Feira Cultural do CEL exalta diversidade e protagonismo estudantil
Em evento aberto à comunidade, o Centro Educacional do Lago (CEL) promoveu, na terça-feira passada (18), a Feira Cultural Raízes do Saber, com projetos desenvolvidos ao longo deste ano por estudantes e professores. A programação reuniu produções autorais, apresentações artísticas, práticas pedagógicas e atividades que valorizam a diversidade cultural, o protagonismo estudantil e as múltiplas linguagens presentes no cotidiano escolar. Entre as atividades desenvolvidas durante a feira, a maior parte teve como foco a conscientização sobre a importância do combate ao racismo | Fotos: Bruno Grossi/SEEDF O diretor do CEL, Vitor Rios, lembrou que a feira marca a consolidação de um trabalho contínuo composto por diferentes projetos. Para ele, a formação dos estudantes precisa dialogar com as raízes culturais do povo brasileiro. “A escola tem o papel de educar no sentido contrário às práticas de racismo que se disseminam nas redes”, disse. “Nosso trabalho valoriza a diversidade cultural e étnica, reconhecendo que a história do Brasil é indissociável das culturas indígenas, africanas e europeias.” “Nosso objetivo é que cada estudante compreenda o valor de ser uma pessoa antirracista, por isso reunimos exposições, palestras e apresentações que dialogam com a lei, com a cultura e com a vida da população negra” Deise Souza, supervisora pedagógica Famílias, parceiros e visitantes aproveitaram um grande espaço de convivência, com troca de saberes e celebração das identidades que compõem a comunidade escolar. A iniciativa foi planejada como oportunidade de socialização dos trabalhos e de integração entre escola e território, reforçando o compromisso do CEL com uma educação inclusiva e antirracista. Antirracismo como prática pedagógica A supervisora pedagógica da escola, Deise Souza, reforçou que a feira é resultado de um trabalho estruturado para fortalecer, durante todo o ano letivo, práticas educativas alinhadas ao combate ao racismo: “Nosso objetivo é que cada estudante compreenda o valor de ser uma pessoa antirracista, por isso reunimos exposições, palestras e apresentações que dialogam com a lei, com a cultura e com a vida da população negra”. A programação levou à escola convidados de religiões de matriz africana, com bate-papos sobre saúde mental da população negra e empreendedorismo. Também houve apresentações culturais, como a do grupo de percussão Congoná. “Não poderia faltar a capoeira, que é uma expressão viva da resistência e da ancestralidade presentes na formação do nosso país”, ressaltou a supervisora. “Trabalhamos para desmistificar práticas racistas que muitos consideram normais. A educação é o nosso caminho para combater essas ideias e reafirmar a dignidade das culturas negras e indígenas” Janete Silva, professora de sociologia Para a professora de sociologia Janete Silva, a valorização da cultura afro-brasileira nas escolas públicas do DF precisa ocorrer como prática contínua, integrada ao currículo e ao cotidiano pedagógico. “A culminância que vivemos hoje celebra um trabalho que acontece desde o início do ano, honrando Zumbi dos Palmares e permitindo que os estudantes exponham suas produções, aprendam uns com os outros e construam uma consciência antirracista”, lembrou. “Trabalhamos para desmistificar práticas racistas que muitos consideram normais. A educação é o nosso caminho para combater essas ideias e reafirmar a dignidade das culturas negras e indígenas.” Protagonismo e identidade A aluna Sara Reis representou o projeto Meninas.com, da UnB: “Hoje estamos aqui para dar voz a mulheres que fizeram muito pelo país” Aluna da 2ª série, Sara Reis, 17 anos, participou da feira representando o projeto Meninas.com, grupo da Universidade de Brasília (UnB) que incentiva a presença de mulheres nas áreas de tecnologia e ciência da computação. O objetivo da apresentação foi destacar a contribuição de mulheres negras e brasileiras que tiveram papel fundamental nessas áreas, mas que ainda recebem pouca visibilidade. “Mesmo com avanços, a tecnologia e a ciência ainda são majoritariamente ocupadas por homens brancos, então hoje estamos aqui para dar voz a mulheres que fizeram muito pelo país, como a pesquisadora Jaqueline Góes, responsável com sua equipe pela identificação de um novo genoma da covid”, declarou. Para ela, o contato com outras mulheres da área ampliou perspectivas profissionais e acadêmicas, fortalecendo seu desejo de