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Centenário

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Exposição no Planetário de Brasília celebra centenário de cientistas

Em comemoração ao centenário dos cientistas César Lattes e Johanna Döbereiner, o Planetário de Brasília apresenta a exposição “Cientistas do Brasil” até o início de novembro. Aberta ao público de terça a domingo, das 7h30 às 19h, a mostra gratuita explora a vida e as contribuições desses dois renomados pesquisadores. A exposição “Cientistas do Brasil” oferece ao público a oportunidade de conhecer mais sobre a vida e o legado de cientistas cujo trabalho continua a influenciar a ciência e a tecnologia no Brasil e no mundo | Foto: Divulgação/Secti-DF Com curadoria de Ildeu de Castro Moreira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a exposição é fruto de uma parceria entre a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Academia Brasileira de Ciências (ABC), o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Embrapa. César Lattes e Johanna Döbereiner são reconhecidos mundialmente pela excelência de suas produções científicas. Lattes foi fundamental na identificação do méson pi, uma partícula subatômica cuja descoberta marcou um avanço significativo na física de partículas e na compreensão da estrutura atômica. Além de suas contribuições acadêmicas, foi essencial na criação de instituições como o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), inspirando gerações futuras de cientistas brasileiros. Johanna Döbereiner, engenheira agrônoma nascida na antiga Tchecoslováquia e naturalizada brasileira em 1956, foi pioneira no estudo da biologia do solo e na pesquisa sobre a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) em plantas por meio de bactérias. Sua pesquisa revolucionou a agricultura ao demonstrar a possibilidade de uma produção sustentável, com alta produtividade e menor dependência de adubos químicos. A aplicação de suas técnicas permitiu ao Brasil economizar anualmente mais de dois bilhões de dólares e reduzir o impacto ambiental da agricultura. Ela liderou pesquisas no Instituto de Ecologia e Experimentação Agrícola, precursor da Embrapa Agrobiologia, e recebeu inúmeros prêmios internacionais por suas contribuições científicas. A exposição “Cientistas do Brasil” oferece ao público a oportunidade de conhecer mais sobre a vida e o legado desses dois cientistas, cujo trabalho continua a influenciar a ciência e a tecnologia no Brasil e no mundo. *Com informações da Secti-DF

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Programação celebra centenário da Semana de Arte Moderna

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) celebra o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, comemorado neste mês de fevereiro. A primeira homenagem é regida pela Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), que, nesta terça-feira (15), às 20h, no Museu Nacional da República (MuN), executa concerto com algumas das “Bachianas”, de Heitor Villa-Lobos. A entrada é franca, por ordem de chegada, com exigência do uso de máscaras e do cartão de vacinação. Obras de Verger, como “Afoxé dos Filhos de Congo”, que se inspiram na cultura de matriz africana, representam vertente que passa a ter reconhecimento crítico e de pesquisa após a Semana de 1922 | Foto: Divulgação/Secec Além do concerto, os museus de Arte de Brasília e o Nacional da República programam obras originais e exposição sobre o evento histórico, que ocorreu entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo. A Semana inaugurou o modernismo no Brasil e instalou a ruptura com estéticas vencidas. O tropicalismo, a poesia concreta e o teatro de vanguarda do grupo Oficina foram alguns dos movimentos que brotaram desse encontro. “A Semana de Arte Moderna de 1922 é um marco histórico e estético nacional. Os desdobramentos chegam até os dias de hoje na música, no teatro, nas artes visuais, na performance e na literatura”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues. [Olho texto=”A partir da quarta-feira (16), o Museu de Arte de Brasília (MAB) vai expor peças modernistas, incluindo obras de dois protagonistas da Semana de 1922 – Victor Brecheret e Oswald de Andrade” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] O maestro Cláudio Cohen escolheu Heitor Villa-Lobos por ele ter sido um integrante histórico da Semana de 1922. “Assim, a homenagem veio com a celebração das “Bachianas Brasileiras”, obras-primas de sua criação, com ênfase nas de números 1, 5, 6 e 9”, diz o maestro. A apresentação tem as participações da soprano Ana Luísa Melo e dos musicistas Flávio Lopes (fagote) e Mechthild Bier (flauta), com ênfase no naipe de violoncelos. A partir de quarta-feira (16), o Museu de Arte de Brasília (MAB) vai expor peças modernistas, incluindo obras de dois protagonistas da Semana de 1922 – Victor Brecheret (escultor, 1894-1955) e Oswald de Andrade (poeta, 1890-1954). “Obtivemos empréstimo de Brecheret de um colecionador privado, além do livro-manifesto ‘Pau Brasil’, de Oswald de Andrade, da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB). Trata-se de uma edição autografada por ele, de 1925”, adianta o gerente do MAB, Marcelo Gonczarowska. A escultura de Brecheret “Nu Feminino”, de 1930, feita em bronze, com dimensões 31 x 36 x 21 cm, poderá ser tocada por pessoas com deficiência visual. “Elas podem agendar a ida pelo e-mail mab@cultura.df.gov.br para proporcionarmos essa experiência”, conta Marcelo. Sobre o texto de Oswald,  o livro-manifesto “Pau Brasil”, com ilustrações de Tarsila do Amaral, defendeu a criação de uma poesia brasileira, sem influência europeia, que servisse, na realidade, de produto de exportação. Exposição no Museu de Arte de Brasília (MAB), a partir desta quarta-feira, inclui a xilogravura “Comitê de Solidariedade”, de J. Borges Ao lado dessas duas peças, o MAB vai colocar três obras de seu acervo: “Comitê de Solidariedade”, xilogravura sem data, de 48 x 66 cm, de J. Borges; “Afoxé dos Filhos de Congo” (1947/1948), 21 x 21 cm, de Pierre Verger; e “Casarão”, sem data, uma aquarela de 38 x 28 cm, de Pedro Henrique de Orleans e Bragança. “Essas não são obras da Semana de 1922, mas vamos expô-las porque seus autores foram influenciados pelos artistas do evento em São Paulo”, conta o gerente do espaço. As obras de Verger,  que se inspiram na cultura de matriz africana, e de J. Borges, de matriz popular, representam vertentes que, até então marginalizadas, passam a ter reconhecimento crítico e de pesquisa após a Semana de 1922. Mostra em junho no MUN [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O Museu Nacional da República (MUN) programa a exibição “Modernismo Expandido”, em junho, na Galeria Principal. “A mostra pretende apresentar uma visão mais ampla do movimento modernista, mostrando como ele se articulou, expandiu e consolidou-se nos diversos estados brasileiros”, explica a diretora Sara Seilert. A exposição vai apresentar núcleos de modernismo que se espalharam pelo Brasil, em cidades como Recife, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba. A mostra reunirá cerca de 70 obras de coleções públicas e particulares e será acompanhada por material documental, reunindo revistas e textos críticos, material literário e uma cronologia ilustrada sobre a expansão do modernismo pelo país. Um seminário sobre o tema apresentará leituras contextualizadas da semana que mudou a maneira como o Brasil passou a se ver no espelho da cultura. *Com informações da Secec

