Centros Olímpicos e Paralímpicos do DF oferecem mais de 10 mil vagas remanescentes
Entre os dias 8 de setembro e 30 de novembro de 2025, estarão abertas as pré-inscrições para as vagas remanescentes dos 12 Centros Olímpicos e Paralímpicos (COPs) do Distrito Federal. O processo será realizado pelo Sistema de Inscrição dos Centros Olímpicos e Paralímpicos/Siscop, disponível neste endereço eletrônico. Ao todo, serão disponibilizadas cerca de 10,5 mil vagas, provenientes do saldo do edital, além de desistências, cortes por faltas e inclusão de novas modalidades. Podem se inscrever crianças a partir de quatro anos, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Os candidatos selecionados receberão a confirmação da matrícula até o dia 5 de dezembro de 2025 | Foto: Divulgação/SEL-DF Como se inscrever O candidato que não tiver acesso à internet poderá comparecer pessoalmente ao COP de interesse, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, para realizar a pré-inscrição. O prazo vai até 30 de novembro de 2025. Os candidatos selecionados receberão a confirmação da matrícula até o dia 5 de dezembro de 2025, com orientações sobre a documentação necessária. Caso não recebam o e-mail, recomenda-se comparecer diretamente ao COP escolhido para verificar a seleção. Modalidades esportivas As vagas estão distribuídas em modalidades como: * Atletismo * Basquete * Futsal * Futebol Society * Ginástica Localizada * Pilates * Vôlei * Jiu-Jitsu * Judô * Taekwondo * Karatê * Capoterapia * Entre outras O quantitativo de vagas, modalidades, faixa etária e horários variam de acordo com cada unidade e podem ser consultados diretamente nas secretarias dos Centros Olímpicos e Paralímpicos ou no site da SEL-DF. Esporte para todos De acordo com o secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira, a abertura das vagas remanescentes reforça o papel dos COPs como espaços de inclusão e transformação social: “Os Centros Olímpicos e Paralímpicos oferecem oportunidades para todas as idades e são ambientes de convivência, saúde e cidadania. Com essas novas vagas, mais pessoas poderão ter acesso ao esporte e aos benefícios que ele proporciona”, destacou o secretário. *Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF)
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GDF investe em oportunidades de emprego para pessoas com deficiência
Cuidar da população é assistir e prestar serviços em todas as áreas. Mais do que isso, um governo deve promover oportunidades independentemente do público. No Distrito Federal, as pessoas com deficiência (PcDs) têm apoio do Governo do Distrito Federal em áreas essenciais, da mobilidade ao emprego e também no esporte. A Agência Brasília apresenta, a seguir, alguns relatos que fazem parte da série de reportagens Esta é a Nossa História, com o objetivo de levar o cidadão a conhecer como os projetos do governo mudaram a realidade das pessoas nestes últimos seis anos. O programa DF Acessível ajuda Deise Maria da Silva a levar o filho Enzo a compromissos semanais: “Os motoristas são muito educados. As vans chegam sempre com uma hora de antecedência e, quando há algum imprevisto, sempre nos avisam” | Fotos: Tony Oliveira/Agência Brasília No campo da mobilidade, o programa DF Acessível representa segurança, conforto e economia para cerca de 2 mil pessoas com mobilidade reduzida severa. Lançada em 2021, a iniciativa fornece transporte gratuito na modalidade “porta a porta” para pacientes inscritos no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPcD) e acompanhantes a consultas, terapias e outros serviços de saúde, sejam públicos ou particulares. R$ 18 milhões Investimento em três anos para a ampliação do programa DF Acessível Uma dessas duas mil pessoas é a estudante Deise Maria da Silva, 30 anos. Moradora de Planaltina, ela utiliza o programa há cerca de um ano para levar o filho Enzo Emanuel, 8, a compromissos semanais. O menino está em estado vegetativo persistente e requer cuidados especializados. “Ele é tractomizado e precisa do meu apoio constante”, pontua a mãe. Antes, os deslocamentos até as consultas eram feitos por conta própria e comprometiam o orçamento da dona de casa. Semanalmente, o gasto com combustível chegava a R$ 350 e prejudicava o pagamento de outras contas da família. Agora, basta selecionar a data e o horário da consulta previamente e pronto: transporte garantido. “Esse benefício é muito importante, principalmente para as mães. O custo para levar meu filho para todos os lugares era muito alto”, conta Deise. Sobre o atendimento, ela tem apenas elogios: “Os motoristas são muito educados. As vans chegam sempre com uma 1h de antecedência e, quando há algum imprevisto, sempre nos avisam.” O DF Acessível passa por todas as