gratuitas às sextas-feiras; para participar, basta comparecer ao foyer da Sala Martins Pena, entre as 14h e as 16h | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília As visitas são gratuitas e ocorrem às sextas-feiras – e a última do mês conta com um intérprete de Libras para garantir a acessibilidade. Para participar basta comparecer ao foyer da Sala Martins Pena, entre as 14h e as 16h. Os grupos são acompanhados por um servidor da Subsecretaria do Patrimônio Cultural, que narra fatos sobre a história do Teatro, sua arquitetura – assinada por Oscar Niemeyer –, e as obras de arte em seu interior, a exemplo dos painéis de Athos Bulcão. [LEIA_TAMBEM]“É uma visita focada nos aspectos arquitetônicos e de patrimônio cultural do Teatro. É uma joia incrustada aqui no centro da cidade, no centro do poder nacional. Então, ele tem uma relevância cívica e cultural muito grande, mas também uma importância em termos de patrimônio cultural – ele é tombado tanto nacionalmente quanto pelo Distrito Federal”, apontou o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón. “E pretendemos mostrar ainda as melhorias que trouxemos aqui para a Sala Martins Pena, que teve um ganho imenso em conforto, acessibilidade e segurança, mas também em termos acústicos. Ela foi de uma nota cinco para uma nota nove em acústica. Isso é um ganho de que a cidade precisava”, acrescentou o subsecretário. Além das visitas guiadas, o público também pode acompanhar a programação de espetáculos do local. A Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS) segue com sua temporada 2025 de concertos. As apresentações ocorrem sempre às quintas-feiras, às 20h. Os ingressos gratuitos são distribuídos presencialmente, uma hora antes do espetáculo, respeitando a capacidade da Martins Pena, que comporta 478 espectadores. Os grupos poderão conhecer mais sobre a história do Teatro, sua arquitetura e as obras de arte em seu interior, como os painéis de Athos Bulcão Restauro A obra de restauração do Teatro Nacional Claudio Santoro pelo Governo do Distrito Federal (GDF) teve início em dezembro de 2022, pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer. A viabilidade da reforma só ocorreu depois que este GDF decidiu fracionar o projeto em quatro etapas. Com investimento de R$ 70 milhões por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), a primeira etapa consistiu na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como na recuperação da Martins Pena. A obra de restauração do Teatro teve início em dezembro de 2022, pela Sala Martins Pena e seu respectivo foyer; a reabertura do espaço cultural ocorreu em dezembro do ano passado A reabertura do espaço, em dezembro do ano passado, foi celebrada com o festival Viva o Teatro, que contou com seis atos. O primeiro deles, em homenagem aos operários que trabalharam na reforma do local, teve um concerto da Orquestra Sinfônica, que ainda se apresentou ao lado da dupla Chitãozinho & Xororó na reabertura oficial. Ambos foram exclusivos para convidados. Na sequência – já abertos ao público –, houve show de Almir Sater; o Dia do Teatro, com uma peça infantil e a comédia Tela Plana, dos Melhores do Mundo; homenagem ao rock brasiliense com a Plebe Rude; e o Dia da Dança, que teve, entre outras atrações, o Boi de Seu Teodoro, tombado como Patrimônio Cultural Imaterial do DF. Agora, serão investidos R$ 315 milhões na próxima fase da obra, que teve o edital de licitação divulgado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). O projeto inclui a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o foyer da Villa-Lobos.
