Curso no DF é pioneiro na capacitação para transplantes de órgãos
As aulas da segunda turma da pós-graduação em Gestão do Sistema Brasileiro de Transplantes de Órgãos e Tecidos tiveram início nesta semana. O Governo do Distrito Federal (GDF) foi pioneiro na oferta do curso, capacitando profissionais de instituições públicas e privadas que atuam diretamente no processo de doação, captação e transplantes de órgãos no DF. Esta é a segunda turma da especialização. A especialização está alinhada com a lei federal nº 14.722 e a lei distrital nº 7.335, publicadas neste mês, que instituem a Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e ao Transplante de Órgãos e Tecidos | Foto: Arquivo/Agência Saúde O curso tem duração de 15 meses e carga horária de 360 horas, sendo ministrado no formato Ensino a Distância (EaD) às terças e quintas-feiras, no período noturno. A especialização foi desenvolvida pela Central de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF) em parceria com a Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), da Secretaria de Saúde (SES). “O curso tem por objetivo capacitar os profissionais na área de gestão em saúde, proporcionando o gerenciamento profissionalizado em sua prática. Busca apresentar aos alunos a visão macro do gerenciamento, ferramentas de administração, gestão de projetos, entre outros [tópicos], para atuarem em atividades gerenciais relacionadas ao processo de doação, captação e transplantes, e suas interfaces correlatas”, explica o coordenador do curso, Anderson Galante. A primeira turma da pós-graduação concluiu o curso em abril deste ano, formando 34 alunos | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília A especialização está alinhada com a lei federal nº 14.722 e a lei distrital nº 7.335, publicadas neste mês, que instituem a Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e ao Transplante de Órgãos e Tecidos. “A Central de Transplantes do DF, dois anos antes da publicação das leis, já atuava na promoção da educação de profissionais e na transmissão de informações instrucionais para a população. O GDF está sendo pioneiro nesse sentido”, assinala Galante. Dividido em seis módulos, o curso conta com um plano pedagógico que aborda desde a estrutura do Sistema Nacional de Transplante até a cultura brasileira de doação de órgãos, com a compreensão da problemática ética e bioética no cenário nacional de pacientes em lista de espera por transplantes. Gislaine Amaral, enfermeira com 12 anos de atuação na área de captação, transplante e distribuição de órgãos, é uma das alunas da pós-graduação. Ela acredita que o curso será um diferencial para sua carreira. “Optei por fazer a especialização, pois acredito que o curso proporcionará a oportunidade de atualizar conhecimentos, expandir ainda mais na carreira escolhida, ter uma bagagem maior para aplicar de forma positiva as boas práticas nos locais em que já trabalho e seguir contribuindo de maneira positiva para a sociedade no processo de doação de órgãos e transplantes no DF com uma visão de gestor”, diz a estudante. A especialização foi desenvolvida pela Central de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF) em parceria com a Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs), da Secretaria de Saúde (SES) Primeira turma A primeira turma da pós-graduação concluiu o curso em abril deste ano, formando 34 alunos. O curso conferiu o título de especialista a profissionais das regiões Centro-Oeste e Norte do país, incluindo servidores do Ministério da Saúde. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Os trabalhos de conclusão da especialização abordaram diversos temas, como diagnósticos de enfermagem para a área de transplante de medula óssea, elaboração de plano estadual de transplantes, propostas de melhoria para a gestão de serviços, avaliação do serviço de banco de olhos pelo familiar do doador de córneas e adoção de sistema informatizado para gestão, entre outros. Alguns desses trabalhos se transformaram em políticas públicas. “Uma aluna, por exemplo, desenvolveu um projeto de enucleação, que é a retirada do globo ocular, capacitando os profissionais para realizar o procedimento nas próprias UPAs [unidades de pronto atendimento], e com um plano de treinamento, a Central de Transplantes vai implementar o projeto”, ressalta Anderson Galante.
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Escs divulga especialização em gestão do sistema brasileiro de transplantes
A Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) divulgou edital de processo seletivo, com 20 vagas para especialização em gestão do sistema brasileiro de transplantes de órgãos e tecidos. A oportunidade é um curso de pós-graduação lato sensu, voltado para profissionais graduados que atuem na Central de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF) e em comissões intra-hospitalares de doação de órgãos e tecidos para transplantes no Distrito Federal (Cihdotts). Com o objetivo de aperfeiçoar o trabalho desses profissionais, essa é a segunda turma do curso, com duração de 15 meses e carga horária de 360 horas. No decorrer das aulas, que são no formato Ensino a Distância (EaD), às terças e quintas-feiras no período noturno, os alunos serão capacitados para atuar em atividades gerenciais relacionadas ao processo de doação, captação e transplantes, e suas interfaces correlatas. Essa é a segunda turma do curso, com duração de 15 meses e carga horária de 360 horas | Foto: Divulgação/Fepecs-DF Dividida em seis módulos, a especialização conta com um plano pedagógico que aborda desde a estrutura do Sistema Nacional de Transplante até a cultura brasileira de doação de órgãos, com a compreensão da problemática ética e bioética no cenário nacional de pacientes em lista de espera por transplantes. “A primeira turma foi um sucesso”, conta o chefe do Núcleo de Especialização da Escs, Demétrio Gonçalves Gomes. Segundo ele, a expectativa é que “essas novas vagas sejam preenchidas rapidamente”, tamanha é a procura pelo curso. Inscrição e vagas O período de inscrição começa na próxima segunda-feira (23) e termina no dia seguinte, no site da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs). As 20 vagas estão divididas em 10 oportunidades para profissionais da CET