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Há cem anos nascia o maestro e professor Cláudio Santoro

Neste sábado (23) o Teatro Nacional Cláudio Santoro amanhece envolto em lembranças. Há cem anos nascia em Manaus o violinista, maestro e professor que lhe dá nome. Cláudio Franco de Sá Santoro (1919-1989) formou-se musicalmente no Rio de Janeiro, terra de Villa-Lobos, a quem é equiparado, e para onde foi em 1933 estudar no Conservatório de Música com bolsa do seu estado natal. 2019 traz outras marcas: os 30 anos da morte do músico e quatro décadas de fundação da Sinfônica do Teatro Nacional (OSTNCS) por Santoro, que criou também o Departamento de Música da UnB nos anos 1960. Isso além de sua vasta obra que reúne uma ópera, 14 sinfonias, centenas de obras e milhares de páginas de música. A genialidade do músico vai aos poucos sendo reafirmada com a atualização do interesse por sua obra  com lançamentos discográficos e outros previstos para 2020. “Trata-se de um dos maiores compositores brasileiros, construiu um legado musical de extrema relevância”, diz o regente da OSTNCS, Cláudio Cohen. “Trabalhei com o maestro nos últimos seis anos da vida dele. Eu tinha dezessete anos quando comecei a assessorá-lo. Foi um período de intenso aprendizado em que falávamos muito sobre política, filosofia, música e muitas outras coisas. Eu tive o privilégio de acompanhar a vida de um gênio em tempo real”, diz Afonso Celso Galvão, violoncelo na orquestra entre 1984 e 2016. Galvão  ressalta também a humildade que marcava o mestre e lembra um episódio. Numa ocasião o encontrou comendo um misto quente na cantina da então Fundação Cultural do DF com um amigo, a quem apresentou o aluno: – “Afonso, este é o Tom. Tom, Afonso, um amigo”. “O Tom respondeu: – “Prazer, Tom Jobim”. Galvão disse: – “Nossa, admiro muito sua música!”. Tom reagiu: – “Mas o gênio aqui é o nosso amigo”, apontando para o Santoro. Companheira do maestro Santoro por 26 anos, a coreógrafa Gisèle Santoro diz que “Claudio foi excepcional em tudo que fez como músico e compositor, mas acredito que foi como professor que mostrou seu maior brilho”. O pianista Renato Vasconcellos, atual chefe do departamento de música da Universidade de Brasília, considera inestimável o valor do serviço que Santoro prestou ao país com a criação do Departamento na universidade fundada por Darcy Ribeiro. “O nosso departamento de música é responsável pela formação de centenas de músicos espalhados por todo o mundo. O atual grupo de professores, quase todos doutores, é composto em sua maioria por ex-alunos dele e representam a substituição gradativa das gerações de docentes. Viva o maestro Cláudio Santoro”, entusiasma-se. Humanista Gisèle relata que as convicções políticas de Santoro, comunista, causaram-lhe muita dificuldade, não apenas tirando-o da cátedra, forçando-o ao exílio, mas também na volta, em 78, jogado um manto de esquecimento sobre seu trabalho. Ele contudo, nunca recuou de suas convicções humanistas. Ela conta que, ao chegar o Brasil então, Santoro foi sabatinado por mais de duas horas por um oficial do SNI, o órgão criado pela ditadura militar em 1964 para monitorar os inimigos do regime, extinto e substituído mais tarde pela Agência Brasileira de Inteligência. Ao final do interrogatório o oficial de plantão lhe perguntou: – “Por que os intelectuais brasileiros são todos de esquerda?” Santoro: – “O senhor já reparou quanta gente pobre e miserável vive em nossas ruas? Não lhe dá vontade de mudar isso?” Galvão conta como se despediu do mestre: “Ele morreu na minha frente, durante um ensaio da orquestra que fundou. Em que pese a tragédia, foi uma bela morte, digna de um gênio. Como disse um crítico musical à época, o Brasil perdeu o seu Mozart”. O ex-aluno faz uma pausa e arremata: “Sua obra, no entanto, permanecerá”. Com informações da Secec

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