Biblioteca Nacional de Brasília cria novos clubes de leitura para alcançar leitores de todas as idades
Para os amantes da literatura, a Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) está com novidades que prometem atrair ainda mais leitores. Além dos três clubes de leitura que já existem, o ano novo vai começar com mais três novos grupos: infantil, juvenil e da diversidade. As iniciativas buscam atender diferentes faixas etárias e públicos, ampliando o acesso à literatura. “Os novos clubes nasceram de uma demanda dos frequentadores da BNB. Percebemos, por exemplo, que havia uma lacuna de atividades literárias voltadas para jovens e crianças. Com isso, criamos grupos que dialogam diretamente com esses públicos, promovendo o prazer da leitura”, explicou a diretora da BNB, Marmenha Rosário. A Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) vai lançar três novos clubes de leitura em 2025: infantil, juvenil e da diversidade | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília O Clube da Diversidade será o primeiro a estrear, com encontros bimestrais e início previsto para 31 de janeiro, marcando o Dia Nacional da Visibilidade Trans. Já os grupos infantil e juvenil começam em fevereiro e março, respectivamente, ambos com encontros mensais aos sábados. O infantil propõe leituras compartilhadas para crianças de até 12 anos, e o juvenil mantém o formato tradicional: os adolescentes fazem a leitura em casa e se encontram presencialmente para debater e interpretar sobre a obra. Para o coordenador do grupo, Rodrigo Mendes, a ampliação consolida o impacto positivo da iniciativa. “Em 2024, celebramos o quinto aniversário do clube de leitura, que se tornou um dos mais populares da cidade. Para 2025, esperamos manter a qualidade do serviço com uma curadoria de obras diversificadas, como Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva, e O Vampiro de Curitiba, em homenagem ao centenário de Dalton Trevisan. Estamos criando, inclusive, um cartão fidelidade para premiar os frequentadores assíduos”, revelou. A analista de sistemas Andreia Castro, de 46 anos, é frequentadora assídua do clube da BNB desde 2023. Ela conta que conheceu o projeto pelas redes e decidiu participar levando o filho, que também aprecia literatura. “Ele tinha um clube na escola que não era tão legal, então decidi trazê-lo, e me apaixonei. Agora, com o juvenil, ele vai voltar a frequentar”, compartilhou. “Participar me faz bem porque me estimula a ler coisas que talvez eu não escolheria naturalmente, além de ser muito enriquecedor ouvir as diferentes interpretações durante os debates”, comentou Andreia. A analista de sistemas Andreia Castro frequenta o clube da BNB desde 2023: “Participar me faz bem porque me estimula a ler coisas que talvez eu não escolheria naturalmente” Impacto cultural e social Em 2024, a BNB registrou números recordes: mais de 16 mil livros emprestados e 147 mil visitas, consolidando-se como um dos principais pólos culturais e literários da capital. Além dos novos clubes, a biblioteca segue com iniciativas de destaque, como o grupo hispano-americano e o de filosofia. Ambos reúnem frequentadores quinzenalmente, oferecendo debates sobre obras literárias e reflexões profundas. “O clube de leitura é mais do que um espaço de discussão literária. É um ambiente de pertencimento e de trocas culturais. Quando lemos, cada um enxerga algo único, complementando a experiência do outro. É uma ação efetiva de fomento à leitura e ao prazer de descobrir coisas novas”, completou Marmenha.
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Participe das atividades culturais oferecidas pela Biblioteca Pública
Mais do que um espaço de locação de livros, as bibliotecas são ambientes de produção cultural. Pensando nisso, a Biblioteca Pública de Brasília (BPB), na EQS 312/313, na Asa Sul, incentiva a participação de moradores na programação de atividades gratuitas do equipamento público, desde clubes de leitura a apresentações artísticas. Contação de histórias para crianças está na programação da Biblioteca Pública de Brasília neste mês | Foto: Divulgação O gerente da Biblioteca Pública de Brasília, Frederico Machado, afirma que promover atividades culturais é uma forma de aproximar a população do espaço público. “A Biblioteca Pública tem que ser espaço de formação continuada do conhecimento para todos”, aponta. [Olho texto=”O primeiro encontro da oficina de meditação, programada para ocorrer quinzenalmente às quartas-feiras, deve ser realizado em 1º de março” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Estamos abertos a todos os tipos de projetos”, completa Machado. “Para quem gosta de fazer voluntariado, também teremos um grande prazer em recebê-los e conversar. Queremos que nossa biblioteca seja da cidade, queremos construir uma bela história junto a Brasília.” Algumas atividades já estão agendadas. No dia 24 deste mês, haverá uma roda de choro, a partir das 17h30. O encontro musical é realizado desde 2019, toda última sexta-feira do mês e sempre com um lanche colaborativo entre os participantes. No sábado, dia 25, haverá contação de histórias para crianças, realizada pela escritora de livros infantis Tatiane Almeida. “A contação de histórias tem que trazer leveza à história para que elas possam se concentrar. E o objetivo do escritor é passar algo de bom para as crianças, algo que possa agregar nos valores dela. Então, o ambiente de uma biblioteca é extremamente propício a isso, um espaço para pensar, refletir”, conta Tatiane. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Em março, será realizada a Semana da Poesia, prevista para iniciar no dia 21. No mesmo mês, também começa a oficina de meditação, programada para ocorrer quinzenalmente às quartas-feiras. O primeiro encontro deve ser em 1º de março, a partir das 17h. As datas e horários de cada oficina são divulgados antecipadamente pelo Instagram da biblioteca. Em janeiro, a população aproveitou a contação de histórias para crianças, a roda de choro e uma palestra sobre saúde bucal. Interessados em oferecer algum tipo de oficina podem formalizar parcerias com a biblioteca indo ao local ou entrando em contato por meio dos emails gbpb@cultura.df.gov.br ou bibpub312@cultura.df.gov.br. Serviço Biblioteca Pública de Brasília ? Endereço: EQS 312/313 – Asa Sul ? Telefones: (61) 32455022 e (61) 32451885 ? Contato: bibpub312@cultura.df.gov.br e gbpb@cultura.df.gov.br ? Horário de funcionamento: segunda a sexta-feira de 7h30 às 18h, aos sábados de 7h30 às 13h30. O balcão de atendimento encerra 30 minutos antes do fechamento da biblioteca.
