Estudantes do CEF 11 de Ceilândia lançam livro inspirado no DF
Os estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 de Ceilândia lançaram, na sexta-feira (12), no auditório do Campus Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB), o livro P.Q.P – Palavras que provocam: escrevendo o meu lugar no mundo. A obra é resultado de um percurso formativo viabilizado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), que envolveu a realização de oficinas de escrita criativa e visitas a patrimônios culturais do Distrito Federal, com destaque para espaços de Ceilândia. Ao todo, 45 estudantes do 9º ano do CEF 11 participaram da iniciativa, produzindo poemas, contos e manifestos que ampliaram seus olhares sobre o território, as memórias e as próprias trajetórias, fortalecendo o protagonismo juvenil. Projeto promoveu oficinas de escrita criativa e passeios culturais a patrimônios do Distrito Federal | Fotos: André Amendoeira/SEEDF Idealizador do projeto, o psicólogo escolar do CEF 11, André Santos, explicou que a iniciativa nasceu da necessidade de fortalecer o vínculo dos jovens com o território: “O PQP nasceu da minha vivência como psicólogo escolar. Percebi que os alunos tinham muita necessidade de trabalhar a questão do território, então propus um projeto maior. Levamos os estudantes para saídas a locais culturais do DF e recuperamos suas vivências nas oficinas de escrita. O produto final de tudo isso é o livro que lançamos hoje, a culminância de todo esse processo”, contou. A diretora do CEF 11, Alzira Formiga, destacou a importância de garantir que os estudantes tenham acesso ao patrimônio cultural do Distrito Federal e ocupem esses espaços como protagonistas, ressaltando que experiências como as do projeto ampliam o repertório cultural, fortalecem o pertencimento e estimulam a autoria. [LEIA_TAMBEM]“Esse projeto trouxe muito aprendizado e ampliou a dimensão cultural e social dos nossos estudantes. Tenho certeza de que esses meninos estarão, amanhã, ocupando universidades e faculdades, porque receberam uma carga riquíssima de conhecimento”, ressaltou. Ela acrescentou que espera ver o projeto crescer e alcançar outras escolas de Ceilândia e do Distrito Federal, ampliando o acesso dos jovens à leitura, à escrita e às vivências culturais nos territórios onde vivem. O evento de lançamento contou ainda com a presença de escritores e artistas brasilienses. A escritora Maíra Valério, coordenadora editorial e curadora da obra, destacou que o P.Q.P. é, antes de tudo, um projeto de educação patrimonial e escrita criativa, que aproxima os estudantes da arte em suas múltiplas formas. Responsável por ministrar parte das quatro oficinas, Maíra ressaltou que se surpreendeu com o forte interesse dos jovens pelos caminhos da escrita e pelas visitas aos espaços culturais. Segundo ela, as atividades combinaram técnicas e gêneros literários com conversas, trocas de referências e vivências do próprio território, permitindo que os estudantes transformassem suas experiências em criação e, ao final, participassem coletivamente da produção do livro que agora chega ao público. Já a escritora e oficineira Meimei Bastos, mestre em Culturas e Saberes pela UnB, contou que ministrar as oficinas do Palavras que provocam foi uma experiência marcante, especialmente pelo contato direto com os territórios dos estudantes. “A partir das vivências nos próprios lugares onde esses jovens moram, criamos textos que revelam as potências da periferia. Levamos a poesia do papel para o corpo e para a voz, e o resultado foram produções muito potentes, como eu já esperava de jovens periféricos”, afirmou. Os alunos foram surpreendidos pela riqueza cultural dos espaços visitados, reconhecendo aspectos da história e da arte da região que antes passavam despercebidos Novos talentos Entre os talentos revelados pelo projeto está Letícia Machado, de 15 anos, que transformou sua vivência no PQP em um passo decisivo para a trajetória como jovem escritora. O texto que produziu, Territórios, agora publicado no livro do projeto, foi indicado por André Santos para concorrer ao Prêmio Candanguinho 2025, iniciativa que reconhece talentos da escrita entre estudantes do Distrito Federal. Concorrendo com mais de 1.200 candidatos, Letícia conquistou o 3º lugar do prêmio, resultado que ela atribui diretamente ao estímulo e às experiências proporcionadas pelo projeto. “Foi uma experiência que eu vou levar para a vida. A cerimônia foi no Teatro Nacional, e foi emocionante comemorar com meus pais e amigos”, relembrou. Os passeios aos patrimônios culturais também foram marcantes para Letícia, que descobriu, em Ceilândia, lugares aos quais antes não tinha acesso, ampliando seu contato com a história da cidade e com artistas locais. *Com informações da Secretaria de Educação (SEEDF)
