Projeto leva atendimento jurídico a escolas públicas do DF
A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) e a Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), lançaram o projeto Defensoria nas Escolas. A primeira edição da iniciativa inédita será realizada no Plano Piloto, terça-feira (20), quarta-feira (21) e sexta-feira (23), das 9h às 16h. O Centro de Ensino Médio Setor Leste sediará o projeto que ocorrerá simultaneamente no Centro de Ensino Médio Paulo Freire, no Centro de Ensino Médio Elefante Branco e no Centro Educacional Gisno. A ação proporcionará acesso à justiça, por meio de atendimento jurídico exclusivo nas escolas públicas do DF. O objetivo é abrir as portas da instituição para escutar a comunidade escolar e compreender as necessidades, propondo soluções em comum acordo com pais, professores e estudantes. O projeto Defensoria nas Escolas leva informação a estudantes da rede pública para atender, por exemplo, casos de registro paterno e reconhecimento de paternidade | Foto: Divulgação/ DPDF O foco é buscar a sustentabilidade das relações humanas por meio da prevenção e informação qualificada, realizando a busca ativa das crianças e adolescentes sem registro paterno e oferecendo atendimento jurídico direto nas escolas, fomentando medidas alternativas de pacificação social, solução e prevenção de litígios para desafogar o sistema judiciário constituindo um paradigma de atuação inovador no país. A iniciativa contará com a Unidade Móvel de Atendimento Itinerante da DPDF e ofertará diversos serviços jurídicos, atendimento psicossocial, além de palestras educativas de conscientização em direitos e apresentação da DPDF. Entre os serviços estão pedido de fixação ou revisão de pensão alimentícia; investigação de paternidade para reconhecimento e inclusão do nome do pai na Certidão de Nascimento, reconhecimento de paternidade ou maternidade socioafetiva; regulamentação de guarda e de visitas parentais de filhos menores. Além disso, o projeto ofertará ações de divórcio ou dissolução de união estável registrada em cartório, reconhecimento e dissolução de união estável não registrada em cartório, divisão de bens com o cônjuge ou o companheiro e interdição de cidadãos que não tem condições de exprimir a sua vontade e de compreender e praticar os atos da vida civil. “Ao levar serviços jurídicos e palestras educativas diretamente às escolas, o projeto contribui para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis, previne problemas legais e fortalece a inclusão social” Celestino Chupel, defensor público-geral do DF O defensor público-geral, Celestino Chupel, destaca que a iniciativa é valiosa e estratégica para promover o acesso à justiça, a educação jurídica e o bem-estar da comunidade escolar. “Ao levar serviços jurídicos e palestras educativas diretamente às escolas, o projeto contribui para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis, previne problemas legais e fortalece a inclusão social. O objetivo é incrementar a atuação e o diálogo junto ao espaço social mais importante da sociedade brasileira que é a escola pública”, explicou. A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, enaltece a parceria com a Defensoria Pública, cujo objetivo é incentivar o reconhecimento voluntário de paternidade e reduzir o número de crianças sem o nome do pai no registro de nascimento. “Esta é uma iniciativa muito importante, pois não se limita à obtenção de documentos, mas também busca fortalecer vínculos familiares, garantir direitos como pensão alimentar, prevenindo a vulnerabilidade social e a insegurança alimentar”. O defensor público e diretor da Escola de Assistência Jurídica da DPDF (Easjur/ DPDF), Evenin Ávila, destaca que o projeto inaugura uma nova fase na instituição que é de implementar a busca e a escuta ativa no espaço escolar com o objetivo de somar e apoiar todos os atores da escola pública, família, estudantes e professores. “A iniciativa é um canal inovador de construção e novas perspectivas de projetos, iniciativas em consenso. É hora de somar”, detalhou. “Esta é uma iniciativa muito importante, pois não se limita à obtenção de documentos, mas também busca fortalecer vínculos familiares, garantir direitos como pensão alimentar” Hélvia Paranaguá, secretária de Educação O projeto Defensoria nas Escolas percorrerá diversas regiões administrativas do DF, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e responsáveis, prevenindo problemas legais e fortalecendo a inclusão social. A lista de documentos necessários para participar está disponível no site da instituição. A Central de Relacionamento com os Cidadãos (CRC) da DPDF está disponível para esclarecer dúvidas e agendar os atendimentos pelos telefones 129 ou (61) 3465-8200, caso o interessado esteja fora do DF. O atendimento funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h25, e das 13h15 às 16h55. Carreta nas escolas Em abril deste ano, a DPDF inaugurou a nova Unidade Móvel de Atendimento Itinerante da DPDF, exclusiva para atendimentos nas escolas públicas. O equipamento, desenvolvido como concretização da parceria entre a DPDF e a Secretaria de Educação do DF (SEEDF), realizou atendimentos no Centro de Ensino Médio 1 (Centrão) de Planaltina e