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Horto agroflorestal é inaugurado na UBS 5 de Ceilândia

A Unidade Básica de Saúde (UBS) 5 de Ceilândia inaugurou, na sexta-feira (3), seu próprio Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb), espaço dedicado ao cultivo de plantas medicinais e plantas alimentícias não convencionais (Pancs). O projeto envolve a recuperação de áreas ambientais degradadas por meio do plantio de diversos tipos de hortaliças, assegurando a promoção integral da saúde de pacientes e da comunidade. O horto da UBS 5 foi batizado de Canto das Corujas, em homenagem a uma família de corujas-buraqueiras que vive no local. Os Hambs são uma iniciativa da Secretaria de Saúde (SES-DF) e o programa de expansão é fruto de uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. Lidiane Marciano: “Esse projeto vai agregar muitos valores aos nossos pacientes” | Fotos: Yuri Freitas/Agência Saúde DF A gerente da UBS 5 de Ceilândia, Lidiane Marciano, avalia que esse novo Hamb trará enormes benefícios para a população local, em especial aos pacientes da melhor idade. “Temos muitos idosos na comunidade que veem o horto como um atrativo para se distrair. Eles acabam tendo aquela carência de estarem sós em casa e costumam vir à UBS nem tanto em busca de acompanhamento, mas para ter uma fala, um cuidado. Então, nós contamos com o envolvimento deles, e esse projeto vai agregar muitos valores aos nossos pacientes”, conta. Os hortos possibilitam um incremento nutricional aliado ao uso de fármacos naturais, além de desempenharem papel importante na saúde mental de pacientes e servidores. Responsável técnico da UBS 5, o enfermeiro Caio César Lu aponta: “A integração entre ser humano, plantas e solo acrescenta em muito para o bem-estar tanto dos trabalhadores da UBS quanto da comunidade. Há um estreitamento de vínculos aqui”. Os Hambs promovem a integração entre os homens e a natureza e usam isso como elemento de cura [LEIA_TAMBEM]O diretor regional de Atenção Primária à Saúde da Região Oeste, Vanderson Moreira, ressalta o estreitamento das relações entre os servidores da unidade básica e a comunidade. “O Hamb tem possibilitado a formação de parcerias, a abertura das portas da UBS para que a população esteja mais presente, ajudando no crescimento e na manutenção do horto. Percebemos que isso não é só o lançar de uma semente, mas o florescer de um novo tempo”, reflete. O horto da UBS 5 de Ceilândia é o 38º implementado no Distrito Federal, sendo o 35º integrado a serviços públicos. Desses últimos, 30 funcionam em unidades da SES-DF. Os restantes foram implantados em espaços do Ministério da Saúde, da Fiocruz Brasília, da Escola Classe Beija-Flor, do Centro de Referência de Assistência Social (Creas) de Ceilândia e do Hospital Universitário de Brasília (HUB). Iniciado pela SES-DF em 2018, o projeto utiliza preceitos da agroecologia, da agrofloresta e agricultura biodinâmica na implantação da Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (Rhamb) no Distrito Federal. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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GDF inaugura horto agroflorestal no Ministério da Saúde

A sede do Ministério da Saúde (MS), na Esplanada dos Ministérios, passou a abrigar uma nova unidade de Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb), iniciativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. O processo de implantação foi concluído na última semana, após vários dias de atividades teóricas e práticas. A sede do Ministério da Saúde ganhou um Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb), uma iniciativa de SES-DF em parceria com a Fiocruz Brasília | Fotos: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF No DF, desde 2018, os hortos agroflorestais têm sido implantados como estratégia de descentralização do cultivo de plantas medicinais e de promoção da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Essas unidades diferenciam-se das demais por serem construídas com a comunidade, usando princípios da agroecologia, da agrofloresta e da agricultura biodinâmica. Com quase 47 anos de serviços prestados à Fiocruz, Clodoaldo Pinheiro, 77, compôs o grupo de profissionais das três entidades envolvidas nesta implantação. Em seu currículo e em sua memória, carrega a participação na 8ª Conferência Nacional de Saúde, a primeira a contar com presença popular e cujo relatório final apresentou as bases do SUS. “A gente enxerga com os hortos o desenvolvimento de uma coisa que é aparentemente tão simples, mas é tão significativa para o ser humano… Porque promove o resgate às origens, àqueles conhecimentos tradicionais”, avalia. A cooperação foi outro elemento que chamou a atenção durante o processo. “É maravilhoso você estar enturmado com as pessoas, aprender e ensinar ao mesmo tempo. A união é que faz a força”, completa. Os hortos agroflorestais têm sido implantados no Distrito Federal como estratégia de descentralização do cultivo de plantas medicinais e de promoção da saúde Ações intersetoriais A solicitação para o compartilhamento da tecnologia partiu da Coordenação de Atenção à Saúde do Servidor (Coass) do Ministério da Saúde. A intenção é fomentar, dentro do próprio órgão federal, ações intersetoriais relacionadas à promoção da saúde, às plantas medicinais e fitoterápicas e à saúde do trabalhador. “A ideia é trazer o colaborador para esse espaço, onde ele poderá entender um pouco sobre o processo de cultivo, de onde sai o alimento que ele consome. Aqui a gente está cuidando de quem cuida, de quem faz política pública”, explica a integrante da Coass e responsável pelo Hamb no MS, Gisely Coité. Práticas Integrativas em Saúde A rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos conta agora com 31 unidades. Em 2024, foram construídos 13 novos espaços e, neste ano, outros três. Os cursos de aperfeiçoamento, realizados anualmente desde 2023, capacitam 50 servidores a cada nova edição. *Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)

