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Cine Itapuã

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Aprovado projeto para reformar toda a área do Cine Itapuã, no Gama

Uma boa notícia para os moradores do Gama. Toda a área do Complexo Cultural Itapuã e seu entorno, mais conhecido como Cine Itapuã, passará por uma requalificação urbana e paisagística, com espaços de lazer integrados, arborização, melhorias na acessibilidade com calçadas amplas e compartilhadas, recuperação da ciclovia, estacionamentos reorganizados para ter 895 vagas e novos mobiliários urbanos, como bancos, mesinhas e lixeiras. Elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) a pedido da Administração Regional do Gama, o projeto atenderá uma área de 158.000 m², localizada no Setor Leste, onde estão desde o Cine Itapuã até equipamentos públicos como um parque infantil, agência dos Correios, praças e parte do setor industrial. “Essa requalificação vai trazer melhorias de infraestrutura em um espaço onde sempre tem shows e as pessoas fazem esportes. Vai melhorar a qualidade de vida da nossa população”, afirma a administradora regional, Joseane Monteiro A expectativa é que sejam construídas 15.554 m² de calçadas acessíveis, com largura de três metros nas rotas de maior fluxo de pedestres, que irão desde o cinema até os principais pontos do entorno do local. Além disso, serão plantadas 57.140 m² de área verde, com 280 mudas de árvores e 20 mudas de arbustos. No parque infantil próximo ao Cine Itapuã, será criada uma miniquadra de esportes com mais árvores, proporcionando sombreamento. Com relação aos estacionamentos, serão reconfigurados para ter 609 vagas para carros – sendo 34 para pessoas com deficiência (PcDs) e 34 para idosos –, 214 para bicicletas e 72 para motos. Os estacionamentos próximos ao Cine Itapuã e ao parque infantil terão novas demarcações. Além disso, todo o estacionamento em frente aos restaurantes será readequado e arborizado. “Essa requalificação, pedida há anos pela população do Gama, promoverá a melhoria da qualidade urbana dos espaços existentes, com foco em acessibilidade, infraestrutura, mobilidade e uso mais adequado para quem passa diariamente no local”, garante o subsecretário de Projetos e Licenciamento de Infraestrutura da Seduh, Vitor Recondo. A administradora regional do Gama, Joseane Monteiro, lembrou que a área é utilizada frequentemente pela população, sendo um ponto cultural histórico e de lazer para a comunidade. “É um local muito importante, patrimônio cultural do Gama. Essa requalificação vai trazer melhorias de infraestrutura em um espaço onde sempre tem shows e as pessoas fazem esportes. Vai melhorar a qualidade de vida da nossa população”, afirmou. Setores No projeto, toda a área do Complexo Cultural Itapuã e seu entorno foi dividida nos setores A e B. No primeiro caso, ficam o prédio do Cine Itapuã, as praças Rotary e Lourival Bandeira, uma agência dos Correios, o parque infantil, uma Farmácia de Alto Custo, um supermercado e parte do setor industrial. [LEIA_TAMBEM]Na Praça Rotary haverá novas calçadas integradas com a ciclovia existente, além de áreas de estar com paraciclos, bancos, lixeiras, arborização e pergolados – estrutura arquitetônica geralmente de madeira ou metal, com pilares e vigas horizontais, que serve para criar um espaço coberto e sombreamento em áreas exteriores. A Praça Lourival Bandeira também ganhará novos mobiliários urbanos, com aumento da largura da calçada próxima ao parque infantil e recuperação do coreto e do piso danificado da ciclovia. Próxima à área dos restaurantes existe o Monumento Rotary Club, que terá uma calçada compartilhada para melhorar o fluxo de pedestres e ciclistas que usam a rota. Já no Setor B, há um posto de gasolina, comércio, uma escola e uma paróquia próxima a área residencial. Nesse perímetro, ao lado do lote do Mercadão Leste, será criado um espaço para eventos temporários, como food trucks, feiras itinerantes e áreas de estar e permanência. Além