DER-DF amplia investimentos em manutenção viária, mobilidade sustentável e educação no trânsito
O ano de 2025 foi marcado por avanços significativos no Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), especialmente na ampliação dos investimentos em manutenção preventiva, no fortalecimento da educação para o trânsito, na intensificação das ações de fiscalização, na integração da malha cicloviária e na inauguração do Museu Histórico, Artístico e Científico do DER-DF (MuDER). No programa de manutenção preventiva de pavimentos, responsável pela redução da demanda por intervenções emergenciais, como as operações de manutenção asfáltica, foram empenhados quase R$ 151 milhões. O reforço da pavimentação asfáltica e em concreto, em pontos estratégicos da malha viária, contribui para a ampliação da vida útil das rodovias, a redução de custos operacionais e a melhoria da segurança e do conforto dos usuários. Os benefícios dos expressivos investimentos realizados em 2024, a exemplo do Complexo Viário do Jardim Botânico, refletiram-se em 2025 na melhoria da fluidez do tráfego, na diminuição dos congestionamentos e na redução do tempo de deslocamento entre regiões administrativas. Os benefícios dos investimentos realizados em 2024, a exemplo do Complexo Viário do Jardim Botânico, refletiram-se em 2025 na melhoria da fluidez do tráfego, na diminuição dos congestionamentos e na redução do tempo de deslocamento entre regiões administrativas | Fotos: Divulgação/DER-DF O DER também avançou na promoção da mobilidade sustentável, com a implantação de novas ciclovias e a integração da malha cicloviária, que hoje soma 721 quilômetros e figura entre as maiores do país. A conectividade permite deslocamentos seguros, rápidos e contínuos entre diferentes cidades e o centro de Brasília. A educação para o trânsito permaneceu como prioridade institucional. Campanhas educativas e operações de fiscalização foram realizadas ao longo dos quase 2 mil quilômetros de rodovias, reforçando o respeito à legislação, a redução de sinistros e a preservação da vida. As ações da Escola Vivencial de Trânsito (Transitolândia) alcançaram cerca de 80 mil pessoas, entre estudantes, pedestres, motoristas, motociclistas e ciclistas, por meio de atividades internas e externas. A Gerência de Operações Especializadas promoveu iniciativas como Moto Legal, Carga Pesada, Pérola Negra e Produto Perigoso, voltadas à fiscalização de veículos, condutores e condições de transporte. Ao todo, 2.145 veículos foram abordados, resultando em 244 remoções e no registro de 1.561 infrações. A Gerência de Operações Especializadas promoveu iniciativas como Moto Legal, Carga Pesada, Pérola Negra e Produto Perigoso, voltadas à fiscalização de veículos, condutores e condições de transporte O início das atividades do MuDER simboliza o resgate da memória institucional e a preservação da história do DER-DF, intimamente ligada à construção de Brasília. O museu passou a integrar a rota turística oficial da capital, consolidando-se como um relevante espaço cultural e de conhecimento. Por fim, destaca-se o programa Caminho das Escolas, criado em 2019 para garantir o acesso seguro às escolas em áreas rurais. Desde sua implantação, foram investidos R$ 68,5 milhões na pavimentação de quase 51 quilômetros de vias. Em 2025, três caminhos foram entregues e outros cinco estão em execução, somando cerca de R$ 35 milhões em 23,4 quilômetros de novas estradas pavimentadas. *Com informações do DER-DF
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Agentes de trânsito intensificam fiscalização em faixas exclusivas do DF
