Biblioteca escolar comunitária em Taguatinga oferece aulas de crochê para mulheres
Nas tardes de terça-feira, a Biblioteca Comunitária Valéria Jardim, do Centro Educacional (CED) 02 de Taguatinga, se enche de cores, conversas e fios entrelaçados. No projeto Tecendo Fios de Oportunidade, o crochê vai além da técnica, torna-se um espaço de acolhimento, cura e valorização do feminino para as mulheres que se reúnem ali. A iniciativa foi desenvolvida em 2024 e, desde então, tem sido um sucesso para a comunidade. Não há restrição de idade, tampouco necessidade de saber costurar, pois o essencial é a vontade de aprender. O curso possui carga horária total de 104 horas, sendo 80 horas diretas, e 24 indiretas. Além das técnicas de crochê, as estudantes recebem aulas de precificação, divulgação, vendas e escrita criativa. O curso de crochê acabou se tornando uma terapia para muitas alunas | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF O crochê acompanha a professora da rede pública e escritora Nina Tolledo desde a infância. No interior de Minas Gerais, ela descobriu a técnica aos 6 anos, ao observar mulheres produzindo peças nas calçadas. Aos 11, mudou-se para o Distrito Federal e, no Gama, começou a praticar o crochê. “O projeto é aberto à comunidade. Damos preferência a pessoas em situação de vulnerabilidade, e muitas chegam aqui por indicação médica, em busca de uma atividade terapêutica”, relata a educadora. No início, 30 pessoas inscreveram-se no curso, incluindo homens. Entre conversas, risadas e confraternizações, histórias marcantes começaram a surgir. “As alunas contavam histórias e achavam que não eram nada demais, mas percebemos que eram verdadeiras artistas. Trabalhei 12 anos com revisão de textos e tive o prazer de digitar esses relatos, que agora estão se transformando no livro Pontos e Contos”, explica Nina. As peças serão exibidas na vernissage entre os dias 5 e 12 de dezembro, na própria biblioteca [LEIA_TAMBEM]Uma das participantes, Edvania Chagas Ramos, de 58 anos, vivia uma depressão após a perda recente dos pais. “Meu médico indicou um psicólogo. Fui a dois, mas não gostei. Minha filha achou que seria uma boa ideia eu vir. No começo, vim relutante, mas depois fui me soltando. No outro dia, pedi ao meu marido para me levar ao armarinho comprar uma agulha mais grossa e comecei a fazer”, conta. A aluna Maria Helena de Souza, 62 anos, também encontrou no crochê uma nova forma de expressão. Mineira, chegou a Brasília há três anos e meio para acompanhar a filha, servidora pública. “Sempre quis aprender crochê, mas achava que fosse coisa de avó. O crochê é uma maravilha para mim, estou amando. Depois, quero abrir um perfil nas redes sociais para vender minhas peças.” *Com informações da Secretaria de Educação
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Programa Profissão Saúde capacita mais de 350 profissionais de enfermagem em um ano
“Foi uma sensação maravilhosa poder, depois de quatro anos formada, finalmente vivenciar na prática aquilo que eu sempre sonhei. Estar em um hospital, assumir um plantão e acolher pacientes me fez sentir que pertenço àquele lugar”, relata Sara Leal, 29 anos. Formada em enfermagem há mais de quatro anos e sem conseguir colocação na área, a jovem hoje vislumbra novos horizontes na profissão graças ao Programa Profissão Saúde. Ela foi uma das 60 alunas que participaram, nesta quarta-feira (22), da cerimônia de encerramento de mais um ciclo de formação do programa — o quarto dos cinco previstos. Em um ano de existência, o Profissão Saúde já capacitou mais de 350 profissionais de enfermagem. Sara Leal estava há mais de quatro anos em busca de uma colocação profissional na área de enfermagem: "Estar em um hospital, assumir um plantão e acolher pacientes me fez sentir que pertenço àquele lugar" | Fotos: João Marcos, Ascom/Sejus-DF A iniciativa é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-DF). O projeto oferece cursos de capacitação a enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem recém-formados que enfrentam dificuldades para ingressar no mercado de trabalho, especialmente por estarem em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Entre os cursos oferecidos estão procedimentos básicos de enfermagem e protocolos de aplicabilidade na prática clínica e atualização em procedimentos técnicos para profissionais de enfermagem. Além