Cinema Voador aterrissa em três regiões do Distrito Federal com exibições gratuitas
A um mês da 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o projeto Cinema Voador já sobrevoa o Distrito Federal com aterrissagens programadas para este mês em Arapoanga, nesta quarta-feira (13); em Planaltina, no dia 15; e na Estrutural, nos dias 21 e 22. Em arquibancadas ao ar livre, as sessões gratuitas de cinema vão exibir desde clássicos do audiovisual a produções cinematográficas brasileiras raras. Este ano também tem novidade para as crianças: uma mostra infantil, com direito a animações, para comemorar mais de oito décadas da produção Fantasia, de Walt Disney. Os filmes selecionados para o Cinema Voador enaltecem a diversidade e apresentam a riqueza do audiovisual brasileiro. Segundo o idealizador do projeto, José Damata, são títulos que não ocupam espaço no circuito comercial e, por isso, ganham público com o projeto. "Selecionamos filmes que são verdadeiros tesouros do cinema nacional, com diretores fundamentais como Joaquim Pedro de Andrade, Rosemberg Cariry e Paulo Thiago. Nosso papel é levar obras de qualidade para as periferias, criando novos públicos e despertando o encanto pelo cinema”, explica. Filmes selecionados para o Cinema Voador enaltecem a diversidade e apresentam a riqueza do audiovisual brasileiro | Fotos: Divulgação As exibições começam nesta quarta-feira (12), em Arapoanga, na Praça da Administração, onde a população poderá conferir as obras Fantasia, Couro de gato, O calango e Corisco e Dadá. Na quinta (13), será a vez do Vale do Amanhecer, em Planaltina. Na sexta-feira (15), a programação segue na cidade, desta vez na Praça da Igrejinha. Na Estrutural, as duas sessões serão na Praça da Administração, também às 18h. De acordo com o secretário de Cultura e Economia Criativa, Claudio Abrantes, levar o projeto a diferentes lugares do Distrito Federal é uma oportunidade de promover a cultura do pertencimento e aproximar as comunidades da política cultural. “O Festival de Brasília é patrimônio da nossa cultura e, com o Cinema Voador; reafirmamos que ele pertence a todo o povo do Distrito Federal. Levar sessões gratuitas para Planaltina e para a Estrutural é mais do que descentralizar a programação, é garantir que a política cultural chegue a todas as regiões, fortalecendo nossa identidade e valorizando o audiovisual brasileiro”, destaca. Trajetória De norte a sul do país, o idealizador Damata leva não só os filmes às periferias do Brasil, mas também sensibilização e reflexão. Além disso, o evento, que existe desde 1994, promove a inclusão para as comunidades, com espaços pensados para mobilidade e acessibilidade, com recursos que proporcionam diversão para todos. “As pessoas se reúnem curiosas, ansiosas para descobrir o que vamos exibir naquela noite. É mágico ver como o cinema pode unir comunidades e emocionar plateias inteiras”, avalia o secretário. Evento, que existe desde 1994, promove a inclusão para as comunidades Na última década, o Cinema Voador participou de três edições do Festival de Cinema de Brasília (2014, 2017 e 2018). Em maio e junho de 2024, o cinema itinerante aterrissou nas cidades de Ceilândia e Taguatinga. Festival [LEIA_TAMBEM]O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chega à 58ª edição e comemora 60 anos. Considerado o palco mais tradicional do cinema nacional, o festival é promovido pelo Instituto Alvorada e pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal. O evento ocorre entre 12 e 20 de setembro, no Cine Brasília, com o filme O agente secreto, de Kleber Mendonça Filho, na abertura oficial. Outra novidade para esta edição é o júri internacional, formado em parceria com a Fipresci (Fédération Internationale de la Presse Cinématographique), que completa 100 anos em 2025. Serão críticos de três países na avaliação da Mostra Caleidoscópio. As inscrições para submissão de filmes e obras ao festival já foram encerradas e, em breve, após o processo de curadoria, será divulgada a seleção oficial de curtas e longa-metragens nacionais para o evento. Acompanhe tudo no site oficial. Confira a programação do Cinema Voador. Arapoanga Quarta-feira (13) 18h - Fantasia/Couro de gato/O calango/Corisco e Dadá Local: Praça dos Esportes Planaltina Quinta-feira (14) 18h - A fera do mar/Corisco e Dadá/A vida é um sopro/Paisagem natural Local: Vale Do Amanhecer Sexta-feira (15) 18h - Fantasia 2ª parte/Sagarana o duelo Local: Praça da Igrejinha Estrutural Dia 21 18h - A fera do mar/Corisco e Dadá Local: Praça da Administração Dia 22 18h - Fantasia/Curtametragem Brasília, contradições de uma cidade nova/Sagarana o duelo Local: Praça da Administração.