seguir carreira na engenharia mecatrônica. “Esse espaço foi essencial para conhecer o mercado, ouvir experiências de quem já está na universidade e sentir que nós também podemos ocupar esses lugares; isso me inspira e incentiva muitas outras meninas da escola”, observou. Ash Lima apresentou um trabalho de preservação ambiental desenvolvido pelas comunidades quilombolas Também aluno da 2ª série, Ash Lima, 16, apresentou as maquetes produzidas na sala de recursos, que retratam diferentes quilombos e sua relação histórica e territorial com o Cerrado. O trabalho mostra como as áreas de preservação ambiental são mantidas por comunidades quilombolas. “Os quilombos surgiram como espaços de sobrevivência para negros fugidos da escravidão, e mesmo depois da Lei Áurea eles não receberam apoio do Estado, por isso muitos permaneceram nesses territórios, como a comunidade Calunga no Cerrado, preservando o ambiente e a própria história”, ilustrou. Atividades constantes A coordenadora pedagógica Tessia Goulart lembrou que a feira consolida estudos, leituras e atividades que o CEL promove de forma frequente, e não apenas no mês da Consciência Negra. Ela citou iniciativas como o clube de leitura antirracista e ações de diferentes áreas do conhecimento. “A feira é um momento de conquista”, apontou. “Nada aqui foi feito por obrigação: todos estão participando porque esse trabalho faz sentido, seja nas exposições, nas falas, no plantio das sementes crioulas ou nas trocas de saberes”. Outro projeto apresentado foi o Máscaras Africanas, fruto de parceria com o Museu Baobá, acervo digital de culturas africanas, por meio de modelagens em 3D. As peças expostas foram produzidas a partir de visitas da equipe da UnB a embaixadas de países africanos, onde digitalizaram máscaras tradicionais. A iniciativa envolve estudantes de diversas áreas, como psicologia e engenharia, e é coordenada pelo projeto Homo Ludens, que desenvolve ações educacionais de impressão 3D. Tessia também chamou atenção para a participação de grupos externos, como psicólogas convidadas e estudantes da UnB que discutiram o antirracismo no campo da psicologia. Também participaram representantes do templo Rosa de Oxalá, que compartilharam experiências sobre o enfrentamento ao preconceito religioso. “Hoje é um dia de celebrar a vida da escola, de ocupar nossos espaços e reafirmar que educação e antirracismo caminham juntos”, concluiu a coordenadora. *Com informações da Secretaria de Educação
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Estudante de escola pública do DF representa o Brasil no Parlamento Juvenil do Mercosul
Protagonismo juvenil e educação integrada. A estudante Cecília Lopes, 17 anos, do Centro de Ensino Médio Ave Branca (CEMAB) de Taguatinga, representou o Distrito Federal na etapa internacional do Programa Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM). Promovido em agosto, entre os dias 11 e 15, em Foz do Iguaçu (PR), o encontro reuniu jovens de escolas públicas dos países-membros do bloco — Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai — para debater o tema “Mercosul digital: Juventudes e a Inteligência Artificial”. O evento tem o objetivo de criar um espaço de diálogo que fortaleça o protagonismo juvenil e incentive a elaboração de propostas para desafios comuns à região. Durante a etapa nacional do programa, Cecília apresentou uma iniciativa que estimula o protagonismo juvenil no plantio de árvores, como ação direta para enfrentar os efeitos da falta de arborização e da industrialização nas cidades. Ela foi escolhida para levar a proposta e expectativa da juventude brasiliense para a etapa internacional. Cecília Lopes (à direita), 17 anos, foi escolhida para representar o DF na etapa internacional do PJM | Foto: Silvio Vera Durante os quatro dias de programação, os participantes conheceram o funcionamento das instituições do Mercosul, discutiram problemas coletivos e aprenderam a construir consensos democráticos. Além disso, desenvolveram habilidades de liderança, pensamento crítico e expressão de ideias, por meio de debates e trabalhos colaborativos. Os estudantes não atuaram em uma simples simulação. Como parlamentares eleitos, discutiram soluções, apresentaram projetos e redigiram, de forma coletiva, a Declaração Regional, que será entregue ao Parlamento do Mercosul (Parlasul) em outubro. Atividades culturais A programação incluiu atividades culturais, ambientais e pedagógicas, como uma visita ao Marco das