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Paciente também é protagonista na prevenção de infecções hospitalares e proliferação de superbactérias

A resistência bacteriana é um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea, e enfrentá-la depende não apenas dos profissionais de saúde, mas também dos pacientes, acompanhantes e da sociedade como um todo. No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), uma das unidades administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar (Nucih) tem adotado estratégias inovadoras para ampliar essa conscientização, com foco na educação, no comportamento e na prevenção. Publicação elaborada pelo Hospital de Base orienta as pessoas sobre a importância da prevenção à transmissão de microorganismos | Foto: Divulgação/IgesDF “Pequenos gestos, como a correta lavagem das mãos, podem salvar vidas”  Julival Ribeiro, infectologista do Hospital de Base  “O paciente tem papel fundamental no controle das infecções”, indica o infectologista Julival Ribeiro, coordenador do Nucih. “Pequenos gestos, como a correta lavagem das mãos, podem salvar vidas.”  Para aproximar esse tema do público, o Nucih desenvolveu um folheto educativo que explica, de forma simples, a importância da higiene das mãos e dos cuidados com a transmissão de microrganismos. O material é distribuído a pacientes, acompanhantes, voluntários e à equipe do projeto Humanizar, que recebe treinamento específico. “Esses voluntários têm uma atuação muito importante no acolhimento, mas é essencial que saibam como evitar, ainda que inadvertidamente, a disseminação de bactérias resistentes”, aponta o infectologista Lino Silveira. “Embora ajam com as melhores intenções, como cumprimentar ou abraçar um paciente, podem atuar como vetores dessas bactérias. O treinamento garante que as boas intenções se somem à segurança do paciente.” O impacto das infecções hospitalares As infecções em ambiente hospitalar, especialmente em pacientes com trauma grave, câncer ou outras doenças críticas, podem ter impacto direto no desfecho clínico. Mesmo um paciente que se recupera de uma hemorragia ou fratura pode evoluir para óbito em decorrência de uma infecção multirresistente adquirida durante a internação. Segundo Julival Ribeiro, o avanço da resistência bacteriana ameaça a efetividade dos tratamentos. “Estamos vendo bactérias que não respondem mais aos principais antibióticos disponíveis, e isso aumenta o tempo de internação, eleva os custos hospitalares e, sobretudo, compromete a vida dos pacientes”, alerta. Da hospitalização ao meio ambiente A atuação do Nucih ultrapassa os limites do hospital. Uma análise elaborada em parceria com a engenharia sanitária da unidade avaliou o esgoto de Brasília e identificou indícios da presença de bactérias resistentes no meio ambiente. O achado reforça a necessidade de uma visão integrada sobre o problema. “Falamos de uma questão que envolve não apenas a saúde humana, mas também a saúde animal e ambiental”, atenta o infectologista Tazio Vanni. “É o conceito de saúde única, que é entender que tudo está interligado.” Saúde única e uso racional de antibióticos [LEIA_TAMBEM]A resistência bacteriana também está ligada ao uso indiscriminado de antibióticos na agropecuária, prática que acelera a seleção de microrganismos resistentes e traz reflexos para a saúde pública. O Plano de Ação Nacional para o Controle da Resistência aos Antimicrobianos, implementado pelo governo federal e alinhado às diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS), busca justamente frear esse avanço. “Desde 2013, a OMS recomenda que todos os países adotem estratégias integradas para controlar a resistência antimicrobiana”, situa Tazio. “O Brasil está na segunda versão do seu plano, o que demonstra o compromisso em tratar o tema como prioridade nacional.” Inovação e futuro Além das medidas de prevenção e controle, novas abordagens vêm sendo estudadas — é o caso do uso de recursos biológicos como vírus bacteriófagos, que atacam bactérias específicas, representando uma alternativa promissora à antibioticoterapia tradicional. “Compreender a complexidade dessa interação entre diferentes formas de vida é o que chamamos de saúde planetária”, conclui Julival Ribeiro. “Precisamos aprender com a natureza para encontrar soluções sustentáveis no combate à resistência bacteriana.” *Com informações do IgesDF

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Conheça os sintomas e a terapia adequada para a doença pulmonar obstrutiva crônica 

