Técnica que aprimora qualidade do gado é levada de forma gratuita a produtores rurais do DF
Antes restrito a grandes pecuaristas, o melhoramento genético virou uma realidade também para os pequenos produtores. Em execução no Distrito Federal há cerca de dois anos, o programa +Pecuária Brasil — fruto de parceria entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) e a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer) — é o responsável por tornar acessível a técnica, que garante maior qualidade ao gado de corte e leiteiro. Trabalho é feito por técnicos que acompanham todo o processo, desde o nivelamento do cio das vacas até a inseminação | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Essa é uma tecnologia que, antigamente, se resumia só aos grandes e médios produtores, não chegava para o pequeno produtor, pelo custo, pelo processo de operação” Rafael Rodrigues, veterinário coordenador da Conafer Inicialmente, profissionais fazem um trabalho no sentido de igualar o cio de todas as vacas da propriedade para, na sequência, levarem o material genético melhorado ao local e concluírem a inseminação. Depois, seguem acompanhando o processo, com direito até a ultrassonografia nos animais. Tudo de forma gratuita. “Essa é uma tecnologia que, antigamente, se resumia só aos grandes e médios produtores, não chegava para o pequeno produtor, pelo custo, pelo processo de operação”, explicou o veterinário Rafael Rodrigues, coordenador regional da Conafer. “A gente veio quebrando algumas barreiras para fazer com que ela seja permissiva para todo mundo. Hoje, a gente está conseguindo levar essa genética para pessoas que talvez nunca teriam acesso, então, isso promove melhoramento no desempenho da produtividade da carne e da produtividade leiteira.” Bons resultados R$ 2 bilhões Valor bruto de toda a produção agropecuária do DF em 2023 Só no DF, foram 900 vacas inseminadas, das quais 550 ficaram prenhas — o que resulta em uma taxa de sucesso acima da média nacional. São 60 propriedades cadastradas, das quais 35 já estão com o programa em andamento. A indicação dos produtores é feita pela Emater-DF — parceria que, aliás, só acontece no Distrito Federal e à qual Rodrigues credita os bons números obtidos. “Por meio dos conhecimentos e da acessibilidade dos técnicos da Emater, a gente está tendo resultados espetaculares”, apontou o veterinário. Cláudia Coelho, técnica da Emater-DF: “Se a gente melhora o rebanho do produtor, automaticamente a gente melhora a renda, melhora a produtividade” A pecuária é peça fundamental na economia do DF. Para se ter ideia, ela representou 35,27% de toda a produção do setor agropecuário em 2023, com um valor bruto de mais de R$ 2 bilhões. Apenas os bovinos geraram R$ 161 milhões, sendo R$ 65 milhões de gado de corte (4,1 milhões de quilos de carne, de 1.051 produtores) e R$ 96 milhões de gado leiteiro (36,6 milhões de litros, de 1.739 produtores). “Para a gente, o mais importante é que esse melhoramento genético seja uma chave de mudança para o produtor, para a consciência dele de um modo geral, para ele começar a atender outros pontos”, indicou a técnica da Emater Cláudia Coelho. “Com a gente colocando o melhoramento genético, ele pode melhorar a instalação, pode melhorar a nutrição, porque esse material genético já é de qualidade. Então, se a gente melhora o rebanho do produtor, automaticamente a gente melhora a renda, melhora a produtividade, e isso dá uma carne e um leite de melhor qualidade, tanto na produção quanto na comercialização e para o próprio produtor”. Escolhida para participar do programa, a produtora Ana de Fátima Matias lembrou que o apoio da Emater-DF vem de longa data. Ao confirmar o resultado positivo da inseminação de suas vacas, ela comemorou: “Agora, com a confirmação de que deu certo o primeiro feito, eu pretendo continuar com esse programa com eles, porque vai ser um benefício muito bom para nós, agricultores que não temos condições. Quando você faz, fica meio na dúvida. Quando você vê que não tem mais dúvida, é uma felicidade que só quem passa é que sabe”.