da formação teórica, os participantes vivenciam a rotina hospitalar, atuando em plantões supervisionados em enfermarias, unidades de internação e centros cirúrgicos. O processo seletivo reserva metade das vagas para grupos específicos, como pessoas em situação de vulnerabilidade social, mulheres vítimas de violência doméstica, pessoas com deficiência e integrantes da comunidade LGBTQIAPN+. O programa prepara os alunos para processos seletivos e entrevistas de emprego Além do conteúdo técnico, o programa prepara os alunos para processos seletivos e entrevistas de emprego. Graças às parcerias com redes hospitalares do Distrito Federal, muitos participantes já saem dos cursos com oportunidades reais de inserção profissional. O subsecretário de Políticas de Direitos Humanos e de Igualdade Racial, Juvenal Araújo, reforça que a exigência de experiência é uma barreira comum aos recém-formados, e que o Profissão Saúde foi criado justamente para romper esse ciclo. [LEIA_TAMBEM]“Ao proporcionar experiência prática durante a formação, o programa permite que os profissionais ingressem no mercado com mais segurança e preparo. Isso é essencial para que não apenas encontrem um emprego, mas construam uma trajetória digna e promissora na área da saúde”, ressalta. Para o diretor regional do Senac-DF, Vitor Corrêa, a educação profissional é uma ferramenta de transformação social. “Ao oferecer cursos gratuitos e acessíveis, especialmente na área da saúde, estamos contribuindo para a inclusão produtiva e a geração de renda — elementos fundamentais para a dignidade e a cidadania de milhares de pessoas”, afirma. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
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Costurando sonhos: Fábrica Social formou mais de 3,1 mil pessoas desde 2019
Histórias de superação e recomeço são comuns na Fábrica Social do Governo do Distrito Federal (GDF), coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet-DF). Desde 2019, o equipamento formou mais de 3,1 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social, ampliando o acesso da população a oportunidades concretas de inserção no mercado de trabalho. Apenas neste ano, 322 alunos já conquistaram o certificado de conclusão e uma nova turma será iniciada em breve. Localizado na Cidade do Automóvel, o centro de educação profissional fornece o curso de costura industrial, dividido em oito módulos. São contempladas diversas áreas de uma fábrica, incluindo malharia inicial e avançada, tecido plano, serigrafia, bordado computadorizado, bolsas e acessórios, bonés e similares. A capacitação tem duração de um ano e ocorre de segunda a sexta-feira — das 8h às 12h ou das 14h às 18h. Desde 2019, a Fábrica Social já formou mais de 3,1 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília "A Fábrica Social é um dos exemplos mais inspiradores do nosso compromisso com a inclusão produtiva”, reforça o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes. “Cada certificado entregue aqui representa muito mais do que uma nova habilidade: significa resgatar a autoestima, abrir caminhos para a independência financeira e devolver a esperança para quem mais precisa. É esse impacto humano e econômico que torna a Fábrica Social um patrimônio do nosso Distrito Federal.” A instrutora Elisângela Cedrini, 49, é exemplo de que a formação pode mudar vidas. Ela começou o curso em 2023, após perder o emprego durante a pandemia e passar por problemas de saúde. Em pouco tempo, se apaixonou pela máquina de costura e passou a planejar um futuro em que a linha e a agulha fossem protagonistas. Hoje, tem graduação e pós-graduação em design de moda e compartilha o conhecimento com os alunos no mesmo local em que teve a chance de recomeçar. “O curso mudou totalmente a minha vida. Eu era da área de saúde, tinha 40 e poucos anos e tive que recomeçar do zero. Fiquei um ano e seis meses aqui, primeiro estudando e depois na parte de produção, e voltei para trabalhar”, conta Elisângela. “Tenho alunos que já fazem peças incríveis que enchem meus olhos de lágrimas. É extraordinário ver a pessoa plantando a sementinha dela, cheia de esperança para recomeçar, assim como eu. Aqui é um lugar que você pode transformar sua vida, seguir vários rumos. São vários módulos com linguagens e técnicas diferentes em que a pessoa pode se identificar com alguma delas”. Elisângela