Três Fronteiras, símbolo da união entre Brasil, Argentina e Paraguai, e à Ponte Internacional da Fraternidade, iluminada com as cores do Mercosul — azul, verde e branco. A abertura contou com uma apresentação do grupo Corpo de Dança Folclore, Tradição e Cultura, celebrando a identidade latino-americana com música e dança. Programação PJM incluiu atividades culturais, ambientais e pedagógicas | Foto: Moisés do Nascimento Bonfim/UNILA Os estudantes também realizaram uma trilha no Parque Nacional do Iguaçu e conheceram as famosas Cataratas do Iguaçu, além de participarem de debates e formações na Universidade da Integração Latino-Americana (Unila). Um dos momentos marcantes foi a elaboração de mensagens, que serão enterradas em uma cápsula do tempo no futuro campus Arandu da universidade. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Seminário no DF discute gestão da aprendizagem
Na última semana, quinta (11) e sexta-feira (12), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) promoveu o primeiro encontro da série Diálogos Formativos — Gestão para a Aprendizagem, em parceria com o Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais (CDM), a Fundação Getulio Vargas (FGV DGPE), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI). O seminário inaugural abriu o ciclo de quatro encontros, no Centro de Convenções e Eventos Brasil 21. Durante os dois dias de evento, aproximadamente 120 profissionais da educação se reuniram para compartilhar experiências e construir soluções conjuntas. Participaram do evento representantes das Secretarias de Educação das 27 unidades da Federação, técnicos especializados em currículo e avaliação e membros do Ministério da Educação (MEC) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O encontro aprofundou discussões sobre os elementos que determinam a eficácia dos processos educacionais | Fotos: Mary Leal/SEEDF Andreas Schleicher, diretor de Educação da OCDE, apresentou dados e evidências globais sobre gestão educacional, enquanto especialistas de Portugal e da França compartilharam experiências e boas práticas desenvolvidas em seus respectivos países. “A troca de experiências internacionais, especialmente sobre os desafios da aprendizagem no período pós-pandemia, oferece ideias valiosas que nos permitem adaptar soluções globais à nossa realidade local”, avaliou a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, destacou a necessidade de implementar políticas educacionais que estimulem o protagonismo estudantil A secretária também destacou a necessidade urgente de implementar políticas educacionais que estimulem o protagonismo estudantil, citando como exemplos práticos o uso de portfólios pedagógicos e o desenvolvimento de projetos interdisciplinares que integrem diferentes áreas do conhecimento. “O compromisso com o pacto pelo Brasil alfabetizado e o desenvolvimento de estratégias que conectem verdadeiramente a aprendizagem aos contextos reais dos estudantes representa um caminho essencial para despertar o interesse e a participação ativa dos jovens”, complementou. [LEIA_TAMBEM]Perspectivas futuras O próximo encontro da série Diálogos Formativos está agendado para dezembro de 2025, tendo o estado de Alagoas como sede, enquanto o terceiro seminário ocorrerá em 2026, em local ainda a ser definido pelos organizadores. O evento tem quatro eixos principais como guia: engajamento de estudantes na aprendizagem; aprendizagem e desenvolvimento profissional de professores; uso de tecnologias digitais por professores e estudantes; e educação profissional e tecnológica em escolas de ensino médio. *Com informações da Secretaria de Educação
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Estudantes da rede pública se preparam para o desfile de 7 de Setembro
A manhã desta terça-feira (2) foi marcada pelo ensaio geral do tradicional desfile cívico-militar, que será realizado neste domingo (7), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O encontro ocorreu no Setor Militar Urbano, onde 795 estudantes de dez escolas públicas e de uma instituição privada se reuniram para acertar os últimos detalhes da apresentação, que neste ano presta uma homenagem especial à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). A subsecretária de Educação Básica, Iedês Braga, destacou a importância da participação da rede pública de ensino no evento. Para ela, a data vai além da celebração da independência e reforça valores de cidadania. “É um momento para exercitar