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Dia da Escola: CEF 11 de Taguatinga é destaque pelo projeto Escolas Inovadoras
15 de março é celebrado o Dia da Escola, o berço de toda inovação e ciência que se desenvolve nas sociedades. O ambiente escolar, além de receber políticas públicas que garantam qualidade, é também o espaço em que crescem as passadas, atuais e futuras gerações. E no próximo dia 20 acontece no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro, a cerimônia de Certificação do Selo ODS Educação, que irá premiar 74 instituições brasileiras de ensino. O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11, em Taguatinga-DF, é uma das instituições de ensino contempladas pelo projeto Escolas Inovadoras, com apoio da FAPDF | Foto: Divulgação/SEEDF A Universidade Católica de Brasília (UCB), em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), está entre elas e receberá o prêmio pelo projeto Escolas Inovadoras. O selo reconhece o trabalho de organizações educacionais públicas e privadas que contribuem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A certificação é uma iniciativa do Conselho Nacional para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Cnods), por meio da Secretaria-Geral do governo federal. “Acreditamos que a inovação é um pilar fundamental para transformar a educação e preparar as novas gerações para os desafios do futuro. Com o Escolas Inovadoras, buscamos não apenas modernizar a infraestrutura das unidades de ensino, mas também criar um ambiente mais estimulante e propício ao aprendizado” Marco Antônio Costa Júnior, presidente da FAPDF Com fomento da FAPDF, o Escolas Inovadoras moderniza e aprimora as condições de ensino, contribuindo para melhorias estruturais e pedagógicas significativas. Um exemplo desse avanço pode ser visto no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 11, em Taguatinga-DF, que se tornou referência dentro do programa. As intervenções já estão sendo percebidas tanto por estudantes quanto pelo corpo técnico e docentes. Entre as melhorias implementadas estão a recuperação de áreas coletivas, a construção de uma horta e a futura ampliação da biblioteca. A próxima fase é montar laboratórios de robótica e steam maker para uso nas atividades de ensino e aprendizagem dos alunos. O presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Júnior, destacou a importância do projeto para o fortalecimento da educação no Distrito Federal. “Acreditamos que a inovação é um pilar fundamental para transformar a educação e preparar as novas gerações para os desafios do futuro. Com o Escolas Inovadoras, buscamos não apenas modernizar a infraestrutura das unidades de ensino, mas também criar um ambiente mais estimulante e propício ao aprendizado. Esse investimento reflete nosso compromisso em conectar ciência, tecnologia e educação”, afirma. Atenção especial “ Acredito que a educação tem que ser significativa nesse sentido: o aluno tem que gostar de estar na escola” Odara Ribeiro, professora Michelle Paiva é coordenadora pedagógica e acredita que as transformações refletem diretamente na qualidade do ensino e no bem-estar da comunidade escolar. “Nossa proposta é diálogo e acolhimento. O CEF 11 é uma escola que está priorizando o aluno. Somos uma escola inclusiva, temos os alunos típicos, os alunos neurotípicos e os alunos PDC também. Então a gente tem que fazer essa mediação e essa integração”, destacou a profissional que é uma das representantes do corpo técnico da escola. Odara Ribeiro é professora da Secretaria de Educação desde 2014 e atua como supervisora no CEF 11. “Eu procuro fazer com os meus colegas o que eu gostaria que fizessem comigo, preparar o ambiente o mais agradável possível para que eles trabalhem bem. Ano passado, nós fizemos durante todo ano letivo 32 projetos e ações dentro da escola. A gente conseguiu abranger vários tipos de aprendizagem para os nossos alunos. Acredito que a educação tem que ser significativa nesse sentido: o aluno tem que gostar de estar na escola”, declarou Odara. Futuro inovador A renovação