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Novo contrato vai aprimorar sistema de gestão de dados agropecuários no DF
A Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) firmou, nesta quarta-feira (2), um novo contrato para a manutenção e o desenvolvimento do Sistema de Informações em Defesa Agropecuária (Siagro-DF). Essencial para a gestão de dados agropecuários no Distrito Federal, o sistema está em fase de aprimoramento para atender às necessidades locais de maneira mais eficiente. “O sistema permitirá um controle maior das atividades. Em caso de uma doença, por exemplo, teremos acesso às informações de forma rápida para tomar decisões e agir, evitando a disseminação do foco da doença”, diz a subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri, Danielle Kalkmann | Foto: Divulgação/Seagri-DF Anteriormente, o sistema utilizado já não acompanhava as crescentes demandas da defesa agropecuária do DF. Desenvolvido por outra empresa, ele deixou de ser atualizado e passou a não atender de forma satisfatória às novas exigências operacionais e tecnológicas. Em 2019, a Seagri firmou um acordo de cooperação com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), que havia desenvolvido uma solução robusta para a gestão das atividades de defesa sanitária em Goiás. Como resultado desse acordo, a Agrodefesa cedeu o código-fonte de seu sistema para o DF, possibilitando a migração para a plataforma atual, o Siagro. Embora a migração tenha sido um avanço, o sistema necessitava de adaptações para atender às especificidades do Distrito Federal. Diferentemente de Goiás, o DF não possui municípios, o que demandou ajustes. Além disso, novas funcionalidades precisavam ser implementadas para permitir uma fiscalização mais abrangente e eficiente. A emissão de documentos e o cadastro de propriedades rurais podem ser feitos de forma online | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Segundo a subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri, Danielle Kalkmann, o Siagro conta com uma plataforma de Business Intelligence (BI), que converte grandes volumes de dados em informações estratégicas, facilitando a tomada de decisões. “O sistema permitirá um controle maior das atividades, oferecendo respostas mais rápidas. Em caso de uma doença, por exemplo, teremos acesso às informações de forma rápida para tomar decisões e agir, evitando a disseminação do foco da doença”, afirmou. Para os produtores rurais, o Siagro oferece maior acessibilidade e praticidade. A emissão de documentos, como a Guia de Trânsito Animal (GTA) e o cadastro de propriedades, podem ser feitos de forma online, eliminando a necessidade de deslocamento aos escritórios da Defesa Agropecuária. Além disso, o sistema permitirá o acompanhamento remoto de processos, como a análise de plantas industriais, trazendo mais transparência. Com a inclusão de novos módulos voltados para áreas como agroindústria, fiscalização de trânsito agropecuário, agrotóxicos, e passaporte equestre, o sistema ampliará a gama de serviços disponíveis. Outro benefício importante é a melhoria no acesso a dados epidemiológicos, oferecendo uma gestão mais eficiente das informações e auxiliando a Defesa Agropecuária na tomada de decisões em momentos críticos. Nos próximos meses, espera-se a implantação dos novos módulos e das melhorias no sistema, que serão acompanhadas de treinamentos para garantir que os usuários estejam capacitados a utilizar todas as funcionalidades oferecidas. *Com informações da Seagri-DF
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Mais de R$ 11 milhões em crédito impulsionam projetos rurais no Distrito Federal