nos estudantes e na sociedade, de forma geral, esse sentimento de pertencimento a uma nação livre, que se reinventa a cada ano”, afirmou. O desfile deste ano presta uma homenagem especial à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) | Foto: Mary Leal/SEEDF Neste ano, diferentes homenagens orientam a formação dos pelotões. “Tradicionalmente, temos um grupamento único, mas, em 2025, a Secretaria de Educação (SEEDF) participa com 520 alunos representando a COP 30. Além disso, o governo federal está organizando um grupamento temático, que terá 250 estudantes, 197 simbolizando as delegações internacionais, e outros 53 levando plantas típicas brasileiras”, explicou a subsecretária. Segundo Iedês, os estudantes também darão visibilidade a programas federais voltados à educação. “Outro pelotão, com 25 alunos do Centro de Ensino Médio (CEM) Urso Branco, do Núcleo Bandeirante, representará o Programa Pé-de-Meia, de incentivo financeiro e educacional à conclusão do ensino médio”, acrescentou a gestora. Organização dos pelotões Responsável pela coreografia do desfile escolar há 15 anos, o professor de educação física da Escola Técnica de Brasília, Paulo di Paula, coordenou o ensaio com os alunos. “A iniciativa reforça o protagonismo estudantil e a valorização da escola pública em momentos de celebração nacional”, destacou. Ele também ressaltou a diversidade das instituições envolvidas, lembrando a participação de uma escola rural do DF. “A Escola Classe Sítio das Araucárias, de Sobradinho, atende sítios e assentamentos da região. É uma escola muito querida, e os alunos vão apresentar um trabalho bonito, homenageando a Amazônia e os trabalhadores das matas do Brasil”, contou. José Souza, aluno do 5º ano, não esconde a ansiedade para o grande dia. “Eu nunca participei de nada parecido" Para a gestora da unidade, Tainne Torres, a experiência é transformadora para as crianças da zona rural. “Eles estão muito animados, pois nunca viveram algo parecido. Desde o ano passado, trabalhamos os símbolos nacionais e hinos. O desfile é a culminância desse trabalho pedagógico de valorização da cidadania”, afirmou. José Souza, aluno do 5º ano da mesma escola, não esconde a ansiedade para o grande dia. “Eu nunca participei de nada parecido, é tudo muito diferente para a gente. Ensaiar o hino toda semana já era legal, mas agora poder desfilar, representando a nossa escola e o nosso país é uma alegria enorme”, contou. Angelina Santos (à direita): “Vamos celebrar a importância da democracia e a independência do nosso Brasil” [LEIA_TAMBEM]A estreia no desfile também será marcante para muitos adolescentes. Motivo de orgulho para Angelina Santos, do 9º ano do Centro Educacional (CED) 02 do Riacho Fundo. “Eu me sinto muito feliz e realizada de estar participando, porque vamos celebrar a importância da democracia e a independência do nosso Brasil”, disse. O desfile oficial de 7 de Setembro deste domingo começa às 9h, na Esplanada dos Ministérios, com arquibancadas abertas gratuitamente ao público a partir das 6h30. Confira a lista de escolas públicas e privadas que participam neste ano: Rede pública CED 619 de Samambaia CED 02 do Riacho Fundo CEM 01 de Planaltina CEF 11 do Gama CEF 20 de Ceilândia CEM 01 do Paranoá CEMEIT de Taguatinga CEF 213 de Santa Maria EC Sítio das Araucárias de Sobradinho CEM Urso Branco do Núcleo Bandeirante Rede privada Colégio Master de São Sebastião *Com informações da Secretaria de Educação
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Samambaia recebe etapa regional do 14º Circuito de Ciências
A Etapa Regional do 14º Circuito de Ciências das Escolas Públicas da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) foi realizada em Samambaia, nesta semana, reunindo mais de 2 mil visitantes no Centro Olímpico Rei Pelé. Com o tema “Água para quê?”, o evento valorizou a pesquisa, a criatividade e o protagonismo estudantil, além de selecionar os projetos classificados para a fase distrital. O circuito é dividido em várias etapas. A primeira é nas escolas, passando para as fases regionais e, por fim, à distrital. Com formato semelhante ao de uma feira científica, a iniciativa estimula o interesse pelas ciências por meio de projetos criativos e inovadores. O 14º Circuito de Ciências das Escolas Públicas reuniu mais de 2 mil visitantes no Centro Olímpico Rei Pelé| Fotos: André Amendoeira/SEEDF A chefe da Unidade de Gestão Articuladora da Educação Básica da SEEDF, Claudimary Pires, enfatizou