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Cirurgias bariátricas

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Referência em cirurgias bariátricas, Hran terá unidade especial para ampliar atendimento

Com mais de mil pacientes operados nos últimos 16 anos, o setor de cirurgias bariátricas do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) ganhou nova estrutura física e administrativa. O intuito é ampliar o número de cirurgias e a capacidade de acompanhar os pacientes, tanto antes quanto depois dos procedimentos. O hospital é o único da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) habilitado pelo Ministério da Saúde na especialidade. Cirurgias bariátricas são realizadas no Hran por meio de técnica de vídeo, reduzindo o tempo de recuperação dos pacientes | Fotos: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF Nesta sexta-feira (31), foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), a criação da Unidade de Cirurgia Bariátrica. A mudança permite evoluir a gestão, possibilitando destinar diretamente recursos e lotação própria de servidores, dentre outros pontos. “Quando se cria uma unidade, há impacto nos processos de credenciamento e de investimento”, explica o diretor do Hran, Paulo Henrique Cordeiro. Ao mesmo tempo, avançam no Hran as melhorias de infraestrutura do setor. Por meio do contrato de manutenção predial, houve adequações em uma área específica para receber os pacientes. São seis consultórios a serem utilizados pela equipe multiprofissional, formada hoje por nove cirurgiões, três nutricionistas e dois psicólogos. Foram investidos cerca de R$ 265 mil, entre alterações da infraestrutura, armários e ares-condicionados. Novas instalações no Hran serão destinadas aos atendimentos do setor responsável pela cirurgia bariátrica Mensalmente, são mais de 700 atendimentos, tanto a quem está se preparando para a cirurgia quanto a quem já passou pelo procedimento. Até pessoas que se operaram há muitos anos precisam retornar ao menos a cada seis meses. Outros setores do Hran também são envolvidos na assistência, conforme a necessidade. “Após a cirurgia, o paciente não recebe alta, pois tem esse acompanhamento. Temos pacientes que foram operados em 2008 e, quando procuram auxílio, são prontamente atendidos. A ideia é ampliar a equipe para essa assistência ambulatorial”, explica a médica Ana Carolina Fernandes, responsável técnica pelo serviço no Hran. A reforma do centro cirúrgico do Hran, finalizada em 2023, ajuda a aumentar o número de usuários atendidos. Além da estética A cirurgia bariátrica consiste na redução do tamanho do estômago, indicada para tratar casos de obesidade grave. No Hran, o procedimento é feito por meio da técnica de videolaparoscopia, isto é, pequenas incisões no abdome, o que possibilita reduzir o tempo de cirurgia e de internação. Fernandes destaca o fato de a cirurgia bariátrica ter resultados que perpassam a estética. “Com o procedimento, o paciente começa a perder peso e passa por uma mudança metabólica. Muitos conseguem melhorar e até ficar sem medicação. Isso diminui o número de atendimentos em emergência e de pacientes com infarto ou com diabetes. Então, tanto para a sociedade quanto para o sistema público de saúde, é uma cirurgia que, em curto, médio e longo prazo, traz benefícios”, argumenta. A porta de entrada para o serviço são as 176 unidades básicas de saúde da SES-DF, que já oferecem acompanhamento a pessoas acima do peso indicado. Constatada a necessidade, o paciente é encaminhado às unidades especializadas, como o Centro Especializado em Obesidade, Diabetes e Hipertensão (Cedoh) e o Centro de Atenção ao Diabetes e Hipertensão Adulto (CADH). Se houver indicação para a cirurgia bariátrica, ele é atendido pela equipe do Hran. *Com informações da SES-DF  

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Cirurgias bariátricas são retomadas no Hran