Água, lúpulo, malte e levedura são, tradicionalmente, os ingredientes básicos utilizados no preparo de qualquer cerveja, bebida que, para grande parcela da população brasileira e mundial, é indispensável em qualquer momento de confraternização. No Distrito Federal, esse processo ganha uma dimensão especial com a história da Cervejaria Dona Maria, fundada pelo moçambicano Aninho Mucundramo Irachande. Desde 2019, o GDF concedeu R$ 11,3 milhões em crédito para produtores rurais individuais, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Tudo começou de maneira despretensiosa em 2017, quando o empresário e também professor passou a produzir cerveja artesanal em sua propriedade no Núcleo Rural Córrego do Arrozal, às margens da BR-020, entre Sobradinho e Planaltina. Para acessar a linha de crédito do Fundo de Desenvolvimento Rural é preciso ter um projeto, que pode ser elaborado com apoio da Emater-DF, e anexar documentos pessoais e certidões negativas O objetivo inicial era reunir amigos para beber cerveja de qualidade. À época, a produção caseira se limitava a 20 litros. Hoje, com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), Aninho conta com uma produção profissional que chega a cerca de 7 mil litros por mês. A ajuda veio ainda em 2019, por meio de crédito rural do Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), voltado ao desenvolvimento da área rural do Distrito Federal. A iniciativa permite aumento da produção e da produtividade, da renda, da segurança alimentar e a permanência no espaço rural da capital. Os créditos disponibilizados contemplam projetos agropecuários diversificados, com a aquisição de máquinas, equipamentos e insumos. Aninho ressalta que o suporte do GDF foi fundamental para conseguir estruturar o empreendimento rural, que teve um salto na produção em quatro anos de negócio, mostrando como o investimento rural pode transformar pequenas iniciativas em projetos sólidos e sustentáveis. A partir de um crédito de R$ 200 mil, o empresário Aninho Mucundramo Irachande conseguiu garantir a produção da cerveja e a comercialização de 12 rótulos para Brasília, Goiás e São Paulo “No segmento cervejeiro os equipamentos são muito caros e para você dar saltos de produção, de qualidade, alavancar o negócio, não pode ser com investimentos pequenos. Sem o Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural talvez isso tivesse sido feito a passos lentos, os equipamentos teriam sido comprados mais demoradamente e talvez não chegássemos à escala que estamos hoje. O acesso ao crédito do fundo nos permitiu duas coisas: uma implantação mais rápida e o ganho de escala”, relata. Foi com acesso a um crédito de R$ 200 mil que o empresário conseguiu comprar dois tanques de 500 litros para fermentar e maturar cerveja, panelas de produção e uma câmara fria, além de construir parte da estrutura da fábrica. Hoje, o moçambicano que mora no DF há 34 anos, comercializa 12 rótulos para Brasília, Goiás e São Paulo. “A ideia é fazer crescer a agropecuária de todas as áreas”, afirma o diretor de Fundos da Secretaria de Agricultura, José Luiz Guerra Desde 2019, este GDF concedeu R$ 11,3 milhões em crédito para produtores rurais individuais, associações e cooperativas de produtores rurais e empresas rurais. Em cinco anos, 106 projetos saíram do papel graças ao acesso a recursos do fundo distrital. “O Fundo Distrital de Desenvolvimento Rural é voltado a produtores iniciantes e produtores que estão querendo crescer e que não conseguem crédito além das garantias que existem. A ideia é fazer crescer a agropecuária de todas as áreas. O fundo é uma grande política pública de crescimento e fortalecimento do setor agropecuário no Brasil”, explica o diretor de Fundos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do DF (Seagri), José Luiz Guerra. Como ter acesso ao crédito Para acessar a linha de crédito do Fundo de Desenvolvimento Rural é preciso ter um projeto, que pode ser elaborado com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), e documentos da terra, pessoais, certidões negativas, consulta Serasa e requerimento. Os prazos e carências podem chegar a até 15 anos, incluído o período de carência de até três anos, para habitações rurais; dez anos, incluído o período de carência de até três anos, para investimento, e de três anos, incluído o período de carência de até um ano, para custeio agropecuário. Os encargos financeiros dos financiamentos concedidos com recursos do FDR são calculados com base na taxa de juros de 3% ao ano, sendo concedido bônus de adimplência de 25% na taxa de juros para cada parcela da dívida paga até a data de seu respectivo vencimento.