Cedrini, instrutora: "O curso mudou totalmente a minha vida. Fiquei um ano e seis meses aqui, primeiro estudando e depois na parte de produção, e voltei para trabalhar" Entre os alunos, destaca-se Teresa Régia Araújo, 42 anos, que com muita determinação ganhou uma nova profissão e mais qualidade de vida. Mãe atípica de três filhas, ela estava sem nenhuma fonte de renda quando descobriu a Fábrica Social. Cinco meses de aula foram suficientes para essa realidade mudar: Teresa, que não sabia nem colocar a linha na agulha, já oferece pequenos serviços no bairro em que mora, no Gama, e traça novos objetivos profissionais. “Aprendi a costurar roupa, fazer alguns reparos, modelagem do começo ao fim e a desenhar também”, conta Teresa, que costurou, inclusive, a roupa das filhas para participar das quadrilhas juninas deste ano. “A costura está me trazendo qualidade de vida. Posso ter uma vida melhor em casa, sem precisar me deslocar para longe, podendo cuidar das minhas filhas, sem precisar estar correndo 24 horas.” Quem também não entendia o funcionamento das máquinas de costura e hoje está craque no assunto é Cléber Vagner Dino, 56. Após perder o emprego durante a pandemia, ele passou por um período de desânimo e depressão. A virada de chave começou recentemente, com o ingresso na Fábrica Social. “Minha mãe até tem uma máquina de costura, mas eu não entendia nada. Aprendi tudo aqui e foi altamente desafiador. Ficamos uma semana aprendendo só passar a linha para começar a fazer um ponto”, revela. Mais do que aprender uma profissão, Cléber encontrou motivação e novas perspectivas de vida. Animado com as possibilidades, ele já domina diferentes técnicas e se arrisca em softwares de modelagem digital, área na qual pretende seguir carreira. “O conhecimento que adquiri aqui abriu um novo horizonte para mim. Renovou minha vida, conheci novas pessoas, mudou tudo. Hoje consigo olhar qualquer roupa e vou tentar fazer”, afirma. Já a costureira Vanuza da Silva, 39, viu na formação uma oportunidade de aprender uma nova habilidade e agregar valor no próprio trabalho. “Como eu faço crochê, às vezes preciso forrar a peça. Antes eu tinha que terceirizar, agora eu mesma posso fazer isso. Também faço bolsas, roupas”, afirma a moradora do Recanto das Emas. “Muito gratificante estar aqui fazendo esse curso.” A aluna Teresa Régia Araújo, que antes de começar o curso não sabia nem colocar a linha na agulha, já oferece pequenos serviços no bairro onde mora, no Gama: "A costura está me trazendo qualidade de vida" Mais informações O desenvolvimento do conteúdo programático, acompanhamento pedagógico e monitoria/instrutoria são feitos por uma organização da sociedade civil, contratada por meio de termo de colaboração com a Sedet. O investimento é de cerca de R$ 6 milhões por ano. Parte dos materiais produzidos é destinada a ações sociais e ao GDF, como os enxovais utilizados na rede pública de saúde. O espaço dispõe de 470 máquinas de costura industriais, entre caseadeiras, galoneiras, overlock e interlock. “Nosso objetivo é gerar oportunidade para as pessoas que queiram atuar em uma nova atividade, queiram a profissão, para que possam produzir até mesmo da própria casa”, salienta o secretário. Segundo Thales Mendes, a oferta de qualificação profissional será ampliada nos próximos meses, com abertura de mais vagas e de uma unidade da Fábrica Social no Sol Nascente. “Nosso governador Ibaneis Rocha já anunciou que será um equipamento com 2,4 mil metros quadrados. Vamos descentralizar parte da produção, nos aproximando mais do nosso aluno”, afirma ele sobre o compromisso com a expansão da iniciativa. Para participar, os interessados devem ser inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e ter renda per capita de até R$ 200. Os alunos recebem uma bolsa de R$ 304, além de lanche e auxílio-transporte, como ajuda de custo para incentivá-los a não desistir do projeto. Também há um auxílio de produtividade, com um percentual sobre o que produzem após a fase de instrução. As inscrições são divulgadas no site da Sedet-DF. * Colaborou Karol Ribeiro
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Recanto das Emas terá área habitacional para 10,6 mil pessoas
