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Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes)

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CEU das Artes do Recanto das Emas capacita jovens e adultos para o mercado de trabalho

Para Roselene Pereira, 53 anos, moradora do Recanto das Emas, a tecnologia sempre foi um desafio. Antes, ligar um computador ou pagar uma conta sem ir ao banco parecia impossível. Hoje, a depiladora organiza sua agenda digitalmente, realiza compras com fornecedores e interage com clientes de forma online. “Aproveitei a oportunidade no CEU das Artes e minha vida se transformou. Agora, a tecnologia faz parte do meu dia a dia, tanto pessoal quanto profissional, e quero continuar evoluindo”, conta. O Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes) do Recanto das Emas é um equipamento público gerido pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) que oferece gratuitamente atividades esportivas, culturais e educativas para crianças, adolescentes e pessoas idosas. Além disso, promove cursos de capacitação profissional voltados à inserção no mercado de trabalho. Desde 2022, os cursos de rotinas administrativas e informática já atenderam mais de 100 moradores da região, mudando suas perspectivas de futuro. Desde 2022, os cursos de rotinas administrativas e informática já atenderam mais de 100 moradores do Recanto das Emas, mudando suas perspectivas de futuro | Foto: Diego Barreto/Sejus-DF “A maioria dos alunos tem o primeiro contato com um computador aqui. Muitos são adolescentes prestes a concluir o ensino médio e, principalmente, pessoas idosas que agarram essa oportunidade para se inserir no mundo digital”, destaca Jaconias Nunes da Silva, pedagogo e especialista em desenvolvimento social da Sejus-DF, responsável pelos cursos. Entre os beneficiados está Michael Thierry, 17 anos, que conheceu os cursos enquanto fazia atividades físicas no espaço. “Já fiz as aulas de administração e informática e continuo usando esse ambiente para aperfeiçoar minhas habilidades”, afirma. Seu colega Arthur Oliveira, também de 17 anos, reforça a importância da capacitação: “Antes, eu não tinha nenhuma noção. Agora, esses cursos estão no meu currículo e me sinto mais preparado para buscar um emprego”. Cursos oferecidos e expansão do programa Atualmente, o CEU das Artes do Recanto das Emas oferece cursos de informática e rotinas administrativas, preparando alunos para funções como auxiliar administrativo, comercial, financeiro, de cobrança, de gestão de pessoas e de compras e estoques. Cada curso tem 60 horas de duração, com aulas duas vezes por semana ao longo de três meses. As inscrições podem ser feitas diretamente na unidade. A partir deste ano, a Sejus ampliará a oferta de cursos e levará o programa para outras unidades dos CEUs das Artes e Praças dos Direitos no DF. Para a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, a qualificação profissional é um investimento no futuro das comunidades. “Acreditamos que a educação e a capacitação são ferramentas poderosas para transformar vidas, gerar oportunidades e fortalecer a cidadania. Nosso compromisso é garantir que todos tenham acesso gratuito ao conhecimento e possam construir um caminho de mais dignidade e autonomia”, destaca. Inclusão e cidadania nas comunidades O espaço no Recanto das Emas é apenas um entre as cinco unidades do CEU das Artes e praças dos Direitos espalhados pelo DF. Três estão em Ceilândia – dois CEUs das Artes e uma Praça dos Direitos. A quinta, mais uma praça dos Direitos, está no Itapoã. Os locais funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 12h. As inscrições nas atividades podem ser feitas, gratuitamente, a qualquer tempo – presencialmente e pela internet. Neles são oferecidos oito esportes, como atletismo, futsal e artes marciais, como karatê e jiu-jitsu. Há também oficinas de arte e cultura e danças urbanas, bem como atendimento psicológico e cursos preparatórios para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibular. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF)

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Ação debate importância da saúde mental para a população idosa