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Com 25 mil visitantes em 2024, Museu Vivo da Memória Candanga fortalece vínculos com as raízes da capital
Mais de 25 mil pessoas visitaram o Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC), no Núcleo Bandeirante, ao longo de 2024. Segundo os dados do espaço, os meses com maior frequência foram junho e agosto, com 4.006 e 3.163 visitas, respectivamente. Os períodos são conhecidos no local pela programação educativa voltada para estudantes da rede pública e privada. “O nosso foco do dia a dia são as escolas. Temos um programa educativo muito forte. Também recebemos muitas escolas e faculdades do mundo todo porque há uma curiosidade em conhecer a história da nova capital”, destaca a gerente do MVMC, Eliane Falcão. Os projetos realizados com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) também são apontados pela gestora como importantes para o impulsionamento da visitação: “Os eventos apoiados pelo FAC costumam ter um quantitativo maior de público”. O acervo do Museu Vivo da Memória Candanga relembra os tempos da construção de Brasília e os primeiros anos da nova capital | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília O Museu Vivo da Memória Candanga é conhecido por remontar a história desde antes da construção da nova capital até a inauguração de Brasília, em 1960. Terceiro espaço a ser construído pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), antes de se tornar um museu, o local abrigou o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira (HJKO) para atender a demanda dos candangos. O acervo oficial é composto por edificações e peças históricas. “O Museu preserva valiosos recortes históricos dos primeiros anos de Brasília, refletindo o esforço e a determinação de milhares de migrantes que, com coragem e trabalho árduo, percorreram quilômetros para edificar a nova capital federal. Este espaço mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa é um ponto de encontro para a memória e a reflexão, sendo também aberto para eventos que conectam a população com a rica história e cultura da cidade, permitindo que todos possam vivenciar e celebrar o legado de nossa construção coletiva”, afirma o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón. Uso do espaço O museu tem foco na educação cultural e recebe cursos diversos, como costura criativa e cinema Sob a responsabilidade da Secec-DF, o museu é um espaço cultural disponível para eventos ou oficinas. Para fazer a solicitação de uso, os interessados devem seguir alguns procedimentos, incluindo a assinatura da Secretaria responsável e a verificação de disponibilidade de horário, a fim de evitar conflitos com outras atividades já programadas no museu. Os interessados devem enviar um e-mail para o endereço eletrônico mvmc@cultura.df.gov.br solicitando o Formulário de Pauta Espontânea, primeiro passo para a solicitação do uso do espaço. As propostas apresentadas devem incluir o projeto do curso, que deve estar vinculado à temática cultural, e será submetido à apreciação da Subsecretaria de Patrimônio Cultural. Não é obrigatório contar com apoio do FAC, nem realizar as atividades nos horários de funcionamento do museu. Como exemplos, alguns cursos em andamento incluem cinema, costura criativa e crochê no lacre. Para pessoas físicas, é necessário preencher o Formulário de Pauta Espontânea, apresentar documento de identificação com CPF, comprovante de residência e assinar o termo de responsabilidade pelo uso do espaço. No caso de pessoas jurídicas, a solicitação requer o Formulário de Pauta Espontânea, documento de identificação, CNPJ, Contrato Social, ata de reunião de assembleia, estatuto e termo de responsabilidade. As solicitações devem ser feitas com, no mínimo, 40 dias de antecedência ao evento, e os documentos devem ser preenchidos digitalmente. Caso haja necessidade, o setor administrativo do MVMC está disponível para fornecer suporte. Além disso, é imprescindível fazer um aviso prévio, seja por e-mail ou telefone, para garantir a reserva e o bom andamento do processo. Os cursos oferecidos são, geralmente, gratuitos. No entanto, caso haja cobrança, o valor máximo permitido para a participação é de R$ 50, conforme estabelecido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Esse valor deve ser destinado exclusivamente à aquisição de materiais necessários para o curso.
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Memorial dos Povos Indígenas registra aumento de visitação escolar em 2024
