Fruticultura cresce no DF e aposta em tecnologias para aumentar produtividade
Clima favorável, solo fértil e assistência técnica gratuita são algumas das condições que têm colocado o Distrito Federal no cenário nacional quando o assunto é produção de fruticultura. Em 2024, a área plantada de frutas cresceu 8,5% e chegou a 2,5 mil hectares, enquanto a produção saltou 6,9% em relação ao ano anterior, ultrapassando as 40 mil toneladas. Entre as frutas produzidas na capital federal, o maracujá tem ganhado destaque, se tornando referência no país pela qualidade e tecnologia empregadas pelos produtores rurais assistidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF). “O DF é, sem dúvida, um celeiro de inovação na fruticultura”, diz o produtor Júlio Menegotto | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Segundo dados do Relatório de Informações Agropecuárias (RIA), em 2024 foram colhidas 3.929 toneladas de maracujá em 126 hectares plantados, o que representa mais de 5% de toda a produção frutífera do DF. Na propriedade do engenheiro agrônomo Júlio Menegotto, 47 anos, o cultivo da fruta se tornou um verdadeiro polo de inovação. O produtor conta com 13,5 hectares dedicados exclusivamente ao maracujá. Ele investe há décadas no aprimoramento genético e no desenvolvimento de técnicas que hoje servem de modelo para diversas regiões do país. “Aqui nasceram tecnologias como o adensamento da plantação, o uso de mudas de grande porte, o protetor de tronco e o sistema de irrigação por gotejamento com adubação na água”, explica o produtor. “Hoje, nosso maracujá, chamado de Imperador do Cerrado, é considerado superpremium, com casca fina, baixo teor de acidez e alto rendimento de polpa.” A adoção de mudões — mudas mais desenvolvidas, com cerca de 1,5 metro de altura — também é uma das tecnologias pioneiras no mercado que foi adotada pelo produtor. A técnica encurta o ciclo produtivo da planta e reduz a incidência de doenças. “A gente pega uma muda e leva pro campo quando já está envelhecida. Assim, a gente consegue desenvolver o sistema imunológico dela, se tornando muito mais resistente a ataques de doenças. Isso também faz com que a planta produza em pouco tempo”, esclarece Júlio. Para render maracujás de maior qualidade, a rotina requer a polinização manual — atribuição que precisa de mão de obra qualificada. “Um dos desafios é justamente a falta de pessoas capacitadas para atuar nessa etapa, tendo em vista que é tudo feito de maneira manual”, comenta o produtor. O coordenador do programa de Fruticultura da Emater-DF, Felipe Camargo, diz que é possível triplicar a produtividade, a partir de orientação técnica correta “É um trabalho delicado e que requer atenção diária. Por isso, damos preferência à contratação de mulheres para a polinização, porque elas são mais delicadas”, conta Júlio. De acordo com ele, as atividades na sua propriedade geram em torno de 40 empregos diretos e indiretos. Em períodos de pico, como setembro, novembro e fevereiro, são efetivados até sete trabalhadores por hectare. A Emater-DF, que oferece assistência técnica gratuita aos produtores, é uma das responsáveis por incentivar o crescimento da atividade. “O DF tem clima e solo ideais para o maracujá, especialmente em regiões como Sobradinho e Planaltina. Além disso, por ser uma fruta que depende de manejo manual, ela se encaixa perfeitamente no perfil da agricultura familiar”, explica o coordenador do programa de Fruticultura da empresa, Felipe Camargo. “Com orientação técnica correta, é possível até triplicar a produtividade.” O avanço do setor também tem sido impulsionado por iniciativas como a Rota da Fruticultura, promovida em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Secretaria de Agricultura. O projeto incentiva a diversificação de culturas no DF, com a introdução de frutas como mirtilo, framboesa, açaí e pitaya. [LEIA_TAMBEM]“A fruticultura no Distrito Federal tem se expandido com o apoio do Governo do Distrito Federal, especialmente por meio do projeto Rota da Fruticultura. Nesse projeto, o GDF, agora com o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), fez um aporte de R$ 2 milhões para financiar projetos voltados à fruticultura, com juros bastante baixos, de 3% ao ano”, acrescenta o secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), Rafael Bueno. Além do mercado in natura, a propriedade de Júlio Menegotto aposta na transformação da fruta em produtos de valor agregado. Hoje, ele comercializa polpas com e sem sementes e, mais recentemente, lançou uma linha de geleias que já conquistou espaço nas redes de supermercados do DF. “Brasília tem um potencial enorme. As fábricas ainda estão concentradas fora da região, mas estamos mostrando que é possível inovar e agregar valor aqui mesmo”, afirma. A expectativa é de que a produção da propriedade alcance 1,2 milhão de toneladas neste ano, com distribuição para o DF, Goiás e São Paulo. E, com negociações em andamento para exportação, a meta é ainda maior. “O DF é, sem dúvida, um celeiro de inovação na fruticultura”, acrescenta Júlio. “Já temos demanda para exportação de polpa de maracujá do DF para a França e de mirtilo para os Emirados Árabes. Esperamos, nos próximos meses e anos, ampliar essa exportação para outros países”, conclui o secretário Rafael Bueno.