Há 4 anos, a técnica em enfermagem Maria (nome fictício) recebeu uma mensagem pelo WhatsApp que a impactou para sempre. Era a despedida do seu filho de 46 anos, que cometeu suicídio. “Ele tinha depressão, estava em tratamento, mas já tinha tentado o autoextermínio. Dessa vez, ele conseguiu”, lamentou, lembrando que o luto persistiu por muito tempo. “Tive que reagir porque tenho dois filhos mais novos e seis netos, mas nunca vou esquecer aquele dia”, garantiu. Para falar sobre a importância da saúde mental, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) realizou, na manhã desta quinta-feira (12), em Ceilândia Norte, o evento “Flor por onde for”, em alusão ao Setembro Amarelo. Cerca de 350 integrantes do Projeto Viver 60+ participaram da ação no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes). O objetivo foi proporcionar um momento de conscientização sobre saúde mental e a prevenção ao suicídio. Cerca de 350 integrantes do Projeto Viver 60+ participaram da ação, que ofereceu lanche, palestras sobre saúde mental e plantio de mudas de flores | Fotos: Jhonatan Vieira/Sejus-DF “O suicídio impacta a sociedade como um todo. É preciso um comprometimento por meio de políticas públicas para prevenir e enfrentar o autoextermínio e para desconstruir o tabu em torno desse tema. Trata-se de um assunto delicado que, muitas vezes, a própria população evita falar. Mas é imprescindível destacar a importância de uma vida com significado para o enfrentamento do sofrimento psíquico”, enfatizou a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. Saúde mental Durante a ação, foram plantadas mudas de flores amarelas doadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), como cravo, camomila, moreia, petúnia e zínia, entre outras. A iniciativa contou ainda com a parceria do Atacadão Dia a Dia, além da atuação dos estudantes e professores do curso de Terapia Ocupacional da Universidade de Brasília. Todas as pessoas idosas receberam uma muda e foi realizada uma dinâmica que relacionava o ciclo de vida das flores ao ciclo da vida humana. No roteiro, muita animação, lanche e palestras sobre saúde mental e importância da vacinação. Durante a ação, foram plantadas mudas de flores amarelas doadas pela Novacap, como cravo, camomila, moréia, petúnia e zínia De acordo com Antônia Albuquerque, que participou do evento, é muito importante se manter ativa ao longo do processo de envelhecimento. “Participo do Viver 60+ e estou adorando. Fiz amizades, saio de casa, faço ginástica, alivio o stress e me sinto muito melhor. Tenho uma irmã que trata a depressão com medicamento e terapia, e sei que não é bobagem. É preciso valorizar o autocuidado porque se não regamos uma planta, ela morre”, afirmou. Luzia Reis, que chegou cedo ao evento, definiu a ação como importante. “Falar sobre saúde mental é necessário. O surgimento de doenças mentais é decorrente de vários fatores. Há a questão do uso de álcool, drogas… Algumas pessoas tiveram uma infância disfuncional e isso também pode impactar o futuro”, observou. Envelhecimento saudável O projeto Viver 60+ é voltado para a realização de atividade física funcional e aulas de dança para pessoas com mais de 60 anos, em turmas de até 40 alunos. São contemplados os moradores das regiões administrativas de Água Quente, Ceilândia, Estrutural, Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II, Samambaia, Santa Maria, Sol Nascente e Taguatinga.

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CEUs das Artes e praças dos Direitos promovem inclusão e cidadania nas comunidades