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Oficina sobre o uso de plantas medicinais chega à segunda edição

Estão abertas a partir desta segunda-feira (7), seguindo até o dia 14, as inscrições para a oficina sobre uso tradicional de plantas medicinais. A iniciativa é do Instituto Brasília Ambiental, executada pela comissão do projeto Reconexão Cerrado. A formação é gratuita, viabilizada com recursos de compensação ambiental, concede certificado e oferece 20 vagas. O formulário para as incrições será divulgado em breve. A atividade será realizada no período de 29 deste mês a 1º/11 e 8/11, no horário das 13h às 17h, no Parque Ecológico Riacho Fundo, e será conduzida pela facilitadora e pesquisadora dos saberes ancestrais Josefa Ataídes. Esta será a segunda turma do ano. A primeira foi realizada em agosto, no Parque Ecológico Olhos d’Água, na Asa Norte, e formou 40 pessoas. Durante as aulas serão ensinados o conhecimento e a prática da cultura do chá como ferramenta para a promoção da saúde e do bem-estar | Foto: Divulgação/ Brasília Ambiental Durante as aulas serão ensinados o conhecimento e a prática da cultura do chá como ferramenta para a promoção da saúde e do bem-estar. Serão abordados desde a história e a tradição do chá até a escolha e o preparo para diferentes fins terapêuticos, utilizando métodos ancestrais e que valorizam a biodiversidade local. Formação O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, destaca que a formação é voltada aos servidores do instituto, em especial os que desempenham a função de agentes de unidades de conservação, contudo é aberta, também, para a comunidade. “Nós sabemos da importância de os nossos agentes dominarem o uso dos recursos naturais, mas entendemos que essa importância se estende à comunidade, afinal o parque é dela. Isso lhes dá ferramentas para nos ajudar a preservá-lo”, ressalta. Membro da comissão do Reconexão Cerrado, o analista em políticas públicas do instituto, Webert Ferreira, reforça que a capacitação é aberta a todas as pessoas interessadas na fitoterapia e em métodos de promoção da saúde que buscam ampliar conhecimentos. Segundo ele, durante a oficina, será abordado o preparo de chás com finalidades terapêuticas distintas, tendo o uso das seguintes modalidades e finalidades: desenvolver habilidades práticas para o preparo de chás, escalda-pés e banhos; promover a valorização do conhecimento ancestral e da conexão com a natureza e incentivar a adoção de hábitos saudáveis e a promoção do bem-estar individual e coletivo. *Com informações do Brasília Ambiental

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Servidores são capacitados sobre espécies nativas do Cerrado para restauração ecológica

O Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a Rede de Sementes do Cerrado (RSC), promoveu, esta semana, capacitação para agentes, técnicos e analistas ambientais sobre identificação, coleta e beneficiamento de espécies nativas do Cerrado para restauração ecológica. A formação faz parte do ciclo de capacitação interna do projeto Reconexão Cerrado, cujo planejamento prevê a realização de quatro cursos este ano. “A abertura do projeto de capacitação foi a oficina gratuita sobre uso tradicional de plantas medicinais, realizada no mês de agosto, e aberta à comunidade”, diz o membro da comissão do Reconexão e analista em políticas públicas do Instituto, Webert Oliveira Ferreira. A ideia da formação é capacitar agentes, técnicos e analistas ambientais para incentivar a proteção e a regeneração das áreas degradadas das UCs e parques | Foto: Divulgação/Brasília Ambiental O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, ressalta que as capacitações são fundamentais para a formação de servidores, que lidam no dia a dia dentro das unidades de conservação (UCs), e para a comunidade, que tem interesse em obter e compartilhar conhecimentos sobre essa riqueza, para entender a importância da manutenção desses espaços e valorizar a biodiversidade. “Temos muitas áreas degradadas nas nossas unidades de conservação e é necessária a implementação dos programas de manejo para sua recuperação, com ações assertivas” Marcela Versiani, superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água do Brasília Ambiental A atual formação começou no dia 23 e foi concluída nesta quinta-feira (26). No primeiro dia, o curso foi online e a transmissão do conteúdo ficou por conta dos professores da Embrapa. Em dois dias aconteceram saídas de campo, no Monumento Natural Dom Bosco. No último dia, o curso foi realizado no laboratório de Termobiologia da Universidade de Brasília (UnB), onde é feito todo o tratamento de sementes. “Fomos estudar essa parte mais técnica do armazenamento e beneficiamento de sementes”, explica Webert Ferreira. Segundo ele, a ideia dessa formação é capacitar os servidores para incentivar a proteção e a regeneração das áreas degradadas das UCs e parques. “Um dos focos do curso foi identificar as plantas e sementes do Cerrado. Nessa identificação temos também o propósito de começar a construir as trilhas ecológicas nas UCs. Esse aprendizado da identificação é para fazermos o mapeamento das árvores ao longo das trilhas, colocar as placas de identificação para quando o usuário da UC chegar lá, já ter uma trilha montada, as plantas mapeadas e identificadas”, detalha Ferreira. Sobre a identificação de sementes, a ideia é que os participantes da formação integrem um grupo de trabalho para fazer um estudo mais aprofundado a médio e longo prazos de regeneração de área degradada por meio da semeadura direta. Para a superintendente de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água, Marcela Versiani, por meio dessa capacitação com a Rede de Sementes do Cerrado, os servidores puderam adquirir muito conhecimento sobre as técnicas de recuperação do Cerrado, o que incentiva a produtividade e abre discussões com a academia e outros setores para ajudar a regeneração do Cerrado. “Temos muitas áreas degradadas nas nossas unidades de conservação e é necessária a implementação dos programas de manejo para sua recuperação, com ações assertivas”, afirma. O Reconexão Cerrado conta com uma comissão coordenadora, que realiza ações e práticas para promover a conexão entre saúde e meio ambiente, por meio das UCs, geridas pelo Brasília Ambiental. A iniciativa tem ainda a finalidade de incentivar e promover a regeneração do Cerrado, por meio de outras ações também realizadas pela comissão, como a de melhorias estruturais nas unidades e a valorização das atividades voluntárias nestes espaços, potencializando o uso, o pertencimento e o empoderamento da população junto com o incentivo à realização de práticas integrativas de saúde. Em outubro ocorrerá uma nova edição do curso de plantas medicinais. A capacitação será divulgada no site do Brasília Ambiental e contará com vagas para comunidade. *Com informações do Brasília Ambiental  

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Horto Agroflorestal Medicinal é inaugurado na UBS 1 do Jardins Mangueiral