o valor histórico desta regional para a rede pública. “Samambaia foi uma das pioneiras desse movimento de despertar nos estudantes a necessidade de pensar criticamente sobre a ciência na sala de aula”, afirmou. Claudimary reforçou a parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Distrito Federal (Sebrae-DF) no fortalecimento do protagonismo estudantil: “Temos uma parceria muito sólida com o Sebrae na perspectiva da educação empreendedora, em que os discentes podem transformar o que estudam em soluções reais, conectando pesquisa, inovação e futuro profissional”. Participação das escolas Promovido anualmente pela secretaria, o Circuito de Ciências mobiliza milhares de alunos e professores. Na etapa regional de Samambaia, a participação das escolas foi motivo de celebração para a coordenação local. A chefe da Unidade de Educação Básica da Coordenação Regional de Ensino da região, Mariana dos Santos, destacou que o circuito tradicionalmente começa em Samambaia. “Temos 21 escolas inscritas em uma regional que conta com 43 unidades. É uma alegria receber cada uma delas, porque sabemos que este é um evento extremamente importante, que nasceu em Samambaia e vem se fortalecendo ao longo dos anos”, contou. Eixos temáticos O projeto de iniciação científica 'Raízes que alimentam rios, o Cerrado produtor de água' foi desenvolvido pelo CEF 407 de Samambaia Entre os eixos temáticos sugeridos para inspirar os projetos estão o acesso universal à água potável, as políticas públicas de redução das desigualdades, o papel do bioma Cerrado na preservação dos recursos hídricos, as soluções tecnológicas para o uso racional dos recursos naturais e até expressões artísticas relacionadas ao assunto. O projeto de iniciação científica “Raízes que alimentam rios, o Cerrado produtor de água”, desenvolvido pelo Centro de Ensino Fundamental (CEF) 407, sob a coordenação do professor Samuel Machado, foi um dos destaques. “O projeto é importante para o ganho de conhecimento dos alunos, tanto pela parte prática quanto pela junção da teoria com a execução do trabalho”, explicou o professor. Para representar o ciclo da água entre dois biomas, os discentes estudaram o funcionamento do solo, das plantas, a fisiologia vegetal e os diversos processos de biologia, química e física. O intuito é sensibilizá-los sobre os aspectos relacionados à conservação do meio ambiente. "Conscientização é uma atitude constante, que precisa ser mantida dentro e fora da escola" Samuel Machado, professor O professor também chamou a atenção sobre a relevância da continuidade das discussões sobre preservação do meio ambiente no desenvolvimento da consciência dos estudantes. “Sinto que eles ficaram mais conscientes e responsáveis, mas a conscientização é uma atitude constante, que precisa ser mantida dentro e fora da escola. Por isso o circuito faz parte do planejamento pedagógico permanente da escola, que promove uma feira de ciências anual”, afirmou. A participação no projeto de ciências do CEF 407 proporcionou a Pedro Augusto Dias, estudante do 9º ano, uma compreensão mais profunda sobre a preservação da água no Brasil. “Aprendemos que o Cerrado é essencial e deve ser preservado para que o ciclo hídrico das chuvas e das nascentes se mantenha, garantindo água limpa para todos. Com o desmatamento e a substituição do solo por monoculturas, esse ciclo é interrompido e os rios podem ser contaminados. Por isso, é fundamental adotarmos ações sustentáveis”, explicou o jovem cientista. Educação Básica O trabalho Água para viver, desenvolvido na EC 317, mostrou como a iniciação científica pode impactar os estudantes ainda nos primeiros anos da Educação Básica Outro trabalho apresentado, desenvolvido na Escola Classe (EC) 317, mostrou como a iniciação científica pode impactar estudantes ainda nos primeiros anos da educação básica. O docente Alex Cabral, responsável pelo projeto com alunos do 5º ano, falou sobre a importância de aproximar o tema da água do cotidiano escolar. “É sempre bom trazer esses assuntos para a escola, porque é uma maneira de conscientizar as crianças sobre o meio ambiente e o cuidado com a água”. A estudante Lara Sophia Ferreira, de 10 anos, participante do projeto Água para viver, compartilhou a experiência. “Nosso trabalho fala sobre o tanque de circulação, os bichos do mar e também as formas de economizar água para não prejudicar o mundo. Foi superlegal, a gente aprende a usar a água para beber, cozinhar e escovar os dentes sem