O Conselho de Planejamento Territorial Urbano do Distrito Federal (Conplan) aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira (24), o parcelamento do solo denominado Residencial Tamanduá, referente às quadras 1 a 6 e 9 a 11, no Recanto das Emas. O projeto foi desenvolvido pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) e integra o planejamento urbano da região da Vargem da Benção, com previsão de oferecer lotes urbanizados para uma população estimada em 10.640 habitantes. A área, pertencente à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), foi destinada à Codhab para atender principalmente famílias em situação de vulnerabilidade social em todo o Distrito Federal, que há anos aguardam a oportunidade de uma moradia regularizada. O terreno possui 947.404,85 m² — o equivalente a 94 campos de futebol —, divididos em 1.623 lotes. De acordo com a Codhab, 1.541 lotes serão doados aos cadastrados na companhia que estão em situação de vulnerabilidade social. Os lotes serão urbanizados, e as residências serão construídas pelos próprios contemplados, que serão beneficiados com o Cartão Material de Construção — auxílio financeiro de R$ 15 mil oferecido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) a famílias de baixa renda em situação de emergência ou calamidade. A área, pertencente à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), foi destinada à Codhab para atender principalmente famílias em situação de vulnerabilidade social em todo o Distrito Federal | Foto: Divulgação/Seduh-DF “Esse projeto é muito importante para ampliar a oferta de habitação de interesse social no DF, sobretudo atendendo à população que mais precisa, em um local totalmente planejado, que oferece mais qualidade de vida”, afirmou o presidente do Conplan e secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Vaz. Além dos lotes destinados aos candidatos da Codhab, o projeto prevê um percentual de 26,82% da área parcelável à implantação de equipamentos públicos e Espaços Livres de Uso Público (Elups) — acima do que é estabelecido pelo Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (Pdot). Nesses espaços, está prevista a construção de um parque urbano e ciclovias, além de 11 Elups. O diretor-presidente da Codhab, Marcelo Fagundes, destacou que a aprovação dessas novas quadras no Residencial Tamanduá reforça o compromisso do GDF em oferecer dignidade e uma nova vida a milhares de pessoas. “As famílias que serão destinadas ao residencial deixarão de viver em condição de extrema vulnerabilidade e terão a sua moradia própria, com toda a infraestrutura necessária, dotada de espaços para equipamentos públicos vitais à boa qualidade de vida. É mais que um loteamento, estamos falando em mudança de vida para mais famílias”, ponderou. Presente na votação, o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Wellington Luiz, lembrou que trabalhou no projeto quando esteve à frente da Codhab, entre 2019 e 2022. “É uma área que será usada prioritariamente para mulheres vítimas de violência, idosos e pessoas com deficiência (PCDs). Isso demonstra claramente a nossa tentativa de atender aqueles que, ao longo de décadas, foram esquecidos. Com mais essa aprovação, se dá um passo importante para que essas famílias tenham suas prerrogativas atendidas.” Além dos lotes destinados aos candidatos da Codhab, o projeto prevê um percentual de 26,82% da área parcelável à implantação de equipamentos públicos e Espaços Livres de Uso Público (Elups) | Imagem: Google Maps Para o Residencial Tamanduá, foram realizados todos os estudos urbanísticos, ambientais, viários e consultas às concessionárias de serviços públicos. Após ser aprovado pelo Conplan, a Codhab deverá apresentar o projeto urbanístico executivo do parcelamento, que passará por análise final da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) para, então, ser aprovado por decreto e publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). A partir disso, a Codhab terá 180 dias para requerer a expedição da licença urbanística e dar início aos procedimentos para o registro cartorial. DF Log O Conplan também aprovou, de forma unânime, o parcelamento do solo denominado DF Log, localizado em Santa Maria, às margens da DF-290. Por estar situado em uma área de indústrias e oficinas, o terreno de 152.369,39 m² será destinado aos usos comercial, de prestação de serviços, institucional e industrial. “É um polo de logística em uma zona de desenvolvimento econômico prevista no Pdot, justamente para atender essa demanda planejada há anos. Não é proposto nenhum uso habitacional, consolidando-se como atividade econômica”, explicou o relator do projeto no Conplan e representante do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), João Accioly. Pdot Os conselheiros também continuaram as discussões sobre o anteprojeto de Lei Complementar de revisão do Pdot. Nesse sentido, fizeram recomendações ao texto e decidiram deliberar sobre a matéria na próxima reunião do Conplan, agendada para o dia 31 de julho. *Com informações da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab)