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Produtora rural formaliza contrato de assentamento após sete anos de espera
A última quarta-feira (10) representou o fim de uma espera de sete anos para Áurea Barbosa de Oliveira. A moradora do Assentamento Santarém, no Sol Nascente, formalizou o contrato de assentamento e, agora, pode dizer com orgulho que é assentada e produtora rural. O secretário da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno, destacou a importância de assinaturas como essa para o desenvolvimento da comunidade rural e da produção agropecuária do Distrito Federal. “Hoje nós tivemos a grata satisfação de assinar o contrato do estágio probatório da Áurea. Agora, ela é mais uma assentada do Santarém e vai contribuir para a produção agropecuária do Distrito Federal, com hortas e criação de aves”, comemorou o secretário. “Esse é um trabalho determinado pelo governador, Ibaneis Rocha, e pela vice-governadora, Celina Leão, visando levar qualidade de vida às pessoas que estão na cidade e também no campo”, completou. A assinatura de contratos como o de Áurea Barbosa de Oliveira leva qualidade de vida às pessoas e incentiva a produção agropecuária e a sustentabilidade | Foto: Divulgação/ Seagri Áurea Barbosa de Oliveira, visivelmente emocionada, expressou gratidão e alegria ao finalmente, aos 57 anos, ter a segurança da terra própria. “No dia do aniversário do governador, ele me deu o maior presente, que foi a oportunidade de assinar o meu contrato”, disse ela. A formalização do contrato de Áurea representa não apenas uma vitória pessoal, mas também um passo significativo para o fortalecimento do Assentamento Santarém e para a promoção da sustentabilidade na região. Com a oficialização da condição de produtora rural, Áurea planeja se dedicar à criação de aves e ao cultivo de hortas e alcançar a própria autonomia. “De agora em diante, eu posso dizer, eu sou produtora rural, estou dentro da minha terra e vou trabalhar para honrar o trabalho deles e honrar a mim mesma como produtora rural”, declarou Áurea, emocionada. *Com informações da Seagri
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Agro do Quadrado: Criação de pescados bate recorde com formalização de produtores rurais
Atividade agropecuária milenar, a piscicultura tem encontrado um cenário próspero de crescimento na capital federal, detentora do terceiro maior mercado consumidor de pescados do país. Em solo brasiliense, a prática vem ganhando força especialmente entre novos produtores rurais, que contam com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para se consolidarem no ramo. “Já são mais de dez anos nessa atividade em constante crescimento, pois a demanda também é crescente e se trata de um produto de alto valor agregado e com grande apelo do consumidor local”, diz o produtor Guilherme Gonçalves | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), em 2023 a produção de pescados superou impressionantes 2 mil toneladas – a maior da história da capital, representando um aumento de quase 25% em relação a 2019. Esse salto expressivo na criação reflete o potencial e a atratividade do negócio no Quadradinho. O Gama concentra mais de um quarto de toda a produção local e, em 2023, foi responsável pela criação de 555 mil kg de peixes Os números da Emater indicam que o quantitativo de produtores rurais dedicados à criação de peixes também acompanhou a tendência de crescimento da atividade. Nos últimos cinco anos, o montante de piscicultores cresceu 47,3%, saltando de 624, em 2019, para 919, no último ano. Nesse cenário de expansão, a Emater tem desempenhado papel fundamental na oferta de capacitação, suporte técnico e orientação tanto para os novos piscicultores quanto para os produtores rurais já consolidados na atividade. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, diz que a empresa atua para incentivar a agroindústria de pequeno porte “A empresa atua no sentido de ajudar os produtores a obterem o licenciamento ambiental e a outorga de água”, resume Adalmyr Morais Borges, coordenador do programa de aquicultura. “Também estimulamos a adoção de novas tecnologias e métodos de produção sustentáveis, utilizando-se da energia fotovoltaica e voltada para o menor consumo de água possível.” Do total de criadores, em torno de 100 comercializam regularmente a produção. Os demais produzem para a própria subsistência ou para o comércio informal. Para o presidente da Emater, Cleison Duval, um dos desafios da empresa está justamente na formalização desses piscicultores menores. “O nosso grande projeto é incentivar a agroindústria de pequeno porte. É uma preocupação nossa formalizar esses produtores para eles se inserirem no mercado formal e institucional”, afirma. A