regiões administrativas e, atualmente, conta com 35 vans, que levam de dois a quatro pacientes por vez. “Moro no Núcleo Rural Pipiripau II, em Planaltina, e, sempre que faço o agendamento, eles vão até lá para me buscar. A estrada de chão não é obstáculo”, conta a dona de casa Ana Lídia Gonçalves, 40, mãe do pequeno Levi, 10, que é autista, e de Gael, 5, cadeirante. A distância da residência da família até o Plano Piloto é de cerca de 40 km. Em média, ela usa o programa seis vezes por mês para consultas do Gael com fisioterapeuta, neuropediatra e neurocirurgião, entre outras especialidades. “Não preciso mais vir dirigindo e acabo economizando uns R$ 400, com certeza”, conta Ana Lídia. “Esse serviço facilitou muito a minha vida. Eles nos pegam no horário certinho, normalmente não tem atraso, e nos levam em segurança”. Ampliação A dona de casa Ana Lídia Gonçalves usa o DF Acessível seis vezes por mês para consultas médicas de Gael: “Não preciso mais vir dirigindo e acabo economizando uns R$ 400, com certeza” Neste ano, o serviço atenderá também a população com doença renal crônica (DRC) que necessita de terapia renal substitutiva (TRS), levando os pacientes para a realização de hemodiálise no Complexo Regulador em Saúde ou em redes conveniadas. O DF Acessível – TCB Hemodiálise será operado pela TCB em colaboração com a Secretaria de Saúde. Em três anos, a ampliação do programa receberá um investimento de R$ 18 milhões. A expectativa é que mais de 350 pessoas sejam atendidas já neste ano. “É um serviço gratuito importantíssimo para garantir a cidadania dessas pessoas com deficiência. Nosso objetivo é expandir a quantidade de vans disponíveis para que mais pessoas tenham acesso a serviços essenciais para a saúde e qualidade de vida delas”, declara o secretário da Pessoa com Deficiência, Flávio Pereira dos Santos. Para solicitar uma viagem, a pessoa com deficiência deve estar com o cadastro aprovado no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPcD) e, então, realizar o agendamento por meio do site Agenda DF. Mais informações estão disponíveis no site da TCB e da Secretaria da Pessoa com Deficiência. Emprego e dignidade Diagnosticada desde os 14 anos com visão monocular, Danielce Soares é uma das 130 pessoas beneficiadas pela cooperação entre a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD) e empresas do DF O GDF também se faz presente no campo do emprego. Para a assistente administrativa Danielce Maria Soares Alves, 40, a palavra oportunidade traduz a mudança de trajetória de vida ao adentrar no mercado de trabalho por meio do programa Cadastro de Empregabilidade. “Passei muitos anos me especializando na minha área para me destacar; e, se não fosse a chance de mostrar meu trabalho, se não acreditassem em mim, eu não teria conseguido”, admite. Danielce é uma das 130 pessoas beneficiadas pela cooperação entre a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD) e empresas do DF. De acordo com dados do setor de empregabilidade da SEPD, de fevereiro de 2024 até janeiro deste ano são 59 parceiras com vagas disponíveis. A parceria com as empresas foi firmada por meio de um Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério Público do Trabalho, que exige que as empresas que não cumprem a Lei de Cotas reservem um percentual de vagas para o segmento de PcDs. “Possibilitamos que as pessoas com deficiência conquistem espaços, estejam em lugares de decisão e ocupem profissões necessárias dentro da sociedade. É uma forma de viabilizar que as qualificações das pessoas com deficiência sejam utilizadas e promover representatividade dentro dessas grandes empresas” Flávio Pereira dos Santos, secretário da Pessoa com Deficiência Diagnosticada desde os 14 anos com visão monocular, Danielce Maria Soares Alves, 40, enfrentou dificuldades até conseguir a vaga que almejava. “Por ser PcD, os gestores e as pessoas acabam olhando para a gente como seres incapazes; mas, na verdade, o que a gente quer é mostrar nossa capacidade, que somos fortes e que estamos ali para contribuir com o crescimento do país e também da capital”, destaca a assistente administrativa. Nesse processo, Danielce enfrentou diversos questionamentos, entre eles a possibilidade de não se identificar como pessoa com deficiência ou de duvidar se apareceriam oportunidades para ela. “Durante o período em que eu trabalhei como não PCD, busquei me qualificar para não ser vista apenas como cota e sim, ter visibilidade como a profissional que merecia uma oportunidade igual a todos no mercado de trabalho”, diz, orgulhosa. Assim como Danielce, Matheus Marques Luiz, 28, também encontrou uma oportunidade no programa. “Fui diagnosticado com autismo aos 21 anos e sempre enfrentei dificuldades para interagir