DF conquista categoria ouro no Selo Compromisso com a Alfabetização
Em reconhecimento às iniciativas exitosas que promovem a alfabetização e o letramento dos estudantes na faixa etária adequada, a Secretaria de Educação (SEEDF) recebeu, nesta segunda-feira (10), a classificação ouro do Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, do Ministério da Educação. A premiação faz parte do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), ao qual o Governo do Distrito Federal (GDF) aderiu. O objetivo é premiar as secretarias de educação estaduais, municipais e distrital pela implementação de boas práticas de política de alfabetização. O selo reconhece a implementação de políticas de alfabetização | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Ao todo, 4.187 municípios receberam o selo, sendo 2.592 na categoria ouro, 1.062 na prata e 533 na bronze. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou que, para atingir o compromisso pactuado com o MEC, a SEEDF criou o programa Alfaletrando, que oferece material pedagógico, suporte, acompanhamento e formação para os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal, para garantir a alfabetização de 100% das crianças ao final do 2º ano do ensino fundamental. “Eu falo com muito orgulho que somos a única unidade da Federação que construiu o próprio programa de alfabetização na idade certa. A criança que é alfabetizada no tempo certo segue adiante, sem reprovação, sem distorção e não abandona a escola, porque ela está motivada”, declarou a secretária. Alfaletrando O programa Alfaletrando é uma das iniciativas da Secretaria de Educação reconhecidas pelo prêmio O Alfaletrando foi criado via decreto nº 45.495, de 2024, e tem como objetivos principais assegurar que 100% das crianças matriculadas na rede pública de ensino estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental, e também recompor as aprendizagens, com foco na alfabetização de todas as crianças matriculadas nos 3º, 4º e 5º anos da rede pública de ensino, devido ao impacto causado pela pandemia de covid-19. O programa é estruturado em cinco eixos: Governança e elaboração de política distrital de alfabetização, Formação de profissionais da educação e acompanhamento pedagógico, Sistema de avaliação, Melhoria e qualificação da infraestrutura física e insumos pedagógicos e Reconhecimento e compartilhamento de boas práticas. Compromisso Nacional Criança Alfabetizada O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA) é realizado em regime de colaboração entre a União e os entes federados que aderiram à política. Em maio do ano passado, o Governo do Distrito Federal (GDF) pactuou, junto ao governo federal, a meta de atingir 80% de alfabetização na idade certa até 2030. De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, há indicativos que mostram a evolução do desempenho do país para atingir a meta. “Saímos de 36% e chegamos a 56% das crianças alfabetizadas. Temos uma meta de chegar até 2030 a pelo menos 80%, mas acredito que vamos atingi-la antes”, declarou. *Com informações da Secretaria de Educação
Ler mais...
DF firma compromisso nacional de meta de alfabetização até 2030
O Governo do Distrito Federal (GDF) pactuou, na manhã desta terça-feira (28), com a meta do governo federal de atingir 80% de alfabetização na idade certa até 2030. O objetivo foi anunciado durante reunião no Palácio do Planalto com a presença de governadores, vice-governadores e secretários de Educação e faz parte das propostas do programa federal Criança Alfabetizada, que já teve R$ 1 bilhão em investimentos em todas as unidades da federação. GDF firmou, na manhã desta terça-feira (28), a meta de atingir 80% de alfabetização na idade certa até 2030 | Fotos: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília “O DF foi uma das unidades da federação que aderiu ao programa. A nossa meta sempre foi muito mais ousada do que a própria meta do governo federal. A gente vai alcançar, com certeza, o