A pandemia de covid-19 fez com que vários serviços fossem suspensos, como as cirurgias eletivas na rede pública de saúde. De março de 2020 a maio de 2021, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) deixou de fazer o procedimento e concentrou os esforços para atender pessoas com a doença causada pelo novo coronavírus. Há sete meses, o serviço voltou parcialmente e, agora, foi retomado para dar vazão à fila e atender 250 pacientes que estão aptos à cirurgia. Miriam Gomes Machado perdeu cerca de 56 kg após a cirurgia bariátrica, em 2014 | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Durante o período de suspensão das cirurgias eletivas, apenas o atendimento ambulatorial foi mantido para assistir aos pacientes tanto de pré quanto de pós-operatório. Aqueles que aguardam são pessoas que realizaram todos os exames e esperam uma data para fazer o procedimento. A partir do mês de novembro, os primeiros pacientes dessa lista de espera pela cirurgia começarão a ser atendidos. No Serviço de Cirurgia Bariátrica do Hran são em torno de mil pacientes em atendimento – quem já operou ou quem vai operar. O hospital é o único da rede que faz esse tipo de procedimento. Segundo a responsável pelo serviço, a médica Ana Carolina Fernandes, que também é presidente do Capítulo DF da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, desde maio foram realizadas 10 cirurgias. Ela explica que os procedimentos estão sendo retomados aos poucos após a pandemia. Antes da covid-19, era realizada uma média de 15 a 20 cirurgias por mês. Considerando apenas as consultas ambulatoriais, mensalmente são cerca de 700 atendimentos no serviço. Expectativa A monitora escolar Luanda Lopes Rodrigues Campos, 37 anos, se prepara para a cirurgia | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Uma das pacientes que aguardam sua vez é a monitora escolar Luanda Lopes Rodrigues Campos, de 37 anos. Na terça-feira (26), ela entregou o último exame antes da cirurgia. “Hoje fiquei pronta”, comemora. A expectativa é grande para Luanda, que teve a indicação da bariátrica após sentir dores na coluna e constatar a necessidade de fazer cirurgia de redução das mamas. “Eu descobri que só poderia fazer essa redução se tivesse alta do nutricionista. E a bariátrica seria a única forma”, afirma. Ela já se imagina depois da cirurgia. “A gente fica sonhando como vai ser, como vamos ficar. É a nossa saúde, nossa qualidade de vida e tem, claro, a parte estética”, ressalta. Vida nova “Mudou tudo na minha vida após a cirurgia. Eu tinha pressão alta, diabetes. Hoje não tenho. Levo uma vida normal, tenho qualidade de vida, consigo fazer academia, correr, brincar com os meus netos”, relata a ajudante de cozinha, Miriam Gomes Machado, de 45 anos. Feliz, ela lembra que passou pela cirurgia bariátrica em 2014, após cerca de três anos e meio de espera, e conta que o procedimento trouxe benefícios para sua vida. Todo o pré e pós-operatório foram realizados na rede pública de saúde do Distrito Federal. Miriam diz ser grata pela oportunidade e pelo atendimento recebido. “A cirurgia foi muito bem feita. O acompanhamento daqui é excelente. A equipe é maravilhosa”, elogia. Ela perdeu cerca de 56 kg ao longo desses anos, mas revela que, por cinco anos, se descuidou e ganhou 20 kg, então resolveu retomar os cuidados. “Eu voltei há cinco meses e já consegui perder os quilos a mais. Hoje estive aqui para a consulta de encaminhamento para a cirurgia plástica”, fala, satisfeita, sobre mais uma etapa a ser vencida no tratamento. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Equipe multidisciplinar O Serviço de Cirurgia Bariátrica foi criado em 2008 no Hran e conta com equipe multiprofissional, com cirurgião, nutricionista e psicóloga para atender os pacientes. Além desses profissionais, os pacientes precisam passar por endocrinologista, cardiologista e pneumologista. Para chegar ao serviço, os pacientes precisam primeiro ir até uma unidade básica de saúde. Da UBS, ele é encaminhado pelo clínico para um endocrinologista da rede que, constatada a indicação de cirurgia, encaminha para o serviço especializado no Hran. “Nosso serviço é de ponta, fazemos a cirurgia por videolaparoscopia. O procedimento dura em torno de uma hora a uma hora e meia. Em geral, o paciente recebe alta com um dia ou, no máximo, dois dias após a operação”, explica a médica Ana Carolina. A responsável pelo serviço aponta que a técnica cirúrgica por vídeo diminui o tempo de internação, a dor pós-operatória e o índice de hérnia no local da incisão. Além disso, permite o retorno mais rápido ao trabalho e às demais atividades cotidianas. Ela destaca ainda que o índice de complicação é muito baixo e que, após a cirurgia, os pacientes devem ser acompanhados pela equipe multidisciplinar, pois o pós-operatório é muito importante para se atingir os resultados almejados. *Com informações da Secretaria de Saúde  

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