Moradores do Varjão passam por capacitação para voluntários da Defesa Civil
Vinculada à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), a Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil (Sudec) deu início a mais uma fase de capacitação de voluntários para atuarem junto ao órgão. Desta vez, o curso ocorreu no Varjão com 25 pessoas e foi dividido em duas etapas, na terça (23) e na quarta-feira (24). O objetivo é formar multiplicadores capazes de identificar as ameaças naturais, que saibam agir com eficiência em casos de desastres e consigam dar suporte em ações de prevenção nas comunidades em que estão inseridos. Capacitação oferece aulas de noções básicas de defesa civil e é direcionada a lideranças comunitárias que vivem em áreas de risco, equipes de obras das administrações regionais e agentes de segurança privada | Foto: Divulgação/SSP-DF Os voluntários também foram instruídos a lidar com situações que demandem o recebimento de doações de alimentos e materiais às famílias atingidas em caso de uma emergência. O curso é gratuito e direcionado a lideranças comunitárias que vivem em áreas de risco, a equipes de obras das administrações regionais e a agentes de segurança privada interessados em adquirir conhecimentos sobre defesa civil. A capacitação já ocorreu na Estrutural, Pôr do Sol/Sol Nascente, Planaltina, Santa Maria, São Sebastião, Arniqueira, Riacho Fundo, Riacho Fundo II e Águas Claras. “Achei muito importante, porque traz uma capacitação e expertise para nós, cidadãos, atuarmos em situações de desastre e vulnerabilidade”, disse Manuel Messias, um dos participantes do curso no Varjão. “O programa que direciona nossas políticas, o DF Mais Seguro – Segurança Integral, tem como princípio a participação de diferentes órgãos, além da segurança pública e da sociedade civil. É muito importante preparar pessoas da comunidade para atuar, pois são elas quem mais conhecem a realidade de sua cidade e poderão ser o elo entre a Defesa Civil e os moradores”, explica o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar. “Essa proximidade com a população tem se dado de diferentes formas, seja por meio de ações específicas, seja pelos conselhos comunitários de segurança”, completa. “É um treinamento muito importante para a comunidade, pois saber identificar as ameaças naturais e agir com rapidez em casos de desastres certamente irá evitar grandes tragédias”, diz o administrador do Varjão, Daniel Crepaldi. Com 10 horas/aula, divididas em duas noites, o curso foi ministrado por agentes da Defesa Civil. “O principal ponto foi ensiná-los a atuar de forma preventiva para mitigar riscos. Além disso, eles poderão atuar como agentes multiplicadores”, explica a gerente de Capacitação da Defesa Civil, Benedita Santos. As próximas edições da capacitação serão realizadas em maio em Ceilândia (7 e 8), Paranoá (14 e 15) e Taguatinga (21 e 22). Para participar, basta procurar a administração regional das cidades. Serão disponibilizadas 30 vagas em cada turma. Mais informações com a Defesa Civil, pelo telefone 3441-8255. *Com informações da SSP-DF
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Programas habitacionais e auxílios beneficiam famílias da Vila Cauhy
O trabalho de apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) às famílias da Vila Cauhy segue intenso após fortes chuvas atingirem a região do Núcleo Bandeirante no início do ano. Ações sociais e o estudo para inserir a população em programas de habitação avançaram com o trabalho de busca ativa realizado pelo governo. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF), por exemplo, avalia quais moradores se enquadram nos critérios da política habitacional e dará prioridade aos moradores que podem ser contemplados. O GDF aguarda o término de estudos técnicos para definir o destino de famílias que moram em áreas de risco. Não há, no entanto, determinação para retirada dessas pessoas ou a demolição das casas. Famílias da Vila Cauhy foram atendidas por equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social sobre benefícios sociais e oferta de acolhimento | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Dessa forma, a população da Vila Cauhy continua sendo mapeada e amparada. De acordo com o secretário adjunto de Governo, Valmir Lemos, o documento padrão elaborado pelo GDF será para a identificação de que aquela casa está em desacordo com a legislação. É o mesmo utilizado pela DF Legal. “Por conta disso, as pessoas podem ter ficado apreensivas, mas nós temos conversado com as lideranças da comunidade desde o primeiro momento, mostrando que o objetivo é atender pessoas na área de risco, para que ninguém perca a vida por meio de algo que possa ser evitado”, declara. O secretário reforça, ainda, que a intenção não é retirar os moradores do local ou demolir as residências, mas notificar a população sobre os riscos e acolher as famílias por meio de programas sociais. “Nós estamos trabalhando para retirar as pessoas das áreas de risco com a conscientização e ações para minimizar os perigos”, acrescentou. A Secretaria de Obras tem trabalhado junto à Novacap e outros órgãos para ações como o mapeamento de áreas com assoreamento e implementação de áreas de passagem de pedestre | Foto: Renato Alves/Agência Brasília Atualmente, a Codhab trabalha com 49 famílias da Vila Cauhy. Destas, 13 já tinham inscrição no programa Morar Bem e estão em fase de habilitação, enquanto 36 estão fazendo o cadastro. De acordo com a pasta, o número pode aumentar após a chegada de uma nova lista. [Olho texto=”Para casos mais urgentes como situações de risco de vida, há o contato dos Bombeiros pelo 193. Se houver ameaça de desabamento de estruturas é possível contatar a Defesa Civil pelo 199″ assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O mapeamento busca identificar a quantidade de casas e de famílias, bem como de pessoas em cada família. “A partir daí é que o governo terá condições de oferecer algum benefício social ou até mesmo algum tipo de moradia dentro dos programas existentes no DF”, explica o secretário Valmir Lemos. A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), por sua vez, atendeu 183 famílias por meio da Unidade de Proteção Social (UPS), com o pagamento dos auxílios calamidade (R$ 408), vulnerabilidade (R$ 408) e o benefício excepcional (R$ 600). Também foi solicitada a inclusão das famílias em outros benefícios, como Cartão Prato Cheio e oferta de acolhimento. A Secretaria de Obras tem trabalhado junto à Novacap e outros órgãos para mapear as áreas com assoreamento, além de construir gabiões para proteger as margens do córrego e também implementar áreas de passagem de pedestre. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo Lemos, em casos que não há muita urgência, o canal natural de toda e qualquer comunidade é a administração regional, que dá acesso a todos os órgãos do governo e é a partir dela que o governo define as ações. “Nós estamos conversando com a comunidade desde o primeiro minuto. Se surgir algo, basta ligar para que nós possamos esclarecer qualquer dúvida”, observa. Para casos mais urgentes como situações de risco de vida, há o contato dos bombeiros pelo 193. Se houver ameaça de desabamento de estruturas é possível contatar a Defesa Civil pelo 199. O órgão também envia alertas sobre fortes chuvas por SMS para a população. Para receber os alertas, basta enviar mensagem com o CEP da residência para o número 40199. Também há um número fixo de WhatsApp com um menu interativo que presta serviços de alerta, orientações para ocorrências e telefones de emergência. É o contato da Defesa Civil Nacional, que pode ser acionada pelo (61) 2034-4611.