objetivo, que é erradicar o analfabetismo aqui no Distrito Federal”, destacou a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. Ela citou, por exemplo, os bons números do DF, que tem o menor índice de analfabetismo do Brasil e a segunda melhor taxa de alfabetização do país. “Nós temos um dos menores índices de analfabetismo do Brasil, uma taxa de 1,7%, e nós queremos erradicar. Nós temos que entender que o DF vive uma situação migratória todos os anos; ou seja, em 15 anos nós recebemos mais de 500 mil novas pessoas aqui, necessitando de todos os serviços públicos. Mas mesmo assim hoje nós temos o segundo melhor índice de alfabetização do Brasil, perdendo apenas para Santa Catarina”, complementou Celina. O Distrito Federal é um case de sucesso em relação à taxa de alfabetização. De acordo com o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 97,2% da população da capital é alfabetizada O ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou que, em um ano, o programa já mostrou resultados, com um salto de 36% para 56% das crianças da rede pública alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental, segundo dados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). “Uma das nossas primeiras missões foi construir uma grande política nacional de alfabetização de crianças, porque alfabetizar na idade certa é fundamental. Nesse período já tivemos um salto. Vamos continuar apoiando financeiramente os estados e avaliar o comportamento dos programas, com uma espécie de Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] da alfabetização”, anunciou. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, explicou que o governo federal fará o acompanhamento dos estados para auxiliar no compromisso firmado. “Estamos fazendo história, porque os governadores assumiram o compromisso de diminuir o analfabetismo. Estamos propondo que, até 2030, cheguemos a 80% de crianças alfabetizadas na idade certa. Vamos acompanhar todos os municípios e estados, orientando e discutindo junto às melhorias e também divulgando as boas práticas”, afirmou. O DF participa do programa com uma iniciativa própria, o Alfaletrando; a política pública promove a alfabetização e o letramento de crianças até os 7 anos de idade Índices de ponta O Distrito Federal é um case de sucesso em relação à taxa de alfabetização. De acordo com o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 97,2% da população da capital é alfabetizada, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que alcançou a marca de 97,3% de alfabetizados. Em relação à taxa de analfabetismo, o DF tem a menor taxa do país, um total de 1,7%, indicador bastante abaixo da média nacional de 5,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua mais recente, divulgada em março de 2024 pelo IBGE. O DF participa do programa com uma iniciativa própria: o Alfaletrando, lançado em abril deste ano. Instituída por meio do Decreto nº 45.495/2024, a política pública promove a alfabetização e o letramento de crianças até os 7 anos de idade, como forma de colaborar para a construção de trajetórias escolares bem-sucedidas. A proposta tem dois objetivos. O primeiro é garantir que 100% das crianças matriculadas na rede pública de ensino estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental. O segundo é recompor as aprendizagens, com foco na alfabetização, de 100% das crianças matriculadas nos 3º, 4º e 5º anos da rede pública de ensino, em vista do impacto da pandemia de covid-19 para esse público. “O DF e todos os estados fizeram seus programas locais e nós lançamos esse ano o Alfaletrando, que foi construído pela Secretaria de Educação do DF, pelos nossos profissionais, e que já está em implementação”, afirmou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. “No segundo semestre nós já faremos a primeira avaliação para ver como as crianças estão seguindo nesse processo. Nós estamos muito felizes porque a alfabetização é a base de tudo”, acrescentou.
Ler mais...