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Nova turma da Fábrica Social vai capacitar 310 costureiros para o mercado de trabalho
Mais de 310 alunos iniciaram o curso de capacitação profissional em costura promovido pela Fábrica Social. A iniciativa, do Governo do Distrito Federal (GDF), incentiva a qualificação de pessoas em situação de vulnerabilidade social, criando oportunidades para os capacitados ingressarem no mercado de trabalho e garantirem a autonomia socioeconômica. Todos os participantes da nova turma da Fábrica Social estão inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e possuem renda familiar per capita de até R$ 200. Ao todo, são mais de 670 alunos ativos no projeto do GDF nas mais diferentes áreas profissionais. Com 470 máquinas de costura industriais à disposição, os novos alunos da iniciativa são preparados para diversos cenários de atuação e aprendem desde o simples manuseio dos aparatos até a parte de corte, modelagem, bordados e serigrafia. “O curso é bem abrangente, pois a ideia é preparar profissionais completos para o mercado de trabalho”, enfatiza a instrutora Débora Silva dos Santos. Segundo a professora, durante as aulas, os alunos têm acesso ao verdadeiro potencial do mercado de trabalho da costura. “É um mundo muito abrangente: a pessoa pode trabalhar em casa de forma autônoma, com vestuário, moda pet, entre outros. Esse curso abre muitas oportunidades para quem não tem muitas alternativas de renda e até mesmo tempo”, prossegue. Com 470 máquinas de costura industriais à disposição, os novos alunos da iniciativa são preparados para diversos cenários de atuação e aprendem desde o simples manuseio dos aparatos até a parte de corte, modelagem, bordados e serigrafia | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Uma das novas alunas da Fábrica Social é Elizabeth Osório, 48. A venezuelana recém-chegada a Brasília comemora a oportunidade de se qualificar profissionalmente. “Eu tinha um pouquinho de experiência, que aprendi em casa com a minha mãe, desde pequenina, mas nada profissional. É uma porta que se abriu para abençoar a minha vida”, diz. A jovem Micaele Melo, 26, acredita que o aprendizado obtido durante o projeto vai lhe abrir portas no mercado de trabalho. “É uma oportunidade única que estou tendo na minha vida, aprendendo com mestres e mestras da costura. Estou atrás de uma qualificação para estar construindo meus produtos, para entrar no mercado de trabalho e abrir portas para mim”, relata. Uma das novas alunas da Fábrica Social é Elizabeth Osório; a venezuelana recém-chegada a Brasília comemora a oportunidade de se qualificar profissionalmente Assim como Elizabeth, a paixão de Micaele pela costura vem de família. “Tenho sangue de costureira e aos poucos estou me profissionalizando para ser uma designer, ter minha marca e estar no mercado de trabalho bombando. Quem não vem está perdendo, é uma oportunidade de aprender, com qualidade, de forma gratuita”, avalia. Mais informações Para participar, os interessados devem ser inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e ter renda per capita de até R$ 200. Os alunos recebem uma bolsa de R$ 304, além de lanche e auxílio-transporte, como ajuda de custo para incentivá-los a não desistir do projeto. Também há um auxílio de produtividade, com um percentual sobre o que produzem após a fase de instrução. O curso, de um ano, ocorre de segunda a sexta-feira e é dividido em nove módulos, abrangendo diversas áreas de uma fábrica, incluindo gestão de estoque. Parte dos materiais produzidos é destinada a ações sociais e ao GDF, como os enxovais utilizados na rede pública de saúde. Além da costura, a Fábrica Social abrange áreas de aprendizado como construção civil, jardinagem e cultivo de alimentos, marcenaria sustentável e instalação e manutenção de sistemas fotovoltaicos.
