GDF recebe homenagem pelo apoio às vítimas das enchentes no RS
O Governo do Distrito Federal (GDF) recebeu do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) certificado de reconhecimento público pelo apoio à Força de Proteção do Sistema Único de Assistência Social do Rio Grande do Sul (Forsuas-RS). Além da equipe de gestão e logística da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) que viajou até o Sul do país para colaborar com os governos federal e local na implementação de um plano de auxílio às vítimas, cinco servidoras da pasta foram voluntárias para reforçar o preenchimento do Cadastro Único no estado. O Cadastro Único foi o instrumento utilizado pelo governo gaúcho para viabilizar a oferta dos benefícios socioassistenciais às famílias atingidas. Alessandra Nascimento foi uma dessas servidoras. Durante 34 dias, ela colaborou com os atendimentos em Eldorado do Sul (RS), na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Servidores da Sedes-DF atuaram na atualização de dados das vítimas no Cadastro Único, no acolhimento de pessoas e em ações de gestão e logística | Foto: Divulgação/ Sedes-DF “Trabalhamos em ritmo de mutirão porque eram muitas pessoas. Eldorado do Sul foi um dos municípios mais devastados. Depois dessa experiência, tenho a satisfação de estar vivendo em um território que tem políticas organizadas. Nós temos um sistema que tem Central de Vagas de Acolhimento, que tem um trabalho para população em situação de rua. Quando estávamos lá, nós agradecíamos por estar em um local que enxerga os invisíveis”, pontua Alessandra, lotada na Gerência Regional de Segurança Alimentar e Nutricional de Brasília e Estrutural da Sedes. Servidora da Central de Vagas de Acolhimento, Maria da Glória Almeida atuou junto com Alessandra. “Olha, 98% da cidade foi atingida e praticamente ninguém tinha Cadastro Único. Não é como aqui no DF, que as famílias em vulnerabilidade social já têm essa noção. Lá, eles não têm essa cultura. Muitos só fizeram o Cadastro Único porque o governo atrelou à entrega do benefício, para a entrega dos recursos das doações”, relata. “Fomos tão bem recebidos, me senti valorizada como servidora”. Geani Sá de Souza foi enviada para o município de Canoas (RS). “Eu chorei todos os dias ali. Me marcou a história de uma mãe de família, que tinha dois filhos e perdeu um deles na enchente. Ela tinha uma casa na região de Canoas, tinha um quiosque que onde ela tirava o sustento dela, tinha um carro. E ela perdeu tudo. No meio da enchente, ela conseguiu subir no telhado com as crianças, a ajuda chegou depois de muitas horas. Ela salvou o bebê de três anos, o outro ela perdeu. Estava tudo escuro, tudo cheio de água. Eu me emocionei muito”, relata. A servidora atua no DF no Serviço de Acolhimento Institucional para Mulheres – Casa Flor. “Voltei com uma olhar diferente para as acolhidas. Essa experiência foi muito boa até para isso, para ter esse olhar mais humano. Às vezes, nós ficamos naquele trabalho maçante e realmente fazer essa escuta, aprender sobre os programas, foi rico. Ressignificou meu trabalho como servidora.” As servidoras Elaine Cristina Melo Barbosa e Vanessa Bernardes Souza Rocha trabalharam em Cruzeiro do Sul (RS). Atualmente, na Unidade de Proteção Social (UPS) 24 horas da Sedes, Elaine fala da importância de ter feito a escuta qualificada nos atendimentos. “Eu fiquei no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de lá fiz a acolhida mesmo, com todo tipo de orientação, encaminhamento. Procurei estudar sobre os benefícios eventuais de lá para orientar as famílias, fiz atendimento domiciliar, fui até as áreas mais atingidas para atender deficientes e idosos que não tinham como ir ao Cras. As famílias estavam fragilizadas, atendi pessoas que a água levou o pai e a mãe de uma vez. Me recusei a fazer o Cadastro Único como um robô, era necessário ter aquele tempo para fazer escuta qualificada”, reitera a servidora. Vanessa Bernardes destaca como o trabalho no Forsuas (RS) gerou a reconexão dela como servidora da Assistência Social. “Eu atendi um rapaz que perdeu o marido na enchente. Estamos falando de um estado que é muito conservador. Eu, como uma profissional do DF, que tem uma caminhada consistente da garantia de direitos da população LGBTQIAPN+, fiquei feliz de poder ter acolhido ele naquele momento. Nem ele, nem o marido eram usuários da assistência. Eles tinham renda, carteira assinada. Isso mostra como a enchente atingiu todas as classes sociais. O marido não quis sair da casa e morreu”, conta. “Compartilhamos a nossa experiência aqui do DF na gestão e atendimento às famílias vulneráveis do DF para tornar mais efetivas as ações” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social “Para mim, é muito gratificante nós termos colaborado, de alguma forma, para auxiliar as famílias do Rio Grande do Sul atingidas pelas enchentes de maio. Compartilhamos a nossa experiência aqui do DF na gestão e atendimento às famílias vulneráveis do DF para tornar mais efetivas as ações. As servidoras foram voluntárias para reforçar esse apoio no atendimento de Cadastro Único, fundamental naquele momento para o estado”, ressalta a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. *Com informações da Sedes-DF