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Com o uso de tecnologias, novas variedades de mandioca podem chegar a produzir 64 t por hectare
A popularidade da mandioca se deve não apenas à versatilidade culinária da planta, mas também ao uso integral, que contribui para a sustentabilidade e agrega valor à cadeia produtiva. Desde a raiz até as folhas, a mandioca tem mostrado potencial, tanto no consumo humano quanto na indústria de alimentação animal. No Distrito Federal, o número de produtores que cultivam a planta passou de 921, em 2019, para 1920, em 2023 – um aumento de 108,4%. Responsável pelo programa de olericultura da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF), Antonio Dantas explica: “A mandioca tem deixado de ser uma cultura marginalizada, em que os produtores cultivavam sem correção de solo, adubação e tecnologias. Hoje, vemos muitos produtores investindo na mandioca, com uso de novas cultivares, adoção de tecnologias na produção que contribuem para o aumento de produtividade”. Mais de 50 propriedades rurais são parceiras na validação de tecnologias e servem de unidades demonstrativas | Fotos: Divulgação/Emater-DF A adoção de tecnologias pelos produtores se deve, principalmente, ao trabalho articulado entre a Emater-DF, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cerrados) e a Universidade de Brasília (UnB). “O trabalho de articulação entre o serviço público de extensão rural e a pesquisa é um dos principais fatores que contribuem para o aumento da produção e da produtividade no cultivo da mandioca, levando as demandas dos produtores aos pesquisadores e vice-versa”, explica o extensionista rural da Emater-DF Hélcio Henrique Santos. Hoje, 54 propriedades rurais são parceiras na validação de tecnologias e servem de unidades demonstrativas. “A Emater-DF é responsável por fazer a seleção dos produtores que participam do trabalho de validação tecnológica, além de fazer o acompanhamento técnico e orientações de manejo”, pontua Hélcio. Antônio José Ribeiro cultiva 7 hectares de mandioca e vende a produção in natura em feiras e para descascadores O produtor Antônio José Ribeiro cultiva 7 hectares de mandioca no núcleo rural Taquara. Atualmente ele planta as cultivares japonesinha, a BRS 429 e o clone 54/10 (ainda em fase de validação), as duas últimas da Embrapa Cerrados. “A BRS 429 e a 54/10 são mandiocas que me atraíram pela rentabilidade, pois dão o dobro de produtividade da japonesinha”, conta Antônio José. “Além da produtividade, a gente observa a resistência a doenças, se o consumidor gosta, se cozinha bem, se a textura é boa, o tempo para a colheita e o tamanho da raiz. A gente repassa tudo para os técnicos da Emater e para a Embrapa”, observa Antônio. Ele vende a raiz in natura em feiras e para descascadores por cerca de R$ 50 a caixa de 26 kg. O pesquisador Josefino Fialho defende a sustentabilidade econômica, social e ambiental na produção de mandioca no DF Segundo o pesquisador da Embrapa Cerrados Josefino Fialho, independentemente de o produtor plantar mandioca para indústria ou mandioca de mesa, é importante que tenha um processo produtivo sustentável. “Não tem como querer atingir uma alta produtividade de raiz se o seu comércio não atende aos requisitos para cobrir os custos dessa alta produtividade. É preciso ter sustentabilidade econômica, social e ambiental”, diz Josefino. Tecnologias de produção Entre algumas tecnologias utilizadas pelos produtores atualmente está o cultivo no mulching (cobertura plástica no solo), com uso de irrigação localizada. “Após a colheita de hortaliças como tomate, pimentão, pepino, os produtores aproveitam a mesma estrutura plástica e de irrigação, os resíduos de adubação da cultura anterior, para plantar a mandioca. Isso reduz os custos e melhora a produtividade”, conta o extensionista Hélcio Santos. O uso de cobertura plástica aumenta a produtividade das raízes, mantém a umidade do solo, controla a erosão e diminui a mão de obra para roçar o mato. Na