GDF autoriza a contratação de 800 agentes para reforçar o combate à dengue
O governador Ibaneis Rocha autorizou, nesta sexta-feira (8), a contratação de 400 agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) e 400 agentes Comunitários de Saúde (ACSs). Esses 800 profissionais terão papel fundamental na prevenção e combate à dengue e outras arboviroses. “Nós fizemos um esforço muito grande junto à Secretaria de Economia para que a gente conseguisse alocar os recursos necessários para a contratação desses 800 profissionais que são muito importantes, principalmente para a saúde da família” Governador Ibaneis Rocha Durante o evento no Palácio do Buriti, o governador exaltou os profissionais, que, assim como os mais de mil policiais civis e penais nomeados no início desta semana, também cuidam da população. Ele agradeceu o empenho do governo e da Câmara Legislativa (CLDF) na viabilização dessa contratação. “Nós fizemos um esforço muito grande junto à Secretaria de Economia para que a gente conseguisse alocar os recursos necessários para a contratação desses 800 profissionais que são muito importantes, principalmente para a saúde da família. São aqueles que andam de casa em casa, que acompanham e que evitam que essas pessoas cheguem à porta das nossas unidades básicas de saúde e dos nossos hospitais”, destacou Ibaneis Rocha. Governador Ibaneis Rocha autorizou, nesta sexta-feira (8), a contratação de 800 agentes, que terão papel fundamental na prevenção e combate à dengue e outras arboviroses | Foto: Renato Alves/Agência Brasília A vice-governadora Celina Leão, por sua vez, chamou a atenção para a chegada do período chuvoso e a atenção redobrada com o mosquito Aedes aegypti. “Essas contratações serão um reforço muito importante, principalmente, com o período de chuvas e a intensificação do trabalho de prevenção e combate à dengue. Neste GDF, não poupamos esforços para levar constantes melhorias para a saúde da população. Por isso, contamos com cada um dos 400 Avas e 400 ACSs para nos ajudar a cuidar e proteger a nossa população”, afirmou Celina Leão. Para que os agentes possam ser nomeados, foi necessária uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviada à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e aprovada em 29 de outubro. Agora, o chefe do Executivo sancionou o Projeto de Lei e permitiu esse reforço nas equipes de saúde. O próximo passo é a Secretaria de Saúde encaminhar os processos para que a Secretaria de Economia nomeie os profissionais, o que deve ocorrer até dezembro. O impacto financeiro estimado até 2026 com as contratações é de mais de R$ 314 milhões. “Nós sabemos que cada um dos 1,5 milhão de domicílios do DF está dizendo assim: entrem em nossas casas, olhem nossas casas. Vejam se não tem algum foco. Olhem se ali tem um acamado, se tem uma gestante, se tem alguém vítima de violência. Esse é o papel do agente comunitário de saúde e do Ava. Nós estamos fazendo diferente e trouxemos a tecnologia para nos juntarmos aos agentes e vencermos esse mosquito que está querendo entrar, mas ele não é bem-vindo aqui no nosso território”, pontuou Lucilene Florêncio. Durante o evento no Palácio do Buriti, o governador exaltou os profissionais, que assim como os mais de mil policiais civis e penais nomeados no início desta semana, também cuidam da população. Ele agradeceu o empenho do governo e da Câmara Legislativa (CLDF) na viabilização dessa contratação Entre os agentes citados pela secretária de Saúde está Priscila Vogado, de 31 anos. Ela é uma das agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) que aguarda a nomeação com grande expectativa. “Que seja um trabalho de qualidade e tenha um impacto na Saúde. Agradecemos ao governador Ibaneis Rocha por dar essa atenção. Tivemos uma epidemia e esperamos que 2025 seja diferente, com a chegada desses agentes”, deseja. William Alencar, de 27 anos, é um dos futuros agentes comunitários de saúde de prontidão para combater a dengue assim que for nomeado. “O DF estará seguro. São os profissionais que estarão na linha de frente. Essa nomeação é a maior da história da carreira, nunca aconteceu uma nomeação tão expressiva para carreira”, pontua. Prevenção A Secretaria de Saúde tem monitorado os dados relacionados aos casos suspeitos de dengue no Distrito Federal, e embora tenha sido observada uma tendência de aumento na incidência da doença nas últimas duas semanas, os números ainda estão dentro da média histórica e são inferiores aos registrados no mesmo período do ano passado. Os dados indicam a possibilidade de início do ciclo epidêmico da dengue, mas em estágio inicial, sendo necessária a continuidade do monitoramento nas próximas semanas para um diagnóstico mais preciso. Uma das frentes de trabalho no combate à dengue é a instalação de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDL) em áreas de maior risco, assim como ações de Borrifação Residual Intradomiciliar (BRI), popularmente conhecida como inseticida. Elas complementam medidas que vão desde o levantamento de índices de infestação, o monitoramento de armadilhas ovitrampas e visitas domiciliares para eliminação de focos de transmissão até as tradicionais orientações à população. Desde o início do período de chuvas, o GDF tem trabalhado de maneira integrada com diversos órgãos para intensificar o combate ao mosquito transmissor da dengue no DF. Diversas entidades, como as administrações regionais, GDF Presente, SLU, DF Legal e outros, estão realizando operações de prevenção e controle em todas as cidades. Considerando que as chuvas deste ano começaram na Semana Epidemiológica (SE) 41 (entre 06 e 12 de outubro de 2024), foi registrado, entre as semanas 41 e 43, um total de 544 casos prováveis de dengue no Distrito Federal. No mesmo período de 2023, foram notificados 1.068 casos. Vale ressaltar que esses dados são parciais, sujeitos a atualização.