DF tem segundo melhor índice de alfabetização do país, segundo IBGE
O Distrito Federal tem uma das melhores taxas de alfabetização do país. De acordo com o Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 97,2% da população da capital é alfabetizada, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que alcançou a marca de 97,3% de alfabetizados. Isso se deve ao esforço do Governo do Distrito Federal (GDF) em garantir ensino público de qualidade desde os primeiros anos escolares até o ensino de jovens e adultos. Para a subsecretária de Educação Básica da Secretaria de Educação do DF (SEE-DF), Iêdes Braga, as ações do GDF têm sido determinantes para alcançar esse índice, que corrobora com os dados divulgados este ano Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua que classificou o DF com a menor taxa de analfabetismo do país, um total de 1,7%. Entre elas, a gestora cita o Alfaletrando, lançado este ano para focar na alfabetização de crianças de até 7 anos e na continuidade do processo até o 2º ano do ensino fundamental, antes o desenvolvimento seguia até o 3º. A subsecretária Iêdes Braga ressalta que “quando eu alfabetizo na idade certa, garanto uma trajetória dentro do fluxo regular” | Fotos: Tony Oliveira/ Agência Brasília “O programa foi construído pelos próprios professores e reflete a realidade do DF. Também temos todo um trabalho articulado da rede voltado para uma gestão compartilhada, ações de formação e acompanhamento nas unidades escolares”, observa a subsecretária. “Quando eu alfabetizo na idade certa, garanto uma trajetória dentro do fluxo regular”, ressalta. O programa tem uma abordagem pedagógica inovadora, com recursos e práticas educacionais modernas para estimular o interesse e a participação dos estudantes. A SEEDF também preparou material de apoio específico para alunos do 1º e 2º ano, para além do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Além disso, o programa tem o objetivo de recompor as aprendizagens das crianças dos 3º, 4º e 5º anos, por conta do impacto da pandemia da covid-19. O objetivo é ajudar ainda mais a elevar o índice de alfabetização no DF. Segundos dados da SEEDF, este ano, estão matriculadas no 1º ano do ensino fundamental 28.219 estudantes e outros 27.816 estão no segundo ano. Nunca é tarde para aprender Com a didática especial, a Educação de Jovens e Adultos (EJA), adultos têm a chance de voltar a estudar e melhorar de vida | Foto: Lúcio Bernardo Jr/ Agência Brasília Em outra frente, a Secretaria de Educação do DF trabalha para incluir as pessoas que por diversos motivos não puderam estudar na idade certa com a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Essa modalidade é dividida em três segmentos: o primeiro ano é voltado à alfabetização e os demais aos anos finais do ensino fundamental. Com o objetivo de tornar o ensino mais atrativo para esse segmento, os professores são capacitados para trabalhar a alfabetização com didática focada nos adultos. “O que vemos em muitos programas que não usam o conceito de andragogia (ensino para adultos) e não consideram essa condição humana da fase adulta, é o abandono (escolar). A gente busca compreender o adulto nessa condição, com metodologia própria, o que faz eles se sentem acolhidos”, explica. Para facilitar a vida de quem quer iniciar ou retomar os estudos, a matrícula no EJA pode ser realizada a qualquer tempo, diferentemente do ensino regular. “A gente dá oportunidade para esse cidadão que não se matriculou, mas que se viu motivado poder voltar a estudar a qualquer momento”, ressalta Iêdes. Somado a isso, a SEEDF faz a busca ativa com chamamento público para que as pessoas se matriculem. Atualmente, são 3.470 estudantes matriculados no 1º segmento, outros 10.445 no 2º segmento e 11.816 estudantes no 3º segmento. O EJA está presente em 99 unidades nas 14 regionais de ensino para que moradores de todo o DF tenham oportunidade de estudar, além das escolas polo que oferecem aulas nos períodos noturno e diurno.
Ler mais...