com as pessoas. Então, quando consegui a vaga de ajudante de eletricista e pude ficar em uma área mais reclusa, fiquei muito satisfeito”, conta. Outro benefício da vaga foi o respeito dentro do local de trabalho. “Nas outras vagas que trabalhei acabei ficando pouco tempo, porque as empresas me demitiram sem dar um motivo. Agora estou realmente satisfeito, porque encontrei uma área que me adaptei e que as pessoas me respeitam”, comemora Matheus. A fim de reduzir as barreiras de acesso a postos de trabalho, o cadastro de empregabilidade tem como objetivo assegurar o processo de inclusão do cidadão PcD no mercado de trabalho, atendendo ao Estatuto da Pessoa com Deficiência do Distrito Federal, estabelecido pela lei nº 6.637, de 20 de julho de 2020. “Possibilitamos que as pessoas com deficiência conquistem espaços, estejam em lugares de decisão e ocupem profissões necessárias dentro da sociedade. É uma forma de viabilizar que as qualificações das pessoas com deficiência sejam utilizadas e promover representatividade dentro dessas grandes empresas”, destaca Flávio Pereira dos Santos. Para se candidatar às vagas oferecidas pela SEPD, é necessário que o interessado esteja inscrito no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPCD), que gera documentos comprobatórios, como a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) e o Cartão de Identificação da Pessoa com Deficiência. Após cadastro e aprovação, o candidato deve preencher o formulário de Empregabilidade, no site da SEPD, e anexar o currículo. Inclusão através do esporte Centros olímpicos e paralímpicos do DF oferecem atividades inclusivas, como o goalball, esporte em que os jogadores utilizam as percepções táteis e auditivas para arremessar e defender uma bola com guizo em direção ao gol Incentivar a prática de esportes e mostrar que portar alguma deficiência não é impeditivo para se divertir e socializar. Também neste campo, o GDF oferece atividades inclusivas nos 12 centros olímpicos e paralímpicos localizados (COPs) em diversas regiões administrativas, além de seis polos de centros de iniciação desportiva paralímpicos (CIDPs) da rede pública de ensino. Entre as modalidades oferecidas nos COPs, o goalball foi a que chamou a atenção de Cauã Rodrigues de Jesus, 18, diagnosticado desde os 4 anos com retinose pigmentar, doença que compromete a visão ao longo do tempo. Referência em Brasília, o esporte é praticado por pessoas com deficiência visual, que utilizam as percepções táteis e auditivas para arremessar e defender uma bola com guizo em direção ao gol. Durante a partida os paratletas ficam com os olhos vendados. “Dentro do goalball eu aprendi que, mesmo deficiente visual, tenho a capacidade de fazer o que quiser”, afirma Cauã Rodrigues de Jesus “Depois que comecei a frequentar as aulas, minha vida melhorou muito: em questão de locomoção, de segurança e de autonomia”, relata Cauã, que pratica o esporte no COP de São Sebastião. A partir do esporte, o atleta passou a ter curiosidade e segurança para conhecer novas modalidades: “O goalball me deu coragem de começar a andar de skate, de bicicleta e a correr, por exemplo. Foi fundamental para me acostumar com a deficiência e a ganhar confiança. Dentro do goalball eu aprendi que, mesmo deficiente visual, tenho a capacidade de fazer o que quiser”, conta o jovem, que tem como objetivo participar da seleção brasileira. Jefferson Gonçalves fala da transformação em sua vida desde que começou a praticar goalball, há dez anos: “Mudou em mim a questão da maturidade, a de querer ser um humano melhor e a pensar mais no próximo, já que jogamos em coletivo” Companheira de jornada do atleta, a mãe Carlione Rodrigues, 38, percebeu uma grande mudança no filho, desde que ele entrou para o esporte. “Antes ele passava o dia inteiro trancado em casa, sem fazer nada, com depressão mesmo. Mas depois do goalball, ele se tornou um jovem alegre, com mais autonomia e hoje faz tudo sozinho. Sou muito grata aos professores e ao projeto”, comemora a manicure. Há quase dez anos no esporte, a vida de Jefferson Gonçalves, 26, também foi transformada a partir do goalball. “Mudou em mim a questão da maturidade, a de querer ser um humano melhor e a pensar mais no próximo, já que jogamos em coletivo”, reflete o atleta. Nascido em Santa Cruz Cabrália, município localizado no sul da Bahia, a família de Jefferson veio para Brasília em busca de um tratamento para o filho. Apesar de não conseguir recuperar a visão, o jovem se deparou com mais oportunidades na capital. “Quando eu vim para cá, percebi que havia muita acessibilidade na escola, além da chance de me destacar no esporte. Pelo goalball, consegui comprar minha casa própria e construir minha própria família”, relata, orgulhoso.
