Das ruas para um novo lar: em um ano, projeto Cata Pata resgata 65 cachorros
O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e as empresas contratadas pela autarquia trabalham diuturnamente para melhorar a vida da população do Distrito Federal. O que pouca gente sabe é que eles também fazem isso com animais de rua. Por meio do projeto Cata Pata, cachorros encontrados nas unidades de recolhimento de resíduos são resgatados, tratados e colocados para adoção. “Nosso ponto principal é buscar a adoção, porque, com ela, a gente consegue fazer mais, consegue resgatar mais”, diz Liz Maia, responsável pelo projeto Cata Pata | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília A iniciativa surgiu em junho de 2023. Apenas neste ano, 65 cães foram retirados das ruas, sendo que 46 ganharam um novo lar. “A gente percebeu que esses animais ficam totalmente invisíveis para a população, até mesmo para os funcionários, porque são muitos animais e em condições péssimas, que muitas vezes só se alimentam de lixo, não têm ninguém para olhar por eles. Foi aí que surgiu a ideia do Cata Pata, para tentar dar uma destinação, cuidar um pouco desses animais que realmente estão à mercê, jogados”, conta Liz Maia, responsável pelo projeto. Em junho deste ano, os cãezinhos ganharam um novo canil para ficarem abrigados até a adoção, na sede da empresa Valor Ambiental, que coordena o projeto, em parceria com o SLU. Ainda que tenha boas instalações para comportar os animais, o espaço tem vagas limitadas. Por isso, cada cão adotado também representa a chance de um outro ser resgatado. “Nosso ponto principal é buscar a adoção, porque, com ela, a gente consegue fazer mais, consegue resgatar mais”, reforça Liz. Criado em 2023, o projeto contribuiu para a adoção de 46 animais neste ano Qualquer pessoa pode adotar. Para isso, basta entrar em contato pelo Instagram ou pelo WhatsApp (61) 99297-0090 — por meio do qual é possível agendar visitas ao canil para conhecer os cães de perto. A equipe do projeto também participa constantemente de feiras de adoção. Antes de concluir o processo, os interessados devem assinar um termo de adoção responsável para garantir que os bichinhos serão bem cuidados. Todos eles são entregues aos novos tutores depois de vacinados e avaliados por veterinários. A responsável pelo projeto celebra o bom ano de 2024 e, para o futuro, projeta, além de seguir com o trabalho, poder promover conversas sobre a adoção responsável. “A única coisa que a gente quer é que as pessoas estejam dispostas a abrir a cabeça, a pensar que, ao adotar um vira-lata, um animal resgatado, você está salvando uma vida, você está contribuindo totalmente para todo esse processo que a gente faz”, arremata.
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Reinaugurado, Cata-Pata resgata e dá novos lares a cães abandonados em unidades do SLU
A responsabilidade ambiental do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) vai muito além da limpeza nas cidades e do manejo dos resíduos sólidos gerados pelos brasilienses. O compromisso com o meio ambiente fez com que a autarquia retomasse o Cata-Pata, iniciativa dedicada ao resgate e à adoção responsável de cães abandonados em pontos por onde os caminhões de coleta passam. A reinauguração do programa foi nesta sexta-feira (7), no Distrito de Limpeza da L4 Sul, no Plano Piloto, e contou com a participação da vice-governadora Celina Leão. Programa ajuda a assegurar qualidade de vida a animais domésticos abandonados | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O Cata-Pata é fruto de uma parceria entre o SLU, a empresa Valor Ambiental e a Secretaria do Meio Ambiente e Proteção Animal do DF (Sema). O programa visa proporcionar um futuro melhor para os animais, frequentemente deixados nas unidades do SLU. “Não podemos deixar esses animais na situação em que são encontrados” Silvio Vieira, presidente do SLU “Quando as equipes vão fazer a limpeza na nossa cidade, elas encontram esses animais abandonados e, muitas das vezes, em situações precárias”, afirmou a vice-governadora Celina Leão. “O programa vem justamente para acolher e prestar todo o cuidado. Agora, a gente pede o apoio da população para que faça a sua parte, adote e dê um lar para esses animais.” Adoção Os filhotes resgatados já estão disponíveis para adoção no Distrito de Limpeza da L4 Sul. Ao todo, são cinco adultos e 12 filhotes. Os interessados em adotar podem entrar em contato pelo número (61) 99297-0090 e marcar uma visita presencial. É necessário que o futuro tutor assine um termo de adoção responsável para garantir que o animal seja bem-cuidado no novo lar. “O maltrato aos animais é crime, e o abandono está previsto no Código Penal” Gutemberg Gomes, secretário do Meio Ambiente e Proteção Animal “Não podemos deixar esses animais na situação em que são encontrados”, pontuou o diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira. “A gente resgata e, com apoio da Valor Ambiental e Sema, nós os castramos e os vermifugamos para que eles estejam prontos para serem adotados definitivamente. Mas não é qualquer pessoa que pode adotar, tem que estar ciente das regras e das responsabilidades de se ter um cãozinho em casa.” Grupo liderado pela vice-governadora Celina Leão visitou o Distrito de Limpeza, na Asa Sul O titular da Sema, Gutemberg Gomes, lembrou que esta é mais uma iniciativa a contemplar a vasta programação do Dia do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. “Maltratar os animais é crime, e o abandono está previsto no Código Penal”, advertiu. “A ideia é procurar os responsáveis por deixar esses animais, para que respondam criminalmente pelos seus atos e os animais encontrem tutores responsáveis”. Cuidados Os animais resgatados ficam em uma instalação reformada na L4 Sul. O espaço é adequado e acolhedor, permitindo que os abrigados tenham a saúde tratada com atenção e dedicação. O principal objetivo do programa é garantir o bem-estar desses animais, promovendo a recuperação e preparação para uma nova vida em um lar amoroso. “Essa guarita onde eles ficam já existia, mas não tinha função”, contou um dos administradores da Valor Ambiental, André da Costa Ramos. “Então, aproveitamos o espaço para transformar em um canil até que ganhem um lar definitivo. A ideia é que todo esse paisagismo feito seja transmitido para o restante da empresa.” Por sua vez, o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, reforçou: “Nós temos políticas públicas para animais domésticos e silvestres, mas ainda não temos muitas ações para aqueles abandonados. Então, essa atitude é muito importante, porque mostra o carinho e respeito que devemos ter com esses animais”.
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