unidade demonstrativa implantada na AgroBrasília, a produtividade do cultivo da mandioca no mulching chegou a 64 toneladas por hectare. Esse resultado deve-se a anos de trabalho participativo entre pesquisa, extensão rural e produtor. O pesquisador Josefino Fialho detalha: “É com essa pesquisa participativa que se determina quais os melhores materiais genéticos, as melhores formas de adubar, de espaçamento entre plantas, observando as diferentes fases do sistema, desde o plantio até a colheita. A troca de experiência é fantástica”. Usos da mandioca O uso integral da mandioca no Distrito Federal surge como uma estratégia para agregar valor à produção agrícola local. Em 2023, foram 883,25 hectares destinados ao cultivo de mandioca, por 1.920 produtores, que produziram 19.754 toneladas. “A mandioca é uma raiz de reserva, mas ela tem um período de sobrevida pós-colheita muito curto. Então, ela perde a qualidade não só da forma microbiológica, mas também fisiológica, principalmente a mandioca para mesa. A Embrapa Cerrados e outras unidades desenvolveram vários trabalhos voltados a minimamente processados, para que a mandioca pudesse conservar mais tempo e obtivesse assim melhor qualidade do produto para o consumidor”, afirma. A economista doméstica da Emater-DF Cátia Freitas destaca que a mandioca é rica em fibras, potássio e vitamina C, podendo ser consumida cozida, assada, em sopas e em diversas outras receitas. “Por não possuir glúten, ainda é uma ótima opção para pessoas com doença celíaca. Apenas não deve ser consumida crua, por conta da toxidade”, pondera. A farinha de mandioca e a tapioca são as principais fontes de renda do agricultor Luís Carlos de Jesus Santos A farinha de mandioca e a tapioca são as principais fontes de renda do agricultor Luís Carlos de Jesus Santos. Ele tem uma agroindústria há 20 anos, na região do Café sem Troco, no PAD-DF, onde emprega seis pessoas na produção dos alimentos. “Eu vendo a mandioca descascada, além de produzir a farinha de mandioca e de tapioca e a massa puba. Algumas pessoas vêm comprar direto na propriedade e outras compram na banca que minha filha administra na feira no Guará. Processar a mandioca ajuda a ter mais renda do que a vendendo in natura”, conta Luís. Além da raiz, o caule e as folhas podem ser utilizados na alimentação animal, orienta o zootecnista é responsável pelo Programa de Ruminantes e Equídeos da Emater-DF, Maximiliano Cardoso. “Na alimentação animal, a raiz é um alimento energético, bem-aceito pelos animais, de forma fresca ou desidratada. Já a parte aérea da mandioca, que é composta pelo terço médio das hastes principais, galhos e folhas, pode ser usada como volumoso e é rica em vitaminas A e C. Essa parte pode ser aproveitada in natura ou também passada por processo de fenação, facilitando a estocagem, por exemplo”. Por não conter glúten, a mandioca é uma boa opção na dieta de celíacos Ao aproveitar todas as partes da planta, desde a raiz até as folhas, os produtores do DF não só contribuem para a sustentabilidade ambiental, mas também abrem novos caminhos para o desenvolvimento de produtos inovadores que atendem a um mercado cada vez mais exigente. *Com informações da Emater-DF
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Aumento de atendimentos deve render mais recursos federais à saúde do DF
A Secretaria de Saúde (SES-DF) apresentou ao Ministério da Saúde, neste mês, um estudo técnico detalhado sobre a utilização de recursos federais. O objetivo é ampliar o valor que custeia ações e serviços de saúde de média e alta complexidade (MAC) nos municípios e unidades da Federação. A solicitação, de R$ 67,58 milhões anuais, visa adequar os repasses ao aumento da produção e garantir a expansão do atendimento oferecido à população. Considerando dados de janeiro a julho de 2024, o relatório da SES-DF aponta que a produção de serviços da pasta financiados pelo MAC totalizou R$ 333,25 milhões, com uma média mensal de R$ 47,6 milhões. O valor é 13,42% superior ao