comerciante Rayane Araújo, dona de restaurante, compra pescado produzido no DF: “Por ser de um produtor local, o preço é bem mais em conta, sem falar na qualidade de ter um peixe fresco na mesa” Atualmente, são poucos os produtores locais capazes de acessar o mercado brasiliense, ainda que a capital esteja entre as unidades da Federação onde mais se consome peixe. “Queremos transformar Brasília em mais que um grande consumidor, mas um grande produtor também, formalizando todo o processo e conseguindo fechar esse ciclo. É fomento para a economia local, gerando mais empregos e renda para esses produtores”, defende o presidente. Gama lidera produção Nenhuma outra região administrativa do DF produz mais pescados que o Gama (veja a relação completa abaixo). Sozinha, a cidade concentra mais de um quarto de toda a produção local e, em 2023, foi responsável pela criação de 555 mil kg de peixes. Entre os maiores piscicultores gamenses, está Éber Maia, da Terra Mare Pescados. Arte: Agência Brasília No segmento há dez anos, o produtor é o único de todo o DF a exportar peixes para outros estados. Atualmente, ele concentra sua atividade na criação de tilápias juvenis, ou seja, em estágio de desenvolvimento. “Faço parte de um nicho específico da cadeia produtora. Eu recebo o peixe alevino, transformo em juvenil e posteriormente vendo para pesque-pagues e empresas de engorda da tilápia para abate”, detalha Maia. Os números de comercialização da criação impressionam. “Estamos vendendo uma média mensal de 240 mil juvenis. Em abril, foram 320 mil comercializados. É um mercado em crescimento, e a gente conta com todo apoio da Emater para seguir expandindo. Aqui, as visitas dos técnicos da empresa são periódicas”, continua o piscicultor. Um dos clientes de Maia está localizado a poucos quilômetros da sua propriedade, na Ponte Alta Norte, ainda no Gama. Trata-se da Piscicultura Olimpo, onde o peixe juvenil comercializado pelo produtor é engordado para ser abatido. “Além de produzir o nosso próprio juvenil, contamos com essa parceria para ampliar a nossa produção, que vem aumentando ano a ano”, afirma o proprietário, Guilherme Gonçalves. Na propriedade, os peixes juvenis são alimentados por seis meses em viveiros escavados sem revestimento e com solo natural. “Meu produto é o peixe gordo para ser vendido para frigorífico e restaurantes. Já são mais de dez anos nessa atividade em constante crescimento, pois a demanda também é crescente e se trata de um produto de alto valor agregado e com grande apelo do consumidor local”, diz. A comerciante Rayane Araújo é compradora recorrente das tilápias criadas por Gonçalves. “É um fornecedor de bastante confiança, e compramos com ele uma vez por semana”, conta. “Por ser de um produtor local, o preço é bem mais em conta, sem falar na qualidade de ter um peixe fresco na mesa. Aqui no restaurante, a tilápia frita é um dos pratos mais vendidos”.
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DF reduz custo de licenciamento ambiental para setor agropecuário
O Governo do Distrito Federal (GDF) promulgou o Decreto nº 45.579, publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) na quinta-feira (7), promovendo alterações significativas no licenciamento ambiental do setor agropecuário. A medida visa classificar as atividades de acordo com seu porte e potencial poluidor, simplificando o processo e reduzindo custos para os produtores rurais. Novo decreto garante a segurança ambiental e reduz os custos para os produtores rurais| Foto: Divulgação/ Seagri-DF A mudança envolve a revisão dos decretos nº 44.569, de maio de 2023, e nº 36.992, de dezembro de 2015. O novo enquadramento das atividades da cadeia agropecuária será estabelecido conforme o anexo I da decisão recentemente tomada. “O decreto representa um avanço significativo na promoção da sustentabilidade ambiental nas atividades agropecuárias do Distrito Federal”, reforça o secretário-executivo da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF), Rafael Bueno. “O decreto representa um avanço significativo na promoção da sustentabilidade ambiental nas atividades agropecuárias do Distrito Federal” Rafael Bueno, secretário-executivo da Seagri-DF Na decisão recém-promulgada, uma das principais alterações é a revisão dos preços públicos cobrados pela análise do licenciamento das atividades listadas no anexo I. Os novos valores, previstos no anexo II do Decreto nº 44.569, resultam em uma redução significativa dos custos para os produtores. Os critérios de dispensa do licenciamento ambiental para empreendimentos de baixo potencial poluidor-degradador ou baixo impacto ambiental continuam válidos. Contudo, os descontos previstos nos decretos anteriores não serão mais aplicados às atividades listadas no anexo I do novo decreto. Além disso, algumas atividades foram excluídas do escopo do Decreto n.º 36.992, como a fabricação de sucos e de rações balanceadas, e alimentos preparados para animais, refletindo uma atualização nas práticas e na legislação ambiental. A inovação e a tecnologia empregadas pela Seagri-DF foram fundamentais para garantir a segurança ambiental e permitir essa redução de custos para os produtores rurais. A medida foi resultado de esforços conjuntos entre a pasta, o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram-DF) e a Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF). *Com informações da Seagri-DF