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Você sabe a diferença entre agentes comunitários e de vigilância ambiental em saúde?
Com o início do período das chuvas, é possível que o leitor já tenha recebido a visita, em casa, de um agente da Secretaria de Saúde (SES-DF). Identificar possíveis focos do Aedes aegypti – mosquito transmissor da dengue, chikungunya, febre amarela e zika – é um ponto crucial da estratégia de prevenção a essas doenças. Nesse processo, dois profissionais de saúde são protagonistas: o agente de vigilância ambiental em saúde (Avas) e o agente comunitário de saúde (ACS). O ACS e o Avas atuam de maneira integrada e complementar, mediante visitas regulares a domicílios e espaços da comunidade. Ambos realizam ações educativas de prevenção e promoção à saúde, orientando a população sobre os riscos, sintomas e transmissão de doenças | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Mas quem são os Avas e os ACS? Eles têm mais atribuições além do combate ao mosquito? Como identificá-los? Como requisitar uma visita? Conheça as atividades exercidas por essas duas carreiras de destaque na SES-DF e saiba como contribuir para tornar a sua vizinhança mais saudável e segura. Operação em conjunto O ACS e o Avas atuam de maneira integrada e complementar, mediante visitas regulares a domicílios e espaços da comunidade. Ambos realizam ações educativas de prevenção e promoção à saúde, orientando a população sobre os riscos, sintomas e transmissão de doenças. Os profissionais informam quanto aos serviços de saúde disponíveis e educam a respeito de medidas simples de manejo ambiental. O agente comunitário de saúde (ACS) integra equipes de Saúde da Família e são responsáveis pela busca ativa de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) Agente de vigilância ambiental em saúde Os Avas atuam no combate a doenças utilizando medidas de controle químico e biológico – a exemplo das estações disseminadoras de larvicida –, de manejo ambiental e diversas outras ações voltadas a possíveis agentes transmissores, incluindo-se a vacinação de cães e gatos. São também fundamentais para a prevenção de acidentes com animais peçonhentos, além de apontarem áreas mais vulneráveis a surtos ou infestações. No portal da SES-DF, é possível acessar uma lista completa dos serviços prestados pela Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Dival), podendo ser acionados pelo número (61) 3449-4427 ou pelo Disque-Saúde 160. Agente comunitário de saúde Os ACSs, por sua vez, integram as equipes de Saúde da Família (eSF), atuando na área específica de uma unidade básica de saúde (UBS). Eles são responsáveis pela busca ativa de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), agendando consultas e solicitando exames a pacientes em situação de vulnerabilidade ou com dificuldades de locomoção. Esses profissionais são ainda responsáveis por registrar os dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros agravos à saúde da população em determinado território. Esse cadastramento das famílias por base geográfica permite analisar a situação da saúde no DF de maneira precisa. Os ACS também podem passar por capacitações específicas, fazer curativos e aferir pressão, temperatura e glicemia, dentre outros. Para solicitar a visita de um ACS, o cidadão pode entrar em contato com a sua UBS de referência ou contactar diretamente a Ouvidoria do GDF pelo número 162, pelo Participa DF ou presencialmente. O agente de vigilância ambiental em saúde (Avas) está na linha de frente no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue Como identificar o agente Os Avas usam um colete e um chapéu com abas, os dois da cor marrom-cáqui. Vestem camiseta branca e estão sempre acompanhados de uma bolsa amarela para guardar seu material de trabalho. Já o uniforme padrão do ACS também consiste de colete e chapéu com abas, porém da cor azul, e a camiseta pode ser azul ou branca. Outro traço marcante é a prancheta que esses agentes trazem a todo tempo nas mãos, para efetuar os registros do atendimento e coletar as informações necessárias. Todos trabalham devidamente identificados com símbolos da SES-DF e a designação de suas funções bem visíveis no uniforme. Na maioria dos casos, o agente estará munido de um crachá com nome e foto, porém pode haver situações em que o servidor ainda estará com seu crachá provisório. Como receber o agente em casa? Antes de tudo, é fundamental manter uma conduta de respeito mútuo e confiança com o agente de saúde. O Avas e o ACS devem ter permissão para verificar as condições do ambiente, seja na área externa ou no interior da residência. É dever do cidadão possuir documentos de saúde atualizados e acessíveis. Não se esqueça de fornecer informações completas e corretas, indicando o uso de medicamentos, se há crianças ou gestantes na casa ou se enfrenta dificuldades para acessar algum serviço de saúde. Na hora das orientações, receba-as com gentileza e atenção, acompanhe as datas de retorno ou visitas programadas e sempre tente participar de ações propostas pelos agentes. Por fim, é importante ter sempre o número de sua UBS de referência à disposição, no caso de receber um agente. *Com informações da SES-DF
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