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Últimos militares do DF que atuavam no Rio Grande do Sul retornam a Brasília
A última equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) regressou a Brasília na tarde de quinta-feira (11). Após atuar em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Sistema de Comando de Incidente (SCI) em resposta à emergência ambiental que atingiu o estado do Rio Grande do Sul, seis militares estão de volta. Desde o início da missão humanitária do Distrito Federal no Rio Grande do Sul, 53 bombeiros militares do DF foram empregados nos municípios mais atingidos pelas enchentes no estado gaúcho | Foto: Divulgação/CBMDF Durante as duas últimas semanas, os bombeiros agiram em colaboração com o órgão ambiental federal para implementar operações de resgate da fauna e da flora afetadas pela tragédia das enchentes. “Nosso trabalho em conjunto com o Ibama é uma demonstração do compromisso do CBMDF com a proteção ambiental e o cuidado com todas as formas de vida. A dedicação de nossos militares durante esta missão no Rio Grande do Sul é motivo de grande orgulho e reforça a importância da colaboração em momentos de emergência”, declarou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sandro Gomes Santos da Silva. As ações de resgate de fauna e de garantia de bem-estar de animais que vinham sendo desempenhadas pelo SCI ficarão a cargo da Superintendência Estadual do Ibama, no Rio Grande do Sul, de modo que os atingidos pela tragédia continuem a receber o apoio necessário. Sandro Gomes ressalta a importância da ação do Corpo de Bombeiros do DF em ações humanitárias em todo o Brasil, como no Rio Grande do Sul | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Durante a participação do CBMDF foram realizados 284 voos com drones nas ações de mapeamento da área afetada. Nas operações foram resgatados 1.319 animais silvestres, 116 animais domésticos, além da distribuição de mais de três toneladas de insumos veterinários como vacinas, medicamentos e ração aos mais de 10 mil animais domésticos que estão em abrigos. Ao todo, desde o início da missão humanitária do Distrito Federal no Rio Grande do Sul, 53 bombeiros militares do DF foram empregados nos municípios mais atingidos pelas enchentes em abril deste ano. “Nós mandamos um efetivo especializado, com militares com cursos de salvamento à altura, de mergulho, de salvamento aquático. Foi uma tropa muito capacitada que ajudou a salvar muitas vidas lá no Rio Grande do Sul”, completou o comandante-geral da CBMDF. Auxílio das forças do DF Os primeiros profissionais foram cedidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em 3 de maio, seis dias depois do início das chuvas no estado. Além dos bombeiros, a missão humanitária contou ainda com seis agentes da Defesa Civil, 35 policiais militares e 11 policiais civis lotados no Departamento de Atividades Especiais (Depate). Na mesma missão, quatro papiloscopistas policiais da PCDF atuaram em abrigos do Rio Grande do Sul, onde fizeram a abordagem social para a confecção de carteiras de identidade para a população desabrigada. Os mais de 100 integrantes das Forças de Segurança que participaram da missão humanitária no RS foram homenageados nesta última semana na Câmara dos Deputados. Em uma solenidade no Auditório Nereu Ramos, os profissionais foram reconhecidos com certificados pela atuação de busca, resgate, salvamento e apoio operacional nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Guaíba, Eldorado do Sul, São Leopoldo e Bento Gonçalves. Marílio Costa: “A partir do momento que a gente pode servir alguém, estamos alcançando o objetivo de existir como policial militar” | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília Uma das homenageadas foi a tenente-coronel Paula Tiemy do Corpo de Bombeiros Militar. Ela esteve na primeira equipe da corporação a desembarcar no Rio Grande Sul. Foram 19 dias de trabalho que resultaram no resgate de 150 adultos, 30 crianças e bebês e vários animais. “Foi uma experiência diferente de tudo que já passei. Trabalhei na operação do Haiti, que foi terremoto, entretanto o desastre do Rio Grande Sul teve inundações e a questão do deslizamento de terra. Retiramos inúmeras vítimas dos bairros alagados e simultaneamente outra equipe atuava nas áreas de deslizamento”, lembrou. O sargento Marílio Costa, da Polícia Militar, contou que atuar em ações humanitárias traz o sentido real da profissão. “A sensação é de que estamos sendo úteis. Prezamos sempre por servir e proteger. Então, a partir do momento que a gente pode servir alguém, estamos alcançando o objetivo de existir como policial militar”, definiu. A equipe em que Marílio Costa atuou fez socorro a 57 pessoas que estavam ilhadas na região, com auxílio de um helicóptero e uma aeronave, além do transporte de materiais às vítimas. Sobre o reconhecimento, o sargento definiu como uma valorização a mais ao trabalho da corporação. “O nosso maior reconhecimento é ver as pessoas recebendo as doações e sendo resgatadas, mas ser reconhecido pela população do DF e pelos nossos representantes é muito gratificante”, defendeu.