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Projeto Quarta do Cidadão oferece serviços a homens em situação de vulnerabilidade social
A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) fortalecerá a oferta de serviços disponibilizados a homens em situação de vulnerabilidade social, com a Quarta do Cidadão. O projeto, realizado na quarta-feira da terceira semana do mês, na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto, das 9h às 16h, ampliará a assistência com diversos parceiros. O intuito da ação é assegurar o acesso à justiça e o reconhecimento de direitos fundamentais dos homens em situação de vulnerabilidade. Poderão participar da Quarta do Cidadão homens desempregados, com dívidas em execução de alimentos, ações de cobrança em geral ou que queiram realizar exames de DNA para reconhecimento de paternidade voluntária. O evento contará com o apoio de uma das unidades móveis de atendimento itinerante da DPDF e oferecerá também sessões extrajudiciais de mediação para a efetivação do direito de filiação, paternidade e maternidade. A cada edição, novas parcerias serão firmadas para ampliar a oferta de serviços ao público masculino, integrando diferentes áreas de atendimento. Poderão participar da Quarta do Cidadão homens desempregados, com dívidas em execução de alimentos, ações de cobrança em geral ou que queiram realizar exames de DNA para reconhecimento de paternidade voluntária | Foto: Divulgação/DPDF “Garantir que todos tenham acesso à justiça, independentemente do gênero ou da situação socioeconômica, é um passo fundamental para a promoção da cidadania e dos direitos humanos”, defende o defensor público-geral, Celestino Chupel. O chefe da Assessoria Especial da DPDF e coordenador da ação, Celso Murilo de Britto, reforça que o impacto social da assistência a homens vulneráveis transforma não apenas a vida dos indivíduos atendidos, mas também a das famílias e a da comunidade como um todo. “Quando os homens têm acesso ao suporte necessário para superar suas dificuldades, famílias se tornam mais estruturadas, o desemprego diminui, a criminalidade pode ser reduzida e há um aumento no senso de responsabilidade e cidadania”, pontua. A chefe do Núcleo de Assistência Jurídica dos Juizados Criminais, Cíveis e de Violência Doméstica de Brasília, Patrícia Albuquerque Tavares, destaca que a assistência a homens vulneráveis não é apenas uma questão de justiça social, mas uma estratégia eficaz para promover o desenvolvimento humano e social. “Homens que enfrentam dificuldades financeiras, jurídicas, emocionais ou sociais muitas vezes se veem presos em um ciclo de exclusão, sem acesso a recursos que poderiam ajudá-los a reconstruir suas vidas”, afirma. *Com informações da DPDF
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Fazer o Bem Tá na Moda criou oportunidades para 200 mulheres saírem da vulnerabilidade social
Duzentas mulheres moradoras de Santa Maria, do Recanto das Emas e do Riacho Fundo II foram beneficiadas pela campanha Fazer o Bem Tá na Moda, de iniciativa da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF). A ação solidária começou na primeira semana de novembro, em um evento que mobilizou centenas de mulheres com independência financeira e motivadas a transformar a vida de outras mulheres em situação de vulnerabilidade social. Convidadas pela pasta, elas ficaram responsáveis por montar, individualmente, uma bolsa com produtos pessoais, em ótimo estado, como roupas, sapatos, acessórios, joias e bijuterias, que, normalmente, elas se desapegam nesta época de fim de ano. Cada uma dessas sacolas foi doada a outra mulher que teve a oportunidade de comercializar estes produtos e garantir uma renda extra. A ação solidária começou na primeira semana de novembro, em um evento que mobilizou centenas de mulheres com independência financeira e motivadas a transformar a vida de outras mulheres em situação de vulnerabilidade social | Fotos: Divulgação/Sejus-DF As bolsas, todas confeccionadas por reeducandas da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), foram distribuídas em três eventos