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Abertas inscrições para mais de 13 mil vagas em modalidades esportivas nos COPs
A Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF) abre as portas para mais uma edição de matrículas nas modalidades esportivas dos centros olímpicos e paralímpicos (COPs) do DF. Ao todo, serão 13.672 vagas para matrículas em modalidades esportivas. Os candidatos poderão se inscrever em até duas modalidades/turmas distintas, com base na ordem de preferência informada durante a pré-inscrição. No entanto, será vedada a matrícula em duas modalidades aquáticas | Foto: Divulgação/SEL-DF O processo de pré-inscrição estará disponível de 24 de março a 20 de junho, com o objetivo de proporcionar mais acesso à prática esportiva à população, incluindo prioritariamente pessoas com deficiência, estudantes da rede pública e famílias de baixa renda. As inscrições serão realizadas eletronicamente por meio do Sistema dos Centros Olímpicos e Paralímpicos (Siscop), neste link. Para aqueles que não tiverem acesso à internet ou enfrentarem dificuldades para utilizar a plataforma, haverá a possibilidade de inscrição presencial nos COPs de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Os candidatos serão selecionados com base em sua pontuação, levando em consideração os critérios de prioridade e a ordem de inscrição Grupos prioritários como pessoas com deficiência, idosos, gestantes e lactantes terão atendimento prioritário para realizar sua pré-inscrição presencialmente. A iniciativa visa garantir que todos, independentemente de sua condição social ou capacidade, tenham oportunidade de participar das atividades esportivas oferecidas. “Nosso compromisso é ampliar as possibilidades de participação nos Centros Olímpicos e Paralímpicos, garantindo que as pessoas com deficiência, famílias de baixa renda e estudantes da rede pública sejam priorizados no processo de matrícula”, afirmou o secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira. Para garantir uma seleção justa e inclusiva, a secretaria estabeleceu critérios específicos para a escolha dos candidatos. As vagas serão oferecidas conforme a seguinte ordem de prioridade: → Estudantes da rede pública de ensino do DF; → Pessoas pertencentes a famílias de baixa renda – aquelas que possuam renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou que integrem programas sociais como o Cadastro Único (CadÚnico) e o Bolsa Família; → Pessoas com deficiência, incluindo aquelas com transtorno do espectro autista, além de idosos e outros grupos vulneráveis, que terão preferência para garantir sua participação nas modalidades esportivas. O quadro de vagas disponíveis obedecerá o quantitativo previsto abaixo: Como funciona a inscrição Os candidatos poderão se inscrever em até duas modalidades/turmas distintas, com base na ordem de preferência informada durante a pré-inscrição. No entanto, será vedada a matrícula em duas modalidades aquáticas, como natação e hidroginástica, simultaneamente. Em relação às pessoas com deficiência, o processo de inscrição será um pouco diferente: elas poderão se inscrever normalmente, mas não terão a opção de escolher a turma diretamente. Após a inscrição, serão convocadas para uma avaliação prévia realizada pela equipe multidisciplinar, que indicará a turma mais adequada às suas necessidades específicas. Os candidatos serão selecionados com base em sua pontuação, levando em consideração os critérios de prioridade e a ordem de inscrição. Aqueles que não forem selecionados para a primeira opção de turma/modalidade, poderão ser alocados na segunda opção escolhida durante a inscrição. Em caso de empate, o critério de desempate será a maior idade dos candidatos. Além disso, os candidatos que não forem selecionados para as turmas ou modalidades desejadas serão colocados na lista de espera e poderão ser convocados caso surjam novas vagas. Convocação e matrícula Após a seleção, os candidatos aprovados receberão um e-mail com as orientações sobre a documentação necessária para efetivar a matrícula. É importante ressaltar que os candidatos devem estar atentos ao recebimento do e-mail, inclusive verificando pastas de spam ou lixeira, para não perderem o prazo de matrícula. Mais informações O processo de inscrição estará disponível até o dia 20 de junho. Para mais detalhes sobre o edital, cronograma e as modalidades oferecidas, acesse o site da SEL-DF. *Com informações da SEL-DF
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Projeto Gamifica amplia acesso a cursos de games em escolas públicas e centros olímpicos do DF
O projeto Gamifica chega, a partir deste mês, a escolas da rede pública e centros olímpicos e paralímpicos (COPs) do Distrito Federal, levando oportunidades de capacitação gratuita para adolescentes e jovens. A iniciativa oferecerá cursos nas áreas de desenvolvimento, design e marketing de jogos eletrônicos, promovendo inclusão digital e estímulo à criatividade. Com um mercado global estimado em US$ 184,3 bilhões, a indústria dos games tem o Brasil como principal expoente na América Latina. O setor movimentou R$ 1,2 bilhão em 2022 no país, enquanto o Distrito Federal registrou um crescimento de 21% no número de empresas entre 2022 e 2023. O projeto Gamifica fortalece as políticas públicas de inclusão digital no DF | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF, Leonardo Reisman, a expansão do projeto fortalece as políticas públicas de inclusão digital. “Em 2024, tivemos mais de três mil