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50º Festival de Brasília terá atividades em 12 regiões administrativas
As atividades dos dez dias do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de 15 a 24 de setembro, estarão espalhadas por alguns pontos do Distrito Federal. O evento tomará não só a telona do Cine Brasília (106/107 Sul), palco tradicional das mostras, mas passará por outras 11 regiões administrativas. Os nove longas-metragens e 12 curtas concorrentes ao Troféu Candango e a R$ 340 mil em cachês de seleção serão exibidos gratuitamente no Teatro da Praça (Setor Central de Taguatinga); no Espaço Semente (Setor Central do Gama); no Teatro de Sobradinho; e no Riacho Fundo I (em frente à administração regional). No Cine Brasília, as obras concorrentes de curtas, médias e longas-metragens poderão ser vistas por R$ 12 (inteira). No dia seguinte à projeção, haverá ainda reprise gratuita dessas produções, às 15 horas, no Auditório 1 do Museu Nacional. As regiões administrativas que receberão a mostra competitiva terão estrutura, ambientação e praça de alimentação. Além disso, antes e depois dos filmes, DJs e bandas locais se apresentam. Festivalzinho, oficinas e Cinema Voador Moradores dessas localidades também poderão aproveitar o Festivalzinho, voltado ao público infantil. Edição de arte/Agência Brasília As exibições serão às 9 horas, no Museu Nacional (em 18 e 19 de setembro) e no Cine Brasília (de 20 a 22 de setembro), e às 14h30, de 18 a 22 de setembro, no Gama, no Riacho Fundo I, em Sobradinho e em Taguatinga. Os ingressos serão distribuídos 30 minutos antes de cada sessão. Laboratório de série televisiva, direção de arte, processos criativos de roteiro e composição de trilhas sonoras são os temas das oficinas gratuitas que serão ministradas em Ceilândia, no Gama, no Guará e em Taguatinga. O festival contará ainda com o 25º Cinema Voador, que levará sessões gratuitas itinerantes à Estrutural, à Fercal, ao Paranoá, ao Recanto das Emas e a São Sebastião. A programação completa inclui também: Mostras paralelas Sessões especiais 3º Festival de Filmes Curta-Metragem das Escolas Públicas de Brasília FestUniBrasília— 1º Festival Universitário de Cinema de Brasília, com curtas dirigidos por graduandos de cinema e audiovisual Cerimônias de abertura e encerramento do 50º Festival de Brasília Em 15 de setembro, a solenidade de abertura no Cine Brasília terá homenagem ao cineasta Nelson Pereira dos Santos, que será agraciado com a medalha Paulo Emílio Salles Gomes, criada em 2016 para prestar tributo a grandes nomes do cinema brasileiro. [Olho texto=”O público conhecerá os vencedores das mostras na cerimônia de encerramento, em 24 de setembro” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No primeiro dia também serão projetados os filmes Festejo muito pessoal (2016), de Carlos Adriano (SP), e Não devore meu coração (2017), de Felipe Bragança (RJ), obra inédita no circuito nacional. O público conhecerá os vencedores das mostras na cerimônia de encerramento, em 24 de setembro. Antes da distribuição dos Troféus Candango e Câmara Legislativa do DF, os convidados assistirão à obra Abaixo a gravidade (2016), de Edgard Navarro (BA). Mostra Brasília e outras atividades do festival Dedicada à produção local, a Mostra Brasília será de 18 a 22 de setembro, a partir das 18h30, com exibições gratuitas, exclusivamente no Cine Brasília. As 17 obras vão disputar R$ 240 mil em prêmios, distribuídos pelo Legislativo local. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No Plano Piloto, além do cinema, a programação do festival engloba o Museu Nacional (Setor Cultural Sul, próximo à Rodoviária do Plano Piloto), com sessões especiais, reprises e exposição de pôsteres de filmes, e o Hotel Meliá (Setor Hoteleiro Sul), onde ocorrem, de 20 a 22 de setembro, as atividades do Ambiente de Mercado. A iniciativa de fomento ao audiovisual prevê diálogos com produtores, programadores, agentes de vendas, distribuidores e exibidores, por meio de painéis, aulas com especialistas (master classes), conversas livres e oficinas. Veja a programação completa do 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Edição: Marina Mercante
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Temática indígena marca a noite de sábado do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