teto mensal atual de R$ 41,9 milhões, demonstrando a necessidade de ajuste para acompanhar a crescente demanda. Relatório apresentado pela Secretaria de Saúde aponta que a produção de serviços da pasta financiados pelo MAC totalizou R$ 333,25 milhões, entre janeiro e julho deste ano | Fotos: Jhonantan Cantarelle/Agência Saúde-DF “A saúde pública do DF enfrenta desafios únicos, e a ampliação do teto MAC é um passo essencial para consolidar os avanços alcançados e atender a população com excelência”, afirma a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. De acordo com a gestora, a ampliação do teto MAC permitirá à pasta dar continuidade à oferta de serviços essenciais e responder ao aumento da demanda populacional, estimada em mais de 3 milhões de habitantes. O estudo técnico destaca ainda que, de janeiro a julho de 2024, a SES-DF alcançou uma execução de cem por cento dos recursos repassados pelo Fundo Nacional de Saúde. O percentual representa comprometimento com a aplicação eficiente das verbas destinadas à saúde pública. Medidas administrativas, como auditorias aprimoradas e capacitação das equipes de faturamento, também contribuíram para o desempenho positivo. A solicitação visa adequar os repasses ao aumento da produção e garantir a expansão do atendimento oferecido à sociedade Destaques do aumento de produção Entre os fatores que justificam a ampliação do teto, estão: – Aumento da produtividade: a SES-DF verificou um aumento significativo tanto nos serviços ambulatoriais quanto hospitalares. Isso mostra maior eficiência no registro dos procedimentos realizados; – Redução de glosas e bloqueios administrativos: a gestão eficaz resultou na melhoria da aprovação dos procedimentos registrados; – Ampliação de serviços e leitos especializados: foram habilitados leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e unidades de atenção especializada, como em terapia nutricional enteral e de assistência a doenças renais crônicas. Impacto à população do DF Com uma rede composta por 400 estabelecimentos próprios e 52 contratados, a capital federal se posiciona como referência na prestação de serviços de saúde, abrangendo desde cardiologia até tratamentos de alta complexidade, como oncologia e saúde auditiva. O pleito reforça o compromisso da SES-DF em garantir um sistema de saúde público sustentável e eficiente, preparado para atender às necessidades crescentes da população. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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Oficina sobre irrigação eficiente orienta sobre diminuição de custos e aumento da produtividade
Agricultores do Assentamento 1º de Julho, localizado em São Sebastião, participaram nesta quarta-feira (21) de uma oficina voltada para o uso racional da irrigação na agricultura familiar. A iniciativa, parte da 3ª Pegada Agroecológica de São Sebastião, visa conscientizar os produtores sobre como utilizar a água de forma econômica, reduzindo os impactos ambientais e elevando a eficiência produtiva. Oficina da Emater-DF conscientizou produtores rurais sobre o uso racional da irrigação na agricultura familiar | Foto: Divulgação/ Emater-DF O técnico em agropecuária José Gonçalves, do escritório da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) em São Sebastião, destacou as vantagens do uso eficiente dos recursos hídricos. “Uma irrigação bem planejada permite que o produtor mantenha a produção ativa durante todo o ano, aumentando as oportunidades de comercialização, inclusive em programas de compras institucionais”, explicou Gonçalves, ressaltando que a irrigação inadequada pode elevar significativamente os custos com energia elétrica, especialmente devido ao uso de bombas hidráulicas. “Os escritórios da Emater-DF estão à disposição para desenvolver projetos personalizados para cada produtor. Basta nos procurar” Antonio Dantas, engenheiro agrônomo da Emater-DF O engenheiro agrônomo Antonio Dantas, da Gerência de Agropecuária (Geagr) da Emater-DF, enfatizou