CER II de Taguatinga promove bate-papo com pais e festa agostina
Promover um momento de descontração para crianças atendidas no Centro Especializado em Reabilitação (CER) II de Taguatinga, enquanto pais e responsáveis recebem acolhimento e orientações importantes. Esse foi o objetivo do evento "Roda de Conversa e Festa Agostina: Fortalecendo a Rede de Cuidado", que ocorreu na quarta-feira (20), na unidade. Ao mesmo tempo em que as crianças se divertiram com brincadeiras típicas de festa junina, seus responsáveis conversavam com membros da equipe multiprofissional do CER, que explicavam questões importantes sobre os cuidados com as crianças e os serviços oferecidos na Rede de Atenção à Saúde (RAS). "Nossa equipe de residência multiprofissional em saúde mental buscou mostrar para os pais e cuidadores que eles podem ter apoio não apenas aqui no CER, mas também em outras unidades de saúde como os Caps, as UBSs, o Adolescentro…”, explicou Elton de Souza Moreira, gerente do CER II. A troca de informações visa ampliar o conhecimento sobre fluxos de acesso e dispositivos disponíveis no Distrito Federal, fortalecendo a corresponsabilidade familiar, comunitária e institucional no cuidado das crianças assistidas no CER. Isabela Sousa Alves é mãe do pequeno Estevão, 3 anos, atendido no CER há um ano, desde o diagnóstico de autismo. Na unidade, ele recebe atendimento multiprofissional, contando com terapeuta ocupacional, pediatra, neurologista e fonoaudióloga. Para ela, a Festa Agostina também foi um momento para promover interação entre as crianças: “É uma forma das crianças terem uma interação entre elas, porque quando tem o atendimento é só um grupo pequeno e ter o contato com outros pacientes é muito importante para eles”. Estevão é atendido no CER II Taguatinga há um ano; graças ao tratamento, ele se desenvolveu e começou a falar Tratamento especializado A iniciativa visa melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência, com atividades lúdicas do arraiá que estimulam a interação social, a criatividade e o bem-estar dos pacientes atendidos no CER II Taguatinga. [LEIA_TAMBEM]O centro oferece serviços de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, enfermagem e terapia ocupacional, além de acompanhamento com neurologistas, ortopedistas, otorrinolaringologistas e clínicos gerais. A equipe multidisciplinar promove a reabilitação de diferentes casos, como autismo, amputação de membros e sequelas neurológicas, paralisia cerebral, doenças neurológicas e síndromes congênitas. No caso de Estevão, por exemplo, o serviço foi essencial para estimular a fala. “Quando a gente chegou, ele era não verbal, depois que começou as terapias, se desenvolveu 100%. Hoje ele fala tudo”, relata a mãe. Para acessar o serviço, é preciso ser encaminhado pela Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou hospitais. O ingresso do paciente se dá por uma solicitação de consulta em reabilitação física e intelectual, adulto e infantil, feita à Central de Regulação Ambulatorial. *Com informações da Secretária de Saúde
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Assistência médica para pessoas com deficiência
Apenas neste ano, 1.306 cadeiras de rodas já foram distribuídas pela Saúde | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil Com uma bengala e a prótese para substituir a perna esquerda, Carlos Pereira, 47 anos, tem buscado ser cada vez mais independente. Ele teve que amputar essa parte do corpo há um ano, após uma queda de grave consequência. Os acessórios e peças que lhe servem, assim como cadeiras de roda e aparelhos auditivos, são entregues pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para garantir a inclusão das pessoas com deficiência. “Antes eu sentia muitas dores, pois tinha que fazer um esforço maior para me locomover. Acredito que aos poucos darei conta de fazer cada vez mais coisas”, comemora Carlos. [Numeralha titulo_grande=”16 mil estudantes” texto=”da educação infantil recebem atendimento especial gratuito” esquerda_direita_centro=”centro”] Uma vez por semana o morador de Vicente Pires também faz sessões de fisioterapia, no Hospital de Base, para acelerar a recuperação. “O atendimento é de outro mundo. Só tenho a agradecer a todos os profissionais que cuidam de mim lá”, elogia. Apenas neste ano foram distribuídos 655 órteses e próteses, 1.641 aparelhos de amplificação sonora individual, 17 sistemas de frequência modulada (tecnologia para pessoas com deficiência auditiva) e 1.306 cadeiras de rodas. A gerente de Serviços de Saúde Funcional da Secretaria de Saúde, Camila Medeiros, reforça que o paciente que necessita do serviço deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa. “Após