Distrito Federal registrou recorde de transplantes de coração, fígado e medula óssea em 2024
A rede de saúde do Distrito Federal alcançou recorde de transplantes em 2024. Os procedimentos de coração, fígado e medula óssea atingiram, em cada um dos casos, o maior quantitativo dos últimos cinco anos. O empenho das equipes multiprofissionais, aliado à expansão das unidades credenciadas, possibilitou os resultados. Desde 2020, a reposição de órgãos e tecidos têm apresentado tendência de crescimento. As substituições de medula óssea foram as que tiveram o maior acréscimo neste quinquênio: superior ao dobro. Foram 230 transplantes, em comparação aos 103 de 2020. Nove novas instituições tornaram-se aptas a realizar este tipo de procedimento no DF a partir de 2022. Desde 2022, os transplantes de fígado ultrapassam a marca anual de cem procedimentos. Em 2024, foram 128 – sete a mais do que o total de 2023 | Foto: Mariana Raphael/Agência Saúde-DF Foram 35 transplantes de coração alcançados em 2024 – 13 a mais do que os 22 realizados em 2020, registrando um aumento de 60%. Desde 2022, os transplantes de fígado ultrapassam a marca anual de cem procedimentos. Em 2024, foram 128 – sete a mais do que o total de 2023. No DF também são realizados transplantes de rim e córnea pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “É uma conquista que vai além dos números. Cada transplante desses representa uma nova chance de vida a quem estava esperando. Por isso, trabalhamos para expandir a rede e melhorar o acesso aos tratamentos”, assegura a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio. “A doação de órgãos é um ato de solidariedade que transforma a vida do receptor e de toda uma família. Nesse sentido, é essencial que continuemos a fortalecer essa cultura em nossa sociedade”, avalia a gestora. Renascimento Lourival Filho, 59, é um dos pacientes transplantados no ano passado. No fim de janeiro, celebrou cinco meses do procedimento hepático a que foi submetido. Da descoberta do tumor maligno, em junho, à reposição do órgão, em agosto, até a alta hospitalar, conta que foi tudo muito mais rápido do que se podia imaginar. “Eu não acreditava que iria conseguir fazer esse transplante. Saía das primeiras consultas meio desanimado, de cabeça baixa. Fui totalmente surpreendido. Em três meses, me tornei uma nova pessoa, com ânimo para mais 60 anos de vida”, celebra o morador de Sobradinho. Foram 35 transplantes de coração alcançados em 2024 – 13 a mais do que os 22 realizados em 2020, registrando um aumento de 60% | Foto: Divulgação/Agência Saúde-DF Os transplantes exigem grande mobilização de profissionais das mais diversas especialidades, integração interestadual de sistemas eletrônicos e efetivação de procedimentos clínicos. Para a realização de 3.647 cirurgias, ao longo desses cinco anos, foram realizados quase 120 mil procedimentos, desde a identificação de doadores e receptores, até o acompanhamento prévio e pós-cirúrgico. Segundo a diretora da Central Estadual de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF), Gabriella Christmann, a quantidade de envolvidos em todo o processo é difícil de ser mensurada. “É impossível realizar este trabalho sem a união de várias pessoas – começando pelos doadores e por seus familiares”, ressalta. Doação Há dois tipos de doadores. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão, desde que não prejudique a sua própria saúde. Para ser doador, em caso de falecimento, não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar sua família do desejo da doação, que só vai acontecer após a autorização dos familiares. Os órgãos doados vão para pacientes que necessitarem de um transplante e estão aguardando em lista única no Estado, gerida pela CET-DF e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes. Para receber um órgão, o paciente deve estar inscrito, respeitando-se a ordem de inscrição, a compatibilidade e a gravidade de cada caso. A CET-DF é responsável pela coordenação das atividades de transplantes no âmbito do DF, abrangendo a rede pública e particular de saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)
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DF registra o menor número de roubos de veículos em 25 anos