desperdício”, contou. Parceria O Sebrae-DF participou do 14º Circuito oferecendo apoio pedagógico e atividades. A coordenadora da Educação Empreendedora do Sebrae, Ana Emília de Andrade, ressaltou que o evento amplia a compreensão sobre empreendedorismo entre estudantes de todas as idades. “Quando você identifica problemas, propõe melhorias, trabalha em equipe e transforma a realidade, isso já é educação empreendedora. Ver crianças e jovens fazendo isso desde o ensino básico até a Educação de Jovens e Adultos [EJA] é nosso maior ganho”, afirmou. O Sebrae participa do 14º Circuito de Ciências, oferecendo apoio pedagógico e atividades no Espaço Sebrae Durante o evento, Ana Emília informou que será lançado um edital complementar de premiação, reconhecendo estudantes, professores orientadores, escolas e equipes regionais com maior engajamento. Cada aluno ou educador contemplado receberá R$ 1 mil, além de kits de educação empreendedora, medalhas e troféus. Os melhores trabalhos da etapa distrital poderão participar de feiras nacionais e ser publicados na revista Com Censo Jovem. [LEIA_TAMBEM]A etapa regional de Samambaia abre a série de eventos que vão movimentar todas as coordenações regionais de ensino (CREs) até setembro. Os projetos classificados em cada região estarão reunidos na 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que abrigará a etapa distrital do circuito. Programação das etapas regionais de 2025 Plano Piloto – dia 28 deste mês Brazlândia – 2/9 Planaltina – 2/9 Sobradinho – 3/9 Guará – 4/9 Núcleo Bandeirante – 4/9 Ceilândia – 5/9 Recanto das Emas – 9/9 Santa Maria – 10/9 São Sebastião – 10/9 Paranoá – 11/9 Taguatinga – 11/9 Gama – 12/9. *Com informações da Secretaria de Educação
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Mais de 80% dos profissionais da educação básica avaliam positivamente a proibição de celulares nas escolas
O ambiente escolar é um espaço privilegiado de construção coletiva, diálogo e escuta. Com base nesse princípio, a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) divulgou um relatório com as percepções de professores, gestores e demais profissionais da educação básica sobre os impactos da Lei nº 15.100/2025, que proíbe o uso de celulares e aparelhos eletrônicos por estudantes nas instituições educacionais públicas e privadas do DF. O documento está disponível no site oficial da Secretaria de Educação do DF. Do total de respondentes da pesquisa, 45% apontam uma melhoria significativa e 40% identificam melhorias parciais com a proibição do uso de celulares nas escolas | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Entre os temas apurados, destacam-se a percepção dos docentes sobre os efeitos da proibição dos celulares na aprendizagem e nas relações sociais dos estudantes, além do engajamento durante as aulas. Do total de respondentes, 85% reconhecem algum nível de impacto positivo, sendo que 45% apontam uma melhoria significativa e 40% identificam melhorias parciais. A pesquisa, conduzida pela Subsecretaria de Educação Básica (Subeb), ouviu profissionais de todas as coordenações regionais de ensino (CREs) do DF, valorizando a escuta ativa da comunidade escolar. A análise dos dados sobre a percepção docente a respeito da contribuição da proibição do uso de celulares para a melhoria das aprendizagens revela uma avaliação amplamente positiva. "A rede pública do DF acolheu a Lei nº 15.100/2025 com responsabilidade e protagonismo pedagógico. O resultado do questionário aplicado indica que mais de 70% dos profissionais consideram a medida eficaz e percebem avanços claros no comportamento, atenção e engajamento dos estudantes”, destacou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. No Centro Educacional Incra 8 foram instalados pontos de leitura e jogos de tabuleiro nos espaços em que os alunos utilizavam os aparelhos eletrônicos “A escuta institucional revela que a política pública está no caminho certo, mas demanda continuidade, acolhimento e diálogo com famílias e estudantes”, avalia a gestora. A subsecretária de Educação Básica da SEEDF, Iêdes Braga, indica que "a SEEDF seguirá monitorando os efeitos da lei e fortalecendo ações formativas, com foco em saúde emocional, protagonismo juvenil e uso consciente das tecnologias". Resultados [LEIA_TAMBEM] No campo das relações sociais entre os estudantes, a pesquisa também demonstra percepções majoritariamente favoráveis. Para 46,7% dos profissionais, a proibição do uso de celulares