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Lançada chamada sobre propostas de monitoramento de risco no DF
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) lançou na edição do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), desta quinta-feira (9), a Chamada Pública nº 04/2023 do Edital nº 01/2023, sobre o projeto de mapeamento e monitoramento das áreas de risco do Distrito Federal. A seleção de propostas é referente ao projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação do programa Desafio DF, fomentado pela FAPDF. Foram destinados para o programa, no exercício orçamentário de 2023, o valor de R$ 1.250.000. A partir desta quinta-feira (9), a chamada ficará aberta por 20 dias, para que os pesquisadores submetam à proposta. O programa é uma ação de fomento à pesquisa, desenvolvimento científico e tecnológico e inovação (PD&I), com o intuito de atender à demanda pública apresentada à fundação por órgãos e instituições da administração pública direta ou indireta do DF. Além do DF, os projetos de pesquisa selecionados têm impacto na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do DF (Ride). [Olho texto=”Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), atualmente, existem 22 áreas de risco mapeadas no Distrito Federal.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] A coordenadora científica da FAPDF, Ana Paula Aragão, ressalta sobre a importância do projeto. “Sabemos dos riscos diários que a população enfrenta em diversas cidades satélites, principalmente em regiões administrativas recentes, onde ainda não há grande estabilidade e estrutura”, explicou. “Esse projeto de mapeamento e monitoramento de áreas de risco do DF se torna essencial. Acredito que esse estudo se tornará base para projetos ainda maiores relacionados à segurança pública do Distrito Federal”, completou a coordenadora. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), atualmente, existem 22 áreas de risco mapeadas no Distrito Federal. Desafio DF A ideia do programa Desafio DF é promover chamadas específicas para seleção de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação com vistas ao estudo de viabilidade de políticas públicas. O objetivo da chamada pública n°04 é a realização de monitoramento e mapeamento automatizados, efetivos e constantes de áreas de risco do Distrito Federal, porém baseados em parâmetros que sejam os mais eficientes para a gestão de desastres. Serviço Projeto: “Mapeamento e monitoramento das áreas de risco do DF” – Programa Desafio DF. Valor investido pela FAPDF: R$ 1.250.000,00. Total de áreas de risco mapeadas no DF: 22. *Com informações da FAPDF
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Voluntários são capacitados para atuar em áreas com risco de desastre
A Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil inicia na próxima semana cursos para capacitar voluntários em todas as regiões administrativas do Distrito Federal. O treinamento tem como objetivo formar multiplicadores capazes de identificar as ameaças naturais, que saibam agir com eficiência em casos de desastres e consigam dar suporte em ações de prevenção nas comunidades em que estão inseridos. [Olho texto=”“Ensinamos noções básicas de defesa civil, de como as pessoas devem agir antes, durante e depois de desastres. Os voluntários poderão atuar de maneira preventiva, contribuindo no repasse das informações para os populares, como agentes multiplicadores, o que facilita as nossas ações principalmente no período chuvoso”” assinatura=”Major Cláudio Camelo, assessor técnico da Defesa Civil” esquerda_direita_centro=”direita”] De acordo com o órgão, o curso é para líderes comunitários, pessoas que vivem em áreas de risco e para as equipes de obras das administrações regionais. A primeira turma terá aulas na Administração Regional do SCIA/Estrutural, com aulas nas próximas terça (4) e quarta-feiras (5). Há 30 vagas disponíveis e as inscrições estão abertas. “Faz parte da legislação essa capacitação dos voluntários para casos de desastres. Quando as pessoas são da comunidade, é melhor porque conhecem os moradores e a região. E assim conseguem lidar e prestar esclarecimentos para a população de maneira instantânea. Elas são o elo entre a Defesa Civil e a população, principalmente aquela que vive em áreas de risco”, explica o major Cláudio Camelo, assessor técnico da Defesa Civil. O treinamento tem como objetivo formar multiplicadores capazes de identificar as ameaças naturais | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O curso gratuito tem duração de dez horas e será ministrado por agentes do órgão nas administrações regionais. “Ensinamos noções básicas de defesa civil, de como as pessoas devem agir antes, durante e depois de desastres. Os voluntários poderão atuar de maneira preventiva, contribuindo no repasse das informações para os populares, como agentes multiplicadores, o que facilita as nossas ações principalmente no período chuvoso “, diz o assessor. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Na Estrutural, a qualificação será voltada principalmente para os moradores da Chácara Santa Luzia, o que, segundo o administrador regional, Alceu Prestes, será muito importante para a comunidade. “Hoje, o maior risco dos moradores do assentamento é com incêndios. A região tem muitos barracos. O treinamento com pessoas da comunidade qualificadas pode evitar tragédias. Serão os próprios moradores orientando uns aos outros”, declara o administrador. Segundo ele, hoje vivem no local mais de 15 mil famílias. Confira, abaixo, as datas dos curso da Defesa Civil neste mês. ? SCIA/Estrutural: dias 4 e 5 ? Sol Nascente/Pôr do Sol: dias 11 e 12 ? Planaltina: dias 25 e 26.