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Pró-Rural concede desconto no ICMS e isenção de impostos a produtores
Créditos e incentivos administrativos, ambientais, tarifários, fiscais, econômicos, de infraestrutura e profissionalizantes estão entre os benefícios oferecidos pelo programa Pró-Rural, que, promovido pelo GDF, incentiva a cadeia agropecuária. Cerca de 500 produtores rurais já foram contemplados pelo programa, e novos pedidos foram feitos. Programa abre caminhos para tornar o DF uma referência em tecnologia e inovação na agropecuária | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Coordenado pelas secretarias de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e de Desenvolvimento Econômico Trabalho e Renda (Sedet), o Pró-Rural tem o objetivo de criar uma nova base de sustentação da agropecuária e potencializar a atividade em Brasília, promovendo o desenvolvimento econômico integrado e sustentável. [Olho texto=”“Esperamos atrair investimentos como fábricas, empresas de processamento de grãos, frutas e hortaliças para agregar valor e renda para o produtor de forma a baratear o custo de produção com insumos que são produzidos no DF” ” assinatura=”Rafael Bueno, secretário substituto de Agricultura do DF” esquerda_direita_centro=”direita”] No caso dos benefícios econômicos e de infraestrutura, a Seagri, em parceria com a Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), fomenta a criação de dois polos agroindustriais, um no PAD-DF e outro na região do Rio Preto. O intuito é tornar o DF mais atrativo e referência em tecnologia e inovação no setor. Investimentos “Estamos fazendo uma readequação legal relativa aos polos agroindustriais”, afirma o titular substituto da Seagri, Rafael Bueno. “Quando o decreto for publicado, esperamos atrair investimentos como fábricas, empresas de processamento de grãos, frutas e hortaliças para agregar valor e renda para o produtor de forma a baratear o custo de produção com insumos que são produzidos no DF.” [Numeralha titulo_grande=”80% ” texto=”Alíquota a que pode chegar o desconto no ICMS, por meio do programa Pró-Rural do GDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O Pró-Rural também prevê incentivos na tributação relativos à redução ou isenção de tarifas referentes aos serviços prestados direta ou indiretamente pelo GDF e entidades vinculadas. Um exemplo é o desconto de até 80% no Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes e de Comunicação (ICMS). Luciano Barbosa é o gerente administrativo da Hartos Agropecuária. Com cerca de 260 colaboradores, a empresa está localizada no PAD-DF e produz milho, feijão, trigo, soja e suinocultura – por ano, foram produzidos mais de 100 mil suínos. De acordo com Luciano, a empresa conta com o apoio do programa para ganhar desconto nos impostos pagos na operação de saída dos produtos. “O processo para dar entrada no Pró-Rural foi bem tranquilo e rápido”, lembra. “Nós somos contemplados com o desconto de 80% no ICMS, o que nos gera uma economia de mais de R$ 3 mil por mês.” Abatimentos [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O programa também prevê isenção total ou parcial do Imposto sobre Transmissão Intervivos de Bens Imóveis por Natureza ou Acessão Física e de Direitos Reais sobre Imóveis (ITBI) na aquisição de imóvel destinado à implantação de empreendimentos. “Os interessados devem encaminhar os projetos das atividades à câmara técnica do Conselho de Política de Desenvolvimento Rural do Distrito Federal da Seagri”, orienta Rafael Bueno. “No documento, devem constar as informações sobre a localização, o investimento, como será instituída [a colaboração] para, então, o conselho deliberar”, explica o gestor. “Se o interessado pretende instalar uma agroindústria, por exemplo, ele pode requerer ao conselho a isenção total ou parcial do ITBI no ato da compra do terreno.” Somente neste segundo semestre, a Seagri recebeu 15 novos pedidos de enquadramento ao programa. Para conferir todos os requisitos e condicionantes, acesse a íntegra do decreto que regulamenta o Pró-Rural.
