Cambuís abrem o calendário de floração de árvores do DF
Desde a criação, Brasília foi idealizada para ser um lugar de harmonia entre o urbano e a natureza. Essa ideia ganha vida diariamente graças à dedicação da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) que, desde a inauguração da cidade, zela por cada espécie das mais de 5,5 milhões de árvores em todo o Distrito Federal, que se alternam em um calendário de floração. Brasília tem cerca de 350 mil cambuís, que colorem a cidade no início do ano com flores amarelas | Foto: Arquivo/Agência Brasília De acordo com os especialistas do Departamento de Parques e Jardins da Diretoria de Cidades da Novacap, a arborização não é apenas uma questão de beleza. As árvores desempenham um papel essencial na qualidade de vida urbana. Elas purificam o ar, oferecem sombra, abrigam a fauna, suavizam a luminosidade excessiva, melhoram a umidade e ainda atenuam os ventos e os ruídos. Nos períodos de estiagem, a cidade se enche de flores resistentes ao calor escaldante do cerrado, como camomilas, cravos, dálias, petúnias e as vibrantes zíneas. Mesmo com a escassez de opções no período chuvoso, Brasília continua a florescer, com espécies que se adaptam ao solo mais encharcado, mantendo o charme da cidade mesmo quando a chuva insiste em cair. Confira o calendário de floração: Janeiro → Cambuí: com sua florada amarelo-alaranjada, o cambuí inicia o ano trazendo vitalidade ao cenário urbano. São cerca de 350 mil árvores espalhadas por locais como a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) e a L4 Norte. Paineiras estão distribuídas em todas as regiões do DF | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília Fevereiro a junho → Paineiras: conhecidas também como barrigudas, as paineiras impressionam com suas tonalidades rosadas, claras e intensas. Elas estão distribuídas por todas as regiões administrativas. Abril → Quaresmeiras: flores lilases e roxas predominam em locais como a SQS 114, o Lago Norte e a Praça das Fontes, no Parque da Cidade. Símbolo de Brasília, o ipê começa a florescer em junho; DF tem cerca de 600 mil exemplares dessas árvores | Foto: Kiko Paz/Novacap Junho a outubro → Ipês: os ipês são os protagonistas do período. O arco-íris formado por suas variedades – roxo, amarelo, rosa, branco e até verde – cobre a cidade. Com cerca de 600 mil exemplares no DF, os ipês são um símbolo de Brasília, marcando presença em locais como o Eixão Norte e Sul e as quadras 404 e 216 da Asa Norte. Flamboyants florescem nos últimos meses do ano | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Outubro a dezembro → Flamboyants: com flores vermelhas e alaranjadas, os flamboyants encerram o ano com exuberância. Destacam-se no Eixão Sul, em frente ao Tribunal de Justiça do DF e no Lago Sul. → Sibipirunas: florescem em um tom amarelado, enchendo a paisagem de vida; são encontradas em algumas regiões administrativas, como na Asa Norte, e também na UnB. Para denunciar atos de vandalismo ou furtos de plantas, o cidadão pode entrar em contato com a Ouvidoria da Novacap, pelo número 3403-2300, ou com a Polícia Civil, pelo número 197 “A capital é agraciada por árvores que parecem pincéis da natureza, tingindo suas ruas e praças com tons de amarelo, rosa, vermelho, branco e roxo”, destaca o presidente da Novacap, Fernando Leite. De acordo com o gestor, os ipês, os cambuís, as paineiras, os flamboyants, os jequitibás, os jacarandás, as quaresmeiras e as sapucaias são apenas alguns exemplos dessa explosão de cores que se alterna ao longo do ano. “Foi com essa harmonia em mente que o urbanista Lúcio Costa projetou o Plano Piloto, integrando monumentos e arquitetura moderna a vastas áreas verdes floridas. Para ele, Brasília deveria ser como uma clareira em uma floresta, onde os prédios surgem abraçados pela natureza”, completa. Atuação diária Segundo equipes do Departamento de Parques e Jardins, a arborização do DF precisa crescer livremente, com intervenções previamente estudadas quando há necessidade. A Novacap realiza ações ao longo