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Centros de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violênci

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Cepavs são referência para casos de atendimento e acolhimento a vítimas de violência domiciliar

A rede de centros de especialidades para a atenção às pessoas em situação de violência sexual, familiar e doméstica (Cepavs), também conhecida como Flores em Rede, possui unidades distribuídas em todas as regiões de Saúde do DF. No local, vítimas de violência domiciliar podem encontrar ajuda de vários tipos, contando com profissionais como psicólogos e assistentes sociais, entre outros. No Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) funciona o Cepav Flor do Cerrado. A unidade oferece acompanhamento psicossocial a crianças, adolescentes e mulheres, de segunda a sexta, das 7h às 12h e das 13h às 18h. O serviço pode ser acessado por encaminhamento dos órgãos parceiros ou por demanda espontânea. O Cepav Flor do Cerrado oferece acompanhamento psicossocial a crianças, adolescentes e mulheres | Fotos: Divulgação/IgesDF “Qualquer pessoa em situação de violência pode procurar a nossa unidade caso necessite de orientação sobre violência vivenciada”, explica o chefe do núcleo, Ronaldo Pereira de Lima Coutinho. Os atendimentos são prestados em uma perspectiva biopsicossocial por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos de enfermagem. “São ofertados atendimentos individuais e em grupo, conforme avaliação de cada caso, para ajudar a pessoa a se perceber em uma situação de violência, reconhecer os desafios, fortalecer a autonomia, a rede de apoio e os suportes familiar, psicológico e social, com o intuito de romper o ciclo de violência”, conta Ronaldo. “O trabalho junto a essas mulheres deve acontecer de forma conjunta com diversos órgãos para a ampliação e solidez da sua rede de proteção e de promoção” Ronaldo Pereira de Lima Coutinho, chefe do Cepav Flor do Cerrado Ainda de acordo com Ronaldo, a violência contra a mulher é um problema complexo e multifacetado que pode ser físico, psicológico, sexual, moral e patrimonial. “O trabalho junto a essas mulheres deve acontecer de forma conjunta com diversos órgãos para a ampliação e solidez da sua rede de proteção e de promoção, para que ela e seus dependentes encontrem condições de enfrentamento e rompimento do ciclo de violência”, lembra. Ronaldo ressalta, ainda, que os atendimentos do Cepav são sigilosos e contribuem no processo de educação, conscientização e apoio às pessoas em situação de violência. “Esse suporte pode auxiliar na interrupção da violência, podendo impedir a ocorrência do feminicídio”, reforça. Sensibilização Ganhar a confiança da mulher faz parte do trabalho dos assistentes sociais que atuam nos Cepavs “Quando lidamos com esse tipo de violência, há diversas dimensões. Pode ser um caso grave, em que a mulher corre um risco muito grande de feminicídio, e é necessário que ela saia do contexto domiciliar. Ou, em outros casos, a mulher pode nem mesmo perceber que está sendo vítima de violência psicológica, por exemplo. Isso exige sensibilização e orientação”, detalha Beatriz Liarte, assistente social do Núcleo de Educação Permanente da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep) do IgesDF. Uma etapa essencial do atendimento a essas vítimas é a análise dos riscos e dos determinantes sociais de saúde. “Dependendo do caso, identificamos os riscos e os recursos disponíveis na rede para o encaminhamento adequado. Por exemplo, no atendimento inicial à violência sexual, coletamos informações, realizamos profilaxia e encaminhamos para atendimento psicossocial, pensando nas sequelas e danos emocionais”, afirma a assistente social. Muitos sinais podem indicar que uma mulher está sofrendo violência doméstica. Beatriz destaca que um dos principais é a “dor crônica vaga”, uma queixa inespecífica que revela danos emocionais manifestados no corpo. “Problemas de sexualidade, infecções urinárias de repetição, uso excessivo de substâncias psicoativas e até o comportamento de acompanhantes controladores durante as consultas são sinais relevantes”, pontua. Histórico de tentativas de suicídio, ansiedade, depressão e demora em procurar atendimento após ter se machucado também podem ser indicativos de violência. “Esses sinais precisam ser identificados pelos profissionais de saúde para poder oferecer um acolhimento eficaz e garantir que essas mulheres tenham acesso à proteção necessária”, finaliza Beatriz. *Com informações do IgesDF