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Encontro celebra força de produtoras rurais no agronegócio do DF
Nesta sexta-feira (24), uma multidão colorida de mulheres entrou em cena no Clube da Engenharia: mais de 500 produtoras rurais, cada comunidade representada por uma cor de blusa. Elas são atendidas pelos 15 escritórios locais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) e participaram do VIII Encontro Distrital de Mulheres Rurais. O Encontro Distrital de Mulheres Rurais é realizado a cada dois anos para promover a troca de conhecimentos e priorizar demandas | Fotos: Paulo H.Carvalho/Agência Brasília O encontro é realizado uma vez a cada dois anos. Esta edição teve o tema “Mulher no Campo: Conhecimento, Empreendedorismo e Inovação” e contou com atividades como palestras, gincanas, conversa, cuidados pessoais, troca de vivências e apresentações. [Olho texto=”“Esse evento de hoje é uma coroação de todo um trabalho realizado pela Emater durante o ano com elas. Há 15 anos nós já estamos vendo a importância da mulher na geração de emprego e renda na área rural do DF, então nós temos que fazer um trabalho direcionado às mulheres”” assinatura=”Cleison Duval, presidente da Emater” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Dos 21 mil cadastrados na Emater-DF, aproximadamente 11 mil são mulheres e, entre elas, 5.700 são produtoras ou coprodutoras rurais com carteira assinada. De acordo com o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, quase metade dos R$ 6 bilhões gerados pela agropecuária no DF é, atualmente, resultado do trabalho de mulheres. “Esse evento de hoje é uma coroação de todo um trabalho realizado pela Emater durante o ano com elas. Hoje, as mulheres rurais do Distrito Federal estão no comando de quase 40% de todas as atividades agropecuárias do DF. Há 15 anos nós já estamos vendo a importância da mulher na geração de emprego e renda na área rural do DF, então temos que fazer um trabalho direcionado às mulheres, tanto na parte econômica quanto na social, de bem-estar na propriedade e junto à família”, destacou. Segundo o presidente, ao final de cada encontro as mulheres redigem uma carta com solicitações ao Estado. Duval afirma que creches já instaladas nas áreas rurais resultaram de demandas do último encontro de mulheres, assim como trabalhos de saneamento nas propriedades. “Ainda que exista o acompanhamento constante da Emater e do governo, esse é um momento que elas discutem e priorizam as demandas”, acrescenta. Mulheres empreendedoras “Hoje sou uma guerreira, uma heroína e a Emater me ajudou a realizar meus sonhos”, diz a produtora rural Maria das Graças, apoiada pela Emater-DF há 25 anos O evento também estava repleto de estandes, um para cada região administrativa do DF, expondo produtos artesanais feitos pelas produtoras rurais. Além disso, também havia tendas com atividades de atendimento como auriculoterapia e produtos de embelezamento. “É uma energia que faz com que a gente acredite e tenha esperança na força das mulheres. A mulher tem que estar no empreendedorismo, na capacitação e em espaços de poder. É diferente quando a mulher tem autonomia econômica. A informação transforma e liberta. É muito importante investir nessas mulheres”, afirmou a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, também presente no evento. As produtoras rurais também são amparadas pela Diretoria de Mulheres Rurais, constituída a partir da consolidação de políticas públicas e pelo Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado, instituído pelo Decreto nº 40.220, de 31 de outubro de 2019. A Secretaria da Mulher tem o papel de coordenar esse fórum, onde as mulheres conseguem levar suas demandas e serem ouvidas. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A produtora rural Maria das Graças, 70 anos, trabalha há 25 anos com a Emater-DF. Na área da gastronomia desde sempre, Maria faz pães, bolos, pizzas e sanduíches. Amostras do trabalho dela estavam em um dos estandes do evento. Residente no Núcleo Rural de Taquara, na região de Planaltina, ela fala da importância do acompanhamento da Emater em sua trajetória. “Eles nos dão apoio para tudo. Hoje sou uma guerreira, uma heroína e a Emater me ajudou a realizar meus sonhos”, declarou a produtora rural. Assistida pela Emater-DF desde 1991, Leila Januário, 63, é da região de Água Quente e trabalha atualmente na área da floricultura. Ela reforça a importância do encontro de mulheres rurais como uma oportunidade de troca de conhecimento entre as produtoras. “É muito importante, primeiro porque a gente relaxa um pouquinho daquele dia a dia extenso, né? E a gente encontra também as colegas, cada uma com uma ideia que acrescenta muito no nosso trabalho e na vida. Traz um conteúdo diferente, uma força diferente”, comenta Leila.