Ícone de cultura e resistência localizado na Zona Cívico-Administrativa de Brasília, o Memorial dos Povos Indígenas vem atraindo cada vez mais público. Em 2024, o espaço recebeu mais de 16 mil estudantes, representando um aumento de 25% em relação ao ano anterior, que contabilizou 13.111 visitas escolares. Ao todo, 45.388 pessoas visitaram o memorial este ano. Detalhes da rica cultura indígena chamam a atenção dos visitantes do memorial | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Integramos educação e cultura, promovendo um aprendizado profundo sobre a diversidade dos povos originários do Brasil” Felipe Ramón, subsecretário do Patrimônio Cultural Esse crescimento é atribuído ao projeto Territórios Culturais, administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF) em parceria com a Secretaria de Educação (SEEDF). A iniciativa proporciona visitas mediadas e atividades pedagógicas que ampliam o conhecimento dos estudantes sobre o patrimônio cultural do Distrito Federal, fomentando a educação integral. Segundo o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón, o Territórios Culturais vai além da experiência cultural. “Integramos educação e cultura, promovendo um aprendizado profundo sobre a diversidade dos povos originários do Brasil”, explica. “Oferecemos transporte e mediação com professores da rede distrital para que os alunos vivenciem o conteúdo museológico de forma significativa”. Riqueza cultural e histórica Arquitetura do prédio leva a assinatura de Oscar Niemeyer Aberto de terça a domingo, o Memorial dos Povos Indígenas é gratuito e abriga um rico acervo de plumárias, cerâmicas, cestarias e máscaras. Sua arquitetura, projetada por Oscar Niemeyer e inspirada nas malocas Yanomami, oferece uma experiência única que conecta visitantes à diversidade indígena. Exposições temporárias, como Os Grafismos Indígenas Hóri, em cartaz até janeiro de 2025, destacam a riqueza artística dos povos Dessano e Tukano. O espaço também promove inclusão com acessibilidade plena, incluindo rampas, banheiros adaptados, material em braile, peças táteis e visitas guiadas em Libras mediante agendamento. Já a Sala do Saber Mário Juruna, dedicada ao primeiro deputado federal indígena do Brasil, é utilizada em ações educativas que reforçam a valorização dos saberes ancestrais. Educação e inclusão O projeto Territórios Culturais estimula o aprendizado interdisciplinar em locais como o Cine Brasília, o Museu Nacional da República e o Centro Cultural Três Poderes. Além disso, iniciativas como o Caderno Pedagógico Abril Indígena, lançado pela Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral (Subin), fortalecem os direitos dos estudantes indígenas e promovem a valorização da cultura originária nas escolas. A combinação de esforços pedagógicos e culturais reforça o papel do Memorial dos Povos Indígenas como um espaço de preservação e celebração da diversidade, promovendo respeito e cidadania. Para mais informações e programação, acompanhe o perfil do Memorial no Instagram @memorialdospovosindigenas.
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Lançado edital para premiar preservação e valorização do patrimônio cultural do DF
Estarão abertas, do dia 17 ao dia 29 deste mês, as inscrições para o Prêmio José Aparecido de Oliveira, promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF). A publicação do edital referente a essa iniciativa foi feita na edição de quinta-feira (10) do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A finalidade é premiar seis trabalhos relevantes para a preservação e valorização do patrimônio cultural. Premiação de 2023 | Foto: Divulgação/Secec-DF Serão selecionados três projetos na modalidade de Patrimônio Cultural Material e três na modalidade de Patrimônio Cultural Imaterial, com a restrição de que cada proponente poderá indicar apenas um projeto. “Com essa iniciativa, pretendemos motivar as pessoas a pensar e a trabalhar mais pela preservação desse patrimônio” Felipe Ramón, subsecretário do Patrimônio Cultural O valor global da premiação é de R$ 70 mil, quantia dividida em duas modalidades. Na de Patrimônio Cultural Material, o primeiro lugar receberá R$ 20 mil, o segundo lugar, R$ 10 mil, e o terceiro lugar, R$ 5 mil. Já os trabalhos premiados na modalidade Patrimônio Cultural Imaterial, receberão R$ 20 mil (primeiro lugar), R$ 10 mil (segundo lugar) R$ 5 mil (terceiro lugar). Premiações “Esse prêmio tem a iniciativa de preservação do patrimônio, tanto material como imaterial”, ressalta o subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramón. “Este ano resolvemos ampliar tanto as premiações quanto as categorias atendidas. No ano passado, era um prêmio apenas para todas as categorias de patrimônio. Hoje nós temos uma categoria específica para o material e outra específica para o imaterial. Com essa iniciativa, pretendemos motivar as pessoas a pensar e a trabalhar mais pela preservação desse patrimônio.” São considerados trabalhos de relevância iniciativas, ações ou projetos, em desenvolvimento ou concluídos, que contribuam para a preservação do