O Distrito Federal alcançou um marco histórico em 2024 ao registrar o menor número de roubos de veículos em 25 anos, desde que teve início o monitoramento desta tipificação criminal. É o que revela a série histórica feita pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF). A tendência tem se mantido e, na comparação entre 2023 e 2024, a redução foi de 21%, com 272 ocorrências a menos que o ano anterior. Foram 1.018 ocorrências registradas em 2024 e 1.290 em 2023. Para o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, o recuo é um reflexo de estratégias de segurança pública cada vez mais eficazes. “A redução é fruto de muito trabalho e ações baseadas em estudos, levantamentos e análises criminais e de inteligência, bem como da atuação dos setores operacionais das forças de segurança. O aumento do policiamento ostensivo, a qualificação da investigação policial contra grupos criminosos, o uso de tecnologia na análise de padrões e de alertas do sistema de videomonitoramento urbano, além de uma integração mais eficiente entre as forças de segurança têm sido fundamentais para essa redução”. A redução dos roubos de carros reflete as estratégias de segurança pública cada vez mais eficazes, segundo o secretário Sandro Avelar | Foto: Divulgação/André Feitosa Em 2024, a maioria dos veículos roubados eram carros, representando 88% das ocorrências, enquanto as motocicletas corresponderam a 12%. As vítimas desse tipo de crime continuam a apresentar um perfil predominantemente masculino, com 68% dos casos envolvendo homens – pouco menos que a metade, 32%, eram mulheres. “Com recursos adequados e análise voltada para a busca de evidências que embasam nossas políticas de segurança, conseguimos contribuir com ações cada vez mais assertivas e direcionadas”, avalia o subsecretário de Gestão da Informação, George Couto. Concentração dos crimes Em 2024, a maioria dos veículos roubados eram carros, representando 88% das ocorrências, enquanto as motocicletas corresponderam a 12%. As vítimas desse tipo de crime continuam a apresentar um perfil predominantemente masculino, com 68% dos casos envolvendo homens A geografia dos roubos também apresenta dados significativos. Cerca de 68% dos roubos de veículos em 2024 ocorreram em sete regiões administrativas: Ceilândia, Samambaia, Taguatinga, Recanto das Emas, Santa Maria, Gama e Planaltina. No entanto, todas essas áreas registraram quedas em comparação com 2023, o que indica uma efetiva resposta das autoridades e ações de prevenção. Por outro lado, as regiões do Jardim Botânico e do Varjão se destacaram por não registrar nenhum caso de roubo de veículo durante o ano de 2024. De acordo com o diretor da Divisão de Roubos e Furtos, da Polícia Civil (PCDF), Tiago Carvalho, o registro de ocorrências é fundamental para atuação das autoridades policiais. “Um fato criminoso que não é comunicado por meio de um boletim de ocorrência impossibilita a responsabilização do autor e essas informações são essenciais para desarticulação de organizações criminosas e para repressão qualificada, que é resultante de uma investigação em que são imputados crimes correlatos ao indivíduo. Ou seja, o registro de ocorrência contribui não só para responsabilizar o criminoso, mas também para sufocar organizações criminosas e lavagem de capitais”, explica. A prevenção desses crimes também é fundamental. Os pontos de bloqueio realizados por órgãos de trânsito, em que é possível averiguar a situação do veículo, são imprescindíveis nesse processo. “Já conseguimos identificar muitos carros roubados nessa situação”, pontua o comandante de Policiamento de Trânsito da PMDF, coronel Edvã Sousa. O militar ressalta, ainda, a importância da população neste processo. “Reiteramos a importância dos motoristas não informarem os pontos de bloqueios em grupos de mensagens e aplicativos, pois isso atrapalha o trabalho policial. Montamos as blitze em locais estratégicos, geralmente com base em denúncias. Além disso, é importante informar sempre que um veículo estiver abandonado. Nesses casos, acione a Polícia Militar, pelo 190”, completa. Segurança Integral As ações integram o eixo Cidadão Mais Seguro, do programa DF Mais Seguro – Segurança Integral. Ele cria condições para a garantia de direitos e a cidadania, para segurança das pessoas e seus bens, envolvendo setores da sociedade civil e do governo. Também promove o enfrentamento qualificado à criminalidade por meio de tecnologia e inteligência. As principais frentes incluem o combate aos crimes organizados e cibernéticos. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF)
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