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Rotina intensa e união pela dor: os dias da primeira equipe humanitária do DF no RS
Poucas horas de sono, banhos gelados e trabalho extenuante. Assim foi a rotina da primeira equipe do Distrito Federal enviada ao Rio Grande do Sul para auxiliar nos resgates em meio à catástrofe provocada pelas fortes chuvas. O grupo era composto por 14 militares e dois cães de busca e salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e dois agentes da Defesa Civil. A atuação da equipe foi crucial em diversas frentes, como a busca e o resgate de vítimas nos locais alagados em São Leopoldo e nas áreas de deslizamento em Bento Gonçalves. Ao longo da primeira fase da operação, 156 pessoas foram resgatadas, entre elas, 20 crianças. Além disso, foram salvos 80 animais. A autorização do Governo do Distrito Federal (GDF) para o envio de uma equipe ao Rio Grande do Sul chegou em 2 de maio. O grupamento passou a madrugada de quinta para sexta-feira preparando a logística para, na manhã do dia seguinte, partir com viaturas e embarcações. Foram dois dias e meio de viagem e, quando a equipe estava chegando a Porto Alegre, cidade designada a princípio, a ordem foi de alterar a rota para São Leopoldo, que apresentava um nível de destruição maior. Com o desvio de percurso, os bombeiros chegaram na cidade às 11h. Por volta das 14h, já estavam com duas embarcações e militares atuando dentro d’água. A tenente-coronel Paula Tiemy lembra que a equipe do CBMDF foi a primeira a chegar em São Leopoldo | Foto: Joel Rodrigues/ Agência Brasília Quem comandou a operação do CBMDF foi a tenente-coronel Paula Tiemy. Ela conta que, assim que as equipes chegaram ao bairro central de São Leopoldo, muitos populares cercaram as embarcações pedindo ajuda e direcionando os bombeiros às casas, ruas e apartamentos onde havia vítimas que necessitavam de ajuda. A equipe de socorro do DF foi a primeira a chegar naquela área. “Eles olharam nossa viatura e disseram ‘nossa, Distrito Federal! Vocês são os primeiros que chegam aqui’. Então a gente se sentiu bem grato pela oportunidade de estar lá e de ajudar aquela população”, lembrou a bombeira. A comandante da operação descreveu também como foi atuar no auge da catástrofe, quando ainda havia muita dificuldade de comunicação. A equipe ajudava nas informações à maneira antiga, conectando os familiares de barco ou outro meio de transporte. Após a chegada do StarLink, com o celular via satélite disponibilizado pelo governo do Rio Grande do Sul, houve uma melhora na questão logística. “O Corpo de Bombeiros serviu também como conforto para as famílias que queriam informações, principalmente nos primeiros dias” Paula Tiemy, tenente-coronel do Corpo de Bombeiros “Eram cenas de destruição, com muitos civis procurando ajuda e querendo encontrar entes queridos – ou mesmo saber como estavam, porque não havia comunicação, sinal de internet ou celular. O Corpo de Bombeiros serviu também como conforto para as famílias que queriam informações, principalmente nos primeiros dias. As pessoas estavam muito estressadas e com essa sensação de perda”, observou a tenente-coronel. Alojamento A equipe ficou alojada no prédio ao lado do quartel do Corpo de Bombeiros de São Leopoldo. Por militares de vários estados já estarem alojados no quartel, não foi possível montar o acampamento. Contudo, ao ver a situação das equipes, o síndico do prédio ao lado convidou o grupamento a ficar no salão de festas. “Tinha banheiro e a ducha da piscina, com água gelada, mas era tudo que a gente precisava: banheiro e um local para repousar”, frisou Paula. Devido ao trabalho intenso, os militares dormiam, em média, duas horas por noite nos primeiros dias, o que soma apenas 14 horas de sono em uma semana inteira. O cenário encontrado pelos bombeiros do DF foi de destruição | Foto: Divulgação/ CBMDF Nos dias seguintes, o CBMDF foi designado a atuar, junto aos cães Delta e Baruk, na cidade de Bento Gonçalves, devido aos deslizamentos de terra que atingiram a região. Por lá já