da escola vai além das reformas físicas. A proposta do Escolas Inovadoras é integrar a melhoria da infraestrutura ao desenvolvimento de metodologias de ensino mais dinâmicas e eficientes. A construção da horta, por exemplo, é uma melhoria no recurso pedagógico para auxiliar na conscientização ambiental e alimentar dos alunos. Segundo o coordenador do projeto, professor Renato Brito, a certificação é um reconhecimento valioso. “Este prêmio destaca a dedicação da universidade em alinhar suas iniciativas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e preparados para enfrentar os desafios globais”, destacou o profissional. O projeto Escolas Inovadoras é um exemplo de como investimentos bem direcionados podem transformar o cenário educacional do Distrito Federal. A parceria entre a FAPDF e as unidades de ensino reforça o compromisso com a valorização da educação pública e a promoção de um aprendizado mais inclusivo e qualificado. *Com informações da FAPDF
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Reforma das cantinas aumenta bem-estar nas escolas
A supervisora do CEF 11, Célia de Sousa Martins, observa a nova cantina: “Quando o gestor quer, ele pode mudar a realidade dos alunos, começando pelo ambiente” | Fotos: Joel Rodrigues / Agência Brasília A cozinha e o refeitório, construídos em 1962, eram o calcanhar de aquiles do centro de Ensino Fundamental (CEF) 11 de Taguatinga. O espaço de preparo dos alimentos servidos aos 875 alunos do sexto ao nono ano estava comprometido, sob risco de interdição. As aulas, em 2020, voltaram no dia 10 – e a realidade na cantina é outra. O piso danificado foi trocado, as paredes azulejadas, bancadas de granito foram instaladas e toda a estrutura hidráulica, que estava enferrujada, foi substituída. As obras estruturantes e os reparos no CEF 11 se juntam aos das outras 64 unidades coordenadas pelo Conselho Regional de Ensino de Taguatinga. São reformas promovidas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) com recursos próprios, do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf) e de verbas de emendas parlamentares. Além da cantina restaurada, a escola teve as paredes pintadas e ganhou uma quadra de esportes novinha, com mesas de jogos e de pingue-pongue. Supervisora do CEF 11, Célia de Sousa Martins faz o que pode para tornar o ambiente mais confortável para os estudantes. É ela a responsável por cultivar um jardim de flores suspenso e espalhar plantas pelos corredores do prédio. Tudo para deixar a área de convivência mais agradável. “Quando o gestor quer, ele pode mudar a realidade dos alunos, começando pelo ambiente”, ensina. “Outro astral” A nova cantina do CEF 11 mudou o jeito de trabalhar das três cozinheiras, que, para servir às crianças no refeitório, sofriam com a janela velha e pesada que precisavam levantar – e que foi substituída por uma de material mais leve, embora resistente. “Me dá mais disposição; cozinho com outro astral”, conta Josemária Alves Santana, a Jô. Josemária Alves, a Jô, cozinheira da EC 11: “Me dá mais disposição; cozinho com outro astral” Em outro ponto de Taguatinga, a cozinheira da Escola Classe (EC) 27, Arlete Santana da Silva, também anda comemorando a obra no local em que trabalha. O espaço está sendo totalmente reestruturado. Essa é a primeira reforma pela qual a cantina passa desde que a escola foi inaugurada, em 1966. Arlete Santana da Silva, cozinheira da EC 27: “Essa reforma vai melhorar 100% do nosso trabalho” Ineditismo Pequenos e desestruturados, a cantina e o depósito de alimentos nunca haviam sido adaptados desde que a EC 27 incorporou a EC 7. Por lá são 780 alunos da educação infantil ao ensino fundamental 1 (do primeiro ao quinto ano). “Essa reforma vai melhorar 100% do nosso trabalho, já que o trabalho não para e a cozinha velha e apertada nos dificultava preparar os alimentos com mais agilidade”, afirma Arlete. A unidade de ensino também ganhou pintura nova nas paredes das salas e em parte do pátio. O Centro de Ensino Médio Ave Branca (Cemab) recebeu pintura, vasos sanitários reformados, reparos em canos danificados, limpeza e capina de áreas verdes. A sala de deficiência também foi reformada e as paredes ganharam novas cores e desenhos grafitados. “Tinham caído muitas árvores nas férias por causa das chuvas, e também conseguimos limpar”, conta a diretora, Suzane Margarida. * Colaborou Jéssica Antunes
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