A população do Jardins Mangueiral ganhou, neste mês, o primeiro Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (Hamb), implantado na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1. O trabalho envolve a recuperação de áreas ambientais degradadas por meio do cultivo de alimentos e plantas medicinais, assegurando a promoção ampla e integral da saúde do paciente. O Hamb do Jardins Mangueiral é o 18º de toda a rede da SES-DF | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF O gerente de Práticas Integrativas em Saúde (Gerpis) da SES-DF, Marcos Trajano, explica que os hortos possibilitam uma interação profunda entre o indivíduo e o meio ambiente, gerando efeitos benéficos na saúde física e mental dos pacientes. “Precisamos cada vez mais de espaços em que as pessoas possam construir soluções de autonomia e participação, reconhecendo e nutrindo um vínculo saudável com a UBS. Isso é fundamental para o fortalecimento dos ideais do Sistema Único de Saúde (SUS)”, aponta. A farmacêutica Larissa Ranny, supervisora da Gerência de Serviços da Atenção Primária (Gsap) 3 de São Sebastião, ressalta que a implantação do horto no Jardins Mangueiral foi um pedido da comunidade e convida a população a ser parte ativa no manejo das hortaliças. “Teremos diversos grupos, a ideia é que possamos usar as plantas por suas propriedades medicinais e nutritivas, mas o cuidado com os vegetais já é em si uma atividade de promoção à saúde”. Até o final deste ano, serão implantados mais sete hortos agroflorestais nas UBSs Essa unidade do Jardins Mangueiral é o 18º Hamb em operação no DF, fruto da parceria entre a Secretaria de Saúde (SES-DF) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. Iniciada pela SES-DF em 2018, a iniciativa utiliza preceitos da agricultura biodinâmica e da antroposofia e integra a Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (Rhamb). Até dezembro, devem ser implantados mais sete Hambs nas unidades da pasta. O especialista em saúde da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa) da SES-DF, Nelson Frick, acrescenta que os hortos, dentro das UBSs, são promotores de saúde, porque a comunidade e as pessoas estão envolvidas não só com o plantio. “As pessoas também vêm fazer amizades, construir vínculos, aumentar o pertencimento delas a essa estrutura, além de levar para casa o resultado do plantio, claro”. A pesquisadora e coordenadora dos Hambs na Fiocruz Brasília, Ximena Soledad, enfatiza a importância da Rhamb em meio a um contexto de crises climáticas cada vez mais severas no Brasil e no mundo. “Os Hambs também se apresentam como uma estratégia de adaptação, para ensinar as comunidades a conseguirem enfrentar essas mudanças climáticas extremas que a gente vê no dia a dia. A concepção da ‘esperança ativa’ prevê que temos que agir para mudar, mas tendo esperança que a gente, como comunidade, vai conseguir enfrentar essa mudança”, destaca. *Com informações da SES-DF  

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Jardim Botânico recebe oficina de aquarela com plantas do cerrado

Uma aula de alquimia com cores ocupou o Salão de Exposição do Centro de Visitantes do Jardim Botânico neste domingo (15). Durante a comemoração da Semana do Cerrado, uma oficina prática aplicada pela artista e pesquisadora Maibe Maroccolo introduziu o uso de plantas do Cerrado para produção de corantes naturais, demonstrando a versatilidade das espécies nativas ao se transformar em pigmentação para aquarela. O workshop foi baseado no livro de Maibe lançado na última quarta-feira (11), A natureza das cores brasileiras. A obra contou com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), e leva o conhecimento, a riqueza e a diversidade de 100 espécies tintoriais do Brasil. Além