e 10 para trabalhadores das Cihdotts. Para se inscrever, o candidato deve observar a documentação exigida pelo edital, além da elaboração de um memorial descritivo, com relato do seu envolvimento e interesse pela gestão do sistema brasileiro de transplantes de órgãos e tecidos, área de atuação e campo de estudo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A especialização é gratuita, no entanto, a desistência ou reprovação implicam a exclusão do aluno da pós-graduação, hipótese em que é previsto o ressarcimento ao erário no valor de R$ 10 mil à vista, ou, em caso de servidor, até 12 parcelas de R$ 833. Cronograma Os candidatos que forem aprovados após a análise documental e pontuação do memorial descritivo terão sua inscrição confirmada até o dia 25 de outubro. O resultado classificatório será divulgado em 31 de outubro e a convocação para matrícula será em 3 de novembro. A aula magna inaugural está prevista para 7 de novembro. Sobre a importância de um curso de especialização gratuito, Demétrio ressalta que “a ideia é dar oportunidade para diversas pessoas e aperfeiçoar o trabalho realizado pela central de transplantes do DF, que já é considerado de excelência”. Para ele, “especializar os profissionais que já trabalham na área causa um impacto positivo no serviço oferecido à comunidade”. *Com informações da Fepecs-DF
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Pesquisas do DF sobre transplantes serão apresentadas em congressos
A primeira turma da pós-graduação em Gestão do Sistema Brasileiro de Transplantes de Órgãos e Tecidos concluiu com sucesso suas atividades. Iniciado em 2021 com 40 alunos e finalizado neste ano, o curso conferiu o título de especialista a profissionais das regiões Centro-Oeste e Norte do país, incluindo servidores do Ministério da Saúde. A especialização foi concebida pela Central de Transplantes do Distrito Federal (CET-DF) e executada em parceria com a Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), da Secretaria de Saúde (SES-DF). Como trabalhos de conclusão do curso, foram elaborados projetos aplicativos, dos quais 13 foram selecionados para participar do XVIII Congresso Brasileiro de Transplantes e do XXI Congresso Luso Brasileiro de Transplantes. Os dois eventos vão ocorrer conjuntamente, entre os dias 27 e 30 deste mês, em Florianópolis (SC). Os projetos abordam temas como diagnósticos de enfermagem para a área de transplante de medula óssea, elaboração de plano estadual de transplantes, propostas de melhoria para a gestão de serviços, avaliação do serviço de banco de olhos pelo familiar do doador de córneas e adoção de sistema informatizado para gestão, entre outros. A segunda turma da pós-graduação terá 20 vagas destinadas a profissionais da Cihdott-DF e a servidores da Central de Transplantes do DF | Foto: Divulgação/ICTDF Pioneiro no país por ter como foco a gestão do sistema, o curso está estruturado em seis módulos, que conduzem os alunos ao compreendimento do tripé doação, captação e transplantes, nas esferas federal, estaduais e municipais. “Os estudos tiveram como foco modelos e ferramentas de gestão, planejamento estratégico, mapeamento de cenários, gestão de projetos, mecanismos de controle e mais”, informa o coordenador e autor do curso, Anderson Galante, que é servidor na CET-DF. “Todos esses esforços são para qualificar os profissionais no campo da gestão em transplantes e potencializar os resultados”, explica Galante, que também coordena um grupo de pesquisa focado no processo de doação, captação e transplantes de órgãos e tecidos, do qual participam pesquisadores de diversas instituições de ensino e alunos da ESCS. Próxima turma A segunda turma da pós-graduação terá 20 vagas destinadas a profissionais da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes no Distrito Federal (Cihdott-DF) e a servidores da Central de Transplantes do DF. O edital será disponibilizado em breve no site da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), na aba Processo Seletivo. O curso está previsto para iniciar em outubro e será oferecido na modalidade online síncrono – que ocorre em tempo real. Feedback Nos últimos quatro anos, foram realizados 2.391 procedimentos no DF, considerando a rede pública e privada de saúde | Foto: Davidyson Damasceno/IgesDF A coordenadora da Central Estadual de Transplantes do Pará, Ierecê Miranda, apresentará um dos projetos selecionados. Trata-se de uma proposta de elaboração do plano estadual de doação e transplante daquele estado. “Apesar de já termos implantado o programa de transplante há 23 anos, ainda não temos esse direcionamento estadual, que é fundamental para consolidar, assegurar e fortalecer as políticas dentro dessa temática”, pontua. “A pós-graduação nos ajudou a entender muitas das ferramentas de gestão que já ouvíamos falar, permitindo que a gente pudesse organizar melhor o sistema e entender por onde começar o plano estadual”, acrescenta Ierecê. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Outra participante da pós-graduação que teve o projeto de conclusão selecionado para os congressos foi a enfermeira clínica Ludmyla Andrade, que trabalha na Cihdott do Hospital Sírio Libanês. O trabalho analisa a inclusão de diagnósticos de enfermagem na sistematização de assistência a pacientes de transplante de células-tronco hematopoiéticas (CTH) – que possuem a capacidade de se autorrenovar e se diferenciar em células especializadas do tecido sanguíneo e do sistema imune. “São diagnósticos que o enfermeiro pode fazer ao atender o paciente para a melhoria da assistência prestada, em casos como ansiedade relacionada à morte, nutrição desequilibrada, diarreia, fadiga e padrão do sono prejudicado”, explica. Ludmyla também afirma que, além de aprimorar o setor de transplantes do DF, a especialização a ajudou a alcançar um novo cargo profissional. Antes de ser enfermeira clínica, ela era da assistência direta. Números Conforme dados do portal InfoSaúde-DF, foram realizados 2.391 procedimentos no DF nos últimos quatro anos – de 2020 a 2023 –, considerando a rede pública e privada de saúde. No período, houve 1.057 transplantes de córnea, 529 de medula óssea, 371 de fígado, 337 de rim e 97 de coração.
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