Débora Pimentel é mãe de uma criança neuroatípica. Sem condições de pagar uma atividade para o filho de 7 anos no contraturno escolar, ela viu um espaço com quadra, salas multiúso, pista de atletismo e campo sintético na Quadra 203 do Itapoã e decidiu perguntar do que se tratava. É a Praça dos Direitos, equipamento da Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus) onde são oferecidas gratuitamente atividades esportivas, culturais e educativas. Atividades esportivas fazem parte do programa oferecido ao público nos centros das Artes e praças dos Direitos | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília “Ele está amando, chora para vir, já dorme falando: ‘amanhã quero ir lá para o projeto’”, conta a mãe. “Só estou vendo melhoria na vida dele. Se não fosse o projeto, ele ficaria em casa, sem nenhum tipo de esporte, de atividade. Já senti muitas mudanças, agora ele tem mais habilidade no jeito de conviver com as crianças, de brincar. A professora também falou que ele está muito bem na escola. Antes, ele era muito agitado, muito inquieto.” “Esses espaços oferecem oportunidades para que todos tenham acesso à cultura, educação e lazer, independentemente de sua origem ou condição social” Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania O espaço no Itapoã é apenas um entre as cinco unidades do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU das Artes) e praças dos Direitos espalhados pelo Distrito Federal. Três estão em Ceilândia – dois CEUs das Artes e uma Praça dos Direitos. O quinto – mais um CEU das Artes – está no Recanto das Emas. Somados, os equipamentos podem receber até 6 mil crianças, de 4 a 18 anos. Os locais funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados, das 8h às 12h. As inscrições nas atividades podem ser feitas, gratuitamente, a qualquer tempo – presencialmente e pela internet. Entre os oito esportes oferecidos, estão atletismo, futsal e artes marciais, como karatê e jiu-jítsu. Há também oficinas de arte e cultura e danças urbanas, bem como atendimento psicológico e cursos preparatórios para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibular. “O programa desenvolvido nos CEUs das Artes e praças dos Direitos promove a inclusão social em nossas comunidades”, comemora a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. “Esses espaços oferecem oportunidades para que todos tenham acesso à cultura, educação e lazer, independentemente de sua origem ou condição social. A iniciativa integra pilares essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos possam se expressar, aprender e crescer juntos.” Mundo novo Não são apenas os pais que aprovam a iniciativa. As crianças e jovens também. João Pedro Rodrigues, 15, é aluno de karatê e diz que consegue “praticar o que não conseguia fazer antigamente”. Maria Vitória Gomes, 16, faz jiu-jítsu e afirma que, “após uns problemas em casa”, está “relaxando a mente”. Erick Peterson, 6, lembra que, antes de se inscrever no futsal, “ficava em casa, de bobeira”. Ítalo Salviano, 7, também do futsal, tem feito consultas com psicólogo no local e garante gostar muito. Aos 18, Maria de Fátima da Rocha já pensa no futuro e, além do karatê, pratica atletismo, que vai “ajudar muito” em seu sonho de passar no concurso da Polícia Federal. Bruno Santos dá aulas de karatê na Praça dos Direitos do Itapoã: “Como eu sou da região, cresci dentro de projetos sociais, eu acho isso uma oportunidade de passar um pouco do que eu sei para essas crianças, porque aqui tem muito potencial” “Um mundo novo.” É assim que Gabriella Mendes, 9, que faz aulas de karatê e dança, avalia o espaço. “Tudo é bom”, aponta. “Todas as atividades, para mim, são boas. Antigamente, eu fazia só balé. Mas agora, que eu faço dança, karatê, qualquer atividade, desenvolvi mais o cérebro, o corpo… tudo é demais para mim. Todas as pessoas daqui são demais.” Quando a pequena fala em “qualquer atividade”, é porque cada aluno pode inscrever-se em duas – cada aula tem 50 minutos -, mas, fica livre durante o resto do turno para, se quiser, acompanhar outras modalidades que sejam do seu interesse. Ministrar essas aulas é motivo de orgulho para Bruno Santos. Campeão brasileiro e pan-americano de kickboxing, ele ensina karatê na Praça dos Direitos do Itapoã. “É uma experiência bacana para mim”, relata. “Como eu sou da região, cresci dentro de projetos sociais, eu acho isso uma oportunidade de passar um pouco do que eu sei para essas crianças, porque aqui tem muito potencial”. Comunidade À parte as aulas para as crianças, os equipamentos também podem ser usados por outras pessoas ou grupos das regiões, conforme a disponibilidade. É o caso de Marlon de Sousa, que integra um grupo de bocha no Itapoã e, agora, desfruta da Praça dos Direitos. “Eu descobri aqui por acaso”, conta.  “Eu pratico rugby, e a gente estava procurando um lugar para treinar, estávamos sem quadra”, prossegue o rapaz, que é cadeirante. “Foi quando eu vi a quadra e vim perguntar. Hoje em dia não é muito comum a gente ter espaços como esses, ofertando esportes tanto para PcDs [pessoas com deficiência] quanto para outras pessoas. E eu acho muito importante isso, porque leva qualidade de vida e dá uma certa independência para a pessoa.”

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