a consulta, o médico fará o encaminhamento. A pessoa passará por avaliação com um fisioterapeuta”, explica gerente, lembrando que ofertar esses equipamentos significa habilitar pacientes à vida funcional e social. “É uma forma de inseri-los na sociedade, tornando-os cada vez mais independentes”, arremata. Outros serviços A porta de entrada para o atendimento de pessoas com deficiência é a UBS. É onde está o Núcleo Ampliado de Apoio à Saúde da Família (Nasf), que dispõe de especialistas como psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais e nutricionistas. Dependendo do grau da deficiência, o paciente pode ser atendido já na UBS. Caso um cuidado maior seja necessário, há encaminhamento para os centros de atenção psicossocial (Caps), hospitais ou os centros especializados em reabilitação física e intelectual – há núcleos em Samambaia, Noroeste e Taguatinga. Nesta última unidade, por exemplo, 3.500 pacientes são atendidos por mês. O espaço oferece reabilitação neurológica acima de 14 anos, em casos de acidentes vasculares encefálicos, traumatismos, lesões de nervos periféricos e déficit cognitivo/intelectual. Também há serviços para crianças com até 13 anos e 11 meses com deficiências física e/ou intelectual, lesão encefálica, medular congênita ou síndromes raras e transtorno do espectro autista. Já para os pequenos de 0 a 2 anos e 11 meses com alguma lesão encefálica, medular no nascimento ou traumática, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor (com ou sem causa orgânica definida) e sinais de risco para o desenvolvimento infantil há um programa voltado para intervenção precoce, além de ambulatório especializado em reabilitação dos membro superiores e ambulatório de estomias. Para todas as idades, o Centro Especializado em Recuperação (CER) também oferece atendimento traumato-ortopédico para pacientes submetidos a tratamento conservador de fratura, deformidades congênitas ou adquiridas, pós-operatórios ortopédicos e neurológicos e amputados. Outro serviço oferecido pelo Hospital Regional da Asa Norte (Hran) é o Centro de Referência Interdisciplinar em Síndrome de Down (CrisDown) – único no país que acolhe desde bebês a idosos. A assistência se estende às mulheres com diagnóstico da trissomia do cromossomo 21 durante a gestação. Atualmente, em razão da pandemia de Covid-19, 1.093 crianças e 541 adultos recebem atendimento por meio de videochamadas. Educação O governo local investe em outras áreas para garantir a inclusão de pessoas com deficiência. Na educação, o ensino especial está espalhado pelas 683 escolas públicas da rede. O método começa desde o nascimento da criança, com o Programa de Educação Precoce. Atualmente, cerca de 3.600 bebês de 0 até 3 anos e 12 meses são atendidos pelo serviço nas 19 unidades. A ideia é trabalhar no desenvolvimento de meninas e meninos para ingressarem no ensino infantil. Na educação infantil, 16 mil estudantes contam com 595 salas de recursos. Profissionais especializados trabalham as dificuldades específicas das crianças. Porém, também há assistência individual nas 626 classes especiais. A sala de integração é outra forma de dar suporte aos alunos. Para jovens e adultos, os 13 centros de ensino especial ajudam na integração na sociedade. A secretária da Pessoa com Deficiência, Rosinha da Adefal, ressalta que educação e saúde são os dois pilares da inclusão social. “Imagine você precisar de uma cadeira de rodas para se locomover e ir à escola e não ter ou ter o equipamento, mas não ter um colégio adaptado… Por isso é imprescindível investir nessas duas áreas”, reforça Rosinha. “É dessa forma que elas se sentirão incluídas e respeitadas como cidadãs.” Estatuto O Estatuto da Pessoa com Deficiência foi sancionado nesta semana. O propósito da lei é dar diretrizes normativas que assegurem o desempenho de todos os direitos garantidos pela Lei Orgânica do DF (LODF) e por outras leis distritais para fortalecer a inclusão social e a condição de cidadania. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A norma também aborda a reserva de cargos e empregos para pessoas com deficiência (PCD). Continuam mantidos o direito de inscrição em concurso público e o processo seletivo, de qualquer natureza, em igualdade de condições acerca das exigências impostas aos demais candidatos. Com relação à saúde, o estatuto assegura atenção integral à saúde, universal e gratuita, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS); transporte, sempre que indispensável; e fornecimento de medicamentos e materiais, inclusive os de uso contínuo, necessários para o tratamento e a realização de procedimentos específicos, entre outros direitos.