contribuiu de forma significativa para o fortalecimento do convívio interpessoal nas escolas, com relatos de maior disposição ao diálogo, fortalecimento de vínculos e aumento da convivência presencial em momentos coletivos. Outros 36,3% identificam contribuição parcial da medida, com avanços especialmente observados nos intervalos e nas atividades em grupo. Reflexões e iniciativas pedagógicas Mais do que um levantamento estatístico, o relatório também aponta estratégias adotadas para orientar alunos e famílias sobre a nova legislação, bem como as percepções dos responsáveis quanto à comunicação com os filhos no horário escolar. O relatório ainda apresenta iniciativas das escolas para transformar a proibição em oportunidades pedagógicas, estimulando a autonomia, a criatividade e a socialização saudável nos momentos livres, como recreios e intervalos. "Esperamos que este relatório contribua para o fortalecimento de práticas pedagógicas que promovam o uso responsável das tecnologias e para o planejamento de ações cada vez mais alinhadas às realidades das comunidades escolares", reforça a secretária de Educação. *Com informações da SEEDF
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GDF estimula o protagonismo estudantil entre alunos do ensino médio
O Governo do Distrito Federal (GDF) está trabalhando para levar cidadania aos estudantes do DF. O Programa de Desenvolvimento de Liderança Jovem (PDL-Jovem DF) vai promover a capacitação, o engajamento cívico e a formação de lideranças entre os estudantes da rede pública e privada de ensino. Para isso, uma das ações foi a descentralização dos recursos para a execução do programa, que é coordenado pela Secretaria da Família e Juventude (SEFJ) e viabilizada por meio da Vice-Governadoria e da Secretaria de Educação (SEEDF). O PDL-Jovem DF vai oferecer workshops, cursos, palestras e atividades práticas que estimulem o protagonismo juvenil, a liderança e o empreendedorismo | Foto: Divulgação/SEFJ-DF A primeira descentralização foi realizada no final de agosto. Nesta segunda-feira (30), foi feita a atualização dos valores – portaria publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) prevê mais de R$ 1 milhão que serão investidos no programa. Entre as ações, o PDL-Jovem DF vai proporcionar aos jovens de 15 a 29 anos oportunidades para desenvolverem habilidades de liderança, comunicação, empreendedorismo e cidadania. A vice-governadora Celina Leão enfatiza a importância da participação dos estudantes na tomada de decisões que levem ao bem comum desde cedo. “Nós acreditamos que a participação dos jovens na tomada de decisões a partir do ambiente onde estão inseridos vai incentivá-los a se engajarem em questões que afetem o seu entorno e a sua comunidade. O programa busca dar voz às demandas levantadas por esses jovens para que transformem positivamente a realidade que os cerca. São ensinamentos que serão levados para a vida”, afirma a vice-governadora. Para isso, serão oferecidos workshops, cursos, palestras e atividades práticas que estimulem o protagonismo juvenil, a ética e o respeito à diversidade. A SEFJ também irá auxiliar na formação de grêmios estudantis, núcleos de representação dos estudantes que atuarão em conjunto com a gestão escolar na promoção de atividades culturais, esportivas e sociais. O secretário de Família e Juventude, Rodrigo Delmasso, afirma que o objetivo é levar cidadania aos alunos do ensino médio do DF. “Com o programa queremos também resgatar o protagonismo juvenil, fomentando a formação de entidades representativas dos estudantes, que lutam pelas melhorias dentro das instituições de ensino. Esses mesmos alunos podem formar associação de moradores para lutar por melhorias na sua rua, no seu bairro, por exemplo”, detalha o secretário. A primeira ação do PDL-Jovem DF é justamente escutar os estudantes. Equipes da secretaria têm percorrido as escolas para ouvir as demandas dos alunos sobre as melhorias que eles querem para as instituições de ensino e suas imediações. A ação, batizada de Fala Galera, já foi até Santa Maria, Guará e Núcleo Bandeirante, onde cerca de 1,5 mil questionários foram preenchidos pelos alunos. Os dados estão sendo compilados pela SEFJ, que faz a intermediação com outros órgãos, quando é o caso. O programa também prevê a confecção de mais de 40 mil carteirinhas estudantis gratuitamente para quem estuda na rede pública e, deste modo, garantir o direito à meia entrada em eventos culturais e esportivos.