A doença pulmonar obstrutiva crônica (Dpoc) é uma condição que dificulta a passagem do ar pelas vias aéreas, comprometendo o bem-estar dos pacientes. Além da exposição à fumaça proveniente da poluição ambiental e de queimadas, o tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento dessa enfermidade. “O ideal é não dar a primeira tragada; e, para quem fuma, parar é sempre possível, faz diferença em qualquer fase da vida” Guilherme Morais, pneumologista da Secretaria de Saúde No Dia Mundial da Dpoc, instituído como 19 de novembro, a Secretaria de Saúde (SES-DF) lembra a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado de uma condição que pode afetar de forma permanente a qualidade de vida. Embora não tenha cura, a Dpoc é tratável, com medicamentos e reabilitação. Na rede pública, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é referência na terapia da doença e de outras patologias pulmonares crônicas. Principal fator de risco para o desenvolvimento da doença é o tabagismo | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Referência técnica distrital (RTD) no assunto, o pneumologista Guilherme Otávio Morais, da Secretaria de Saúde (SES-DF), chama a atenção para os desafios na detecção da Dpoc. “Em um estudo realizado em São Paulo, apenas 18% dos pacientes tiveram o diagnóstico confirmado”, enumera. “Isso mostra que ainda há uma baixa percepção sobre os sinais da doença. Tosse persistente, pigarro frequente, chiado no peito e falta de ar mesmo em pequenos esforços são sintomas que precisam ser investigados. Muitas pessoas atribuem esses sinais ao cansaço ou ao envelhecimento e só procuram ajuda médica quando o quadro já está avançado”. Outros sintomas comuns incluem sensação de aperto ou peso no peito, respiração mais lenta ou ofegante para atividades simples, secreção persistente (catarro) e infecções respiratórias frequentes. Com o tempo, aponta o médico, a doença pode evoluir para limitações severas, exigindo o uso contínuo de oxigênio. Como buscar ajuda [LEIA_TAMBEM]Ao identificar os sintomas, o paciente deve procurar primeiro a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. A confirmação do diagnóstico vem a partir da avaliação clínica, que pode incluir exames como radiografia, tomografia e, principalmente, a espirometria. Caso sejam identificados problemas, a pessoa é direcionada ao ambulatório do Hran ou a outros hospitais da rede pública com pneumologistas disponíveis. Segundo Guilherme Morais, o tabagismo é o maior fator de risco e a principal porta de entrada para doenças graves do pulmão. “O ideal é não dar a primeira tragada; e, para quem fuma, parar é sempre possível, e faz diferença em qualquer fase da vida”, reforça. A SES-DF disponibiliza mais de 70 UBSs para atender quem quer deixar o cigarro. A Dpoc, de acordo com o pneumologista, impõe uma jornada longa e desafiadora aos pacientes e seus familiares, desde os primeiros sintomas até o diagnóstico preciso, passando por muitos estigmas. “O manejo adequado dessas crises é essencial para evitar hospitalizações recorrentes e perda funcional”, adverte.  Veja, abaixo, outras formas de reduzir risco de Dpoc.  ⇒ Evitar ambientes com fumaça ou vaporizadores eletrônicos (vapes) ⇒ Reduzir exposição à poeira e à poluição ⇒ Usar máscaras de proteção em ambientes com partículas suspensas ⇒ Manter calendário de vacinação atualizado, para evitar infecções que possam acelerar a progressão da doença. *Com informações da Secretaria de Saúde    

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Câncer bucal: Saúde alerta sobre importância do diagnóstico precoce