alunos matriculados. Para este ano, esperamos um número ainda mais expressivo de participantes”, afirmou. Atendimento em oito regiões O Gamifica é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF), a Associação das Empresas Fomentadoras do Bem-Estar e o Instituto de Bombeiros de Responsabilidade Social (Ibres). O projeto atenderá estudantes e moradores de Ceilândia, Santa Maria, Samambaia, Paranoá, SCIA-Estrutural, Brazlândia, Sol Nascente e Jardim Botânico. Os cursos abordarão desde técnicas de desenvolvimento de jogos até a criação de narrativas interativas e mecânicas inovadoras As atividades ocorrerão em unidades itinerantes dentro das escolas, facilitando o acesso dos alunos às aulas. Os cursos abordarão desde técnicas de desenvolvimento de jogos até a criação de narrativas interativas e mecânicas inovadoras. Para participar, os interessados devem se inscrever pelo site oficial do projeto. A expectativa é atender 1.600 jovens, com 320 vagas por região, prioritariamente para estudantes, mas também abertas à comunidade local. Expansão Além das escolas, o Gamifica chegará aos COPs de Brazlândia, Ceilândia, Sol Nascente, Jardim Botânico e Estrutural. Nessas unidades, serão oferecidas 1.250 vagas para jovens entre 16 e 29 anos. As aulas serão de segunda a sexta-feira, nos turnos matutino e vespertino, abrangendo desde noções básicas de informática até a concepção de games, desenvolvimento de personagens e cenários, além de estratégias de divulgação. O objetivo é incentivar o empreendedorismo e formar novos talentos para o mercado de jogos eletrônicos. As inscrições podem ser feitas por meio deste link. *Com informações da Secti-DF
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Pequenos atletas dos COPs vivem dia inesquecível com lutadores do Jungle Fight
Alunos dos centros olímpicos e paralímpicos (COPs) do Setor O e do Parque da Vaquejada tiveram uma experiência inesquecível nesta sexta-feira (18). Eles visitaram a estrutura do Jungle Fight, o maior evento de artes marciais mistas (MMA) da América Latina. Na ocasião, os pequenos atletas aprenderam técnicas de defesa pessoal e receberam orientações sobre como agir diante de situações de bullying. Alunos puderam participar do treinamento ao mesmo tempo que receberam reforço na orientação de que luta não significa violência | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “O esporte aumenta a autoestima, melhora a disciplina e o foco e fortalece corpo e mente, entre tantos benefícios ” Celina Leão, vice-governadora A vice-governadora Celina Leão destacou a importância da vivência para que as crianças aprendam a lidar com conflitos de forma não violenta: “O esporte aumenta a autoestima, melhora a disciplina e o foco e fortalece corpo e mente, entre tantos benefícios. Somado a isso, os alunos dos COPs tiveram a oportunidade de conhecer uma nova modalidade e treinar em espaços diferentes do habitual. É uma oportunidade única em muitos sentidos”. “Nós levamos nossos alunos dos centros olímpicos para que eles possam ter uma vivência e possam um dia se enxergar, talvez, dentro daquela modalidade” Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer O passeio foi promovido como contrapartida social pelo apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) ao evento e reuniu 60 crianças e adolescentes, com idades entre 9 e 15 anos, para uma vivência completa de um profissional de MMA. Na Arena BRB Nilson Nelson, os pequenos passaram até por simulações de pesagem e de entrada no octógono – etapas tradicionais da luta profissional. “A gente faz questão dessas contrapartidas sociais”, afirmou o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira. “Nós levamos nossos alunos dos centros olímpicos para que eles possam ter uma vivência e uma clínica em que eles possam um dia se enxergar, talvez, dentro daquela modalidade. O objetivo é diminuir essa distância que muitos têm entre o querer e o realizar; é para dizer que eles podem um dia chegar lá.” Esporte e disciplina “A luta não é briga, mas uma atividade em que o lutador, neste caso a criança, precisa ter o domínio psicológico primeiro” Douglas Ayres, produtor do Jungle Fight O produtor do Jungle Fight, Douglas Ayres, lembrou que a atividade busca fomentar a autoconfiança e habilidades práticas dos pequenos atletas, com técnicas e valores transformadores. “A luta não é briga, mas uma atividade em que o lutador, neste caso a criança, precisa ter o domínio psicológico primeiro”, pontuou. “Ela não foi feita para agredir ninguém, mas para lidar com as adversidades da vida”. Aluno do COP do Setor O, José Felipe Sena comemorou a visita: “Nunca tinha tido contato com MMA, muito menos entrado no Nilson Nelson” Esporte, frisou o produtor, não é compatível com indisciplina: “Queremos ensinar a essas crianças que a violência nunca vai ser uma opção. Nosso objetivo é fazer com que elas aprendam a lidar com a injusta agressão. A defesa não é uma violência, mas uma justa preservação”. Entre os participantes, o sentimento era de entusiasmo. “Nunca tinha tido contato com MMA, muito menos entrado no Nilson Nelson”, disse José Felipe Sena 13, do Setor O. “É uma sensação de felicidade poder estar em um ringue de luta, treinando com o mestre e aprendendo uma coisa nova”. Mirella Sophia Ferreira, 9, moradora do Setor O e praticante de defesa pessoal e karatê, também ressaltou a importância de vivenciar novas experiências: “Achei muito legal sair do centro olímpico para descontrair um pouco e aprender coisas novas”.