Novo programa vai atuar para garantir 100% de alfabetização no ensino fundamental
A Secretaria de Educação (SEEDF) lançou, nesta terça (16), o programa Alfaletrando, que tem como objetivo promover a alfabetização e o letramento de crianças, com vistas à melhoria da qualidade da educação básica em todo o DF. Participaram do lançamento, além de equipes da secretaria, representantes do Ministério da Educação (MEC). Programa Alfaletrando é inclusivo e foca a importância de motivar a criança a aprender a ler para obter boa formação | Foto: Divulgação/SEEDF “Somos a única unidade da Federação que construiu o próprio programa de alfabetização” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação Para a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, o Alfaletrando é um dos programas pedagógicos mais importantes da pasta. “Vamos implementar um programa voltado para a alfabetização na idade certa”, afirmou. “A criança que é alfabetizada no tempo certo segue adiante, sem reprovação, sem distorção, e não abandona a escola, porque ela está motivada, sabe ler, já está lá na frente”. A gestora ressaltou que o Alfaletrando é, sobretudo, um programa de inclusão: “Vamos trabalhar também com as crianças que têm necessidades especiais. Somos a única unidade da Federação que construiu o próprio programa de alfabetização, e eu tenho muito orgulho disso”. Formação Saber ler e escrever são passos essenciais para a compreensão de outras disciplinas, estimulando o pensamento crítico, a comunicação eficaz e a autoconfiança. É com essa premissa que a professora Maria Elena Tavares, articuladora da Unidade de Educação Básica (Unieb) da SEEDF, reforçou a importância da alfabetização e do letramento no tempo adequado. “Ainda existem crianças que estão no 5º ano, por exemplo, e têm dificuldades com a leitura e a escrita”, comentou a gestora. “O programa também ampara essas crianças, por meio do reforço de aprendizagens. Nós temos a formação aqui na Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais de Educação (Eape) com os articuladores locais e, juntamente com ele [o programa], formamos os cursistas, que são os professores que estão nas turmas de alfabetização.” Alfaletrando DF O programa foi instituído por meio do Decreto nº 45.495/2024, que tem como eixo garantir o direito à alfabetização de crianças até os sete anos de idade, como forma de colaborar para a construção de trajetórias escolares bem-sucedidas. O decreto especifica que são dois os objetivos do programa. O primeiro é garantir que 100% das crianças matriculadas na rede pública de ensino estejam alfabetizadas ao final do 2º ano do ensino fundamental. O segundo é recompor as aprendizagens, com foco na alfabetização, de 100% das crianças matriculadas nos 3º, 4º e 5º anos da rede pública de ensino, em vista do impacto da pandemia de covid-19 para esse público. Foto: Mary Leal/SEEDF A expectativa é de que o programa seja implementado em todas as unidades escolares que oferecem o 1º e 2º ano do ensino fundamental, concentrando esforços no processo inicial de alfabetização. *Com informações da SEEDF
Ler mais...
Decreto institui no DF o programa Alfaletrando
Nesta segunda-feira (19), foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) o decreto nº 45.495, que institui o programa Alfaletrando. O objetivo principal é promover a alfabetização e o letramento de crianças, visando à melhoria da qualidade da educação básica no território do DF. Estudantes da rede pública de ensino vão utilizar cadernos específicos do programa | Foto: Mary Leal/SEEDF Para 2024, a expectativa é a implementação do programa em todas as unidades escolares que oferecem o primeiro e o segundo anos do ensino fundamental, concentrando esforços no processo inicial de alfabetização. A iniciativa surge como uma resposta assertiva às demandas educacionais do DF, com a meta de garantir que todos os estudantes tenham acesso a uma educação de qualidade desde os primeiros anos escolares. O programa abrange a alfabetização e o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Nós pactuamos, ano passado, com o Ministério da Educação, alguns programas nacionais, e nosso carro-chefe é o Alfaletrando, que é de alfabetização na idade certa, para que as crianças sejam alfabetizadas até o segundo ano dos anos iniciais”, resume a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. Próximos passos [Olho texto=”“Ao investir em alfabetização e letramento, estamos construindo as bases para um futuro educacional sólido e preparando nossas crianças e adolescentes para enfrentar os desafios do século 21” ” assinatura=”Iêdes Braga, subsecretária de Educação Básica” esquerda_direita_centro=”direita”] Para os anos seguintes, a perspectiva é estender as ações aos demais anos do segundo ciclo, abrangendo um espectro mais amplo de estudantes e consolidando os avanços já conquistados. O programa contará com uma abordagem pedagógica inovadora, utilizando recursos e práticas educacionais modernas para estimular o interesse e a participação dos estudantes. “O programa representa um avanço significativo para a educação básica da nossa cidade”, pontua a subsecretária da Educação Básica da Secretaria de Educação (SEEDF), Iêdes Braga. “Ao investir em alfabetização e letramento, estamos construindo as bases para um futuro educacional sólido e preparando nossas crianças e adolescentes para enfrentar os desafios do século 21.” O Alfaletrando é estruturado em cinco eixos que orientam suas ações: Gestão e governança, Acompanhamento pedagógico e formação continuada, Avaliação, Infraestrutura física e pedagógica e Boas práticas. Veja o decreto de criação do programa. *Com informações da Secretaria de Educação
Ler mais...