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Hospital capacita servidores para acolher pessoas em situação de violência

Atendimento ainda mais empático. Esse foi um dos objetivos da palestra Violência sexual e compreensão das reações das vítimas realizada nessa segunda-feira (20), no Hospital Regional de Sobradinho (HRS). A iniciativa visa capacitar a rede que atua no acolhimento de casos de violência, incluindo profissionais da saúde e servidores da rede-adjunta, como educação, órgãos da justiça e conselhos tutelares. Traumas, tipos de violência sexual e cultura do estupro foram temas abordados pela psicóloga Débora Pompeu | Foto: Rafaella Félix Traumas e emoções, tipos de violência sexual, cultura do estupro e como lidar com as reações da vítima foram alguns dos temas expostos durante a palestra. O evento contou ainda com a interação dos participantes. A psicóloga e servidora da Secretaria de Saúde (SES) Débora Pompeu palestrou sobre a importância de falar acerca dos temas que, para muitos, ainda são considerados tabu. “Entendemos que o matriciamento é justamente poder compartilhar o conhecimento adquirido. É a compreensão dentro de uma temática tão específica, sensível, mas necessária, que dificilmente as pessoas conseguem encontrar informação de qualidade, com profundidade em outros contextos”, explicou. A capacitação foi organizada pelo Centro de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav Sempre Viva), do Núcleo de Prevenção e Assistência a Situações de Violência (Nupav), referente à Superintendência da Região de Saúde Norte. A chefe do Nupav, Kelen Cristina de Oliveira, ressaltou que o propósito da iniciativa é dar visibilidade à prevenção da violência e às notificações. Segundo ela, a população que sofre violência precisa saber onde procurar apoio. “É importante que as pessoas saibam que existe assistência, onde ela está e que há uma maneira de sair da situação. Nosso objetivo é trilhar caminhos melhores para essa parcela da sociedade”, frisou. Parceria e capacitação [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A intervenção pedagógico-terapêutica contou também com servidores de outros órgãos. A psicóloga da Secretaria da Educação Marta Radica foi uma das participantes e reconhece a relevância da ação: “Percebo que a escola é um lugar importantíssimo para crianças e adolescentes, onde eles podem se sentir seguros e acolhidos para revelar situações de violência e abuso. Estar bem capacitado para lidar com esses relatos é fundamental para que os encaminhamentos sejam feitos de forma correta e, o mais importante, proteger as crianças e os adolescentes”. Capacitações nesse modelo fazem com que tanto os profissionais quanto a sociedade sejam beneficiados, como destacou a servidora da SES Adriana Flores: “O cidadão vai ter um atendimento capacitado e profissionalizado e vai encontrar protocolos sistematizados. Isso torna o atendimento em saúde qualificado. Em termos de secretaria, as capacitações fazem parte da nossa trajetória. Devemos manter o servidor sempre atualizado”. Centros especializados O Nupav da região Norte atende a população por meio dos Centros de Especialidades para a Atenção às Pessoas em Situação de Violência Sexual, Familiar e Doméstica (Cepav). Atualmente são duas unidades: Cepav Sempre Viva, voltado aos moradores de Sobradinho, Sobradinho II, Fercal e Lago Oeste; e o Cepav Flor de Lis, que atende a região de Planaltina. Cada Cepav recebe dos servidores da SES as notificações do cidadão que está em situação de violência e inicia o atendimento para prestar assistência ao grupo. Para que este acolhimento ocorra, o Cepav conta com assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos. Além disso, realiza atendimento em grupo e encaminhamento ao Centro de Especialidade para a Saúde da Mulher, nos casos necessários. O trabalho também conta com parceiros, como profissionais da educação e a Associação de Mulheres de Sobradinho II. Onde buscar ajuda Pessoas em situação de violência sexual, familiar e doméstica podem procurar atendimento nos Cepavs: ? Cepav Sempre Vida (61) 99293-2414 cepav.sempreviva@saude.df.gov.br ? Cepav Flor de Lis (61) 99262-0729 cepav.flordelis@saude.df.gov.br *Com informações da Secretaria de Saúde

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