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Centros olímpicos e paralímpicos promovem bailes em celebração ao Mês do Idoso
No mês em que se celebra o Dia Internacional do Idoso, a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF) promove uma programação especial para os frequentadores dos 12 centros olímpicos e paralímpicos (COPs) do DF. Entre as atividades programadas, está o Baile dos Idosos, evento aberto ao público que ocorre em diferentes datas e horários ao longo de outubro. “Nosso objetivo é promover momentos de integração e diversão para os idosos, reforçando a importância da prática esportiva e do convívio social para a qualidade de vida na terceira idade” Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer O baile, que integra a programação voltada ao público da terceira idade, será realizado nos turnos matutino e vespertino, conforme o cronograma de cada unidade. As atividades se estenderão até o dia 26, proporcionando momentos de lazer e interação para a população idosa do Distrito Federal. Segundo Renato Junqueira, secretário de Esporte e Lazer do DF, a iniciativa visa valorizar a população idosa e garantir seu acesso a espaços de lazer e convivência. “Nosso objetivo é promover momentos de integração e diversão para os idosos, reforçando a importância da prática esportiva e do convívio social para a qualidade de vida na terceira idade”, afirmou. O evento é aberto ao público, proporcionando um espaço de convivência e lazer. Cronograma do Baile dos Idosos nos COPs 2024 – 16: Santa Maria (16h) – 17: Gama (8h) – 18: São Sebastião (18h) – 18: Recanto das Emas (16h) – 22: Estrutural (17h) – 23: Parque da Vaquejada (17h) – 24: Riacho Fundo (18h) – 24: Setor O (17h) – 25: Sobradinho (15h) – 26: Planaltina (17h) → As unidades de Samambaia e Brazlândia já promoveram seus respectivos bailes. *Com informações da SEL-DF
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Prazo para inscrição nos centros olímpicos e paralímpicos termina nesta segunda (30)
Terminam na segunda-feira (30) as inscrições para concorrer a uma vaga nos centros olímpicos e paralímpicos (COPs). Ao todo, são ofertadas 16.557 vagas em 32 modalidades, distribuídas nas 12 unidades espalhadas pelo Distrito Federal. As matrículas seriam feitas até o dia 20, mas foram prorrogadas devido à suspensão das aulas nos centros. As atividades foram pausadas por causa das condições climáticas. Entre as modalidades ofertadas nos COPs estão natação, atletismo, basquete, ginástica artística, futebol e vôlei | Foto: Divulgação/SEL As candidaturas serão analisadas conforme os seguintes critérios: ser estudante da rede pública de ensino, ser de família considerada de baixa renda — o que pode ser comprovado por meio da participação no CadÚnico, Bolsa Família, Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência ou Benefício Assistencial ao Idoso. Estar na lista de espera também é um critério classificatório. A inscrição pode ser feita pela internet, no Sistema de Inscrição dos Centros Olímpicos e Paralímpicos (Siscop), ou presencialmente, no COP escolhido, das 8h às 12h e das 14h às 18h. As vagas são destinadas a crianças a partir de 4 anos, também a jovens, adultos e idosos. Os selecionados serão notificados, por e-mail, até 20 de outubro. O secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira, destaca que é o “momento para garantir a chance de concorrer a uma vaga nas atividades esportivas oferecidas. Estamos empenhados em ampliar o acesso às nossas instalações e programas, que visam promover o bem-estar e o desenvolvimento esportivo da população”, aponta o gestor. Entre as modalidades ofertadas nos COPs estão atletismo, basquete, ginástica artística, futebol, vôlei e natação. A lista com a oferta completa de cada centro está disponível no site da Secretaria de Esporte e Lazer.
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Aulas nos COPs de Sobradinho e Estrutural são suspensas por causa da fumaça
Devido ao avanço do incêndio no Parque Nacional de Brasília e à proliferação da fumaça que afetou a qualidade do ar no Distrito Federal, as aulas nos Centros Olímpicos e Paralímpicos de Sobradinho e da Estrutural foram suspensas nesta terça-feira (17). Essas unidades estão localizadas nas proximidades das áreas atingidas. A suspensão pode ser prorrogada nos próximos dias, caso a situação persista. Nas demais unidades dos COPs, as aulas seguem normalmente, com monitoramento constante da qualidade do ar, especialmente nas regiões onde os Centros Olímpicos estão localizados. Caso algum aluno não se sinta confortável em participar das aulas, será dispensado com falta justificada. A Secretaria de Esporte e Lazer reforça que a segurança e o bem-estar dos profissionais que atuam nos espaços que estão sob a administração da pasta e dos alunos são prioridades. *Com informações da Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal (SEL-DF)
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Filho de servidora do Detran-DF está nas Paralimpíadas de Paris