organizados pelo Grupo Cirandinha e pelo Instituto Proeza, entidades parceiras da Sejus, que trabalham com público feminino em situação de vulnerabilidade e ações voltadas ao empreendedorismo. O último deles, ocorreu neste fim de semana, durante o Brasília Trends Fashion Week (BTFW) 2025, o principal evento de moda do Distrito Federal (DF). Na ocasião, 50 mulheres com deficiência ou mães de crianças com deficiência foram beneficiadas com um lote exclusivo. O evento também reuniu outras 50 mulheres moradoras de Santa Maria, que receberam a primeira remessa de bolsas, que compartilharam com o público os seus desempenhos em pouco mais de um mês. Foi o caso de Maria de Fátima dos Santos, 56 anos, que subiu ao palco do BTFW usando um vestido de luxo, que era uma das peças que estava na sacola que recebeu. Vítima de violência doméstica, ela foi muito aplaudida ao comentar sobre como a campanha melhorou a sua autoestima e garantiu recursos para uma ceia de Natal mais farta este ano. “Eu fui a modelo do meu negócio. As roupas que usei, como essa aqui, me deixaram mais empoderada e mais linda e isso refletiu nas minhas vendas, que foi um sucesso”, disse. A artesã Suzana Souza, 32 anos, comemorou a ação Já Natasha de Araújo, 28 anos, mãe solteira de quatro filhos, disse que a iniciativa a ajudou a realizar o seu sonho de ser uma empreendedora de sucesso. “Eu sempre quis montar o meu próprio negócio. E essa bolsa me deu a ajudinha que eu precisava, para dar o meu ponto de partida de ser uma grande mulher no futuro”, celebrou. Ação coletiva Também neste fim de semana, 100 mulheres moradoras do Recanto das Emas e do Riacho Fundo II, que receberam as bolsas da campanha, reuniram todos os produtos doados e realizaram um bazar coletivo, chamado Brechó Entrelaçando Vidas, na sede do Instituto Proeza. Pela iniciativa, o lucro de todas as vendas será dividido, igualmente, entre as integrantes. A artesã Suzana Souza, 32 anos, comemorou a ação. “São só roupas lindas e a procura pelas peças está sendo muito alta”, exaltou. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, a campanha foi um sucesso, justamente porque ela enriqueceu o empreendedorismo feminino e a liberdade financeira de mulheres em situação de vulnerabilidade. “Nossa intenção, além de promover a sustentabilidade com essas peças circulando, é incentivar a autonomia financeira. E essa campanha teve um olhar muito particular: através da solidariedade, nós tivemos uma mulher empoderando outra. Por um lado, tivemos mulheres doando o novo, o bonito, o que tinha de melhor. E do outro, a determinação de mulheres que agarraram uma oportunidade para transformar suas vidas”, destacou Passamani. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)
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Programa certifica mais de 100 mulheres em cursos de qualificação profissional
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) realizou, nessa terça-feira (2), a formatura dos cursos de qualificação profissional da 1ª etapa do ciclo 1 de 2024 do programa Mulheres Mil, em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Ao todo, 111 mulheres receberam certificados nos cursos de assistente administrativo, manicure e pedicure, costura de máquina reta e overloque, bombeiro civil e operador de computador. Formatura do programa Mulheres Mil entregou certificados para 111 mulheres que concluíram diversos cursos de qualificação profissional | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF O evento ocorreu no auditório do Espaço Cultural Professora Neusa França, na sede da SEEDF, e foi aberto com uma apresentação da Orquestra Sinfônica da Escola de Música de Brasília (EMB). A cerimônia contou com a presença da subsecretária de Educação Básica da SEEDF, Iêdes Braga, do diretor do Centro de Educação Profissional de Planaltina, Paulo Cesar Ramos, do diretor do Centro de Educação Profissional de Santa Maria, Elijaime Nunes Leôncio, de educadores e das alunas. O Mulheres Mil é dedicado à promoção do empoderamento feminino e busca fortalecer a autonomia financeira e inclusão social de mulheres