ofertou serviços jurídicos e psicossociais, além de exames de DNA gratuitos, por meio do projeto Paternidade Responsável. O intuito foi disponibilizar os serviços da instituição diretamente aos estudantes e suas famílias, facilitando o acesso à Justiça, a resolução de problemas jurídicos e fortalecendo o vínculo entre a comunidade escolar e os serviços prestados pela DPDF. Com a chegada da nova Carreta da DPDF, a instituição contará com três equipamentos para percorrer as regiões do DF e, assim, cumprir sua missão de garantir os direitos fundamentais das famílias em situação de vulnerabilidade. Apenas no primeiro semestre deste ano, a instituição realizou mais de 3 mil atendimentos à população vulnerável do DF. A Defensoria conta também com vans adaptadas para percorrer diversas regiões administrativas do DF. *Com informações da DPDF
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Escola do Distrito Federal é referência em ginástica artística
É no tablado de uma das maiores e mais antigas instituições de ensino público do Distrito Federal que se revelam grandes atletas das ginásticas artística e olímpica. No ginásio de esporte de 800 metros do Centro de Ensino Médio Setor Leste, cerca de 200 estudantes treinam diariamente para a iniciação no esporte e para competições locais, nacionais e até mesmo internacionais. O projeto da Secretaria de Educação (SEE) atende alunos de 6 a 12 anos da rede pública de ensino no contraturno escolar, por meio do Centro de Iniciação Desportiva (CID), desde a década de 1980. As aulas desenvolvidas no local incluem diversos níveis de ensino, que vão do iniciante até o alto rendimento. O espaço com todos os equipamentos específicos para a prática esportiva permite que as crianças e adolescentes aprendam e se desenvolvam na ginástica. O projeto da Secretaria de Educação atende alunos de 6 a 12 anos da rede pública de ensino no contraturno escolar | Fotos: Joel Rodrigues/ Agência Brasília “Toda a iniciação é feita na primeira infância, e elas vão subindo de nível conforme praticam. Cada turma tem no mínimo dez crianças, sendo uma professora por turma, para desenvolvermos todas as habilidades necessárias. Atualmente, temos 18 turmas. É um programa de desenvolvimento, em que os alunos começam na iniciação, seguem para o intermediário, aperfeiçoamento, pré-equipe e equipe. O nosso foco é a iniciação desportiva”, explica a professora Tatiana Freire. A educadora enfatiza, ainda, que todas as habilidades motoras necessárias para as crianças na primeira infância são ensinadas e praticadas nas aulas de forma lúdica, prazerosa e contínua. “Instruímos todas as aptidões básicas, como lateralidade, força, equilíbrio, flexibilidade, além de orientação espaço – temporal e ritmo. Tudo isso com estímulo e acompanhamento em um ambiente privado, orientado e com cuidado. Se todos os pais soubessem, essa [ginástica artística] seria a primeira atividade que as crianças fariam; elas saem pronta para qualquer outra”, destaca Freire. Maria Clara Batista: “Sempre gostei de esporte, e na ginástica me desenvolvi mais” Apesar de ter como foco a iniciação, não é de hoje que o espaço forma grandes atletas na cidade. “Hoje, o grupo masculino tem obtido grandes resultados nas competições das quais participam, como no campeonato brasileiro, eles visam ao alto rendimento, e treinam aqui duas vezes na semana com a nossa aparelhagem, pois temos equipamentos que permitem chegarmos na essência do treinamento”, ressalta a professora. As competições fazem parte da rotina de todos os alunos em todos os níveis de ensino. De acordo com as professoras do espaço, as atletas participam de provas pelo menos três vezes ao ano. De lá já saíram representantes que disputaram torneios como a Copa do Mundo de Ginástica e o Pan-Americano, entre outros, . assim como ginastas que foram contratados para as equipes dos clubes do Flamengo, Minas Tênis e Pinheiros. Diversão e amor Professora Tatiana Biagini: “Procuro contribuir para formar um ser humano completo. É uma relação de confiança” A atleta de 14 anos Ana Lúcia Biagini frequenta o ginásio desde os 4 anos e, em breve, representará Brasília nos Jogos da Juventude 2023, na faixa etária de 13 a 15 anos, entre 1º e 16 de setembro, em Ribeirão Preto (SP). A jovem conquistou a vaga nos Jogos Escolares do Distrito Federal (JEDF), seletiva para a competição nacional, neste mês. Ela conquistou o primeiro lugar no individual geral, na barra paralela e no salto. Além disso, ficou em segundo lugar no solo. “Eu praticamente nasci aqui no ginásio e ficarei até quando der. Participo de competições desde os 10 anos e apesar de ficar muito nervosa, as colegas são muito boas, faço por diversão”, diz a estudante. No caso de Ana Lúcia, o velho ditado “filho de peixe, peixinho é” se aplica muito bem. Ela é filha da professora de ginástica do Setor Leste Tatiana Biagini, que há 33 anos bate ponto diariamente no ginásio. “Entrei em 1984 para iniciar as aulas de ginástica, com 8 anos, fiquei como atleta até os 14 e depois comecei um estágio para ajudar a dar aulas para as crianças menores. Só fiquei afastada seis anos, assim que ingressei na Secretaria de Educação como professora de educação física. Voltei em 2003 e estou até agora. Eu amo esse