de todo o ano e intensifica o trabalho na preparação para o período chuvas fortes e de ventos que ameaçam a integridade das árvores e gera risco ao cidadão. Nessas intervenções é avaliado o estado de saúde das árvores. Se elas estiverem doentes ou representando riscos, os galhos são removidos, ou, em casos mais graves, a árvore é suprimida. Muitas das árvores que já cumpriram seu ciclo de vida precisam ser retiradas, como parte do contínuo processo de renovação que a natureza impõe. Se algum morador do DF perceber que uma árvore oferece risco ou está em condições que podem causar transtornos, basta entrar em contato pelo Participa DF. Assim que a ocorrência é recebida, a solicitação entra na programação para que um técnico possa avaliar a situação e programar a devida intervenção. Caso os galhos estejam próximos da rede elétrica, a orientação é para contatar a Neoenergia pelo disque 116. Caso o risco seja iminente e a árvore possa cair a qualquer momento, o contato deve ser feito com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal pelo telefone 193. É importante lembrar que destruir ou danificar plantas, sejam elas públicas ou privadas, é um crime previsto pela Lei nº 9.605/1998, que trata das infrações contra o meio ambiente. A pena para quem cometer esse crime é de detenção de três meses a um ano, ou multa, ou até ambas as punições. Para denunciar atos de vandalismo ou furtos de plantas, o cidadão pode entrar em contato com a Ouvidoria da Novacap, pelo número 3403-2300, ou com a Polícia Civil, pelo número 197. *Com informações da Novacap
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Primavera chega com a floração de muitas espécies no DF
Com a chegada da primavera, no último domingo (22), o Distrito Federal se prepara para um espetáculo de cores e aromas marcado pela floração de diversas espécies arbóreas. A estação traz um cronograma que revela a beleza das árvores pela cidade. É importante notar que podem ocorrer variações tanto de antecipação quanto de atraso. Em setembro, destaca-se o jacarandá-da-bahia, majestosa árvore que pode atingir até 30 metros de altura com pequenas flores roxas, e o pau-brasil, símbolo do nosso país, responsável por flores amarelas e laranja. Vale citar, também, o pequizeiro e sua média de 10 metros, conhecido por seus famosos frutos tão apreciados na culinária. Ainda é época da pitanga de pequeno porte, com frutos doces; da quaresmeira-roxa e suas belas flores, assim como do tarumã, da tipuana e do vinhático, entre outras. Com suas flores vermelhas e laranja, o flamboyant chama a atenção de quem passa pelas ruas do DF | Fotos: Kiko Paz/Novacap Outubro marca a floração do flamboyant, uma árvore icônica com flores vermelhas e laranja, e segue com o jequitibá-rosa, que pode ultrapassar os 50 metros. A capital também conta com o jequitibá-vermelho, de madeira de cor forte; e a sibipiruna, dona de belas flores amarelas. No mês seguinte, florescem o carvoeiro e o oiti. Finalmente, em dezembro, quando o verão já começa a dar sinais, ainda dá tempo de apreciar a florada da aroeira-vermelha, do cambuí, da clúsia rosa e da voquísia, completando o espetáculo da primavera no nosso Quadradinho. Programa anual de arborização A Novacap é a responsável por toda a arborização nas áreas públicas do DF. Atualmente, as cidades já contam com mais de 5,5 milhões de árvores, mas a meta é chegar a 6 milhões. Neste ano, a Companhia planeja plantar 100 mil mudas. O plantio começou no início de 2024, durante o período chuvoso, e vai ser retomado nas próximas semanas, com o fim da seca. *Com informações da Novacap
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Todo dia é dia de flor: mais de 60 espécies colorem o DF o ano inteiro