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Alunos do Riacho Fundo II desenvolvem habilidades empresariais em feira
A disciplina Projeto de Vida, do Centro Educacional (CED) 01 do Riacho Fundo II, oferece aos 900 estudantes uma perspectiva alternativa ao tradicional percurso acadêmico rumo à universidade. Nela, os alunos desenvolvem projetos inovadores e habilidades empresariais, tendo a oportunidade de apresentar as empresas que criaram durante a Feira do Empreendedor, que começou na terça-feira (27) e termina nesta quarta (28), com a presença dos professores avaliando os projetos. O diretor do CED 01, Júlio Moronari, confere o trabalhos dos alunos durante a Feira de Empreendedorismo: “Buscamos desenvolver a capacidade dos nossos alunos de identificar problemas e oportunidades” | Fotos: Mary Leal /SEEDF Para viabilizar a disciplina, a escola conta com a parceria do projeto ALI Educação Empreendedora do Sebrae-DF, que forneceu aos alunos noções essenciais sobre empreendedorismo. Wesley Santos, um dos professores responsáveis pela iniciativa, detalha o trabalho desenvolvido com a autonomia dos alunos. “A ideia do projeto é oferecer aos alunos uma perspectiva além da faculdade e do curso técnico. O empreendedorismo é uma alternativa viável, e os alunos demonstram afinidade com a área. Eles são responsáveis pela fase inicial do projeto, incluindo o desenvolvimento do produto, a criação da logo da empresa e a comercialização, tudo com total autonomia”, explica Santos. Além de estimular a criatividade e o espírito empreendedor dos alunos com a realização da feira, o CED 01 contribui também para a formação de futuros líderes e empresários capacitados para enfrentar os desafios do mercado Todos os trabalhos são avaliados, e os grupos podem receber até três pontos em todas as disciplinas. A empresa que se destacar durante a feira ganhará um passeio promovido pela escola. Projetos Entre os projetos apresentados na terça-feira, um dos destaques foi a empresa de alfajores AlfaJoy, que comercializa o produto durante os intervalos das aulas. O estudante João Vitor Santos, 17, é um dos seis integrantes do grupo e explica a missão e os valores do negócio, propostos com a ajuda dos colegas. “Nossa empresa traz inovação na gastronomia com diferentes tipos de alfajores. Estamos vendendo várias unidades e, com base nas nossas projeções, conseguiremos uma margem de lucro significativa, o que é muito animador para todos nós”, comemora João Vitor. Ele destaca ainda o faturamento mensal do negócio: “Com base nas nossas projeções, vendendo 30 alfajores diariamente, inclusive fora da escola, calculamos um lucro médio mensal de R$ 4.800. Após descontar os custos de R$ 2.247, nossa margem de lucro é de R$ 1.800. Dividindo esse valor entre os seis membros da empresa, cada um recebe um lucro médio de R$ 300”. O diretor do CED 01, Júlio Moronari, ressalta a importância da iniciativa para o desenvolvimento dos estudantes. “Com o projeto de empreendedorismo, buscamos desenvolver a capacidade dos nossos alunos de identificar problemas e oportunidades, criar soluções e investir recursos em algo positivo para a sociedade”, afirma. Futuro Além de estimular a criatividade e o espírito empreendedor dos alunos com a realização da feira, o CED 01 contribui também para a formação de futuros líderes e empresários capacitados para enfrentar os desafios do mercado. É o caso dos irmãos gêmeos André Gabriel e André Rafael Gonçalves, 17. “Aprendemos a resolver problemas e a lidar com contratempos, o que é fundamental tanto para os projetos da escola quanto para os negócios familiares”, pontua André Rafael. Os estudantes, desde pequenos, são envolvidos com a empresa da mãe, uma floricultura. “A experiência que adquirimos aqui é a base para nossos futuros empreendimentos, e os professores da escola têm sido muito importantes nesse processo. Já estamos dando continuidade ao projeto para o nosso futuro junto à floricultura da nossa família”, acrescenta André Gabriel.
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