patrimônio cultural material tombado por meio de estudos, pesquisas, projetos, obras e outras medidas de conservação e restauro, para Patrimônio Cultural Material. Para Patrimônio Cultural Imaterial, são consideradas ações de salvaguarda do patrimônio imaterial registrado pelo DF, envolvendo identificação, documentação, promoção, divulgação e apoio. Poderão participar como indicados do chamamento público pessoas físicas ou jurídicas, incluindo instituições públicas ou privadas, grupos, agentes sociais e acadêmicos, domiciliados ou não no DF, que tenham desenvolvido ou estejam desenvolvendo projetos inéditos com trabalhos relevantes para a preservação, salvaguarda, estudos, educação, difusão, circulação, promoção e sensibilização referentes à temática do Patrimônio Cultural do Distrito Federal e, dentro deste universo de Brasília, Patrimônio Cultural da Humanidade. Confira o edital. *Com informações da Secec-DF
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Estudantes de Taguatinga participam de lançamento de livros sobre educação patrimonial
Estudantes do Centro de Ensino Médio Escola Industrial de Taguatinga (Cemeit) participaram, nesta quinta-feira (5), do evento de lançamento da reedição dos livros Arqueologia e os Primeiros Habitantes do Distrito Federal e Gabriel em Brasília, no Parque Ecológico Saburo Onoyama. Cada aluno ganhou os dois exemplares e as escolas da rede pública irão recebê-los em suas bibliotecas. Nesta quinta (5), evento lançou a reedição dos livros “Arqueologia e os Primeiros Habitantes do Distrito Federal” e “Gabriel em Brasília”, no Parque Ecológico Saburo Onoyama | Fotos: Mary Leal/ SEEDF A iniciativa é uma parceria entre a Secretaria de Educação (SEEDF), Instituto BRB e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e tem como objetivo reforçar o compromisso com a educação patrimonial, de acordo com os planos de trabalho estabelecidos entre os órgãos. A escolha do local para o lançamento se deu em função da parceria entre a SEEDF, a Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF) e o Instituto Brasília Ambiental (Ibram), que, juntas, desenvolvem o Programa Parque Educador, voltado para o fortalecimento das políticas de educação ambiental e patrimonial. “Contemplar o meio ambiente é essencial para entendermos a sua importância, pois ele faz parte do nosso patrimônio. Atividades como essa nos fazem pensar fora do senso comum. Sair da sala de aula e aprender na prática é enriquecedor e o que queremos é que os estudantes reproduzam o que aprenderam aqui hoje para seus familiares e colegas”, comentou a diretora de Educação em Tempo Integral da SEEDF, Érica Soares Martins, Na cerimônia de lançamento, cada aluno ganhou dois livros; as escolas da rede pública irão receber as obras em suas bibliotecas Leandro Grass, presidente do Iphan, explicou que o objetivo do evento é promover uma consciência dos estudantes sobre o significado de patrimônio e a importância dele na vida de todos. “O nosso papel é preservar o patrimônio cultural brasileiro. O patrimônio cultural parece uma coisa muito rebuscada, difícil, mas está na nossa vida o dia inteiro, todos os momentos a gente está se relacionando com ele. O patrimônio é o que é importante para a gente, é o que tem valor para nós. E o patrimônio cultural é aquilo que tem valor na nossa cultura, que nos representa”, comenta. Os estudantes fizeram uma trilha pelo parque, acompanhados das professoras do programa Parque Educador, e participaram da cerimônia de entrega dos livros. “Achei muito importante esse evento para nos tirar da sala de aula, para vermos a fauna, as plantas. Fora que aprender na prática é muito interessante”, comentou Matheus de Oliveira Carvalho, 18 anos, estudante do Cemeit. O estudante Matheus de Oliveira Carvalho gostou da experiência: “Achei muito importante esse evento para nos tirar da sala de aula, para vermos a fauna, as plantas” As obras O livro Arqueologia e os Primeiros Habitantes no Distrito Federal, escrito pela arqueóloga Margareth de Lourdes Souza e publicado pelo Iphan, é um recurso valioso e acessível, desenvolvido especialmente para apoiar os professores da rede pública. A obra aborda, de maneira didática, desde conceitos gerais, como a definição de arqueologia e o trabalho dos arqueólogos, até temas específicos relacionados ao Distrito Federal, incluindo as pesquisas realizadas na região e os diversos sítios arqueológicos ali encontrados. Já Gabriel em Brasília é uma narrativa divertida e lúdica. As ilustrações e os traços que a acompanham são uma parte importante da narrativa e nos ajudam a entender que Brasília é tanto bela quanto histórica, tanto atual quanto poética, sutil e moderna, ao seu modo. O livro acompanha a jornada de um jovem em busca de sua identidade e de uma conexão mais profunda com seu país.