Independentemente da época do ano, ipês, flamboyants, paineiras, quaresmeiras, cambuís, magnólias, entre outras tantas árvores, colorem o Distrito Federal. São mais de 60 espécies que dão flores, desenvolvidas e cultivadas pelo Departamento de Parques e Jardins da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Acompanhada por espécies tão coloridas quanto a sua própria flor, o cambuí marca o início do ano, com florada em janeiro | Foto: Arquivo Agência Brasília Diante tanta variedade, para o brasiliense, todo dia é dia de flor. O ano começa com a florada amarelo-alaranjada do cambuí, em janeiro, acompanhada de outras espécies, tão coloridas quanto, como ingá-mirim, ingá-colar, jacarandá cabiúna, pau-jacaré, jenipapo, magnólia e segawê – também conhecida como tento. Os ipês, considerados cartões-postais da capital da República, iniciam sua temporada em junho, com a chegada da espécie roxa | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília No mês da folia carnavalesca, a cidade também é ornamentada pela natureza. Em fevereiro, as tonalidades de cor-de-rosa mais clara ou mais escura das paineiras começam a aparecer e perduram até meados de junho. Também no segundo mês do ano, florescem os exemplares de araticum, jambolão, palmeira-buriti, palmeira-guariroba, palmeira-jerivá-açu e pombeiro, em diferentes cores e formatos. [Olho texto=”“Efetuamos o programa anual de arborização, atendendo a todas as regiões administrativas. Temos mais de 5,5 milhões de árvores em todo o DF”” assinatura=”Raimundo Silva, diretor do Departamento de Parques e Jardins da Novacap” esquerda_direita_centro=”direita”] Em março, a festa continua com a florada rosa da bauínia, também conhecida como pata-de-vaca, com o vermelho dos chichás e com o amarelo das lanterneiras. Já neste mês, que marca o aniversário de Brasília, um presente para a população vem com o lilás e o roxo das quaresmeiras. Os ipês Junho, por sua vez, traz a temporada dos ipês, o cartão-postal da capital federal. O primeiro a aparecer é o ipê-roxo, acompanhado pela beleza lilás do jacarandá-mimoso, que floresce no mesmo mês. Em julho, agosto e setembro, as flores dos ipês amarelo, rosa e branco completam o arco-íris brasiliense, que segue na cidade até outubro. As paineiras típicas do mês do Carnaval – florescem em fevereiro e seguem até junho – surgem ao mesmo tempo que o araticum, jambolão, palmeira-buriti, palmeira-guariroba, palmeira-jerivá-açu e pombeiro, que encantam com as diferentes cores e formatos | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília Outras flores também são exibidas no décimo mês do ano. Os tons de vermelho do flamboyant e do jequitibá-vermelho decoram calçadas e pistas por todo o DF, junto ao amarelo e ao cor-de-rosa do sibipiruna e do jequitibá-rosa, respectivamente. A quaresmeira brinda o aniversário de Brasília com o brilho das cores lilás e roxo | Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília Em novembro, florescem os exemplares de carvoeiro e oiti – ambos nativos do cerrado. E, por fim, em dezembro, mais um mix de cores desponta no DF, trazido pela florada de aroeira-vermelha, cambuí, clúsia rosa e voquísia. Planejamento e segurança O plantio e manutenção de cada árvore é de responsabilidade do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). “Efetuamos o programa anual de arborização, atendendo a todas as regiões administrativas. Temos mais de 5,5 milhões de árvores em todo DF”, explica o diretor do DPJ, Raimundo Silva. A região com maior concentração arbórea é o Plano Piloto. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As árvores são desenvolvidas no Viveiro 2 da Novacap, no Setor de Oficinas Norte, e passam por pesquisas e experimentos agronômicos. Responsável pelo viveiro, a chefe da Divisão de Agronomia do DPJ, Janaina Gonzáles, explica que, fisiologicamente, todas as árvores dão flores, mas algumas se destacam devido às características dos ornamentos. “Toda floração é para desenvolver os frutos, faz parte da reprodução das árvores – só que algumas espécies se destacam pela exuberância das flores, pela densidade, quantidade, tamanho, coloração”, afirma Janaína. O plantio de árvores pela população deve ser orientado por equipes técnicas da Novacap, para evitar prejuízos estruturais e até acidentes. A orientação pode ser solicitada pela Ouvidoria, no telefone 162 ou pelo site.