Pode começar com algo simples: uma ferida que não cicatriza, uma mancha discreta ou uma dor que parece inofensiva. Mas por trás desses sinais sutis pode estar uma das doenças mais comuns e perigosas da cavidade oral: o câncer bucal. Na semana nacional de prevenção desse tipo de neoplasia, a Secretaria de Saúde (SES-DF) chama a atenção para o diagnóstico precoce.  O tabagismo é um dos fatores de risco que podem provocar câncer | Fotos: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF  O alerta da pasta não vem à toa: a doença é o oitavo câncer mais frequente no país e o quinto mais comum entre os homens, podendo atingir mais de 15 mil brasileiros até o fim deste ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). No Distrito Federal, a estimativa é de cerca de 50 novos casos no mesmo período. Porém, se detectado cedo, o câncer bucal tem altas chances de cura, chegando a 90%. O atraso no diagnóstico, contudo, torna o tratamento mais invasivo. O índice de óbito ainda é considerado alto — de 43% a 45%. Sinais de alerta “No início, o câncer costuma ser indolor e muitas vezes é confundido com uma afta. A diferença é que a afta dói e desaparece, enquanto a lesão cancerígena é assintomática no início” Eliziário Leitão, cirurgião-dentista  A identificação do câncer é feita por exame clínico e biópsia da área suspeita. O autoexame também é importante. “Observe a boca no espelho e procure alterações na língua, gengiva, bochechas e lábios; se algo parecer diferente, é fundamental procurar um dentista”, orienta o cirurgião-dentista Eliziário Leitão.  Feridas que não cicatrizam em até 21 dias, manchas brancas ou avermelhadas e alterações persistentes na mucosa bucal exigem atenção. “No início, o câncer costuma ser indolor e muitas vezes é confundido com uma afta”, detalha o especialista. “A diferença é que a afta dói e desaparece, enquanto a lesão cancerígena é assintomática no início”.  Fatores de risco O tabagismo e o consumo abusivo de álcool continuam sendo os maiores vilões. Segundo Leitão, o perfil mais comum é o de fumantes crônicos. “Aproximadamente 93% dos pacientes diagnosticados são fumantes, e o risco aumenta em até 30 vezes quando o cigarro é combinado com bebidas destiladas, como a cachaça”, adverte.  [LEIA_TAMBEM]A exposição solar sem proteção também representa ameaça, especialmente para quem trabalha ao ar livre. Outro fator que preocupa os especialistas é o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês). “Os mesmos subtipos do HPV que provocam câncer na região genital estão aparecendo na cavidade oral, transmitidos pelo sexo oral sem proteção, principalmente entre os mais jovens”, explica o cirurgião-dentista.  Tratamento  O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento gratuitos. O paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência onde será avaliado. Em seguida, o usuário pode ser encaminhado para um dos 14 centros de especialidade odontológica (CEOs) do DF para diagnóstico clínico e biópsia. Se confirmada a doença, o tratamento inclui a cirurgia para retirada do tumor, normalmente seguida de radioterapia. Conscientização Criada em 2015 pela Lei nº 13.230, a Semana Nacional de Prevenção ao Câncer Bucal é celebrada anualmente na primeira semana de novembro e reforça a importância de ações profiláticas. “A prevenção é o maior desafio”, lembra Eliziário Leitão. “Muitas pessoas desconhecem a possibilidade de câncer na boca, e é fundamental informar a população sobre a existência e a agressividade dessa doença tanto no físico quanto no mental”. *Com informações da Secretaria de Saúde    

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DF reforça combate à transmissão da sífilis de mãe para filho