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#TBT: Brasília, há 36 anos Patrimônio Mundial pela Unesco
Tesouro urbanístico e símbolo de um dos mais importantes fatos históricos do país, Brasília é, há 36 anos, Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A honraria foi concedida à capital federal em 7 dezembro de 1987, apenas 27 anos após a sua inauguração. Desde então, Brasília compõe o seleto grupo de monumentos agraciados com o título, a exemplo da Muralha da China e das pirâmides do Egito. O título de patrimônio mundial da humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lucio Costa. A concepção, projeção e construção do sonho de Juscelino Kubitschek transcorreram entre 1957 e 21 de abril de 1960, quando a cidade foi inaugurada. A Agência Brasília revisita a história da capital e dos títulos que a preservam em mais uma matéria da série especial #TBTdoDF, que aproveita a sigla em inglês de Throwback Thursday para reviver fatos marcantes para o Quadradinho. [Olho texto=”“Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”” assinatura=”Cristiano Araújo, secretário de Turismo” esquerda_direita_centro=”direita”] A área tombada da cidade tem 112,25 km², sendo o maior perímetro urbano sob proteção histórica do mundo, e coleciona atributos dignos de tombamento. Quem ousa passear pela cidade tem a oportunidade de prestigiar as quatro escalas de Lucio Costa — monumental (a do poder), residencial (das superquadras), gregária (dos setores de serviços e diversão) e bucólica (das áreas verdes entremeadas nas demais) — e conversar com os traços de Oscar Niemeyer. Em diversos pontos da capital, é possível ainda prestigiar as obras de Athos Bulcão e vislumbrar o paisagismo de Burle Marx. O título permite que o conceito inovador e vanguardista da cidade seja mantido, além de incentivar o movimento turístico na região. “Nossa capital é um lugar especial, não apenas para os brasileiros, mas para toda a humanidade. Temos aqui sítios naturais e culturais, com uma arquitetura modernista, planejamento urbano inovador e funcional”, avalia o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. “Esse título também é uma forma de preservar e proteger essa herança para as gerações futuras e torna nossa cidade uma fonte de inspiração para o mundo”. O título de Patrimônio Mundial da Humanidade se refere ao conjunto urbanístico-arquitetônico de Brasília — o Plano Piloto —, assinado pelo urbanista Lúcio Costa | Foto: Divulgação/Adriano Teixeira O subsecretário de Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec-DF), Felipe Ramón, afirma que “o tombamento é o reconhecimento mundial da importância do Plano Piloto para a civilização”. Segundo ele, a preservação de Brasília exige a avaliação do plano urbano e a adoção de uma visão voltada para o futuro, em que as próximas gerações também entenderão a importância da capital, processo que ocorre com a educação patrimonial. “Nós temos atribuição direta sobre tombamentos e registros, sendo que o primeiro diz respeito aos bens materiais, e o segundo, aos imateriais. Nós zelamos pela preservação desses espaços, além de fomentarmos a educação patrimonial, que é o que faz com que os jovens adultos e crianças conheçam a importância do patrimônio cultural e do tombamento e assim passem a preservá-los”, explica o subsecretário. Preservação A capital federal também é tombada pelo GDF e pelo Iphan | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília A capital também é reconhecida como patrimônio cultural em outras duas instâncias diferentes: é tombada pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O primeiro ato de preservação da cidade ocorreu em 14 de outubro de 1987, com a publicação do decreto n° 10.829/1987, que regulamenta a lei n° 3.751/1960. A medida, que propõe a preservação da concepção urbanística de Brasília, permitiu que a cidade fosse tombada mundialmente. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Já em 14 de março de 1990, a cidade foi inscrita no Livro de Tombo Histórico pelo Iphan. O feito é referente à mudança da capital do país do Rio de Janeiro para o Planalto Central, considerado um dos mais importantes acontecimentos históricos do país no século 20. “Representa uma radical mudança na geografia do país, promovendo a ocupação das áreas centrais do território nacional que, majoritariamente, concentra as maiores cidades no litoral”, pontua o instituto em nota enviada à Agência Brasília. “Brasília representa um marco muito significativo para o debate internacional referente ao reconhecimento de sítios enquanto patrimônio da humanidade”, continua o órgão. “Foi o primeiro conjunto urbanístico moderno a ser declarado. Esse reconhecimento confirma não apenas a genialidade do urbanismo de Lucio Costa e a arquitetura de Oscar Niemeyer, mas a capacidade de realização brasileira de criar uma capital em um território pouquíssimo ocupado, em tempo exíguo. Coroa também o esforço de milhares de trabalhadores que empreenderam a epopeia da construção, os candangos”, finaliza o Iphan. Visite A Catedral Metropolitana é um dos 12 pontos turísticos da rota arquitetônica | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O GDF criou rotas turísticas para que o Quadradinho seja desbravado por completo. Destaque para a Rota Arquitetônica, que leva o visitante a um tour nas obras e monumentos que fazem de Brasília um marco da arquitetura mundial. Há também a Rota Cívica, composta por monumentos e espaços importantes para a democracia do país, entre outros miniguias. Veja todas aqui.
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