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Centro de reabilitação em Taguatinga mantém atendimentos individuais
Daniel Ribeiro, 22 anos, sofreu um acidente de trabalho no final de 2019. A mão dele ficou presa em um moedor de cana, o que afetou o dedo indicador e anelar, além de romper o tendão. Para não perder os movimento, durante seis meses, o atendente de lanchonete recebeu atendimento no Centro Especializado em Reabilitação Física e Intelectual (CER), em Taguatinga. “Pensei que o processo seria mais lento, mas a minha recuperação foi muito rápida”, elogia Daniel. “Após o tratamento, a terapeuta ocupacional ainda me passou exercícios para eu fazer em casa. Já consigo mexer a mão normalmente e esta semana voltei a trabalhar”, comenta o morador de Taguatinga, um dos 3.500 pacientes atendidos por mês na unidade. Durante a pandemia os atendimentos são individuais. Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Referência na recuperação de pessoas com algum tipo de deficiência, o espaço oferece reabilitação neurológica acima de 14 anos, em casos de acidentes vasculares encefálicos, traumatismos, lesões de nervos periféricos e déficit cognitivo/intelectual. Também há serviços para crianças com até 13 anos e 11 meses, com deficiências física e/ou intelectual, lesão encefálica, medular congênita ou síndromes raras e transtorno do espectro autista. Já para os pequenos de 0 a 2 anos e 11 meses que com alguma lesão encefálica, medular no nascimento ou traumática, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor com ou sem causa orgânica definida e sinais de risco para o desenvolvimento infantil, há um programa voltado para intervenção precoce, além de ambulatório especializado em reabilitação do membro superior e ambulatório de estomias. Para todas as idades, o CER oferta também atendimento traumato-ortopédica para pacientes submetidos a tratamento conservador de fratura, deformidades congênitas ou adquiridas, pós-operatórios ortopédicos e neurológicos e amputados. Esse foi o caso de Maria Auxiliadora de Aquino, 59 anos. Ela teve que amputar a perna esquerda devido a uma trombose que sofreu no ano passado. Para se adaptar a prótese, ela começou o tratamento no centro. “Eu vou uma vez por semana há três meses. A fisioterapeuta é maravilhosa e me trata super bem”, elogia Maria Auxiliadora. “Antes eu não andava e quando tentava caia muito. Progredi muito desde que comecei o atendimento. Sou muito grata ao centro pelo apoio”, comenta a moradora de Águas Lindas. Programa O CER é um programa do Ministério da Saúde que faz parte do Plano Viver Sem Limites e da Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência. Desde 2013, funcionava na Policlínica de Taguatinga, mas em 2018 passou a atender na Área Especial 16, Setor “C” Norte, ao lado do hospital regional da cidade. Ao todo, a unidade possui 50 servidores, entre médicos (neurologista, neuropediatra, fisiatra, ortopedista e clínico geral), fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeuta ocupacional, enfermeiros, auxiliar de enfermagem, assistente social e da área administrativa, como recursos humanos e gestão. São três ginásios – sendo um grande para reabilitação adulto e dois menores para a pediatria -; quatro banheiros para pacientes – sendo dois adaptados para pne; sete consultórios de atendimento terapêutico multidisciplinar; uma sala de avaliação global, de estomia, de grupo de terapia de mão; acolhimento da enfermagem; auditório e recepção. A gerente do centro há um ano e meio, Luana Calixto, explica que para receber o tratamento no centro é preciso ter um encaminhamento da uma unidade de Saúde, da rede hospitalar e/ou instituições da Atenção Básica. Também é preciso levar um documento de identificação válido, comprovante de residência e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira das 7h às 12h e das 13h às 18h. Pandemia Em meio a pandemia do novo coronavírus, Luana garante que o centro está tomando todas as medidas de segurança necessárias para evitar a proliferação da Covid-19. “Apenas os atendimentos individuais foram mantidos. Já as pessoas que estão no grupo de risco estão tendo assistência quinzenalmente ou mensalmente”, informa. “Fazemos a triagem na entrada do CER aferindo a temperatura e perguntando se a pessoa está com sintomas doença”, comenta. Trabalho pioneiro O CER iniciou, no ano passado, um trabalho pioneiro no DF, com a oferta de assistência multidisciplinar a pacientes com bolsa coletora (que recolhe fezes e urina). Pessoas que realizaram colostomia, urostomia ou ileostomia, são atendidos de forma ambulatorial, com consultas mensais, orientações a eles e aos familiares sobre os cuidados e a higiene, entrega da bolsa e demais materiais. A secretaria da Pessoa com Deficiência, Roseane Cavalcante, ressalta que o centro é um dos primeiros passos para iniciar a inclusão. “A maioria das pessoas, independente da idade, se adquiriram uma deficiência quando nascem ou ao longo da vida, precisam se adequar a essa realidade de conviver com as limitações, além da reabilitação física há a social que facilitam a rotina diária”, reforça. Ainda segundo a responsável pela pasta, a secretaria investe na articulação das políticas públicas com os outros órgãos. “Como qualquer outro cidadão, as pessoas com deficiência têm direito ao acesso à saúde, educação, segurança, trabalho, entre outros. Eles precisam de atendimento especializado”, destaca.
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