havia uma parceria com a prefeitura da cidade, que ofereceu um hotel onde a equipe ficou alojada. “A gente tinha seis desaparecidos no Vale dos Vinhedos. Você não imaginava que aquilo tudo era verde e lindo, com casas, e de repente não tinha nada. A gente conversava com as pessoas e elas falavam sem acreditar. E você sentia aquela dor das pessoas, a gente criava um vínculo”, declarou a bombeira. A militar acrescenta que, mesmo diante de tantas perdas, as pessoas estavam ao lado das equipes diariamente oferecendo comida e ajuda. “A gente se deparou com muitas pessoas que perderam a casa, roupas, alimentos, não sabiam onde iriam dormir – e elas estavam do nosso lado diariamente, oferecendo aquilo que elas não tinham. Por mais que a gente seja treinado e capacitado para momentos de desastre e sofrimento, esse sentimento e essa resiliência foram pontuais nessa missão. É com isso que acredito que a equipe que está lá agora vai voltar”. Preparo de uma vida Marcos Rangel: “O gabinete de crise vislumbrou que é melhor colocar todos os esforços em Bento Gonçalves do que em São Leopoldo, onde as águas já baixaram” Há 12 anos no Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, a formação e a experiência da tenente-coronel Paula Tiemy, que se formou oficial da corporação em 2012, fez toda a diferença. Ela tem especialização em diversos cursos operacionais na área de busca e resgate, incluindo cursos avançados em estruturas colapsadas, salvamento aquático, busca e resgate com cães e de socorros e urgências (APH). Paula também já trabalhou como subcomandante do Grupamento de Busca e Salvamento, uma unidade especializada em resposta a desastres nos níveis local e nacional. Atualmente é a Chefe da Seção de Logística do Estado Maior Operacional. “Acredito que todos esses cursos de especialização acabaram me preparando para essa missão de suma importância que o CBMDF teve representando todo o Distrito Federal”, pontuou Tiemy. Durante os anos de serviço operacional, ela atuou em diversas ocorrências de destaque no DF, como o incêndio no Hospital Santa Lúcia, em 2020, e o incêndio na madeireira em Sobradinho, em 2023. Em 2021, a militar participou da missão no Haiti, que durou 21 dias. Na ocasião, a região sofreu um terremoto de 7,2 graus na escala Richter que deixou cerca de 2,1 mil pessoas mortas e centenas de desabrigados. Equipe brasiliense será renovada a cada 15 dias enquanto a missão no Rio Grande do Sul durar | Foto: Divulgação/ CBMDF “Chegando lá, nos deparamos com estruturas colapsadas em diversas cidades do Haiti. Entretanto, foi um ambiente bem distinto do que no Rio Grande do Sul, devido aos casos de alagamento e deslizamento de terra em diversas cidades. No Sul foi uma situação que você vê em filmes de desastre, com o potencial bem elevado”, descreveu Tiemy. Paula recorda que, na missão de 2021 no país estrangeiro, para conseguir fazer qualquer operação era necessário o apoio da polícia, por causa dos sequestros que ocorriam nas cidades colapsadas. Ela afirma que a situação a preparou para os saques que também começavam a ocorrer no Rio Grande do Sul, onde houve um trabalho em conjunto com as forças de segurança. “O governo do Rio Grande do Sul começou a colocar policiais militares junto com as embarcações, o que diminui um pouco a onda de saques. O Exército também ajudou muito”. Continuidade da missão O grupo que atuou na primeira quinzena após a convocação retornou a Brasília na tarde do dia 21. Uma nova equipe foi enviada para substituir os militares, respeitando o protocolo de renovação a cada 15 dias. O comandante do centro de comunicação social do CBMDF, coronel Marcos Rangel, ressaltou que a corporação recebe o relatório diário dos militares atuantes demonstrando a situação na região. Atualmente as equipes de São Leopoldo compõem o grupo em Bento Gonçalves. “O gabinete de crise vislumbrou que é melhor colocar todos os esforços em Bento Gonçalves do que em São Leopoldo, onde as águas já baixaram”, explicou o militar.
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