Para garantir a fluidez e segurança viária das vias e rodovias que cortam o Distrito Federal (DF), os órgãos de fiscalização de trânsito contam com a tecnologia que permite complementar o monitoramento realizado pelos agentes. Radares, câmeras de vídeo e o Centro de Controle Operacional (CCO), que funciona 24 horas por dia, são algumas das técnicas que auxiliam as equipes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) e do Departamento de Trânsito (Detran-DF). De 2022 para cá, o Governo do Distrito Federal (GDF) adquiriu mais de 20 novas câmeras de videomonitoramento para intensificar a fiscalização viária no DF. Podem trafegar pelas faixas exclusivas os ônibus e micro-ônibus do Sistema de Transporte Público Coletivo do DF, táxi e veículos de transporte escolar. Na Epia, há uma exceção: trafegam somente os ônibus do sistema do BRT e as linhas do transporte semiurbano (Entorno) | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Ao todo, o DF conta com 89 câmeras distribuídas pelas rodovias e vias adjacentes que enviam imagens em tempo real para o CCO do DER, localizado na sede do departamento. A central permite que os agentes façam a fiscalização do trânsito, verifiquem situações de acidente ou de algum delito à legislação de trânsito, além de acionarem as equipes da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) em casos de ocorrências com vítimas. Por meio do CCO, as equipes promovem um monitoramento mais eficiente que complementa a atuação daqueles agentes que estão nas ruas. Um exemplo disso são os autos de infração lavrados, em tempo real, pelos radares, quando motoristas são flagrados cometendo algum delito à legislação. Apesar de ser uma infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, o tráfego de veículos não autorizados pelos 150 quilômetros de faixas exclusivas no DF tem se tornado cada vez mais comum. [Olho texto=”“Realmente houve um aumento de veículos que estão utilizando a EPTG por conta das obras na Estrutural. Em 2023, nós já temos 3.089 registros de ocorrências por trafegar na faixa exclusiva só na EPTG. Estamos aumentando a fiscalização porque entendemos que o trânsito está mais complicado, mas o respeito à legislação de trânsito deve continuar”” assinatura=”Sinomar Ribeiro, diretor de Fiscalização do DER-DF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] De janeiro a julho deste ano, o Detran registrou 84.273 autuações por transitar com o veículo nas faixas de trânsito exclusivo sob jurisdição do departamento. Já o DER registrou 105.874 ocorrências desta natureza, entre janeiro e agosto deste ano. Na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), foram 3.590 episódios de infração desta natureza somente em 2022. Entre 1º e 23 de agosto deste ano, o departamento já computou 814 infrações por transitar na faixa exclusiva de ônibus. Este número é 326,2% maior que o mesmo período do mês passado, quando foram registradas 191 ocorrências em julho. “Realmente houve um aumento de veículos que estão utilizando a EPTG por conta das obras na Estrutural. Em 2023, nós já temos 3.089 registros de ocorrências por trafegar na faixa exclusiva só na EPTG. Estamos aumentando a fiscalização porque entendemos que o trânsito está mais complicado, mas o respeito à legislação de trânsito deve continuar”, afirmou o diretor de Fiscalização do DER, Sinomar Ribeiro. Além de infringir as normas de trânsito, o motorista que trafega indevidamente pela faixa exclusiva de ônibus coloca em risco também os usuários de transporte público. “Quando o cidadão entra na faixa exclusiva, além de ser autuado, é perigoso para os usuários do transporte coletivo, porque essa ação pode causar um acidente. É por isso que a gente aumentou a fiscalização, para garantir que as normas sejam cumpridas”, defendeu. Os agentes que estão nas vias e rodovias do DF recebem o reforço de monitoramento do CCO para uma melhor atuação na fiscalização do trânsito | Foto: Arquivo/Agência Brasília O monitoramento nas faixas exclusivas de ônibus também é feito pelos radares de velocidade distribuídos ao longo das vias. Caso o motorista trafegue na faixa exclusiva com 11 quilômetros de extensão da EPTG, estará sujeito a sofrer mais de uma penalidade. “O motorista que entrar na faixa exclusiva perto de Taguatinga, sair dela ao avistar um radar e mais à frente ser flagrado por um agente vai ser autuado. Quando for mais para a frente, ele pode ser penalizado mais de uma vez, porque