Emater-DF encerra 2025 com fortalecimento da produção e da segurança alimentar na capital
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) fecha 2025 com um balanço marcado pelo fortalecimento da agricultura e ampliação das políticas públicas no campo. Foram mais de 150 mil atendimentos, entre ações individuais e coletivas, além de 12 mil visitas técnicas que levaram orientação direta a produtores, comunidades rurais, escolas, associações e instituições. Ao longo do ano, a empresa promoveu 355 capacitações, beneficiando mais de 3,2 mil produtores, além das atividades de formação e aperfeiçoamento dos empregados. O ano também foi marcado pela contratação de 15 novos funcionários. Por meio do Programa Ater Digital, foi ampliado o uso do assistente virtual da empresa, que proporcionou atendimento a 4.569 pessoas em canais digitais, com registro de 86% de aprovação, revelando uma aproximação entre tecnologia e produtor rural. Ao longo do ano, a empresa promoveu 355 capacitações, beneficiando mais de 3,2 mil produtores, além das atividades de formação e aperfeiçoamento dos empregados | Fotos: Divulgação/Emater-DF Programas e ações O incentivo à produção orgânica ganhou força com o programa Certifica-DF. Neste ano, 72 novos agricultores passaram a integrar o Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos (CNPO), aumentando para 376 o número de produtores certificados no DF. As compras institucionais tiveram papel importante na agricultura familiar. Programas como o de Aquisição de Alimentos (PAA), o Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) movimentaram R$ 65,28 milhões, garantindo renda a milhares de agricultores. Mais de 6.900 toneladas de alimentos foram destinados às escolas públicas e a instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social. Crédito e agricultura urbana Em 2025, a Emater-DF viabilizou 160 projetos de crédito rural, mais de R$ 9 milhões em financiamentos por meio de políticas como FDR, Prospera e Pronaf. A agenda ambiental avançou com a instalação de 204 sistemas de saneamento rural. Na agricultura urbana, foram implantadas e reformadas 94 hortas escolares, comunitárias e terapêuticas, além da instalação de 21 sistemas de captação de água da chuva em escolas, ampliando práticas sustentáveis e fortalecendo a educação ambiental. Reconhecimento Programas como o de Aquisição de Alimentos (PAA), o Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF) movimentaram R$ 65,28 milhões, garantindo renda a milhares de agricultores Pelos avanços no combate à fome e na promoção da agricultura familiar, o DF conquistou o Selo Betinho e o Prêmio Brasil Sem Fome, na categoria “Boas Práticas de Combate à Fome e Promoção da Segurança Alimentar e Nutricional”. Neste último, a premiação foi entregue pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) ao Governo do Distrito Federal, por meio da Emater-DF, reconhecendo iniciativas da empresa que promovem a segurança alimentar e nutricional e o fortalecimento da agricultura familiar na capital. “Os resultados vão além dos números. Mostram o quanto a Ater pública é essencial para o desenvolvimento rural, para a segurança alimentar e para geração de oportunidades. Encerramos 2025 fortalecidos e preparados para novos desafios em 2026”, ressalta o presidente da Emater-DF, Cleison Duval. *Com informações da Emater-DF
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Novo canal de irrigação garante fornecimento a produtores de Planaltina
O canal de irrigação que atende o assentamento Márcia Cordeiro Leite, em Planaltina, está pronto. O anúncio foi feito pela vice-governadora Celina Leão neste sábado (16), durante a entrega das obras de pavimentação na DF-345. A tubulação de aproximadamente 11,5 km beneficia 31 famílias, que terão o fornecimento de água para a produção rural garantido durante todo o ano. A obra custou R$ 350 mil, recurso oriundos de emendas parlamentares. A construção do canal contou com a união de esforços entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a população | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília “Essa obra pode não ser perceptível aos olhos, mas é muito importante”, garantiu Celina Leão. “O canal melhora as condições de trabalho do produtor, além de ajudar o meio-ambiente.” Construída com tubos de PEAD (polietileno) e de PVC (plástico), a galeria garante a preservação e o melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Isso porque, protegida pela tubulação, a água não se perde e nem entra em contato com resíduos. A construção do canal contou com a união de esforços entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e a população. A Secretaria de Agricultura do Distrito Federal (Seagri-DF) forneceu o maquinário usado na obra. Já a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) foi responsável pelo projeto e acompanhamento técnico. E coube aos próprios moradores da comunidade construírem as caixas de distribuição de água em suas propriedades. Presidente da Emater-DF, Cleison Duval lembrou que um antigo sistema de irrigação costumava atender apenas seis famílias do assentamento. “Era um canal aberto, que perdia 50% da água por infiltração, além de sofrer com sujeira e assoreamento”, afirmou. “Esse sistema de irrigação parou de funcionar em 2018, quando deixou de atender qualquer produtor”, completou. O modelo atual dos canais, feito com o uso de tubulações, não só elimina as perdas por infiltração como também reduz drasticamente a necessidade de manutenção. Além disso, a água é transportada em maior volume, mesmo em condições de escassez. “Sobrando água, vamos ampliar o fornecimento para as outras 39 famílias que moram no assentamento”, ressaltou Duval. A tubulação de aproximadamente 11,5 km beneficia 31 famílias, que terão o fornecimento de água para a produção rural garantido durante todo o ano Aumento da produção O secretário-executivo da Seagri-DF, Rafael Bueno, explicou que a obra vai fomentar a produção rural no assentamento, que até então era restrita à subsistência por conta da falta de água. “Além da oferta de água para beber, que é extremamente importante, o fornecimento vai possibilitar a geração de renda por meio da produção agropecuária, seja por meio de plantio, seja pela criação de animais”, afirmou. Representante da Associação dos Produtores Familiares do Assentamento Márcia Cordeiro Leite, o produtor rural Joel Félix, 69 anos, acredita que a obra permitirá que os agricultores da região trabalhem com tranquilidade. “Esse canal chegou para nós como uma luva. Não conseguíamos plantar na época do sequeiro, só quando chovia. E agora podemos produzir o ano inteiro”, comemorou. “Estou me preparando para plantar dois mil pés de pimenta e mil pés de maxixe.” Produtor rural Joel Félix: “Estou me preparando para plantar dois mil pés de pimenta e mil pés de maxixe” O produtor rural José Oliveira dos Santos, 49 anos, também celebra a chegada da tubulação. Antes, ele utilizava um poço em que o recurso hídrico era escasso. “Melhorou muito mesmo, consigo produzir mais tomate, vagem, pepino, inhame”, contou. Localizado a 40 km de Brasília, o assentamento Márcia Cordeiro Leite foi criado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 22 de junho de 2011. O assentamento é atendido pela Emater desde 2012, com auxílio técnico no cultivo, promoção de capacitações voltadas à agricultura e ao artesanato, este último sendo dedicado ao público feminino.
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