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GDF inicia operação na Chácara Santa Luzia
Foto: Paulo H Carvalho / Agência Brasília Com o objetivo de preservar o Parque Nacional de Brasília, o Governo do Distrito Federal iniciou, nesta quarta-feira (4), operação de desobstrução de área pública e ambiental na chamada Chácara Santa Luzia, na Estrutural. A região é uma área prioritária e tem monitoramento constante por satélite e por vistorias. Veja mais no vídeo: A área fica ao lado do Parque Nacional de Brasília – a mais importante unidade de conservação do DF, responsável pela manutenção do abastecimento de água no Plano Piloto e área central do DF. Os ocupantes estão na chamada faixa de tamponamento do parque, local em que é terminantemente proibida a construção de edificações. O local foi alvo de operações da Secretaria DF Legal em março e abril de 2019, ocasião em que a secretaria retirou 428 edificações precárias em madeira e 220 mil metros lineares de cerca de arame e madeira. Saiba mais Os ocupantes mais antigos passarão por processo de seleção para atendimento por meio da política habitacional do DF (Codhab). A maior expansão da área ocupada aconteceu a partir de 2014. Estima-se que a invasão exista há quase 20 anos. * Com informações da Secretaria DF Legal
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Coronel Sinfrônio Lopes: “A Defesa Civil é um órgão que faz a avaliação de riscos de uma forma geral”
A umidade do Distrito Federal está variando entre 30% e 35%. Quando baixar de 30% e permanecer com esse índice por cinco dias, a Defesa Civil entra em estado de atenção. Nesse período, os cuidados devem ser redobrados. “Esses índices servem para que as pessoas comecem a entender que a umidade está baixando, que é preciso se preparar”, alerta o coronel Sinfrônio Lopes, coordenador de operações da Subsecretaria de Defesa Civil. Em entrevista à Agência Brasília, ele fala sobre o trabalho da Defesa Civil e tece considerações a respeito dos procedimentos a serem adotados na estação da seca. “Temos que entender que, independentemente dos índices, a população precisa tomar medidas preventivas para evitar as consequências da baixa umidade”, destaca o coronel, que lembra: os trabalhos da Defesa Civil não se restringem a condições climáticas. “A Defesa Civil é um órgão que faz a avaliação de riscos de uma forma geral”, explica. Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília Como é a atuação da Defesa Civil no período de seca? A Defesa Civil tem atuação durante todo o ano. Nesse período de seca, nossa preocupação é com a baixa umidade relativa do ar. O número de incêndios florestais aumenta muito e nós temos uma atuação em conjunto com o Corpo de Bombeiros onde também agimos no combate aos incêndios. A Defesa Civil é um órgão de articulação; fornecemos os equipamentos porque sabemos onde estão esses equipamentos, seja de órgãos públicos ou particulares. Por meio de parcerias, conseguimos alocar recursos, seja para os bombeiros ou para qualquer órgão que solicitar, principalmente em casos de emergência. [Olho texto=”Por meio de parcerias, conseguimos alocar recursos, seja para os bombeiros ou para qualquer órgão que solicitar, principalmente em casos de emergência.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Pode dar um exemplo prático? Quando acontece um incêndio, os bombeiros vão combater o fogo e, para isso, usam todo o seu material, mas, dependendo das proporções do incêndio, eles precisam [da ajuda] de outros órgãos. Em um caso mais simples, por exemplo, eu solicito à Novacap, ao DER ou ao SLU os seus carros-pipas, porque o volume de água que precisa ser utilizado é muito grande e os carros do Corpo de Bombeiros podem não ser suficientes. A Defesa Civil também pode identificar um local, na área de um parque nacional, onde é preciso fazer um aceiro – um espaçamento entre uma floresta e outra onde eu retiro toda a vegetação para impedir que o fogo avance. Também fazemos esse trabalho, em parceria com outros órgãos. Temos que entender que Defesa Civil é um órgão de articulação, formado por todos nós. Fazem parte do sistema de Defesa Civil o DER, a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros… Qual a umidade mínima para a Defesa Civil decretar estado de emergência? A Defesa Civil segue as orientações da Organização Mundial de Saúde [OMS]. Toda vez