que a irrigação é um dos melhores investimentos para qualquer propriedade rural. “O consumidor moderno exige produtos de qualidade, com fornecimento regular e em volume adequado. Tudo isso só é possível com um sistema de irrigação eficiente”, afirmou Dantas. Ele reforçou a importância de um projeto de irrigação bem-planejado, adaptado às particularidades de cada propriedade, considerando fatores como o declive do terreno, o tamanho da produção e o tipo de cultura. “Os escritórios da Emater-DF estão à disposição para desenvolver projetos personalizados para cada produtor. Basta nos procurar”, concluiu Dantas. A oficina ocorreu na chácara da produtora Raimunda Ribeiro Pessoa, conhecida como Ray. “Aqui plantamos de tudo um pouco, desde hortaliças até frutas como limão, laranja, manga e acerola”, contou Ray. O escritório da Emater-DF em São Sebastião está elaborando um projeto de irrigação na propriedade dela. “Com apoio da empresa, acredito que vou economizar bastante energia elétrica”. A produtora Ana Lúcia Barros contou que o valor de sua conta de luz foi de R$ 639. “O Zé [José Gonçalves] já fez meu projeto de irrigação, e espero ter uma boa economia, podendo investir mais na lavoura e melhorar a qualidade das minhas hortaliças”, comentou. O Assentamento 1º de Julho, onde ocorreu a oficina, foi implantado em dezembro de 2014 e atualmente abriga 60 famílias, a maioria dedicada à produção agroecológica. Produtores interessados em planejar o uso eficiente da água em suas culturas podem procurar o escritório local da Emater-DF mais próximo. A lista completa com os endereços e telefones está aqui. *Com informações da Emater-DF
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Irrigação automatizada é o foco do Circuito de Olericultura na AgroBrasília
O uso de sistemas automatizados de irrigação é viável também para pequenos e médios produtores rurais, diminui o custo da propriedade, aumenta a produtividade, garante mais eficiência no uso dos recursos hídricos e reduz a necessidade de serviços. Esse será o foco do Circuito da Olericultura da Emater-DF na AgroBrasília 2024, que se realiza entre os dias 21 e 25 deste mês, no PAD-DF. A Emater-DF trata da mecanização, da automatização e da automação nas atividades agropecuárias dentro dos programas de desenvolvimento das cadeias produtivas com diversas metodologias | Fotos: Divulgação/Emater-DF Quem visitar o espaço vai ver também a mandioca BRS 429 plantada sob plástico e gotejamento, além de pepino partenocárpico, que não precisa de polinização, tomate e alface. O tomate e o pepino estão plantados sob túnel alto, que é um tipo de estrutura de cultivo protegido. O gerente de Agropecuária da Emater-DF e coordenador do circuito de Olericultura, Antonio Dantas, afirma que a atração foi programada visando ampliar a discussão sobre a viabilidade da automatização e mecanização para a agricultura familiar e para pequenos e médios empreendimentos rurais. O uso de sistemas automatizados de irrigação é viável também para pequenos e médios produtores rurais, diminui o custo da propriedade, aumenta produtividade, garante mais eficiência no uso dos recursos hídricos e a necessidade de serviços “A missão da Emater-DF é trabalhar a propriedade rural e a família rural em todo seu conjunto. Assim, percebendo que a disponibilidade da mão de obra rural, que cada vez é mais escassa, estamos mostrando que a aquisição de sistemas automatizados de irrigação é extremamente viável para pequenos empreendimentos rurais. É investimento que se paga em pouquíssimo tempo”, avalia o gestor. A Emater-DF trata da mecanização, da automatização e da automação nas atividades agropecuárias dentro dos programas de desenvolvimento das cadeias produtivas com diversas metodologias. Para este ano, além do Circuito da Olericultura da AgroBrasília, haverá os dias especiais de mecanização e automatização da agropecuária, em julho, em Planaltina e Brazlândia. Nesses eventos e durante as atividades de campo, os extensionistas