O Distrito Federal está perto de atingir um marco importante na saúde pública: a eliminação da transmissão vertical da sífilis, quando a doença é passada da gestante para o bebê durante a gravidez ou o parto. Em 2024, a taxa de incidência de sífilis congênita foi de nove casos por mil nascidos vivos, abaixo da média nacional de 9,6. Em relação ao ano anterior, houve queda de 13,5%, uma das maiores reduções do país. O resultado reflete ações de testagem precoce no pré-natal, tratamento adequado de gestantes e parceiros e integração entre a Atenção Básica e a Vigilância em Saúde. Este ano, Brasília está entre as capitais com taxas mais baixas de detecção de sífilis adquirida, com 119,1 casos por 100 mil habitantes | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes A taxa de detecção de sífilis em gestantes ficou em 34,6 por mil nascidos vivos, também inferior à média nacional, que foi de 35,4. Esses indicadores mostram que o DF tem conseguido interromper a cadeia de transmissão da doença por meio de diagnóstico precoce e acompanhamento contínuo.  Neste ano, Brasília está entre as capitais com taxas de detecção de sífilis adquirida mais baixas que a média nacional, com 119,1 casos por 100 mil habitantes. Também aparecem nesse grupo Aracaju (SE), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Belém (PA) e Teresina (PI). A transmissão vertical ocorre principalmente por via transplacentária, podendo acontecer também no parto, por contato direto com lesões. A falta de tratamento adequado durante a gestação pode causar aborto, natimorto, parto prematuro, morte neonatal e sequelas congênitas. O processo de certificação da eliminação da transmissão vertical faz parte de uma iniciativa global liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O Brasil adaptou o modelo internacional para certificar estados e municípios com mais de 100 mil habitantes, abrangendo também HIV, hepatite B, doença de Chagas e, futuramente, HTLV. Controle do HIV [LEIA_TAMBEM]O Distrito Federal já está entre os estados certificados pela eliminação da transmissão vertical do HIV. No país, 151 municípios e sete estados receberam algum tipo de certificação ou selo. No total, são 228 certificações municipais vigentes, sendo 139 relacionadas ao HIV. “Nos últimos anos, conseguimos manter a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde e pela Opas, que é manter em zero o número de crianças infectadas. As crianças nascem expostas”, afirma Daniela Magalhães, referência técnica distrital em vigilância da sífilis no DF.  “A transmissão só acontece quando a gestante não realiza o tratamento ou quando há amamentação em casos ativos. A redução é fruto de um trabalho intenso de qualificação do pré-natal, ampliação da testagem rápida e tratamento oportuno.” O Brasil registrou em 2023 a menor taxa de mortalidade por aids desde 2013, com 3,9 óbitos por 100 mil habitantes. A cobertura de pré-natal também atingiu níveis recordes: mais de 95% das gestantes fizeram ao menos uma consulta e foram testadas para HIV, enquanto aquelas que vivem com o vírus tiveram acesso ao início imediato do tratamento. *Com informações da Secretaria de Saúde          

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Dia Mundial da Psoríase: o desafio de cuidar da pele e das emoções

Quando as primeiras manchas começaram a surgir em sua pele, Estael Vieira, hoje com 61 anos, ainda era uma jovem de 19. Sem acesso a informações sobre o que era a psoríase, ela passou anos tentando esconder as lesões. “No começo eu sentia vergonha”, conta. “As pessoas achavam que era contagioso, e eu evitava usar roupas curtas”. Estael Vieira teve psoríase aos 19 anos, enfrentou preconceito e baixa de autoestima, mas hoje segue o tratamento sem problemas | Foto: Alberto Ruy/IgesDF  O preconceito, lembra, chegou até dentro de casa: “Meu marido tinha receio de me tocar. Precisei levá-lo a uma consulta médica para que o doutor explicasse que psoríase não pega. Hoje ele entende que é uma condição que precisa de cuidado, não de preconceito”. O Dia Mundial da Psoríase, celebrado nesta quarta-feira (29), chama atenção para a importância do diagnóstico precoce, da desmistificação da doença e do acolhimento a quem convive com ela. Segundo a National Psoriasis Foundation (EUA), assim como Estael, cerca de 125 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com essa doença inflamatória, crônica e não contagiosa, que pode ser controlada com tratamento adequado. O que é a psoríase “Muitos pacientes relatam que as lesões surgem após momentos de tensão emocional ou sobrecarga no trabalho” Danielle Aquino, dermatologista do Hospital de Base A dermatologista Danielle Aquino, do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), explica que a psoríase é uma doença autoinflamatória, resultado de uma disfunção do sistema imunológico que acelera o ciclo de renovação das células da pele. O processo gera o acúmulo dessas células, formando lesões avermelhadas e descamativas. “A pessoa já possui a carga genética, ou seja, a predisposição, e algum fator ambiental pode atuar como gatilho —  por isso ela não é contagiosa”, detalha. As placas da psoríase são geralmente secas e esbranquiçadas, podendo aparecer nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, abdômen e lombar. Em alguns casos, a inflamação também atinge as unhas e articulações, provocando dor e rigidez, um quadro conhecido como artrite psoriásica. A propensão genética é o principal fator, mas situações de estresse, infecções, ferimentos na pele e o uso de certos medicamentos podem desencadear crises. “Muitos pacientes relatam que as lesões surgem após momentos de tensão emocional ou sobrecarga no trabalho”, observa Danielle Aquino. Impacto emocional  Mais do que uma condição dermatológica, a psoríase tem forte impacto psicológico. O psiquiatra Sérgio Cabral, do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), lembra que os gatilhos emocionais podem não apenas agravar as crises, mas também gerar um ciclo vicioso entre o sofrimento psíquico e o avanço da doença. “A psoríase me ensinou a ter paciência e amor-próprio. Quando me aceitei, a pele também melhorou” Estael Vieira “Quando a pessoa está sob estresse ou ansiedade, há liberação de substâncias como cortisol e adrenalina, que intensificam a resposta inflamatória”, aponta. “Ao mesmo tempo, as lesões visíveis provocam queda de autoestima e isolamento social, o que aumenta o estresse e pode agravar a psoríase.” Segundo o especialista, o estigma social ainda é um grande desafio: “A sociedade historicamente associou doenças de pele à exclusão, como acontecia com a hanseníase. O preconceito reforça o sofrimento dessas pessoas. É essencial que busquem apoio psicológico e sigam o tratamento médico. Não escolhemos ter uma doença, mas podemos escolher cuidar dela com responsabilidade e esperança”. Tratamento e controle [LEIA_TAMBEM]A dermatologista Danielle Aquino explica que o tratamento é individualizado e depende da gravidade das lesões. Entre os tratamentos disponíveis estão cremes e pomadas à base de corticoides ou vitamina D3; fitoterapia, com aplicação controlada de luz ultravioleta; medicamentos orais, para casos moderados ou graves; e terapias biológicas injetáveis, indicadas quando há resistência aos outros tratamentos. A hidratação diária da pele também é fundamental. “Produtos com ureia ajudam a suavizar a descamação e a aliviar a coceira”, reforça a médica. “A psoríase não tem cura, mas é possível viver bem com acompanhamento médico e controle do estresse”. O tratamento da psoríase está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), com acompanhamento especializado e fornecimento gratuito de medicamentos conforme prescrição médica. O encaminhamento pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Com acompanhamento médico e apoio emocional, é possível ter qualidade de vida e autoestima preservadas. Para Estael Vieira, que convive com a doença há 42 anos, o segredo está na aceitação: “A psoríase me ensinou a ter paciência e amor-próprio. Quando me aceitei, a pele também melhorou”.   *Com informações do IgesDF    