lugar”, declara a professora. [Olho texto=”“É um programa de desenvolvimento, em que os alunos começam na iniciação, seguem para o intermediário, aperfeiçoamento, pré-equipe e equipe. O nosso foco é a iniciação desportiva”” assinatura=”Tatiana Freire, professora” esquerda_direita_centro=”esquerda”] É com esse amor que Biagini se dedica exclusivamente às alunas e tem se engajado nesse processo para formação de mais alunos, professores e atletas. “Minha relação com as meninas é além do ginásio, eu sou aquela que leva para as competições, para os passeios e para casa. Procuro contribuir para formar um ser humano completo. É uma relação de confiança. E nesse processo formamos alunos e professores, repassando assim, todo o nosso conhecimento”, completa a professora. Como se inscrever [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] As inscrições são feitas no início do ano letivo da Secretaria de Educação e diretamente com as três professoras responsáveis pelo ginásio. Alunos de escolas particulares podem se inscrever em vagas remanescentes. “A idade limite para se inscrever é 12 anos, mas, quando o aluno se destaca, segue treinando mesmo mais velho”, destaca a também professora Kelma Lucci. Alunos do Setor Leste, mesmo que tenham mais de 12 anos de idade, podem treinar no horário da aula de educação física. É o que faz Maria Clara Batista, 15, aluna do 1° ano do ensino médio. “Sempre gostei de esporte, e na ginástica me desenvolvi mais. Faço no horário da educação física e é muito bom”, conta.
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Escolas da rede pública apresentam evolução de desempenho no Enem
As escolas da rede pública do Distrito Federal administradas pela Secretaria de Educação apresentaram melhora significativa de desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2015. A evolução ficou mais nítida nos centros de ensino médio do Plano Piloto: Setor Leste, Setor Oeste, Asa Norte e Paulo Freire. Centro de Ensino Setor Oeste, na Asa Sul, apresentou evolução de 25 pontos em dois anos na média do Enem. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília Os dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação, consideraram a média dos alunos nas provas objetiva e de redação. Alunos de 185 escolas públicas e particulares do Distrito Federal participaram da prova. Das 87 unidades de ensino de responsabilidade da secretaria, 80 fizeram o exame. Primeira colocada entre as escolas administradas pela Secretaria de Educação, o Centro de Ensino Médio Setor Leste, na Asa Sul, teve 551 de média, 13 pontos a mais que em 2014 (538) e 33 a mais que em 2013 (518). Outro destaque da rede pública do DF foi o Centro de Ensino Médio Paulo Freire, na Asa Norte, que marcou a média de 527 pontos. Em 2014, a unidade ficou com 509 pontos, e com 501 em 2013. O Centro de Ensino Setor Oeste, também na Asa Sul, apresentou evolução de 25 pontos na média em dois anos, passando de 523 em 2013, para 539 em 2014 e 548 em 2015. No Centro de Ensino Médio da Asa Norte, terceira no ranking geral das escolas sob a tutela da secretaria, os números saltaram de 517 em 2013 para 543 em 2015. Os alunos do Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte também obtiveram aumento no índice, que pulou de 508 pontos em 2013, para 521 em 2014 e 528 em 2015. [Olho texto='”Agora as escolas devem trabalhar suas propostas pedagógicas para desenvolver ações que melhorem o desempenho dos alunos.”‘ assinatura=”Júlio Gregório Filho, secretário de Educação” esquerda_direita_centro=”direita”] Para o secretário de Educação, Júlio Gregório Filho, os números mostram que políticas como a oferta de simulados do Enem e o apoio aos secundaristas foram importantes para a melhoria nos resultados. “Fazemos uma avaliação positiva dessa evolução, agora as escolas devem trabalhar suas propostas pedagógicas para desenvolver ações que melhorem o desempenho dos alunos”, acredita o gestor. O secretário entende que ainda há um longo caminho a percorrer. “Agora é momento de focarmos onde os estudantes mostraram mais dificuldade, como a prova de redação.” De acordo com ele, os resultados devem ser avaliados além do ranking. “No Centro Educacional 1 da Estrutural, foi a primeira vez que conseguimos atingir o quórum de 50% dos alunos participantes para realização da prova, e vamos continuar estimulando esses estudantes para que façam o exame”, destaca o secretário. Essa unidade de ensino, que ficou com a menor média entre as escolas do DF, com 457 pontos, trabalha com educação de jovens e adultos (EJA) no período noturno. Expectativa de novos avanços neste ano A expectativa da secretaria, segundo o titular, é que os números em 2016 apresentem evolução ainda maior, com a ampliação dos simulados do exame para todos os estudantes do DF. Além dos alunos das redes pública e privada, podem fazer o teste quem está matriculado nos Colégios Militares de Brasília e Dom Pedro II, e no Sistema S (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial; Comercial; Rural; do Cooperativismo; e Serviço Social do Comércio; da Indústria; e de Transporte), além de jovens e adolescentes das unidades prisionais e socioeducativas. Edição: Vannildo Mendes
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