disso, também é prevista, próximo ao Mercadão Leste, em um terreno vazio, a criação de um complexo esportivo composto por uma quadra coberta, uma quadra esportiva e duas quadras de areia. Mais ao norte, a área ganhará um Ponto de Encontro Comunitário (PEC), pergolados e demais mobiliários urbanos. Próximo ao posto de gasolina haverá uma praça arborizada com mesinhas de xadrez, bancos, lixeiras e troca do piso. Em frente à Escola Classe 1 do Gama haverá calçadas de três metros ao redor e, próximo de lá, outro PEC. Já ao lado da Paróquia São Sebastião existe a Praça Cristo Redentor, que terá novos mobiliários urbanos, arborização e novas calçadas, considerando a movimentação de pessoas no comércio próximo. Próximos passos A iniciativa foi aprovada pela Portaria n° 60, publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de quarta-feira (14). Após a aprovação, o projeto será encaminhado à Secretaria de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal (SODF), responsável pelo andamento para execução das obras. Planaltina Também foi publicado no mesmo DODF a Portaria n° 57 da Seduh, que aprovou o projeto de ajuste de lotes nas entrequadras Q-1/2, EQ-3/4 e EQ-5/6 no Setor Residencial Leste de Planaltina. O objetivo é regularizar as situações em desconformidade com os projetos registrados no cartório de imóveis. Além disso, reorganiza os estacionamentos nas entrequadras, alguns sem demarcação ou com uso desordenado. Após a aprovação, o projeto será encaminhado à Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap) para registro dos lotes. *Com informações da Seduh-DF  

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Bombeiros aprovam projeto de reforma do Cine Itapuã

O Cine Itapuã, do Gama, está mais próximo de ser entregue à população. Os bombeiros aprovaram os projetos para reforma da edificação. A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) fez as adequações solicitadas e demonstrou a titularidade do espaço e a distância exigida entre o prédio e as lojas vizinhas. Agora, estão em fase de elaboração os documentos necessários para a licitação e o orçamento (pesquisa de preços). [Olho texto=”“O Cine Itapuã é muito mais que um espaço de projeção de filmes. É um polo cultural que pode abrigar shows, espetáculos. A reforma dessa verdadeira relíquia cultural significa o resgate de um tempo em que o Gama foi referência em cultura fora do tradicional Plano Piloto”” assinatura=”Bartolomeu Rodrigues. secretário de Cultura e Economia Criativa” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O próximo passo é a elaboração do projeto básico para o processo licitatório, sob a responsabilidade da área de arquitetura da secretaria. Em seguida, é elaborada a pesquisa de preços e se inicia a captação de recursos para a obra. Só depois de superadas essas etapas, pode ser iniciado o processo licitatório para escolha da empresa que vai executar a reforma. Nessa quinta-feira (29), o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, reuniu-se com a administradora do Gama, Joseane Feitosa, e com o Conselho Regional do Gama. A arquiteta responsável pelo projeto básico da reforma, Sandra Furlan, apresentou a planta baixa aprovada pelos bombeiros. Ela esclareceu que a ideia de manter um espaço que funcione como cinema e receba espetáculos e shows fez com que se levassem em conta pareceres de consultores dessas áreas. O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, e a administradora do Gama, Joseane Feitosa, comemoram a reforma do Cine Itapuã | Fotos: Fotos Caio Marins/ Secec O secretário comemorou a aprovação dos bombeiros e garantiu que os problemas como a inclinação do terreno, o tamanho do palco, saídas de emergência e acessibilidade para o público e os artistas estão resolvidos. “Em cima da antiga estrutura – que é segura – temos um projeto totalmente novo”, disse. Ele disse ainda que o foyer do Itapuã será uma atração à parte. “Será um espaço nobre, onde poderão acontecer lançamentos de livros e exposições”, previu. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A administradora do Gama destacou que a revitalização do Cine Itapuã vai beneficiar, inclusive, os comerciantes das redondezas. “Um espaço novo e atraente fomenta o comércio e estimula o consumidor”, enfatizou. Fechado desde 2005, o Itapuã foi transferido para a gestão da Secec em 2021, depois de anos de abandono. “O Cine Itapuã é muito mais que um espaço de projeção de filmes. É um polo cultural que pode abrigar shows, espetáculos. A reforma dessa verdadeira relíquia cultural significa o resgate de um tempo em que o Gama foi referência em cultura fora do tradicional Plano Piloto”, reforça Bartolomeu Rodrigues. *Com informações da Secec

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Cine Itapuã, no Gama, mais perto de ser devolvido ao público

Se houvesse um filme em cartaz no Cine Itapuã, seria um longa-metragem sobre recomeço e superação. Hoje, quem passa pela Praça Lourival Bandeira, no Gama Leste, testemunha o incessante entra e sai de operários empurrando carrinhos de mão repletos de material de construção. Inaugurado em 1961, o Cine Itapuã foi por muito tempo o ponto de convergência da movimentação cultural no Gama, funcionando como cinema e teatro | Foto: Reprodução A expectativa toma conta da comunidade. Afinal, essa reforma é o primeiro passo para tirar o espaço cultural do descaso a que estava relegado desde 2005. O Itapuã foi transferido para a administração da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) em agosto de 2021 e agora avançam as ações emergenciais para a recuperação de sua estrutura física. [Olho texto=”“Devolver um espaço desta magnitude para a população é estimular a formação de novos públicos e o exercício da cidadania para as próximas gerações”” assinatura=”Carlos Alberto Jr., secretário de Cultura e Economia Criativa em exercício” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Com aporte de R$ 463.355,04, a pasta iniciou a obra em outubro de 2021 com os serviços de manutenção do telhado, impermeabilização de todas as paredes e pintura da fachada frontal da edificação. Na sequência, entra em cena uma equipe técnica para especificar projetos complementares (elétrico e hidráulico) e de levantamento de mecanismos cênicos para atender às necessidades técnicas de um cineteatro. Por fim, a compra do mobiliário. “Estamos diante de uma grande joia do Gama e do Distrito Federal. Esse espaço carrega consigo um baú de memórias afetivas desse povo ativamente cultural. O Cine Itapuã é um dos símbolos da cultura do DF como um todo. Devolver um espaço desta magnitude para a população é estimular a formação de novos públicos e o exercício da cidadania para as próximas gerações”, ressalta o secretário em exercício, Carlos Alberto Jr. O cinema, que ocupa área de 3.270 metros quadrados, tem vista para a Praça Lourival Bandeira, homenagem ao antigo repentista e pioneiro do Gama. A praça é mais conhecida como Praça do Cine Itapuã e contém uma estátua em homenagem a Lourival, projetada pelo artista plástico, arquiteto e urbanista Ariomar da Luz Nogueira. Noite de casa cheia, nos tempos áureos do histórico cineteatro do Gama Para além de árvores e bancos de concreto, no local existe um coreto em formato de palco que abriga diversos tipos de atrações culturais. Recentemente, a Administração Regional do Gama solicitou à Novacap a reforma desse espaço público. Memórias vivas A notícia de recuperação do Cine Itapuã reaviva as memórias dos moradores e artistas que tocaram nesse importante espaço cultural do DF. Regente da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), o maestro Claudio Cohen relata que a OSTNCS sempre praticou uma política de descentralização de suas atividades nas regiões administrativas do DF. No Gama, o espaço que sempre atendeu às apresentações foi o Cine Itapuã. “Realizamos apresentações entre as décadas de 1980 e 2000. Creio que nossa última apresentação por lá foi em 2005. Os concertos ocorriam, em geral, aos sábados à tarde e