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Casos de sífilis diminuem no Distrito Federal; diagnóstico precoce é fundamental para tratamento

Os casos de sífilis adquirida no Distrito Federal diminuíram 7,1%, de 2023 a 2024, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF). A capital federal registrou mais de 3,7 mil casos da doença — em sua forma adquirida — no ano passado, contra 3,9 mil em 2023. Em contrapartida, os registros de sífilis congênita (transmitida de mãe para filho) cresceram 2,7% — passando de 263 para 270, de 2023 a 2024 —, enquanto em gestantes apresentou queda de 17,1%, indo de 1.293 para 1.072, em 2024.  Os números reforçam a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Para ampliar a conscientização, foi criado o Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, celebrado sempre no terceiro sábado de outubro.  Rede pública oferece gratuitamente testes que apresentam resultado em tempo rápido | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF “O mês visa a combater o aumento de casos, especialmente a forma congênita da infecção”, lembra a enfermeira Daniela Magalhães, responsável técnica pela área de sífilis da SES-DF. “A prevenção da transmissão vertical é o principal foco do outubro verde.” A gestora reforça que pessoas sexualmente ativas devem fazer a testagem com frequência. “É preciso testar pelo menos uma vez ao ano”, indica. “Outro momento para realizar o exame é sempre que houver prática sexual desprotegida ou na presença de sinais e sintomas, como feridas na genitália e manchas na pele sem causa definida”.  Doença A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) crônica e curável, exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. A doença pode ser transmitida por contato sexual desprotegido ou de forma vertical, de uma pessoa com sífilis não tratada ou tratada inadequadamente para o feto, durante a gestação ou no parto. Em estágios avançados da doença, a ausência de tratamento adequado pode causar complicações, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, e até levar à morte. Sintomas A doença apresenta diferentes manifestações de acordo com o estágio. Na fase primária, surgem feridas no pênis, vagina, colo uterino, ânus e boca, entre dez a 90 dias após o contágio. Normalmente, elas não doem, coçam, ardem nem têm pus. Também desaparecem sozinhas, independentemente de tratamento, criando a falsa impressão de cura. No segundo estágio, os sinais e sintomas costumam surgir entre seis semanas e seis meses do aparecimento e cicatrização da ferida inicial. Nesta fase, surgem manchas no corpo, incluindo nas plantas das mãos e pés, além dos primeiros sintomas, como febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo. As manchas também podem desaparecer em algumas semanas. [LEIA_TAMBEM]O último estágio pode surgir entre 1 e 40 anos após o início da infecção e costuma apresentar sinais e sintomas como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar a óbito.  Diagnóstico e tratamento O teste rápido de sífilis está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). O resultado é visível em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de exames laboratoriais. A doença tem cura, e o tratamento de escolha é a penicilina benzatina, que pode ser aplicada na própria unidade básica de saúde (UBS) de referência.  A principal forma de prevenção é o uso correto e regular de preservativo externo ou interno, uma vez que se trata de IST. Também são medidas importantes os testes, no caso de exposição à infecção, e o tratamento correto do portador e dos parceiros. Como buscar atendimento Atualmente, todas as UBSs oferecem testes rápidos e tratamento gratuito para a sífilis. A doença é curável em 100% dos casos, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para uma boa recuperação. No Distrito Federal, no período de 2020 a 2024, foram mais de 14 mil casos de sífilis adquirida, 5,4 mil casos da doença em gestantes e 1,4 mil da doença congênita.  *Com informações da Secretaria de Saúde