Projetos garantem altos índices de aprendizagem no ensino público do DF
A importância do ensino e da aprendizagem se estabeleceu oficialmente no calendário do país em 14 de novembro de 1966, quando foi instituído, por meio de decreto, o Dia Nacional da Alfabetização. Nesta terça-feira, que marca os 57 anos da data, o Distrito Federal comemora conquistas na área. A mais importante delas é apontada pela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em junho, que coloca o DF como a unidade da Federação com o menor percentual de pessoas analfabetas de 15 anos ou mais. A rede pública de ensino utiliza as diretrizes do Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), instituído em 2014 | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília ??Em 2022, o DF tinha 47 mil pessoas dessa faixa etária iletradas, o que equivale a uma taxa de 1,9% de analfabetos – número bem abaixo do registrado no Brasil, de 5,6%, e de estados em que esse percentual está próximo a 15%. Para chegar a essa marca, o Governo do Distrito Federal (GDF) investe em uma série de políticas públicas na educação básica e na Educação de Jovens e Adultos (EJA) para atender os cerca de 90 mil alunos matriculados nos três anos iniciais do ensino fundamental das 376 escolas públicas e aproximadamente 4 mil estudantes nas 95 unidades escolares da EJA que passam pelo processo de alfabetização. Cada criança, um ritmo de aprendizado No caso das crianças, a rede pública de ensino utiliza as diretrizes do Bloco Inicial de Alfabetização (BIA), instituído em 2014. A política organiza o ato de ler, escrever e interpretar nos três primeiros anos do ensino fundamental, tendo o primeiro ano dedicado às questões relacionadas à alfabetização, o segundo ano com o aprofundamento do que foi aprendido e terceiro ano destinado à consolidação da habilidade. Apesar de ter sido fundamental para o avanço da alfabetização no ensino público do DF, o BIA passa por um processo de atualização. Neste ano, a rede iniciou os trabalhos para instituir um novo programa a partir da adesão do DF ao Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, iniciativa do governo federal que conta com investimento de R$ 3 bilhões nos próximos quatro anos para garantir a alfabetização dos estudantes nos anos iniciais do ensino fundamental e a recomposição das aprendizagens daqueles prejudicados na pandemia. O Alfaletrando é um programa de consolidação da alfabetização até o segundo ano do fundamental que está em fase de planejamento e implementação na Secretaria de Educação do DF (SEE) em termos de gestão e governança. A meta é introduzir esse programa em todas as escolas públicas do DF a partir de 2024, para complementar o BIA. De acordo com a diretora de Ensino Fundamental da SEE, Ana Carolina Tavares, a alfabetização é um processo em que cada criança aprende em um ritmo. O Alfaletrando é um programa de consolidação da alfabetização até o segundo ano do fundamental que está em fase de planejamento e implementação na SEE “Não existe um método específico de alfabetização, porque cada aluno aprende de um jeito. Nosso currículo prevê essas diferenças. Quando a gente pensa nas crianças, em uma política pública consolidada, o BIA abre espaço para isso. A gente considera importante a realização dessas práticas diferenciadas na perspectiva de trazer momentos diferentes para prática pedagógica, fugindo da dinâmica de quadro e valorizando nossos profissionais, especialmente após o período pandêmico”, explica Ana. Reagrupando, contando e encantando Entre os projetos no âmbito do BIA está o Reagrupando, contando e encantando, implantado na Escola Classe 5 de Brazlândia para os alunos da educação infantil ao quinto ano. Lá se trabalha com o método de reagrupamento, em que as crianças são divididas por níveis de acordo com a escrita. [Olho texto=”Em 2022, o DF tinha 47 mil pessoas dessa faixa etária iletradas, o que equivale a uma taxa de 1,9% de analfabetos – número bem abaixo do registrado no Brasil, de 5,6%, e de estados em que esse percentual está próximo a 15%.” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Cada grupo tem um incentivo diferente para permitir que as crianças aprendam a ler. Cada professor trabalha com atividades lúdicas para que aquele grupo avance de nível. O objetivo é alfabetizar os menores e consolidar a alfabetização dos maiores. São 474 alunos entre 6 e 10 anos. O reagrupamento é uma estratégia pedagógica que consta nas Diretrizes Pedagógicas para Organização Escolar. O programa engloba do nível pré-silábico ao alfabético, mas atende especificamente o foco da alfabetização, do primeiro ao quinto ano. O Governo do Distrito Federal (GDF) atua por meio do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), que faz o auxílio na compra dos materiais. O projeto já tem dois anos, divididos entre a maturação, organização e os estudos, feitos para os professores que chegam na rotatividade, trabalhando primeiro o professor para depois trabalhar o aluno. “É de suma importância a alfabetização para as crianças estarem ocorrendo de forma efetiva dentro do âmbito escolar; então o Dia Nacional da Alfabetização, para a gente, é um dia incrível. É onde a gente vai verificar realmente se o nosso trabalho feito com amor e dedicação consegue atingir o objetivo que é alfabetizar a todos de forma concreta”, ressalta a diretora da Escola Classe 5 de Brazlândia, Poliane Pereira dos Santos de Sousa. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] O aluno José Roberto da Silva Paulino, de 11 anos, participa do programa desde o início do quinto ano. Ele afirma que já consegue reescrever uma história inteira e que a atividade de que mais gosta ocorre quando jogam ou recontam uma história. “Eu acho que é muito mais fácil, porque saí do quarto ano e a gente ainda não tinha essa capacidade de escrever, fazer texto, essas coisas. Agora já estamos bem melhor escrevendo. A gente estuda muito, faz tarefas, brinca, tem jogos, muitas atividades. Eu acho muito importante, porque, se eu crescer e eu não souber ler e nem escrever, não vou conseguir ter um emprego bom e não vou conseguir dar sustento à minha família, que um dia eu quero ter”, conta José. Já o sonho de Anna Elisa de Moura Antunes, 10, é ser professora. “Eu gosto muito de aprender, ajudo também o pessoal, temos texto e dever escrito. A gente reconta as histórias, dá para o professor e ele fala se está bom ou não. Gostei de recontar a história do grande morango e a do saci. Os meus amigos também gostam”, acrescenta a pequena. Resultados positivos A secretária escolar Aparecida Evangelista de Oliveira é mãe de Aline, uma das alunas do terceiro ano do ensino fundamental que participa do programa Reagrupando. Segundo ela, como as crianças que têm muita dificuldade são separadas por nível, o fato de estarem em um patamar compatível contribui para que obtenham um rendimento melhor. “A Aline veio da pandemia já com muita dificuldade, chegou ao terceiro ano muito fraca. O trabalho de reagrupamento ajudou bastante, ela melhorou a escrita e a leitura. Foi tudo feito de forma muito lúdica na escola, além de colocar os alunos que têm mais dificuldades com outro professor que esteja no nível em que ela está. Acredito que tem dado um bom resultado, o governo tem desempenhado o trabalho dele”, declara a mãe. De acordo com a pedagoga Joelma das Graças Santana, que atua no ensino fundamental em Brazlândia, o objetivo, com esse projeto, é avançar as crianças na aprendizagem e melhorar o desempenho, leitura, escrita e o letramento, respeitando o ritmo de cada aluno. “Esse projeto é uma maneira divertida de trabalhar alfabetização. Nós também trabalhamos com a comunidade, em reconhecer, valorizar as profissões, o lugar em que moram, aquilo que a gente cultiva, então é um projeto que vai além dos muros da escola. A gente trabalha com a questão do cidadão. Temos colhido muitos frutos, com toda a comunidade escolar envolvida. Desde a portaria até a cantina, todo mundo participa, todo mundo sabe quando é dia de reagrupamento”, ressalta.
Ler mais...