Concurso de redação destaca impacto das mudanças climáticas nos biomas Cerrado e Amazônia
A Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF), em parceria com o Instituto Amazônia no Cerrado e a Secretaria de Educação (SEEDF), lança na próxima sexta-feira (13), uma importante iniciativa voltada para estudantes do ensino fundamental. Trata-se do I Concurso de Redação “Amazônia e Cerrado na Ponta do Lápis”, que visa conscientizar os jovens sobre as mudanças climáticas e seus impactos nos dois biomas de destaque. Concurso de redação vai promover reflexão sobre a importância da preservação dos biomas Cerrado e Amazônia | Foto: Arquivo/Agência Brasília A proposta do certame foi apresentada pelo Instituto Amazônia do Cerrado e acolhida pela Sema-DF. O secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, destacou a relevância da colaboração e o papel da Sema como protagonista nesse processo. “Nossa equipe de educação ambiental está completamente envolvida nesse projeto, que tem como objetivo promover uma reflexão profunda sobre a sustentabilidade e a preservação dos biomas Amazônia e Cerrado”, afirmou o secretário. Desde o início das discussões, a Sema tem liderado várias reuniões com o Instituto Amazônia no Cerrado e a Secretaria de Educação para garantir o sucesso do concurso. A implementação da iniciativa, que abrange os estudantes do 9º ano, visa não só o engajamento escolar, mas também o fortalecimento da política pública de educação ambiental no Distrito Federal. O chefe da Assessoria de Educação Ambiental e Cidadania da Sema, Hugo de Carvalho Sobrinho, ressaltou o impacto positivo do projeto. “Essa ação vai muito além de um concurso de redação. Ela incentiva processos criativos de leitura e escrita, ao mesmo tempo em que fortalece a conscientização ambiental nas escolas públicas do DF, alinhando-se às diretrizes da nossa política de educação ambiental”, comentou. “A Sema foi crucial para consolidar essa iniciativa, que não só fortalece a presença do Instituto no Cerrado, mas abre caminhos para futuras ações que envolverão também a Amazônia”, comentou o presidente do Instituto Amazônia no Cerrado, Eliomar Mota da Cunha. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento dos alunos. “Esse concurso oferece uma oportunidade única para que nossos estudantes reflitam sobre temas essenciais para o futuro, como as mudanças climáticas. Eles terão a chance de expandir seu conhecimento e desenvolver uma consciência crítica voltada à preservação ambiental.” *Com informações da Sema-DF
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Projeto para monitorar grandes mamíferos mapeou 32 espécies no DF desde 2014
O Cerrado é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do país. Em mamíferos, por exemplo, das 650 espécies presentes no Brasil, 194 têm ocorrência por aqui, o que nos deixa atrás apenas da Amazônia e da Mata Atlântica. O Projeto de Monitoramento de Médios e Grandes Mamíferos Silvestres, iniciativa do Instituto Brasília Ambiental, tem, entre outras coisas, o objetivo de mapear e entender o comportamento dos animais | Fotos: Reprodução de monitoramento do Brasília Ambiental Preservar essas espécies é uma tarefa árdua que depende, entre outras coisas, de mapear e entender o comportamento dos animais. Foi com esse intuito que nasceu o Projeto de Monitoramento de Médios e Grandes Mamíferos Silvestres, iniciativa do Instituto Brasília Ambiental, que completa 10 anos em 2024. Tudo teve início com relatos da presença de uma onça-pintada na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina. O Brasília Ambiental, então, começou o monitoramento e, em 9 de outubro de 2014, fez o primeiro registro oficial da espécie nos limites do Distrito Federal. Animais como tamanduá-bandeira, anta e lobo-guará, flagrados por meio de armadilhas fotográficas, estão entre dez espécies vulneráveis à extinção Desde então, outras 32 espécies, sendo dez vulneráveis à extinção, como tamanduá-bandeira, anta e lobo-guará, foram flagradas por meio de armadilhas fotográficas. Inicialmente restrito à Estação Ecológica de Águas Emendadas, o projeto foi levado também a outras duas unidades de conservação, o Parque Ecológico dos Pequizeiros e a Área de Proteção Ambiental de Cafuringa, graças a uma parceria com a ONG Jaguaracambé, firmada em fevereiro deste ano. “A gente entende que esse é um estudo que deve ser contínuo ao longo do tempo e que ele deve perdurar até a gente conseguir entender a distribuição das espécies no território do DF, bem como identificar os caminhos que elas percorrem entre as unidades de conservação, porque elas não ficam restritas só a um lugar”, afirma Marina Motta, servidora da Gerência de Fauna do Brasília Ambiental e responsável pelo projeto. Marina explica, ainda, que as armadilhas fotográficas contam com bateria e sensor de movimento que faz com que elas capturem uma imagem toda vez que um animal passar pela frente. Hoje, são cerca de 20 espalhadas pelo DF. Os materiais são recolhidos mensalmente. Além de ajudar a fomentar as políticas do Brasília Ambiental, os dados têm servido de base para pesquisas acadêmicas sobre a fauna do Cerrado. “A armadilha fotográfica comprova que a vida existe. A partir daí, a gente vê qual atitude deve tomar para que ela possa se proliferar”, aponta o presidente do Brasília Ambiental, Rôney Nemer. “Esses animais são vulneráveis demais. Eles sofrem muito com atropelamentos, com a caça predatória, e isso nos preocupa muito. Por isso a importância desse trabalho de monitoramento”, acrescenta. Os mamíferos têm papel chave na manutenção do equilíbrio da biodiversidade. Enquanto os carnívoros controlam a densidade de suas presas, os herbívoros agem sobre a flora, no consumo de frutas e consequente dispersão de sementes.
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