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Acolhe DF: em dois meses, programa já encaminhou 60 pessoas em situação de rua para tratamento contra dependência química

O pedreiro Diogo Santos (nome fictício), de 32 anos, vivia na Rodoviária do Plano Piloto há quase um ano, após se separar da família e cair no vício das drogas. Sua virada começou quando aceitou o encaminhamento feito por uma equipe psicossocial da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed), da Sejus-DF, para uma comunidade terapêutica conveniada. “Eu precisava só de uma oportunidade. Hoje participo de atividades de recuperação e ainda terei acesso a cursos de capacitação para retomar minha carreira”, conta. Diogo está entre as 57 pessoas em situação de rua encaminhadas voluntariamente nos últimos dois meses para tratamento em uma das seis comunidades terapêuticas parceiras do programa Acolhe DF. Reestruturado em julho pelo Decreto nº 47.423, o Acolhe DF se consolidou como programa de governo, reunindo diferentes pastas para atuar de forma integrada. Coordenado pela Sejus, o trabalho envolve equipes multiprofissionais de saúde, assistência social, cidadania, educação e trabalho. Desde a reestruturação, já foram realizadas 380 abordagens. Nas comunidades terapêuticas, os acolhidos podem permanecer em tratamento por até 12 meses, com acompanhamento contínuo. Depois dessa etapa, têm acesso a cursos de capacitação oferecidos pelo RenovaDF, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF), para retomar a vida com autonomia e novas perspectivas. Nas comunidades terapêuticas, os acolhidos podem permanecer em tratamento por até 12 meses, com acompanhamento contínuo | Foto: Divulgação/Sejus-DF Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, cada acolhimento representa um novo começo. “O Acolhe DF mostra que, quando governo e sociedade caminham juntos, conseguimos transformar realidades. Esse é o início de uma nova vida para quem, por muito tempo, não acreditava mais em possibilidades”, afirma. O subsecretário de Enfrentamento às Drogas, Diego Moreno, reforça que a confiança é um dos maiores obstáculos. “O desafio é convencê-los a aceitar e mostrar que essa é uma boa opção. Muitas vezes, a primeira conversa acontece quando ainda estão sob efeito das substâncias. É preciso paciência: voltamos duas, três vezes, até que estejam lúcidos e dispostos. O acolhimento só acontece de forma voluntária”, explica. Vozes de quem recomeça A busca ativa é realizada semanalmente em diferentes regiões administrativas e já mudou também a trajetória de Márcia Soares (nome fictício), de 46 anos. “Estou há duas semanas sem colocar uma gota de álcool na boca. Antes, meu único objetivo era conseguir dinheiro para beber. Agora, penso em voltar a ter contato com minha família e em viver com novas metas e objetivos”, relata emocionada. “O Acolhe DF mostra que, quando governo e sociedade caminham juntos, conseguimos transformar realidades. Esse é o início de uma nova vida para quem, por muito tempo, não acreditava mais em possibilidades” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania As equipes do Acolhe DF atuam em parceria com administrações regionais e outros órgãos do GDF. Nesta segunda-feira (29), as abordagens ocorreram em Águas Claras e no Sudoeste. O cronograma da semana inclui ações no Itapoã, Planaltina e no Hotel Social, localizado no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (SAAN), na região do SIA — primeiro equipamento permanente do DF destinado ao pernoite de pessoas em situação de rua, com 200 vagas por noite, que oferece banho quente, jantar e café da manhã, além de permitir a entrada de pessoas acompanhadas de animais de estimação. Na sexta-feira (3), as equipes do Acolhe DF também estarão presentes na edição do GDF Mais Perto do Cidadão, no Itapoã e em Planaltina, ampliando o alcance do programa. Mais informações podem ser fornecidas pelo telefone: (61) 9 8314-0639. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)