e os agricultores recebem as orientações sobre as possibilidades de mecanização ou automatização de suas atividades e das linhas de crédito rural disponíveis para o financiamento. O Programa de Crédito Rural da Emater-DF assessora extensionistas da empresa e produtores rurais na elaboração de projetos e critérios de acesso às linhas de crédito rural disponíveis para o Distrito Federal. Para acessar as linhas de crédito, é necessário que o pequeno agricultor familiar esteja enquadrado nos critérios do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). Para isso, é preciso estar inscrito no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que é a porta de entrada do agricultor familiar às políticas públicas de incentivo à produção e à geração de renda. AgroBrasília A AgroBrasília é uma das maiores feiras do agronegócio do Planalto Central sobre tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos. Realizada pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (COOPA-DF), ela serve como vitrine de novas tecnologias para o agronegócio e tem um cenário de referência em debates, palestras e cursos sobre diversos temas relacionados setor produtivo. Com 568 expositores de diversas regiões do Brasil, em 2023, a feira recebeu 175 mil visitantes e movimentou R$ 4,8 bilhões em negócios fechados. Neste ano, o evento será realizado entre os dias 21 e 25 de maio, das 8h30 às 18h, no Parque Tecnológico Ivaldo Cenci, localizado estrategicamente a 60 km da Capital Federal, Brasília. A entrada é franca. *Com informações da Emater-DF
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Verticalização de estoques aperfeiçoa gestão de insumos hospitalares
Com a meta de melhorar a distribuição dos insumos hospitalares e administrativos enviados para as unidades de saúde sob sua responsabilidade, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) investiu em uma solução para aumentar a produtividade e a eficiência logística. “A verticalização do nosso estoque é uma estratégia que visa utilizar o espaço físico disponível na nossa Central Logística no SIA em sua integralidade, do chão ao teto, para melhor organização e otimização dos recursos”, explica a superintendente de Administração e Logística, Bárbara Santos. Com a implementação da verticalização dos estoques do IgesDF, a estimativa é de que serão economizados R$ 2 milhões de reais no ano | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF “Quando cheguei, percebi a necessidade de melhorias em toda a cadeia de suprimentos do instituto. O cumprimento das boas práticas de armazenamento, distribuição e transporte é fundamental para assegurar a qualidade em todo o nosso processo” Bárbara Santos, superintendente de Administração e Logística O objetivo final é melhorar a qualidade e a gestão dos insumos que são distribuídos diariamente para as unidades de pronto atendimento (UPAs), o Hospital de Base (HBDF), Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e para o Hospital Cidade do Sol (HCS). A estimativa é que, com a implementação da verticalização, haverá uma economia de, no mínimo, R$ 2 milhões no ano. Mudança Anteriormente, a organização do estoque estava sendo realizada de maneira linear, as caixas eram empilhadas. Com a verticalização, foram montadas estruturas de aço, porta-pallets e prateleiras, que permitem aplicação do sistema de mapeamento como o endereçamento logístico, em que todos os insumos possuem um endereço no Centro de Distribuição. “Dessa forma, no momento de atender uma solicitação de reposição do estoque das unidades, o colaborador consegue localizar pelo endereço onde o item está armazenado”, explica a superintendente. A nova estrutura já está toda montada. A mudança trará benefício direto para os pacientes que irão receber esses insumos no tempo, quantidade e qualidade adequados De acordo com Bárbara, a verticalização do estoque aumenta a capacidade de armazenamento, sem precisar expandir fisicamente. “Podemos implementar sistemas de movimentação, como