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Clube de Leitura da Biblioteca Nacional homenageia Saramago
O escritor português José Saramago (1922-2010), prêmio Nobel de literatura em 1998, autor de obras como Ensaio sobre a cegueira, adaptado para a telona em 2008, completaria 100 anos em 16 de novembro. O Clube de Leitura da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec), resolveu homenageá-lo como autor do penúltimo encontro em 2022. A newsletter eletrônica do clube deste mês publica os resumos de seis romances, das duas dezenas de autoria do escritor, poeta, cronista, tradutor, jornalista e intelectual. Os três mais votados por meio de formulário online serão apresentados aos participantes na reunião desta quarta-feira (26), para a escolha final. Capas de livros do escritor português José Saramago, homenageado pelo Clube de Leitura da Biblioteca Nacional de Brasília | Foto: Divulgação/Secec Ensaio sobre a cegueira, As intermitências da morte, O homem duplicado, A caverna, A viagem do elefante e Caim disputam a preferência dos participantes. A BNB decidiu manter o modo online dos encontros, mesmo depois do controle da pandemia, em virtude das pessoas que passaram a frequentar o Clube de Leitura no meio do caminho, incluindo algumas de fora de Brasília. A votação eletrônica começou na semana passada e vai até o dia da reunião. [Olho texto=”“Na época de pandemia, veio a vontade de trocar percepções sobre livros. Até então, minhas leituras ficavam apenas comigo mesma. O isolamento me levou a querer participar do clube, que achei na internet”” assinatura=”Luciane Crepaldi, professora e moradora de São Paulo” esquerda_direita_centro=”direita”] “Recomendo vivamente a experiência. Destaco também a curadoria, que é muito boa. Gosto da ideia da votação dentro do Clube de Leitura. Alguns livros me marcaram profundamente”, informa Marco Rodrigo Carvalho Silva, 44, de Taguatinga. Bacharel e mestre pela Universidade de Brasília (UnB) em Ciência Política e Relações Internacionais, especialista em Big Data pela PUC-MG, o servidor do Ministério da Cidadania venera livros. “O que me levou ao Clube de Leitura da BNB foi o desejo de encontrar outros leitores e poder conversar sobre os livros escolhidos. A experiência para mim tem sido muito valiosa por causa da diversidade de pontos de vista, de faixa etária, gênero e das trocas com outras perspectivas. Participo desde 2019”, explica. Foi em junho daquele ano que a iniciativa dos servidores da BNB decolou. Hoje, seis técnicos e analistas de Assuntos Culturais, funções de carreira da Secec, se revezam, encabeçando a curadoria e mediando os encontros. Biblioteca Nacional de Brasília | Foto: Téo Pini/Secec Vandliny Paiva é uma das servidoras. Graduada em Ciências Contábeis, a cearense radicada em Brasília diz que sempre gostou de ler e não vê qualquer contradição entre sua graduação e seu amor pelas palavras. “Eu gosto da minha formação porque me ajuda em outras partes da vida. Por outro lado, é uma alegria poder trabalhar com colegas tão dedicados a levar o hábito da leitura para mais pessoas”, diz ela. Sua estreia como mediadora foi com Alice no país das maravilhas. Trinta e seis obras compõem a estante acumulada na empreitada. Diversidade de assuntos e miradas fazem parte da proposta curatorial. Thomas Mann ao lado de Jorge Amado. Agatha Christie e Shakespeare. Graciliano Ramos e Dostoiévski. “Pra mim, o clube é uma oportunidade de trazer novos públicos para a biblioteca e aproximar pessoas da comunidade de Brasília. Nas curadorias, priorizamos a diversidade de livros, autores e temas. Homenageamos algum autor ou autora e sempre equilibramos a quantidade de escritores e escritoras”, explica Rodrigo Mendes, bibliotecário na BNB. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Luciane Crepaldi mora na zona norte de São Paulo. A professora do ensino fundamental e médio, pedagoga, mestre em Ensino de Geografia pela PUC-SP, de 55 anos, se conecta mensalmente com a rede da BNB, faça chuva ou faça sol. “Na época de pandemia, veio a vontade de trocar percepções sobre livros. Até então, minhas leituras ficavam apenas comigo mesma. O isolamento me levou a querer participar do clube, que achei na internet”, conta. O sucesso do Clube de Leitura também se dá pelo fato de as escolhas acabarem se tornando uma motivação para abrir horizontes. Além, é claro, de encontrar pessoas. “A curadoria da BNB organiza os encontros com todo cuidado e carinho, é perceptível isso, o que faz das reuniões um ambiente delicioso de amizade, onde os participantes novos e mais antigos, com hábitos ou não de leitura, são todos muito bem recebidos”, descreve Luciane. “Além do prazer de conhecer pessoas e de trocar ideias, o Clube de Leitura também tem me proporcionado o desafio de conhecer temas e autores que sozinha jamais teria lido”, confessa. O Clube de Leitura é aberto e basta preencher o formulário de acesso para participar. Os encontros são na última quarta-feira de cada mês, o que pode ser alterado em virtude de feriados. *Com informações da Secec-DF
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