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Capacitação reforça combate à tuberculose no DF

Enfermeiros, farmacêuticos, médicos e demais servidores da Secretaria de Saúde (SES-DF) que atuam na assistência direta às pessoas com tuberculose participam, até esta quarta-feira (10), da Oficina para Capacitação no Manejo de Tuberculose em Adultos. O objetivo é fortalecer as ações de controle da tuberculose, fornecendo o diagnóstico oportuno e o tratamento adequado à população. O panorama da tuberculose no DF foi um dos temas abordados durante a capacitação | Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde-DF Promovida pela Gerência de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, a oficina contou com a presença de especialistas da Coordenação-Geral de Vigilância da Tuberculose, Micoses Endêmicas e Micobactérias Não Tuberculosas (CGTM) do Ministério da Saúde. “A cura é possível, mas o diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais” Gisela Unis, consultora técnica da CGTM Segundo a gerente da Gevist, Beatriz Maciel, a tuberculose ainda é um desafio no DF. “Nos últimos cinco anos, registramos, aproximadamente, 1.594 novos casos”, contabiliza. “A taxa de cura está em torno de 53%, e o abandono chega a 14%”, especifica a gestora. "Estamos intensificando o monitoramento, organizando fluxos para populações mais vulneráveis, como a do sistema prisional, e construindo a linha de cuidado para a doença. Esta capacitação é um passo importante para fortalecer a rede e melhorar os indicadores.” Entre os temas da oficina estão o panorama epidemiológico da tuberculose no DF, prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Consultora técnica da CGTM e uma das ministrantes da capacitação, Gisela Unis lembra que a tuberculose ainda é uma das doenças infecciosas mais letais do país: “O Brasil registra 90 mil casos de tuberculose por ano, e cerca de seis mil pessoas morrem em decorrência da doença. O tratamento é eficaz, e a cura é possível, mas o diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais”. Doença A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis (conhecida como bacilo de Koch) e transmitida por gotículas expelidas na tosse, espirro ou fala de pessoas infectadas. Os principais sintomas incluem tosse persistente por mais de três semanas, febre baixa, suor noturno, cansaço, falta de apetite e perda de peso. [LEIA_TAMBEM]Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2023, cerca de 10,8 milhões de pessoas adoeceram por tuberculose no mundo e 1,25 milhão morreram devido à doença, sendo considerada a principal causa de morte por agentes infecciosos, superando a covid-19. Além da exposição ao bacilo e das condições imunológicas, o adoecimento está ligado a fatores socioeconômicos. Pessoas em situação de rua, privadas de liberdade, indígenas, imigrantes,quem vive com HIV ou Aids e profissionais de saúde são mais vulneráveis em comparação à população geral. No DF, todas as 181 unidades básicas de saúde (UBSs) oferecem diagnóstico e tratamento gratuitos. A recomendação é procurar atendimento caso a tosse ultrapasse três semanas. Encontre a sua UBS de referência aqui.  *Com informações da Secretaria de Saúde

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