que a umidade do ar estiver abaixo de 30%, é um estado de atenção porque isso não é normal, então fizemos um escalonamento. Quando a umidade atinge valores entre 20% e 30% durante cinco dias consecutivos, nós entramos em estado de atenção. Quando a umidade fica entre 12% e 20% por três dias consecutivos, a Defesa Civil decreta estado de alerta. E, nos casos mais graves, quando a umidade fica abaixo de 12% durante dois dias consecutivos, decretamos estado de emergência. E o que acontece em cada um desses casos? Temos que entender que, independentemente dos índices, a população precisa tomar medidas preventivas para evitar as consequências da baixa umidade. O que vai mudar é a intensidade dos cuidados. Esses índices servem para que as pessoas comecem a entender que a umidade está baixando, que é preciso se preparar. [Olho texto=”Temos que entender que, independentemente dos índices, a população precisa tomar medidas preventivas para evitar as consequências da baixa umidade.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Mas existe uma recomendação para evitar atividades físicas, suspender aulas de ginástica, algo assim? A Defesa Civil recomenda que, entre as 10h e as 17h, deve-se evitar o esforço físico de alta intensidade, porque esse período é o de maior insolação e a tarde é o horário que tem a menor umidade do dia normalmente, principalmente no estado de emergência. Essa recomendação não é somente para as escolas, mas para toda a população. Não precisa dispensar das aulas; a escola deve sim elevar os cuidados com a hidratação dos alunos. Tem muita escola que diminui o horário das aulas, aumenta os intervalos para os alunos beberem mais água; tem escola que incentiva que os alunos levem sua garrafinha de água e façam sua hidratação durante a aula, que é o ideal. A dispensa seria das aulas de educação física, porque a criança fica diretamente exposta ao sol. Mas se a criança, o adolescente e até os funcionários da escola ficarem em um ambiente controlado com a oportunidade de se hidratar, tudo bem. O mais importante é ter medidas que permitam a hidratação. A umidade já começou a baixar, mas está frio. Daqui a pouco começa a ficar quente. Isso piora a situação? A sensação térmica nos dá uma falsa segurança. Em ambientes com ar-condicionado, por exemplo, a gente acha que está tudo bem. Mas o ar-condicionado retira toda a umidade do ar. A questão é sempre se perguntar se você está bem-hidratado. No frio, a sensação de sede pode não aparecer, mas estou perdendo água na mesma quantidade. O que importa é o índice de umidade. Se ela está baixa, é preciso se hidratar. A temperatura mais elevada vai dar um desgaste físico maior. Mas já chegamos a 17% de umidade. E ainda pode piorar? Piora, até 12%. Tem meses de agosto em que a umidade pode chegar a 10%. A Defesa Civil se preocupa com os efeitos da baixa umidade, mas quem monitora a temperatura é o Instituto Nacional de Meteorologia [Inmet]. Na chuva, existem pontos de Brasília onde chove mais e que são mais propícios a inundações. E na seca? Existem cidades com menor umidade? Sim. Temos cinco estações meteorológicas que fazem a medição da umidade. Nos dados do Inmet, é possível perceber uma leve diferença na umidade nas regiões administrativas do DF. Não é uma diferença gritante, mas, por exemplo, na semana passada tivemos umidade acima de 20% em Brasília, Ceilândia, Sobradinho, mas no Gama, em Planaltina, a umidade estava dando 19%, 17%. Isso vai depender muito se é uma área mais reflorestada, próximas de rios ou de lagos, onde a umidade costuma ser maior – se é de alta altitude ou não. E como a população pode enfrentar a seca? O primeiro grande cuidado é fazer a hidratação sempre, bebendo muita água. A água é universal, barata, prática e é do que o nosso corpo realmente precisa. Se você quiser dar uma incrementada com um suco natural, com pouco açúcar, uma água-de-coco é muito bem-vinda. Mas água é o melhor alimento. Também é importante se proteger, principalmente quem trabalha em ambientes externos; usar roupas leves, de tons claros para proteger a pele, usar hidratante. A hidratação e a proteção da pele são muito importantes para manter a saúde. [Também se devem] evitar alimentos muitos pesados que o corpo tenha dificuldade de digerir. Tudo que eu puder fazer para manter o corpo em funcionamento normal é importante nesse