são quilômetros e horários diferentes. Ele está infringindo a legislação várias vezes”, explicou o diretor. Quem pode? Atualmente, as faixas exclusivas no DF somam mais de 150 km de extensão, assim distribuídos: 24 km na EPTG, 55,6 km na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) nos dois sentidos do corredor do BRT Sul, 22 km na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), 26 km nos dois lados das W3 Sul e Norte, 3,2 km na Estrada Setor Policial Militar (ESPM) e 15 km no Eixo Monumental, somando as vias S1 e N1. Podem trafegar pelas faixas exclusivas os ônibus e micro-ônibus do Sistema de Transporte Público Coletivo do DF, táxi e veículos de transporte escolar. Na Epia, há uma exceção: trafegam somente os ônibus do sistema do BRT e as linhas do transporte semiurbano (Entorno). A faixa é exclusiva em todos horários destinados a esses transportes, nos dois sentidos da via, nos dias de semana, exceto sábados, domingos, feriados e pontos facultativos. A exceção é a via exclusiva do BRT na Epia. As faixas de trânsito exclusivo são flexíveis aos fins de semana, podendo todos os veículos trafegarem da 0h01 de sábado até as 23h59 de domingo. O mesmo vale para feriados e pontos facultativos. Na EPTG ocorreram 3.590 registros de infração por transitar em faixa exclusiva para ônibus somente em 2022. Entre 1º e 23 de agosto deste ano, o departamento já registrou 814 infrações pelo mesmo motivo | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Conheça cada via A faixa exclusiva da EPNB foi a primeira a ser criada no DF, em dezembro de 2011. Com 22 quilômetros de extensão, representa economia de 20 minutos para os passageiros. Em 2012, outra via importante do DF ganhou seu corredor exclusivo: a EPTG. A faixa começou a funcionar em 31 de janeiro daquele ano, mas utilizada somente por 11 linhas semiexpressas, de forma que os passageiros só podiam embarcar e desembarcar nas cidades de origem, e não na EPTG, já que os ônibus dessas linhas não paravam ao longo da via. Em 2019, os coletivos de linhas convencionais passaram a circular, de forma provisória, nas faixas exclusivas da EPTG no sentido inverso ao dos demais veículos nos horários de pico. A medida temporária foi tomada para contornar o problema da falta de ônibus sem portas do lado esquerdo. Por determinação da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), as operadoras adquiriram os coletivos com portas de acesso dos dois lados, que começaram a operar em janeiro de 2020. A medida facilitou a vida dos passageiros e garantiu segurança na hora de embarcar ou descer dos ônibus. Esses usuários ganharam, em média, 30 minutos no tempo de viagem – somando o trajeto de ida e volta. As faixas exclusivas das vias W3 Sul e Norte e do Setor Policial Sul (ESPM) também foram implementadas em 2012. As duas primeiras possuem 14 e 12 quilômetros de extensão, respectivamente, o que representa uma economia de 10 minutos para os passageiros, enquanto a da ESPM possui 3,5 quilômetros, significando a redução de 5 minutos no tempo das viagens de ônibus. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Os passageiros de Gama e de Santa Maria passaram a usufruir do corredor exclusivo do BRT Sul em junho de 2014 na Epia, quando começou a operação do sistema ligando as duas regiões ao Plano Piloto. A média de economia das viagens é de 20 minutos, ida e volta. São mais de 55 quilômetros de faixas. A via exclusiva mais recente foi implantada em dezembro de 2020, no Eixo Monumental. A exclusividade funciona na Via S1, sentido Cruzeiro-Esplanada dos Ministérios, e na N1, sentido Congresso Nacional-Setor Militar Urbano (SMU). Cada lado do corredor tem 7,5 quilômetros. A priorização do transporte público coletivo ao individual está prevista tanto na lei federal 12.587/2012, que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana, quanto, no âmbito distrital, pelo Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), estabelecido pela lei nº 4.566/2011.
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