Mais um atleta brasiliense movimenta a torcida durante as Paralimpíadas 2024. Conhecido como Passarin, Bartolomeu da Silva Chaves está em Paris para competir e representar o Brasil, a partir desta terça (3), na modalidade de atletismo, classe T37, nos 400 e 200 metros. O atleta é filho de Elinalda Martins, que trabalha há mais de dez anos como prestadora de serviços de limpeza do Detran-DF e, muito querida na equipe, é conhecida como Paraguaia. Passarin, que já foi ouro na modalidade 400 metros, compete nesta terça e na quarta | Foto: Arquivo pessoal Nesta paralimpíada, Passarin almeja mais conquistas. Em maio deste ano, ele ganhou medalha de ouro na modalidade de 400 metros, da classe T37, no mundial de atletismo paralímpico, realizada em Kobe, no Japão. Paraguaia diz sentir orgulho e felicidade em ver as conquistas do filho. Ela lembra que, quando Bartolomeu foi diagnosticado com paralisia cerebral e deficiência intelectual, a família achava que ele não conseguiria fazer muitas coisas, devido à sua dificuldade em se concentrar nos estudos. O menino, entretanto, começou a correr com o um tio que participava de competições em cidades do Maranhão. “Não foi fácil, mas Deus é maravilhoso”, comemora ela. “Eu estou muito feliz como mãe. Não tem nem explicação o tamanho da emoção que a gente sente de ter um filho no nível que ele se encontra hoje e está nas Paralimpíadas.” Quando se mudou para Brasília, Bartolomeu passou a treinar no Centro Olímpico de Ceilândia, mas foi em treinamento do Recanto das Emas que um professor percebeu o seu talento e o incentivou a participar de competições. Na Meeting de Atletismo, o jovem não tinha o calçado de corrida adequado à competição, foi autorizado a correr descalço e mesmo assim ficou em primeiro lugar. Após isso, ele recebeu um kit, com vestimentas e calçados para treinamento profissional. Posteriormente, ele foi convidado para fazer parte do Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em São Paulo. No Detran-DF, a torcida se aprimora por Passarin. Paraguaia, claro, faz coro: “Era um sonho dele, ele é um menino muito esforçado. Ele merece estar onde ele está hoje. O amor, a torcida e o orgulho por ele são muito grandes”. *Com informações do Detran-DF
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GDF promove inclusão com a oferta de modalidades paralímpicas
Com a disputa dos Jogos Paralímpicos Paris 2024, o olhar do brasileiro se volta, mais uma vez, para as práticas esportivas. A cada competição e medalha conquistada, a vibração toma conta das pessoas. No entanto, para que isso seja possível, há sempre um longo caminho a ser percorrido. Em qualquer esporte, o campeão surge da base – e, aqui na capital, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem trabalhado para fortalecer a oferta de modalidades paralímpicas. Keysson Souza Souto se destaca no parabadminton: “Vou treinar muito e, quem sabe, um dia vou representar o país” | Foto: Arquivo pessoal Este trabalho envolve a Secretaria de Educação (SEEDF), que opera sete unidades do Centro de Iniciação Paradesportiva (CIDPs), e a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL-DF), com seus 12 centros olímpicos e paralímpicos (COPs). Nos CIDPs, mais de 180 alunos praticam atletismo adaptado, futebol de 5, goalball, parabadminton, basquetebol, futebol PC, judô, tênis de mesa, bocha, futsal, natação, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. Os COPs atendem mais de 2 mil alunos, oferecendo atividades como atletismo, bocha, goalball, parabadminton, natação, hidroginástica e diversas modalidades de estimulação. Em cada um desses espaços, não faltam histórias de superação e de conquistas pessoais e esportivas. Professor de parabadminton e natação, Letisson Samarone leciona no CID paralímpico de Taguatinga desde 2014. Segundo ele, a percepção de acolhimento pela comunidade é perceptível, assim como o desenvolvimento dos atletas. “Os pais se sentem aliviados por achar um lugar qualificado que acolhe os filhos e desenvolve a sociabilidade e a parte pedagógica, mostrando que é possível promover a inclusão e até seguir carreira de atleta”, resume. Apoio fundamental Letisson Samarone, que dá aulas de parabadminton e natação no CIDP de Taguatinga, confirma os benefícios da atividade para os praticantes: “É um ganho mesmo para quem não vai ser atleta, porque trabalha a inserção social e muda o olhar dos colegas da escola” | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília A inclusão conta com todo apoio do GDF. Segundo o professor, o movimento paralímpico é muito forte no Brasil, e o DF não fica atrás ao custear viagens dos atletas para competições – como as Paralimpíadas Escolares, que ocorrem em novembro, em São Paulo. “Este apoio proporciona oportunidades que famílias sem condições financeiras não teriam”, aponta. “É um ganho mesmo para quem não vai ser atleta, porque trabalha a inserção social e muda o olhar dos colegas da escola. O que era um olhar de capacitismo se torna um olhar de admiração ao verem os colegas viajando e competindo”. Um dos alunos de parabadminton, Keyson Souza Souto, 15, confirma a mudança que o esporte trouxe para sua vida. Diagnosticado com hidrocefalia e uma lesão medular, ele passou em uma seletiva para participar dos Jogos Escolares. “Eu gosto bastante do badminton”, afirma. “É divertido, melhora