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A Brasília dourada de dezembro com a flor do cambuí
Dezembro é o mês de maior incidência de chuva em Brasília, com precipitação de 250 milímetros em média (contra 10 milímetros em junho) e 250 mil árvores, que adoram esse clima, aproveitam para florescer, dourando com suas folhas amarelas o tom cinzento da arquitetura moderna e do concreto – e do tempo nublado, claro – de Oscar Niemeyer. A espécie se chama cambuí e pode ser encontrada por toda parte na capital. Da Esplanada dos Ministérios à Avenida das Nações, exemplares dão um colorido especial e charmoso a Brasília. Os galhos cheios de folhas amarelas ficam visíveis de longe: a árvore cambuí é conhecida pela imponência. Chega a atingir até 20 metros de altura. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília A primeira florada leva de três a cinco anos e dura até 60 dias após florir. Por isso, vale a pena tirar o guarda-chuva do armário e sair por aí contemplando esse espetáculo da natureza. A via entre a Universidade de Brasília (UnB) e o Setor de Embaixadas Nortes está ladeada por cambuís, transformando-se numa alameda dourada. Perto dali, na Estrada Parque das Nações (EPN), que leva à Esplanada dos Ministérios, a aglomeração delas torna o lugar especial, com um visual bem mais vistoso. Esse espetáculo foi admirado por horas pelo engenheiro paulista Rafael Santoro. Ao fazer escala na capital, ele resolveu aproveitar a manhã livre, entre o voo de Maranhão para São Paulo, para contemplar a beleza da cidade. Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília Apesar da curiosidade e da admiração pelo legado deixado por Oscar Niemeyer, o engenheiro se encantou com a beleza da árvore. “É, de fato, muito bela”, disse. Paulista, ele lembra que na sua cidade, Campinas, há um bairro que leva o nome da árvore. A suavidade da beleza do cambuí se sobressai até mesmo perto das belas, mas sóbrias, estruturas físicas dos prédios do sistema jurídico brasileiro, como a Procuradoria-Geral da República (PGR). O subprocurador da República Moacir Guimarães despacha no gabinete 504 do Bloco A, virado justamente para o jardim de cambuí. “Sempre acho um tempinho para contemplá-las diariamente”, conta ele. As árvores plantadas próximo à PGR ficam ainda mais chamativas graças ao tratamento dado pela Novacap. O tratorista Rafael Leite é responsável por limpar e aparar o mato em volta do caule delas, deixando ainda mais belo o contraste entre o verde o dourado. Segundo o diretor do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Raimundo Silva, a intenção é disseminar a beleza que a árvore proporciona para outros cantos do Distrito Federal. O viveiro da Novacap possui 150 mil mudas que serão espalhadas por todas as regiões administrativas. Mas nem só do intenso amarelo-dourado à moda Vincent Van Gogh, que oferece descontração e otimismo, vive o cambuí. Como é muita alta, a árvore solta os galhos facilmente. Por isso seu plantio não é recomendado em estacionamentos. Peltophorum dubium Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília O nome científico do cambuí define logo que ela é confundida com outras espécies, como a sibipiruna. Dubium vem do latim ambíguo, impreciso. O engenheiro agrônomo Ozanan Coelho (1943-2016), o “pai das árvores” de Brasília, contou que as sementes da planta foram trazidas de Minas Gerais. Ele foi chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap por 30 anos.
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