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Valor bruto da produção agropecuária do DF teve aumento de 13,46% em 2022
A Emater-DF publicou o relatório do Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária do Distrito Federal de 2022. O VBP ultrapassou os R$ 5,1 bilhões no último ano, crescendo 13,46% em relação a 2021, quando o valor chegou a R$ 4,5 bilhões. Grãos lideram a lista das cadeias produtivas do DF com o maior VBP, que chegou a R$ 2 bilhões | Foto: Divulgação/Emater O VBP é uma forma mais simplificada de medir, em moeda corrente, o valor da produção de um país, estado ou região. O cálculo multiplica o total da produção pelo preço médio praticado na região. Grãos, descritos como grandes culturas no relatório, lideram a lista das cadeias produtivas do DF com o maior VBP, que chegou a R$ 2 bilhões. Em seguida vem a cadeia da pecuária, com R$ 1,4 bilhão e, logo depois, a olericultura com quase R$ 1,3 bilhão. Dentro da olericultura, o destaque vai para a produção de tomate, que lidera as principais olerícolas com o VBP de R$ 194 milhões. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O VBP é um dos indicadores conjunturais utilizados pela Emater-DF para acompanhar o desempenho da produção agropecuária no Distrito Federal. Ele também foi um dos indicadores considerados na hora de calcular o Balanço Social da Emater-DF, que apontou que a cada R$ 1 investido na empresa R$ 6,43 voltam para a sociedade. Outro relatório usado pela empresa é o Relatório de Informações Agropecuárias (RIA) do DF, que também já tem a versão 2022 disponível para consulta. Serviço ? VBP 2022 ? RIA 2022 ? Balanço Social *Com informações da Emater
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Brasília é a 4ª melhor cidade para fazer negócios no agro
Com mais de 20 mil produtores rurais e uma atividade agropecuária que alcançou R$ 4,5 bilhões em 2021, Brasília é a 4ª melhor cidade para fazer negócios no agro, segundo pesquisa feita pela consultoria Urban Systems, divulgada pela revista Exame de dezembro. Foram considerados dados referentes até outubro de 2022, com análise de municípios com mais de 100 mil habitantes, e em seis eixos econômicos: comércio, serviço, indústria, mercado imobiliário, educação e agropecuária. Nesta nona edição da pesquisa, foram avaliados mais de 60 quesitos e indicadores somando as seis áreas econômicas, com análises referentes à infraestrutura de saneamento, transportes, mobilidade urbana, logística e telecomunicações. O setor com maior crescimento, na análise da agropecuária do DF, foi o das grandes culturas, como soja | Foto: Divulgação/Emater-DF Na agropecuária, Brasília ficou atrás apenas de Tangará da Serra (MT), Três Lagoas (MS) e Rio Verde (GO), primeiro colocado no ranking. Em 2021, o valor bruto de produção (VBP) do Distrito Federal subiu pelo sexto ano consecutivo. O VBP é calculado multiplicando o valor da produção de cada produto agrícola e da pecuária pelos preços médios recebidos pelos produtores. Em 2021, a produção agropecuária do Distrito Federal alcançou R$ 4,5 bilhões, um crescimento de 27,3% em relação a 2020, que foi de pouco mais de R$ 3,5 bilhões. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O setor com maior crescimento no DF foi o das grandes culturas (milho, soja, feijão, sorgo, feno), com VBP de R$ 1,7 bilhão (aumento de 61,66% na comparação com o ano anterior), ultrapassando o setor da pecuária, que teve um VBP de R$ 1,4 bilhão (+4,11%) em 2021. Já as cadeias produtivas da olericultura, floricultura, fruticultura, silvicultura, somadas, tiveram um valor bruto de R$ 1,2 bilhão em 2021 (+33,25%). A soja e o milho representam 80,6% da área plantada total de 161.310 hectares das grandes culturas. Os dados representam o potencial econômico do setor agropecuário do Distrito Federal e como a assistência técnica e a extensão rural dão resultado na vida das pessoas do campo, em especial na dos pequenos produtores e agricultores familiares. Como braço do governo no campo, a Emater-DF trabalha na qualificação do trabalho rural, auxiliando os produtores com gestão, assistência técnica e levando conhecimento e acesso a políticas públicas ao meio rural. *Com informações da Emater-DF
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