os reflexos e a coordenação motora. Vou treinar muito e, quem sabe, um dia vou representar o país”. A mãe do garoto, Ana Paula Santos de Souza, 33, conta que o filho despertou o interesse pela modalidade em 2018 e, desde então, não perde um treino, tendo melhorado o desempenho na escola e passando a gastar menos tempo no celular e na televisão. “Ele já vai treinar sozinho, tem essa independência que me deixa tranquila”, comenta. Liviane de Souza pratica natação no COP de Taguatinga e sua mãe, Zenaide de Oliveira, que acompanha as atividades, observa: “Os especialistas sempre me dizem que ela tem mais qualidade de vida com o esporte, e ela gosta muito de nadar, porque traz equilíbrio físico, emocional e trabalha os limites” | Foto: Arquivo pessoal Quem também encontrou prazer no esporte foi Liviane Cibele Oliveira de Souza, 22, diagnosticada com síndrome de Down. Ela pratica natação no COP de Taguatinga três vezes por semana – rotina que acalma, controla a ansiedade e traz outros benefícios. “Hoje fico com o coraçãozinho mais tranquilo porque os especialistas sempre me dizem que ela tem mais qualidade de vida com o esporte, e ela gosta muito de nadar, porque traz equilíbrio físico, emocional e trabalha os limites”, narra a mãe de Liviane, Zenaide Alves de Oliveira, 48. “A gente vê a qualidade no atendimento; os professores são excelentes e treinam os atletas paralímpicos. Estamos com os melhores”. Esporte da inclusão “A bocha na vida dos atletas paralímpicos, devido a essa grande limitação que eles têm, abriu um horizonte que jamais eles imaginariam ter” Marcos Oliveira, professor da rede pública Entre todas as modalidades paralímpicas, a bocha é considerada a mais inclusiva, pois reúne os atletas que não se enquadram em todas as outras. Quem atesta isso é o professor da rede pública de ensino Marcos Oliveira, que há 34 anos trabalha com pessoas com deficiência. “A bocha na vida dos atletas paralímpicos, devido a essa grande limitação que eles têm, abriu um horizonte que jamais eles imaginariam ter”, explica. “Eles podem hoje mostrar para a família, para os colegas de escola, que são atletas, que competem, que têm igualdade de condições, que podem se superar e que fazem coisas que outras pessoas não fazem.” Sob a tutela do professor aposentado Ulisses Araújo, Marcos transmite o conhecimento para alunos da rede pública e tem ajudado a valorizar o esporte. “Nós implantamos [a bocha] em todas as unidades escolares, em todos os centros olímpicos, e hoje somos uma referência de bocha no Brasil em nível escolar”, pontua. “Tivemos sete ou oito atletas na seleção brasileira que viajaram para mundiais, para pan-americanos. A bocha está crescendo muito em Brasília, e isso eu posso dizer [que é impulsionado] por meio do GDF com a Secretaria de Educação”. Maria Aparecida Lima e a filha, Mariany: “Ela achou que não poderia nunca fazer nada; hoje, ela é vista como uma atleta de bocha. Esse projeto é lindo” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília A dona de casa Maria Aparecida Silva Lima, 33, encontrou na bocha uma forma de fortalecer vínculos com a filha, a atleta Mariany Silva Lima, 14, aluna da Escola Classe 502 de Samambaia. Foi durante o acompanhamento da filha na Rede Sarah que ela descobriu o esporte e o trabalho do GDF. “Sou muito grata, porque, se não fosse o projeto na vida da minha filha, ela não tinha desenvolvido”, relata Maria Aparecida. “Ela achou que não poderia nunca fazer nada, uma criança, simplesmente uma cadeirante. Hoje não, hoje ela é vista como uma atleta de bocha. Esse projeto é lindo. Imagina ela só dentro de casa, ela ia evoluir em quê? Hoje ela sabe, hoje tem medalhas, podemos viajar. As amigas dela, a Evani [Calado], estão em Paris, competindo. Sou muito grata ao governo por isso.” Brasil nos Jogos Paralímpicos O Brasil é representado por uma delegação de 280 atletas nos Jogos Paralímpicos de Paris. O grupo é formado por 255 esportistas com deficiência, 19 atletas-guia (18 do atletismo e um do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo. A equipe brasileira disputará 20 das 22 modalidades dos Jogos. Dos oito paratletas brasilienses convocados, quatro residem no DF e contam com o apoio do programa Compete Brasília para alcançar os índices exigidos e garantir uma vaga nas Paralimpíadas. Como se inscrever Para encontrar o CIDP mais próximo, basta entrar em contato com as regionais de ensino, que disponibilizam os telefones no site do GDF. Os centros de iniciação paradesportiva estão localizados nas coordenações regionais de ensino (CREs) de Taguatinga, Ceilândia, Guará, São Sebastião, Santa Maria e Samambaia. Para participar, o estudante precisa apresentar na CRE a declaração de escolaridade emitida pela unidade escolar. Na unidade de Taguatinga, há cerca de 30 alunos e vagas abertas para mais inscrições. São seis turmas, cada uma com oito vagas. As aulas ocorrem às segundas, quartas e sextas, no contraturno, e atendem alunos a partir de sete anos que possuem laudo médico que indique a deficiência. Nos COPs, por sua vez, a inscrição pode ser feita pela página da Secretaria de Esporte.
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