FIFO, a sigla para ‘First In, First Out’, ou seja, o primeiro a entrar é o primeiro a sair e o PVPS (Primeiro que Vence, Primeiro que Sai) para redução de desperdícios.” Em outras palavras, com a verticalização, será mais eficiente o recebimento, o armazenamento e a expedição dos insumos, de forma a sempre priorizar que sejam distribuídos aqueles elementos que chegaram primeiro. “Isso vai reduzir consideravelmente perdas de medicamentos por prazo de validade, aumentar a nossa capacidade de controle de estoque, além de permitir uma melhor distribuição com menor custo”, ilustra Bárbara. Outra vantagem dessa forma de organização dos insumos é o manuseio de equipamentos como empilhadeiras e transpaleteiras elétricas que promovem melhores condições de trabalho para os colaboradores do setor. A nova estrutura já está toda montada e o armazenamento dos insumos será concluído até o mês de junho. A mudança trará benefício direto para os pacientes que irão receber esses insumos no tempo, quantidade e qualidade adequados. De acordo com Bárbara, “com a verticalização teremos mais segurança, redução de risco de falta de itens e melhor agilidade na distribuição entre estoques.” A superintendente já havia liderado um projeto de otimização em um centro de distribuição durante sua passagem por outra empresa. Percebendo a necessidade de implementação de projetos dessa natureza no instituto, o diretor de Administração e Logística, Antônio Carlos Garcia Martins Chaves, a convidou para levar essa experiência para o IgesDF. “Quando cheguei, percebi a necessidade de melhorias em toda a cadeia de suprimentos do instituto. O cumprimento das boas práticas de armazenamento, distribuição e transporte é fundamental para assegurar a qualidade em todo o nosso processo”, finaliza Bárbara. *Com informações do IgesDF
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Dia de Campo da Mandioca BRS 429 leva produtores à AgroBrasília 2023
Organizado pela Emater-DF em parceria com a Embrapa, produtores rurais e visitantes da AgroBrasília 2023 participaram nesta quinta-feira (25) do Dia de Campo da Mandioca. O objetivo foi divulgar a Cultivar BRS 429, desenvolvida pela Embrapa Cerrados, que apresenta alta qualidade e produtividade, se adotadas as Boas Práticas Agrícolas durante o cultivo. Produtor rural da região metropolitana de Goiânia, Divino Malaquias dos Santos visitou pela primeira vez a AgroBrasília e levou, com os três netos, a Mandioca Cultivar BRS 429 para plantar em sua roça | Foto: Divulgação/Emater-DF A atividade aconteceu no espaço da Emater-DF na feira agropecuária e foi dividida em apresentações temáticas: Panorama do cultivo de mandioca de mesa no DF; Cultivar de mandioca BRS 429 – geração, validação e potencial de impacto na cadeia produtiva de mandioca de mesa no DF; Aspectos práticos de tecnologia e manejo de irrigação e o uso de cobertura plástica na produção da mandioca. As palestras foram conduzidas, respectivamente, pelos extensionistas da Emater-DF, Antônio Carlos Santos Mendes e Hélcio Henrique Santos; pelos pesquisadores da Embrapa Cerrados, Fábio Honorato e Jorge Antônio; e pelo extensionista Névio Pereira. [Olho texto=”“A mandioca é uma cultura muito nossa, indígena. Na década de 1970, o rendimento era 15 toneladas por hectare e essa cultivar BRS 429 tem um rendimento de 100 toneladas por hectare. Isso é surpreendente”” assinatura=”Antonio Fernandez, secretário de Agricultura” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, disse que a mandioca é um produto que possui altos rendimento e produtividade. “A mandioca tem um valor que o mercado reconhece e o produtor pode investir com certeza de colheita e rentabilidade. Essa atividade demonstrou a qualidade da BRS 429 e a competência da tecnologia desenvolvida pela Embrapa Cerrados. A nossa parte é fazer a testagem do produto dentro e fora das propriedades, com o intuito comprobatório para prestarmos aos produtores todo o auxílio para o aproveitamento dessa cultura”. O chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados, Fábio Faleiro, destacou que “o trabalho de pesquisa realizado pela empresa atende, por meio das pesquisas de melhoramento genético, as demandas dos produtores rurais e da extensão rural e que a empresa está de portas abertas”. O secretário de Agricultura do DF, Antonio Fernandez, que também participou do encerramento do Dia de Campo, ressaltou que os produtores rurais são a mola mestra do desenvolvimento deste país. “A mandioca é uma cultura muito nossa, indígena. Na década de 1970, o rendimento era 15 toneladas por hectare e essa cultivar BRS 429 tem um rendimento de 100 toneladas por hectare. Isso é surpreendente”, falou. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O produtor rural da região metropolitana de Goiânia, Divino Malaquias dos Santos, visitou pela primeira vez a AgroBrasília para conhecer os circuitos da Emater-DF e participar do Dia de Campo da Mandioca Cultivar BRS 429 com os três netos. “A palestra foi excelente e estou muito animado com essa qualidade de mandioca. Estou levando para minha roça para plantar e aplicar tudo o que aprendi aqui hoje”, declarou. Mandioca, aipim e macaxeira são os nomes desse alimento tradicional da culinária brasileira. Essa tradição reflete na relação consumo/produção. Somente no Distrito Federal, em 2021, segundo dados da Emater-DF, houve uma produção de 914.174 toneladas por 1.163 produtores numa área plantada de 870,71 hectares (ha), considerando os modos convencional e orgânico. Esses dados apontam para uma produtividade de 18.743 kg/ha no cultivo convencional e 19.305 kg/ha no cultivo orgânico. *Com informações da Emater-DF
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Em debate, potencial de aumento produtivo da soja
Com o tema “Desafio na gestão e manejo ecoeficiente para altos rendimentos na cultura da soja”, foi realizada uma reunião técnica em parceria da Embrapa, Emater e produtores rurais na manhã desta sexta-feira (9). O evento, realizado na Embrapa Cerrados, reuniu extensionistas e pesquisadores. A partir da reunião desta sexta-feira, será estabelecido um calendário de eventos para divulgação de informações técnicas aos produtores| Foto: Divulgação Emater A reunião teve como objetivo nivelar informações sobre os potenciais de produtividade da soja no DF e no Brasil, além de discutir demandas e ações, bem como apresentar experiências de sucesso para o fortalecimento da parceria. [Olho texto=”“A gente identifica hoje o Distrito Federal como uma vitrine. Nós temos uma das maiores produtividades do país e estamos unindo esforços para sermos ainda melhores, gerar mais renda e emprego no campo”” assinatura=”Pedro Ivo, coordenador de Operações da Emater” esquerda_direita_centro=”direita”] “Para a Embrapa, é indispensável que a Emater leve as tecnologias ao produtor rural e traga do produtor as demandas de pesquisa”, ressaltou o supervisor de Transferência de Tecnologias da Embrapa, Sérgio Abud, durante sua apresentação. De acordo com o coordenador de Operações da Emater, Pedro Ivo, a capital do país tem grande potencial de dobrar a produtividade de grãos. “A gente identifica hoje o Distrito Federal como uma vitrine. Nós temos uma das maiores produtividades do país e estamos unindo esforços para sermos ainda melhores, gerar mais renda e emprego no campo, porque é o agronegócio que hoje tem um peso muito forte na balança comercial e é muito importante para o desenvolvimento nacional”, apontou. O gerente da Regional Leste da Emater, Mateus Miranda, afirmou que, a partir da reunião desta sexta-feira, será estabelecido um calendário de eventos para divulgação de informações técnicas aos produtores. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “A Emater, em parceria com a Embrapa, busca levar informações de vanguarda de tecnologias agropecuárias às famílias rurais que permitam a produção sustentável de alimentos”, afirmou o gerente. *Com informações da Emater
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