sempre tínhamos um ótimo público”, ressalta Cohen. [Olho texto=”“O espaço possui grande competência para espetáculos e cinema. Queremos o Cine Itapuã em plena atividade”” assinatura=”Júlio Teixeira, advogado, músico e antigo frequentador do Itapuã” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Morador do Gama desde criança, o advogado e músico Júlio Teixeira, 52 anos, elege o Cine Itapuã como o seu lugar preferido da cidade. Membro de uma comunidade católica, o Grupo Átrios, Júlio lançou o primeiro álbum de sua banda em 1999. “Como vi o Gama crescer, acompanhei todas as fases do Cine Itapuã, como frequentador do cinema e da praça. Essa agitação cultural movimentava a juventude na minha cidade. O lançamento do nosso álbum marcou a história da comunidade católica gamense. O espaço possui grande competência para espetáculos e cinema. Queremos o Cine Itapuã em plena atividade”, destacou Júlio. Passeio escolar Nascido no Gama, o vendedor Fábio Leal, 40 anos, conta que o Cine Itapuã marcou a sua primeira visita a uma sala de cinema. Ele destaca que, na década de 1990, o cinema era “a coisa mais linda do mundo para as crianças. Era o sonho de passeio escolar.” O cantor Júnior Johns lembra com saudosismo dos shows de sua primeira banda no cine | Foto: Divulgação “Ali, vivi uma situação mágica. Conheci o Itapuã durante um passeio escolar da terceira série. Lembro-me que, naquela época, os dois destinos mais visitados dos passeios escolares eram o Cine Itapuã e o Planetário, no Plano Piloto. Era muito mais viável a criançada ir para o cinema, perto de casa. O primeiro filme que assisti foi A História Sem Fim, que considero mágico, épico e inesquecível!”, revive Fábio. Claudio Augusto, 41 anos, engenheiro agrônomo, chegou ao Gama em 1993, e lembra-se que, em meados da década de 1990, a efervescência cultural no Gama era algo muito forte e o ponto de encontro de poetas, violeiros, artistas visuais era o Cine Itapuã. Diversas manifestações aconteciam dentro e fora da sala. “O Cine Itapuã traz a memória do meu filme favorito, Um Sonho de Liberdade, além do festival Temporadas Populares, que reuniu artistas nacionais como Moraes Moreira e Zélia Duncan. Fui agraciado com um autógrafo de Afonso Brazza, o famoso cineasta bombeiro, no canhoto dos ingressos. A mulher dele, Claudete Joubert, ficava na bilheteria, enquanto ele recepcionava o público. O Itapuã contribuiu muito para as experiências culturais mais ricas que tivemos”, afirma Claudio. [Olho texto=”“Minha esperança é de que esse espaço seja reativado e utilizado como ponto de cultura na cidade”” assinatura=”Júnior Johns, cantor e compositor gamense” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Sonho realizado no palco O cantor e compositor gamense Júnior Johns, 41 anos, lembra-se com saudosismo dos shows de sua primeira banda no cine, a Thelombra, em 2000. Ele conta que o sonho de tocar em um local emblemático para a cidade o motivou a usar o espaço, que já enfrentava problemas na época, e foi no palco do Itapuã que lançou o disco da banda. Após o fim da Thelombra, em 2007, Júnior, que se destaca em carreira solo, considera que a situação pode melhorar. “Assisti aos filmes Esqueceram de Mim e Tartarugas Ninjas quando criança. Era um grande sonho tocar no cine ou no coreto da pracinha. Minha esperança é de que esse espaço seja reativado e utilizado como ponto de cultura na cidade.” Bilheteira do Cine Itapuã de 1978 até 1980, Ivone Felício, 63 anos, conta que tocar a bilheteria do cinema foi seu primeiro emprego e era muito divertida a experiência de conviver com a sétima arte e contribuir com a fruição de cultura no local. Ivone Felício teve seu primeiro emprego como bilheteira do Cine Itapuã, de 1978 até 1980 | Foto: Acervo pessoal “Na época, meu pai era gerente do cinema. Aos domingos, após a missa, na Igreja São Sebastião, a praça lotava e todo mundo ia para o cinema depois. As matinês também faziam muito sucesso, e o filme que mais me lembro da época foi O Jogo da Morte, de Bruce