em situação de vulnerabilidade social A subsecretária Iêdes Braga enfatizou a importância do programa para a capacitação e inserção das mulheres no mercado de trabalho. “A área da educação profissional tem o objetivo de ampliar as possibilidades de formação e qualificação de nossos estudantes e da sociedade como um todo. Nesse caso, o programa tem uma importância ainda maior, pois tem como público mulheres em situação de vulnerabilidade”, destacou a gestora. Maria de Fátima Cavalcanti, 55 anos, uma das formandas do curso de operadora de computador, expressou sua gratidão pela oportunidade e está cheia de boas expectativas para o futuro. “O curso foi essencial para meu crescimento pessoal e profissional. Esse universo da computação e internet veio em uma hora muito boa, me dando a possibilidade de pensar mais alto, pois no curso aprendemos outras coisas também, como matemática e empreendedorismo. Agora me sinto mais preparada para o mercado de trabalho e para empreender”, conta. Maria de Fátima Cavalcanti se formou no curso de operadora de computador e pensa em empreender no futuro: “Agora me sinto mais preparada” Empoderamento O programa Mulheres Mil não apenas capacita as participantes em habilidades técnicas específicas, mas também fortalece o empoderamento feminino e promove a inclusão social. Durante a cerimônia, as participantes compartilharam histórias de superação e realização pessoal, destacando como o programa não só as preparou para o mercado de trabalho, como também as capacitou a enfrentar desafios pessoais e profissionais com maior segurança e autonomia. “Nós precisamos cada vez mais investir no potencial feminino para garantirmos que o empoderamento tire essas mulheres da situação de vulnerabilidade que elas estão neste momento” Iêdes Braga, subsecretária de Educação Básica Rufina Rodrigues Dias, 77, se destacou ao participar do curso de costura de máquina reta e overloque, mostrando que idade não é um obstáculo para aprender e ensinar. “Foi a primeira vez na minha vida que entrei na sala de aula depois dos meus 15 anos e foi uma experiência enriquecedora poder aprimorar meu aprendizado em corte e costura e ensinar minhas colegas de turma, ajudando com a linha na máquina. Estou muito feliz com meu diploma”, comemorou Rufina. A estudante recém-formada não esperou para compartilhar a conquista com os filhos. “Eu mandei minha foto de formanda para meus filhos, para eles sentirem ainda mais orgulho de mim. Graças a Deus, todos eles são formados, mas eu não tinha conseguido ainda porque precisava cuidar deles; e hoje foi o meu dia, então estou muito feliz”, finalizou. Rufina Rodrigues Dias (à direita) comemorou a certificação do curso de costura de máquina reta e overloque ao lado da subsecretária Iêdes: “Estou muito feliz com meu diploma” A professora e chefe da Unidade de Gestão Estratégica de Educação Básica (Unigeb) da SEEDF, Maria Susley Pereira, explicou de que forma a pasta contribui para o programa. “A Secretaria de Educação disponibilizou profissionais com a maior qualidade possível para estar junto dessas mulheres. Estes profissionais têm o conhecimento técnico daquilo que vão trabalhar junto a elas, mas também fazem um trabalho de apoio emocional, ajudando cada vez mais para que elas possam ter uma vida de fato empoderada”, contou. Próxima fase O programa Mulheres Mil se propõe a oferecer 605 vagas de qualificação profissional para o período de 2024/2025, em oito regiões administrativas do Distrito Federal – Planaltina, Sobradinho, Estrutural, Ceilândia, Gama, Santa Maria, Brazlândia e Paranoá. “Nós precisamos cada vez mais investir no potencial feminino para garantirmos que o empoderamento tire essas mulheres da situação de vulnerabilidade que elas estão neste momento”, destaca Iêdes Braga. A iniciativa da parceria ressalta a importância da educação como ferramenta para a inclusão social e econômica, e reafirma o compromisso das instituições em promover oportunidades igualitárias e acessíveis para todos. *Com informações da Secretaria de Educação
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