A questão indígena voltou a ser o centro das atenções no 49º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Depois de o documentário Martírio, de Vincent Carelli, ter comovido o público na noite de quinta-feira (22), a ficção Antes o tempo não acabava trouxe de volta a temática com a história de um jovem indígena que entra em conflito com os líderes de sua comunidade e abandona o grupo para viver sozinho no centro de Manaus. O longa-metragem de produção amazonense, dirigido por Sérgio Andrade e Fábio Baldo, encerrou a sessão dupla do quarto dia da mostra competitiva. “Buscamos ressaltar questões atuais vividas pelas comunidades indígenas, deixando que eles contem suas histórias”, explicou Fábio. “Não podemos deixar de destacar também a descentralização alcançada pela cultura nos últimos anos”, lembrou Sérgio Andrade. “Quem imaginaria que uma produção do Amazonas estaria aqui hoje?”, comemorou. [Olho texto=”Não podemos deixar de destacar também a descentralização alcançada pela cultura nos últimos anos” assinatura=”Sérgio Andrade, codiretor do longa amazonense Antes o tempo não acabava” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Antes, foi exibido na sala do Cine Brasília o curta documentário Abigail, de Isabel Penoni e Valentina Homem, uma coprodução entre Rio de Janeiro e Pernambuco. O filme, que demorou nove anos para ser concluído, levou ao público pontos de conexão entre o indigenismo e o candomblé brasileiros. Assim como na sexta-feira (23), a mostra competitiva teve duas sessões nesse sábado, uma às 19 horas e outras às 21h30. Representante de Minas Gerais, Elon não acredita na morte, de Ricardo Alves Jr., fechou a primeira sequência da noite com um longa sobre um homem que procura a esposa desaparecida. “Esse filme, de alguma maneira, fala do pesadelo de um homem em uma grande cidade que tenta de todo modo manter a sua sanidade”, explicou o diretor. No elenco do filme está o brasiliense radicado em Belo Horizonte Rômulo Braga. “Eu nasci aqui e nunca havia estado no festival. Hoje, chego como ator com objetivo de mostrar o próprio trabalho em um contexto politicamente adverso”, destacou. Exibição do média-metragem pernambucano O delírio é a redenção dos aflitos, de Fellipe Fernandes. Foto: Pedro Ventura Abriram a noite da mostra competitiva os médias-metragens pernambucano O delírio é a redenção dos aflitos, de Fellipe Fernandes, e mineiro Estado itinerante, de Ana Carolina Soares. A produção nordestina levou à telona a história da única moradora de um prédio condenado por risco de desabamento. “Fazer arte é uma forma de mostrar resistência, e é exatamente o que o filme retrata, a historia de uma mulher que resiste à sua própria realidade”, comentou Fellipe. O filme de Minas Gerais mostrou o cotidiano de uma mulher que trabalha como cobradora de ônibus e suas reflexões sobre um enorme desejo de fuga. Mostra Brasília O sábado também foi marcado pelo início da mostra exclusiva para filmes do Distrito Federal. Em dois dias de programação gratuita, a 21ª edição da Mostra Brasília reúne 12 títulos brasilienses — seis longas e seis curtas-metragens. As obras concorrem a R$ 200 mil em prêmios e ao 21º Troféu Câmara Legislativa. [Numeralha titulo_grande=”6″ texto=”Número de filmes exibidos no primeiro dia da Mostra Brasília” esquerda_direita_centro=”direita”] A competição local foi iniciada às 11 horas, com o documentário de curta-metragem Das raízes às pontas, de Flora Egécia, seguido pelo longa A repartição do tempo, de Santiago Dellape. Na corrida pelo prêmio de melhor filme, às 14 horas, foram exibidos o curta Juraçu, do Coletivo Broa de Milho, e o documentário de longa-metragem Estrutural, de Webson Dias. A última sessão do dia pela Mostra Brasília teve Vesti la giubba, de Johil Carvalho, e Cícero Dias – o compadre de Picasso, de Vladimir Carvalho. Outras atividades do quarto dia de Festival No Kubitschek Plaza Hotel (Setor Hoteleiro Norte, Quadra 2, Bloco A), as equipes dos filmes Solon, O último trago, Constelações e A cidade onde envelheço, exibidos na mostra competitiva de sexta-feira (23), participaram de um debate. Em seguida, o espaço recebeu o encontro Produção audiovisual, identidade e diversidade – um olhar dos realizadores afro-brasileiros e indígenas sobre o cenário brasileiro do audiovisual. O debate foi divido em duas mesas, uma sobre as oportunidades do cinema negro e outra sobre o protagonista indígena no setor. Na mesma tarde, cineastas participaram de uma conversa sobre A curadoria de curtas e médias no tempo do digital. O hotel também foi o espaço escolhido para o lançamento do DVD Zirig Dum Brasília – a arte e o sonho de Renato Matos, de André Luiz Oliveira, e dos livros Glauber Rocha: cinema, estética e revolução, de Humberto Pereira da Silva; A aventura do Baile Perfumado: 20 anos depois, organizado por Amanda Mansur e Paulo Cunha; 100 melhores filmes brasileiros, da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine); O coringa do cinema e Dossiê Boca: personagens e histórias do cinema paulista, de Matheus Trunk; Corisco e Dadá – apontamentos sobre o filme, organizado por Sylvie Debs e Rosemberg Cariry; e Verdes Anos: Memórias de um Filme e de uma Geração, de Alice Dubina Trusz Pelo projeto Cinema Voador, o público do Sol Nascente, em Ceilândia, assistiu ao curta-metragem Couro de gato (1960) e ao longa-metragem Canta Maria (2006), de Francisco Ramalho Jr. Programação do 49º Festival de Brasília Até segunda-feira (26), serão exibidas diariamente no Cine Brasília obras concorrentes de curtas, médias e longas-metragens. Os ingressos custam R$ 12 (inteira). No dia seguinte à exibição, haverá reprise gratuita dessas produções, às 15 horas, na Sala 4 do Cine Cultura Liberty Mall (SCN, Quadra 2, Bloco D). Edição: Gustavo Marcondes
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