disso, a publicação destaca a importância cultural e medicinal destas plantas, resgatando saberes tradicionais e promovendo a sustentabilidade. Na oficina, Maibe Maroccolo utilizou materiais como casca de romã e urucum para extrair corantes naturais | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília De acordo com a artista, a maioria das plantas utilizadas são popularmente conhecidas, como as cascas de romã, urucum, catuaba, jatobá e o barbatimão – espécies também utilizadas na medicina popular. “A oficina traz um olhar da natureza sob uma outra perspectiva, que vai além da característica do paisagismo do Cerrado e propriedades medicinais, mas também com a beleza das cores”, pontuou. “A ideia é poder deixar esse conhecimento também para as próximas gerações. Nesse momento a gente está precisando cada vez mais se conectar com a natureza, então desenvolver uma habilidade manual já é uma grande coisa. Com as plantas a gente aprende e aprofunda o potencial da biodiversidade brasileira”, acrescentou a pesquisadora. “O Cerrado é muito rico em muitos aspectos já conhecidos, mas também serve para criação e arte” Allan Freire Barbosa da Silva, diretor do Jardim Botânico de Brasília Para o diretor do Jardim Botânico de Brasília, Allan Freire Barbosa da Silva, o curso prático agrega tanto no conhecimento artístico quanto na educação ambiental. “O Cerrado é muito rico em muitos aspectos já conhecidos, mas também serve para criação e arte. A ideia dessa oficina foi justamente ensinar a população a nossa biodiversidade e tudo que pode ser produzido a partir dela, trazendo o cerrado de uma forma mais artística”. Universo de cores Com a modificação das cores por meio do uso de reagentes, é possível extrair até dez tonalidades da mesma planta. Uma pitada de sulfato de ferro em uma solução com casca de romã, por exemplo, pode gerar uma cor mais fechada – enquanto outras substâncias como o bicarbonato de sódio podem abrir a coloração. Sarah Dorneles adorou participar da oficina: “As cores são muito lindas, a vontade é mesmo de poder fazer e experimentar, porque o desdobramento é muito amplo” Interessada nos nuances das cores naturais, a educadora Sarah Dorneles, 32 anos, participou atenta da oficina e descreveu a beleza das colorações como um processo maravilhoso. Com uma filha pequena em casa que adora colorir, ela já pensa em aplicar os elementos naturais para o desenho. “É uma pesquisa muito profunda para poder conhecer tantas plantas e descobrir tantas formas de criação. Ver uma possibilidade de criação que eu possa replicar na minha casa e no meu processo criativo é incrível. As cores são muito lindas, a vontade é mesmo de poder fazer e experimentar, porque o desdobramento é muito amplo. Tenho muita admiração pelo trabalho dessa artista brasiliense, ainda mais nesse momento que vivemos com tanta degradação do meio ambiente”. Para Tiago Ferreira, atividades como essa chamam a atenção “sobre o Cerrado, as queimadas criminosas que estão acontecendo, deixando isso mais no radar e trazendo mais valor para as plantas que a gente tem aqui” Apesar de trabalhar em uma área mais digital, o designer Tiago Ferreira, 37, ressalta que os trabalhos artesanais são um hobby em família. Ele participou da oficina com a esposa e o enteado, conheceu a extração dos pigmentos naturais e reforçou o impacto positivo da oficina na preservação do cerrado. “Traz para a pauta a atenção sobre o Cerrado, as queimadas criminosas que estão acontecendo, deixando isso mais no radar e trazendo mais valor para as plantas que a gente tem aqui. E também o entendimento de que as plantas nativas têm um valor comercial com a tintura, então isso tudo acaba vindo junto da discussão, não morre só na aquarela e vai além”, observou.