período. Umidificador adianta? Localmente, em ambientes pequenos, o umidificador e aquelas soluções caseiras, como a bacia d’água, ajudam a manter a umidade. São soluções que não são tão eficientes em um ambiente macro, mas em um quarto, uma sala, adianta sim. Quem tem filho sabe que, nessa época do ano, os cuidados devem ser redobrados com idosos e crianças. O umidificador, o nebulizador, a toalha molhada em cima da cama, ajudam demais, principalmente para quem tem problema respiratório. O corpo vai dando sinais de que pode “pifar”? Sim, mas a gente não pode esperar ter sede para beber água. Eu tenho que fazer uma hidratação continuada. Também não adianta beber cinco litros d’água agora e passar o resto do dia sem água. O corpo dá sinais quando está em estado mais crítico. Não posso esperar a pele ficar ressecada, ter sede ou o nariz sangrar para me cuidar. A população liga muito a Defesa Civil a condições climáticas. Mas não é só nas chuvas e na seca que a corporação atua… A Defesa Civil é um órgão que faz a avaliação de riscos de uma forma geral. Fazemos também a fiscalização das edificações. Muitas vezes, as pessoas observam que sua edificação, a do vizinho ou a da repartição em que trabalham apresenta alguma falha, uma trinca, uma rachadura, uma infiltração; e elas se sentem, de alguma forma, inseguras. Então, a pessoa liga para a Defesa Civil, e vamos ao local para verificar se aquilo é um risco imediato. Se tiver risco, temos que tomar medidas, como notificação e interdição. Se for mais simples, que demande apenas uma manutenção, a Defesa Civil chama o síndico ou o responsável por aquela edificação e faz uma orientação. Isso também serve para casos de incêndio. Também recebemos denúncias de que as instalações elétricas daquele local podem causar um curto-circuito. A Defesa Civil também atua no levantamento de áreas de risco e faz um trabalho de ajuda humanitária aos desabrigados. Em uma área que tenha sido ocupada de uma forma desordenada, a Defesa Civil informa às pessoas que ali é um local inapropriado para que sejam feitas edificações, e que devem ser tomados alguns cuidados. As construções podem ter sido feitas em um local de muita incidência de ventos, muito íngreme, perto demais de córregos ou rios, ou com materiais de baixa qualidade, sem nenhuma orientação técnica… e isso traz riscos de desabamento, destelhamento, inundação. Também fazemos a fiscalização de montagem de palco, tendas e outras estruturas usadas em eventos. Verificamos se foram colocados banheiros químicos e pontos de água, por exemplo, tanto em eventos particulares quanto públicos. Todos os eventos no DF, principalmente os [destinados] para mais de mil pessoas, precisam ter laudo da Defesa Civil. Como a população entra em contato com a Defesa Civil? Pelo [telefone] 199, pela Ouvidoria do GDF, pelo telefone 162 ou direto nos nossos telefones: 3362-1979, 3362-1934, 3362-1935, 3362-1936, 3362-1938 ou o 99427-5076 (equipe de plantão). A denúncia pode ser, inclusive, anônima. Quando a Defesa Civil trabalha mais? Na seca ou na chuva? O ano todo, mas as ocorrências do período de chuvas chamam mais a atenção da população, mas o levantamento das áreas de risco, por exemplo, é feito no período de seca. É um trabalho preventivo para as chuvas. Ele é divulgado em setembro, mas é feito ao longo do ano. [Olho texto=”Das 37 áreas de risco que temos mapeadas, 36 estavam em área irregular. (…) Existem duas maneiras de acabar com o risco: ou afastar as pessoas do risco ou transformar a região com urbanização.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Grande parte das áreas de risco é irregular? Sim. Das 37 áreas de risco que temos mapeadas, 36 estavam em área irregular. E a irregularidade chama o risco. As pessoas muitas vezes constroem sem projeto, sem acompanhamento técnico. Existem duas maneiras de acabar com o risco: ou afastar as pessoas do risco ou transformar a região com urbanização. Os maiores exemplos disso são o Sol Nascente e o Pôr-do-Sol [setores de Ceilândia]. Só no Sol Nascente moram mais de 250 mil pessoas. O local era uma grande favela e, com os investimentos do GDF, foi dotado de esgoto, drenagem pluvial e asfalto. Os riscos de alagamento são suprimidos. Eu acredito que, terminando as obras de infraestrutura, o setor vai deixar de ser área de risco.
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