Lee”, relembrou Ivone. Astro do cinema O Cine Itapuã foi inspiração para jovens cineastas de destaque no país, a exemplo do lendário cineasta e bombeiro Afonso Brazza (1955-2003), que cresceu no Gama. Foi para lá que seus pais piauienses migraram para ganhar a vida fora do Nordeste. Afonso Brazza também ficou conhecido como o “Rambo do Cerrado” e fez cinema com o que podia: filmava com negativos quase vencidos, entre outras saídas criativas. Com poucos recursos, transformou o que seria uma precariedade técnica em estética. Hoje, o cineasta enumera admiradores e amigos no Gama e em todo o país. Brazza produziu filmes de ação, sempre utilizando Brasília e o Gama como cenário. O primeiro filme – Inferno no Gama (1993), lançado no Cine Itapuã – conta uma história de crime e vingança passada na cidade. Na película, atuou ao lado da mulher, a atriz Claudette Joubert. O gênero trash do cineasta brasileiro mostrou sua originalidade de fazer cinema na cidade. Ao todo, Brazza assinou a direção de oito filmes e atuou em 13, todos de baixo orçamento. [Olho texto=”Primo-irmão do Cine Brasília, o Itapuã foi inaugurado em 28 de março de 1961, e gerenciado pela empresa de cinema paulista Paulo de Sá Pinto” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Eu quero estar sempre na memória das pessoas, mas lentamente. A fama leva à destruição, é instantânea e por isso mesmo faz mal, faz você passar por cima de tudo, inclusive dos amigos. A fama é curta. Quero admiração e respeito. É uma fama simples, do meu jeito”, declarou certa vez o cineasta. Brazza morreu aos 48 anos de idade, vítima das complicações de um câncer no esôfago. Ele deixou Fuga sem Destino, o último filme, inacabado. Ainda no leito do hospital, pediu ao amigo e cineasta Pedro Lacerda para que não deixasse seu filme parado. Lacerda aceitou o desafio e, em 2006, concluiu Fuga Sem Destino, que teve sua estreia no Festival de Brasília com a presença de todo o elenco e também do ator e diretor Selton Mello, que planeja desenvolver um projeto sobre o cineasta bombeiro. O legado do bombeiro-cineasta também rendeu a homenagem Afonso É uma Brazza, de Naji Sidki e James Gama, que saiu do 48º Festival de Brasília com o Candango de melhor curta-metragem eleito pelo júri popular. Morador do Gama, o bombeiro e cineasta Afonso Brazza (com sua mulher e atriz Claudete Joubert) também ficou conhecido como o “Rambo do Cerrado” e fez cinema com o que podia | Foto: Divulgação Falência e venda Primo-irmão do Cine Brasília, o Itapuã foi inaugurado em 28 de março de 1961, e gerenciado pela empresa de cinema paulista Paulo de Sá Pinto. Projetado pelo engenheiro Ciro Loddo, o local foi considerado o segundo maior cinema de Brasília. Era uma das principais opções de lazer durante décadas para a população do Gama e arredores. Filmes brasileiros e infantis marcavam as exibições, que lotavam o cinema. Na Semana Santa, as produções religiosas também atraiam centenas de espectadores. [Olho texto=”Filmes brasileiros e infantis marcavam as exibições, que lotavam o cinema” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Após a saída da empresa Sá Pinto, em 1986, o cinema sofreu uma pequena reforma e, em 1988, veio a ser reinaugurado, sob a administração do Cineclube Porta Aberta. Nessa época, foram exibidos filmes de arte, além da programação simultânea do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (FBCB). Foram lançados inúmeros títulos nacionais, além de vários filmes em formato de curtas, médias e longas-metragens. Na época, os jovens gamenses eram vistos nas sessões de kung-fu e também de cinema adulto. Passaram por lá a polêmica fita francesa Je Vous Salue, Marie, de Jean-Luc Godard; e as nacionais Feliz Ano Velho, de Roberto Gervitz, e A Marvada Carne, de André Klotzel. Em 1990, durante o governo Fernando Collor de Mello, a instituição que movia a indústria de audiovisual no país, Embrafilme, fechou as portas, inviabilizando a produção cinematográfica brasileira e forçando o fechamento de cinemas pelo Brasil afora. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em 1991, o Cineclube Porta Aberta deixou o espaço do Cine Itapuã. Em péssimo estado de conservação, a sala foi destinada a encontros da comunidade e shows de rock, transformando-se no Centro Cultural Itapuã. Comprado em seguida por um grupo de lojistas da cidade, o local foi doado ao Governo do Distrito Federal (GDF) ainda na década de 1990, mas só foi oficializada a carga patrimonial em 2012, quando o cinema se encontrava fechado e degradado desde 2005. Após esse período, houve tentativas frustradas de gestões anteriores de revitalizá-lo, com audiências públicas que não se concretizaram. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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GDF promove reforma no Cine Itapuã, do Gama

Após anos de abandono, o Cine Itapuã do Gama entrou para o rol de espaços culturais da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e transformou-se em um grande canteiro de obras. Nesta segunda-feira (10), o secretário em exercício, Carlos Alberto Júnior, conferiu de perto o andamento das obras estruturais do cinema. A reforma é o pontapé inicial para a reativação do espaço. A primeira etapa será concluída ainda em janeiro. Obra teve início em outubro de 2021, com os serviços de manutenção do telhado, impermeabilização de todas as paredes e pintura da fachada frontal da edificação | Foto: Divulgação/Secec Com o aporte de R$ 463.355,04, a pasta iniciou a obra em outubro de 2021, com os serviços de manutenção do telhado, impermeabilização de todas as paredes e pintura da fachada frontal da edificação. Após a conclusão dessa etapa, a Secec cuidará de questões de acabamento da sala e da licitação para aquisição de mobiliário e equipamentos tecnológicos para a exibição dos filmes. O Cine Itapuã deverá ser reinaugurado ainda no primeiro semestre de 2022. [Olho texto=”“Devolver um espaço desta magnitude para a população é estimular a formação de novos públicos e o exercício da cidadania para as próximas gerações”” assinatura=”Carlos Alberto Júnior, secretário de Cultura em exercício” esquerda_direita_centro=”direita”] “Estamos diante de uma grande joia do Gama e do Distrito Federal. Esse espaço carrega consigo um baú de memórias afetivas desse povo ativamente cultural. Para garantir a segurança da edificação, a Secec investiu na parte estrutural para a primeira fase das obras, uma vez que o prédio estava colapsando”, aponta o secretário em exercício, Carlos Alberto Júnior. Localizado na Praça Lourival Bandeira, o cine-teatro foi um marco para os movimentos culturais do Gama, transmitindo de modo simultâneo filmes do Festival de Brasília de Cinema Brasileiro (FBCB). O local, que é vanguarda do cinema candango, sofreu com anos de abandono. Fechado definitivamente desde 2005, o Cine se tornou alvo de queixas recorrentes da população local, que ficou sem cinema na cidade. Após visita técnica realizada pelo secretário de cultura, Bartolomeu Rodrigues, a Administração Regional do Gama formalizou o pedido de apoio da pasta, tanto para a reforma, quanto para assumir a gestão e programação cultural de um dos espaços mais significativos do DF. Após tratativas assertivas, o Itapuã passou a ser de responsabilidade total da Secec no fim de agosto. Com os problemas estruturais diagnosticados, as portas do local foram reabertas para finalmente restaurá-lo. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Devolver um espaço desta magnitude para a população é estimular a formação de novos públicos e o exercício da cidadania para as próximas gerações”, arremata Carlos Alberto. O antigo cinema, que já foi o segundo maior do Distrito Federal, tem capacidade para 500 pessoas e recebia apresentações teatrais e shows. Fundado em 1963, o cinema era referência na cidade de quase 150 mil habitantes, que não possui outro espaço cinematográfico. *Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa

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