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Farmácias Vivas já produziram mais 9 mil frascos de xarope de guaco em 2024

Neste ano, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES) completa 30 anos de produção ininterrupta do guaco com finalidades medicinais. Originária da Mata Atlântica brasileira, a planta é utilizada para tratamento de doenças respiratórias devido à sua ação expectorante. O guaco do xarope produzido pela rede pública de saúde é sete vezes superior à espécie utilizada na indústria | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF O guaco cultivado na rede pública de saúde do DF se destaca pela qualidade, uma vez que a espécie plantada pela SES é superior à comumente utilizada na indústria. “O guaco com que trabalhamos na Farmácia Viva é a [da espécie] Mikania laevigata, que estudos demonstram ser sete vezes superior à Mikania glomerata, muito usada na indústria”, explica a chefe da Farmácia Viva de Planaltina, Isabele de Aguiar. A produção do medicamento atende a 20 unidades básicas de saúde (UBSs) da região, com alta demanda Lá, o cultivo da planta é realizado em parceria com pacientes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps), que auxiliam nos cuidados diários ou na triagem das plantas medicinais. Além disso, parte do cultivo também é realizado por alunos do Instituto Federal de Brasília (IFB) no campus de Planaltina. Neste ano, o centro já produziu 3.737 frascos de xaropes e entregou 307 pacotes da planta in natura para uso na forma de preparações caseiras. A produção do medicamento atende a 20 unidades básicas de saúde (UBSs) da região, com alta demanda. Produção Com boa adaptação ao clima do Cerrado, tanto em dias de muito calor quanto de chuva, as folhas são cultivadas com facilidade no DF. São necessários dez dias, em média, para a produção do xarope, sendo a maior parte do período destinada para a colheita e secagem das folhas, processo que leva de seis a sete dias. A produção do xarope em si demanda três dias. De acordo com dados do Núcleo de Farmácia Viva, de 2000 a 2023, foram produzidas 211.738 unidades do xarope de guaco | Foto: Ualisson Noronha/ Agência Saúde-DF “Quanto menor o tempo entre a colheita e o produto final, maior a qualidade e a eficácia do produto, porque você tem um menor tempo de acondicionamento do insumo farmacêutico ativo”, explica o chefe do Núcleo de Farmácia Viva (localizado no Riacho Fundo), Nilton Luz. Na região, o guaco é cultivado na área reservada para plantas medicinais, anexa ao Núcleo de Farmácia Viva e, principalmente, na fazenda-modelo do Complexo Penitenciário da Papuda, pertencente à Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap). Por meio do convênio com a Funap, mais de 325 quilos de guaco foram colhidos na fazenda, cuidada pelos próprios sentenciados. No Riacho Fundo, o plantio do guaco ocorre na área de cultivo de plantas medicinais anexa ao Núcleo de Farmácia Viva. “Quanto menor o tempo entre a colheita e o produto final, maior a qualidade e a eficácia do produto”, afirma o farmacêutico Nilton Luz | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF Para o farmacêutico da SES-DF, a produção do fitoterápico pelos reeducandos demonstra a importância da matéria prima, não somente para a saúde, mas para o aspecto socioambiental e educativo. “A maioria da nossa área de produção é na Funap. Os sentenciados, além de participarem do início do processo de plantio, aprendem sobre o uso da planta e diminuem o tempo de pena”, explica. De acordo com dados do Núcleo de Farmácia Viva da região, de 2000 a 2023, foram produzidas 211.738 unidades do xarope de guaco, e o ano passado registrou a maior produção dos últimos três anos, com 16.807 frascos. Em 2024, já foram produzidos 13 lotes do xarope, com a última safra colhida no início deste mês. Enquanto isso, de 1º de janeiro de 1994 até 1º de janeiro deste ano, foram produzidas e distribuídas mais de 40 mil unidades do chá medicinal. Antes de usar o xarope, deve-se agitar o frasco e observar a medida correta, conforme descrito no rótulo | Foto: Sandro Araújo/ Agência Saúde-DF Orientações Para ter acesso ao guaco, é necessária a apresentação do Cartão Nacional de Saúde (CNS) e de uma receita em duas vias nas farmácias das unidades básicas de saúde (UBSs) cadastradas (confira a lista aqui). Atualmente, médicos, odontólogos, farmacêuticos e enfermeiros têm prescrito o uso do guaco com fins medicinais. Antes de usar o xarope, deve-se agitar o frasco e observar a medida correta, conforme descrito no rótulo, utilizando e lavando o dosador após o uso. O xarope de guaco deve ser armazenado em um local protegido da luz e da umidade. Além disso, após o tratamento, o líquido restante deve ser descartado. Por ser um produto natural, após aberto, pode perder a eficácia se armazenado por muito tempo. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Abertas inscrições para bolsas de pesquisa sobre produtos florestais não madeireiros do Cerrado

O projeto Caminhos da Restauração: Valoração de Produtos Florestais não Madeireiros do Cerrado, realizado em parceria pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF), a Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema) e o Fundo Único do Meio Ambiente (Funam), está com inscrições abertas para contratação de pesquisadores bolsistas. São quatro vagas com duração de 14 meses para mestres e doutores nas áreas ambientais e ciências econômicas, com bolsa remunerada de R$ 4 mil a R$ 6 mil. O estudo busca valorizar os recursos naturais presentes no Cerrado, contribuindo para o desenvolvimento da bioeconomia da região e promovendo a conservação do bioma | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília As inscrições devem ser feitas desta terça (14) ao dia 23 no site do IPEDF. Basta preencher o formulário de apresentação de candidatura disponível no Edital nº 02/2024 e encaminhar a documentação exigida. O objetivo é compreender o potencial econômico dos produtos florestais não madeireiros das espécies do Cerrado, como plantas medicinais, óleos essenciais, frutos, sementes e outras matérias-primas valiosas para as indústrias de alimentos, cosméticos e farmacêuticas. É incentivada a candidatura de mulheres, pessoas que se identifiquem como LGBTQIA+, negras, indígenas, pessoas com deficiência e de todas as origens e idades. A iniciativa representa um passo importante para a construção de um futuro mais sustentável e consciente, onde o uso dos recursos naturais se dá de forma equilibrada e em harmonia com o meio ambiente. Para isso, o projeto atuará na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (Ride-DF), que está totalmente inserida no bioma Cerrado. A localidade enfrenta desafios relacionados ao avanço da produção agropecuária, o que impacta negativamente a provisão de serviços ecossistêmicos responsáveis pela manutenção da água, biodiversidade de fauna, flora e pela sobrevivência humana. Nesse contexto, o estudo busca valorizar os recursos naturais presentes no Cerrado, contribuindo para o desenvolvimento da bioeconomia da região e promovendo a conservação do bioma. *Com informações do IPEDF  

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