Agência de Cooperação Internacional do Japão conhece as políticas ambientais do DF
O Instituto Brasília Ambiental recebeu, nessa quarta-feira (12), representantes da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica). A entidade japonesa é responsável pela implementação da Assistência Oficial para o Desenvolvimento (ODA), que apoia o crescimento e a estabilidade socioeconômica de países em desenvolvimento, contribuindo para a construção da paz e o avanço da sociedade internacional. A Agência de Cooperação Internacional do Japão visitou o Estação Ecológica de Águas Emendadas e conheceu mais sobre o trabalho desenvolvido pelo Brasília Ambiental | Fotos: Divulgação/Brasília Ambiental Além da capital federal, a comitiva visitou outras cidades brasileiras, como São Paulo (SP) e Curitiba (PR), com o objetivo de acompanhar a implantação do programa de capacitação internacional desenvolvido no Japão. Intercâmbio de experiências “Especificamente em Brasília, a comitiva veio conhecer o trabalho desenvolvido pelo Instituto Brasília Ambiental. Em 2024, fui agraciada com uma bolsa de estudos no Japão, por meio do programa de capacitação oferecido pela Jica. Durante minha estadia, participei de cursos especializados e, agora, a comitiva acompanha os cursistas das edições de 2022 a 2024 nas três capitais visitadas”, explicou a superintendente de Licenciamento da autarquia, Nathália Almeida. Segundo Nathália, a missão do Instituto foi apresentar à comitiva suas principais áreas de atuação: o licenciamento ambiental e a gestão das unidades de conservação (UCs). “Pela manhã, realizamos uma visita técnica à Ciplan Cimento, conduzida pela empresa em parceria com o Brasília Ambiental. Os representantes da Jica conheceram a fábrica, o processo produtivo do cimento, agregados, argamassas e serviços de concretagem. Já no período da tarde, visitamos a Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina, para apresentar os atributos ambientais relevantes da região”, destacou. A recepção da comitiva contou com a colaboração de diversos setores do Instituto. “Foi um trabalho coletivo, envolvendo a Assessoria de Comunicação [Ascom], a Superintendência de Unidades de Conservação, Biodiversidade e Água [Sucon], a Superintendência de Administração Geral [Suag] e o Gabinete da Presidência”, revelou Nathália. O resultado foi extremamente positivo. Fomos muito elogiados pela organização e pelo conteúdo apresentado. A equipe da Jica, composta por quatro pessoas – duas vindas diretamente do Japão e duas residentes em Brasília –, nos deu um retorno muito positivo, tornando este encontro uma troca de experiências bastante enriquecedora”. A missão do Brasília Ambiental foi apresentar à comitiva japonesa as principais áreas de atuação da autarquia: o licenciamento ambiental e a gestão das unidades de conservação (UCs) Compromisso com o meio ambiente O presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer, ressaltou a importância da visita e do intercâmbio de conhecimentos entre o órgão e a Jica: “Para nós, essa visita é essencial, pois permite uma troca valiosa de experiências. Nossa superintendente Nathália teve a oportunidade de conhecer de perto as práticas ambientais do Japão, e agora podemos mostrar à comitiva o trabalho que realizamos aqui. Brasília foi construída em uma área de grande fragilidade ambiental, o que torna nosso compromisso com a preservação ainda mais fundamental”. “A visita reforça a cooperação internacional e o compromisso do Brasília Ambiental com a gestão sustentável do meio ambiente, fortalecendo os laços entre Brasil e Japão para a troca de conhecimento e boas práticas ambientais”, finalizou a vice-governadora do DF, Celina Leão. *Com informações do Instituto Brasília Ambiental
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Palestra sobre gestão de resíduos sólidos no Japão marca Dia Mundial da Limpeza Urbana
Celebrado em 27 de agosto, o Dia Mundial da Limpeza Urbana reforça a conscientização para o descarte correto do lixo. No Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a data foi homenageada, na manhã desta terça (27), com uma palestra sobre o gerenciamento de resíduos sólidos no Japão. Recentemente, três servidores do SLU foram ao país asiático participar de cursos promovidos pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e compartilharam aprendizado com os colaboradores da autarquia. Palestra teve como destaque a troca de informações sobre o avançado sistema de coleta praticado pela sociedade japonesa | Foto: Divulgação/SLU “É uma oportunidade de crescimento e qualificação profissional dos servidores e um ganho para a gestão de resíduos do Distrito Federal, já que o Japão é um modelo a ser seguido e essa troca de experiência agrega e incentiva para mais avanços na limpeza pública da nossa capital”, comemorou o diretor-presidente do SLU, Luiz Felipe Cardoso de Carvalho. “O grande foco do gerenciamento é fazer a separação em casa” Victor Silva, coordenador de Geoinformação do SLU A subdiretora de Gestão Técnica do SLU, Lorena Brasil, e o coordenador de Geoinformação, Victor Silva, passaram 40 dias em Osaka e falaram sobre algumas peculiaridades do sistema de coleta de lixo no Japão. A coleta convencional, relatam, é feita apenas duas vezes por semana. Além disso, os caminhões que transportam os resíduos são menores em comparação aos que prestam o serviço no DF. Exemplos dos japoneses “A população japonesa separa os resíduos muito bem”, elogiou Victor Silva. “O grande foco do gerenciamento é fazer a separação em casa. Os japoneses são muito engajados, e não separar recicláveis e orgânicos é uma questão muito séria no país.” De acordo com os servidores, outra diferença está na forma de destinação final do lixo que não é reaproveitado. No DF, esse método é o aterramento, feito no Aterro Sanitário de Brasília (ASB). No Japão, o principal mecanismo é a incineração, que consiste na queima dos resíduos em fornos ou usinas próprias. Isso ocorre pelo fato de o país asiático ser pequeno e não ter grande disponibilidade de área para aterros sanitários. “No Japão, quando você compra um eletrodoméstico, você paga uma taxa para que, na hora da entrega, a empresa recolha o antigo eletrodoméstico para destinação final correta”, relatou o assessor da Diretoria de Limpeza Urbana do SLU, Francílio Ribeiro, que esteve no Japão em 2023 para conhecer a gestão de resíduos da logística reversa. Educação ambiental As estratégias de educação ambiental no Japão também foram destacadas na palestra. Segundo a subdiretora de Gestão Técnica do SLU, as crianças aprendem sobre a importância da coleta seletiva desde os primeiros anos escolares. “No Japão, o resíduo é seu e você tem a responsabilidade de dar a destinação adequada”, contou. “É uma obrigação social e comunitária entre as pessoas, e o resultado é a separação em casa, mas tudo passa pelo processo educacional”. Como atividade final do curso, os servidores elaboraram uma proposta de plano de ação para reduzir o descarte irregular, um dos principais problemas da gestão de resíduos do DF. Em breve será criado um grupo de trabalho no SLU para diagnosticar, discutir e implementar estratégias nesse sentido. *Com informações do SLU
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