Confirmada como sede, Brasília receberá 7 mil atletas nos Jogos da Juventude 2025
Brasília foi oficializada como a sede dos Jogos da Juventude 2025. A confirmação veio nesta terça-feira (8) com a assinatura do acordo de cooperação entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) feita pela vice-governadora Celina Leão e pelo presidente do COB, Marco Antônio La Porta, em solenidade no Salão Nobre, do Palácio do Buriti. A cidade volta a receber o evento após oito anos de hiato – a última edição foi em 2017. Com programação entre 10 e 25 de setembro, a expectativa é reunir mais de sete mil pessoas entre atletas, técnicos e delegações, movimentando o cenário esportivo e a cadeia econômica da capital. Celina Leão: “Somos um pedacinho de cada um dos estados e precisamos realmente ser a casa de todos os brasileiros. É um orgulho muito grande estar recebendo novamente esse evento” | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília “É a continuidade e a consagração dos grandes eventos esportivos no DF. Tivemos vários eventos aqui, dois Jebs (Jogos Escolares Brasileiros, 2022 e 2023) e um Jubs (Jogos Universitários Brasileiros 2024). Acredito que isso consagra o DF naquilo que ele é vocacionado para ser: a capital da República. Somos um pedacinho de cada um dos estados e precisamos realmente ser a casa de todos os brasileiros. É um orgulho muito grande estar recebendo novamente esse evento”, destacou Celina Leão. O secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira, reforçou o potencial da capital no cenário esportivo. “Essa competição não pode ficar muito tempo longe de Brasília, já que a capital tem se mostrado, tanto para o Brasil quanto para o mundo, um local de grandes eventos. Esses eventos são fundamentais para a nossa cidade, porque nos deixa uma série de legados, como a economia pujante e o nosso objetivo principal que é de levar nossos atletas a grandes eventos e colocá-los nas maiores competições”, afirma. “A medalha, o troféu e o pódio são consequências, mas o que vale é a experiência que os atletas têm quando trazemos esse tipo de evento”, completa. “Não tenho dúvida da capacidade que a cidade tem de sediar eventos devido ao setor hoteleiro, ao transporte e às instalações esportivas que oferecem as melhores condições para os jogos” Marco Antônio La Porta, presidente do COB Competição Este ano serão 19 modalidades distribuídas em mais de 15 arenas esportivas, como o Parque da Cidade e o Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). As grandes novidades são a inclusão do remo virtual e o retorno do futsal. “Estamos mostrando que o COB precisa buscar a modernidade”, revela o presidente do COB, que elogiou a capital federal. “Brasília oferece uma estrutura fantástica. Não tenho dúvida da capacidade que a cidade tem de sediar eventos devido ao setor hoteleiro, ao transporte e às instalações esportivas que oferecem as melhores condições para os jogos”, analisa. Além das competições esportivas, o evento contará com ações educativas e culturais voltadas a promover os valores olímpicos nas escolas públicas do Distrito Federal. “Dentro do CICB vamos ter várias atividades. O nosso objetivo com os jogos é dar oportunidade para o jovem atleta socializar e conhecer outras culturas”, defende o diretor-geral do COB, Emanuel Rego. Revelação de talentos A secretária Nacional de Excelência Esportiva do Ministério do Esporte, Iziane Marques, destacou que a competição também tem o objetivo de aproximar os atletas do alto rendimento. Medalhistas olímpicos como Beatriz Souza (judô), Caio Bonfim (marcha atlética) e Duda (vôlei de praia) participaram dos Jogos da Juventude no início da trajetória esportiva. “Essa é uma chance que temos de oportunizar esses jovens atletas para que possam estar no caminho do alto rendimento”, comenta. Atleta de luta livre, Giullia Penalber estreou nos Jogos da Juventude de 2005, em Brasília, e deslanchou na carreira esportiva Presente no lançamento, a atleta de luta livre Giullia Penalber esteve em uma edição dos Jogos da Juventude em 2005 em Brasília. “Minha primeira vez nos jogos foi em Brasília, quando eu tinha 13 anos e até hoje tenho lembranças muito fortes”, comenta. “Os Jogos da Juventude têm o papel fundamental de fomentar a prática esportiva e ao mesmo tempo revelar novos talentos para o esporte. Para mim, foi muito importante porque foi quando comecei a acreditar que era possível”, acrescenta. Medalhista olímpica em Pequim no revezamento 4×100 metros, a velocista Rosângela Santos também ressaltou a importância da competição para os futuros atletas de alto rendimento. “É a primeira vivência de olimpíadas para os atletas. É muito importante para os jovens se desenvolverem e descobrirem sua vocação”, diz. A atleta de atletismo esteve em dois Jogos da Juventude, um deles um ano antes dos Jogos Olímpicos em que conquistou o bronze. “Em 2007 eu estava nos jogos e no ano seguinte nas Olimpíadas. Isso ajudou bastante na minha formação como atleta e na minha busca por ser uma atleta olímpica, por ser uma competição muito forte”. Confira as modalidades e as arenas esportivas dos Jogos das Juventude 2025 → Águas abertas – Iate Clube; → Atletismo – UnB; → Basquetebol – Asceb, Maristinha, Maristão, Clube do Exército do SMU; → Ciclismo – Avenida do Exército, SMU; → Esgrima – CICB; → Futsal – Colégio La Salle de Brasília, AABB, Apcef, Cief; → Ginástica Artística – Pavilhão do Parque da Cidade; → Ginástica Rítmica – Cassab; → Handebol – Colégio La Salle de Brasília, AABB, Apcef, Cief; → Judô – CICB; → Natação – Complexo Aquático Ayrton Senna; → Taekwondo – CICB; → Tênis de Mesa – CICB; → Tiro com Arco – CICB; → Triathlon – Orla da Ponte JK; → Voleibol – Iesplan, Maristinha, Maristão, Clube do Exército do SMU; → Vôlei de Praia – Parque da Cidade; → Wrestling – CICB
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Atletas de ginástica artística do CEM Setor Leste disputarão finais por aparelhos
Um dia após receber a visita da maior medalhista olímpica do Brasil, a ginasta Rebeca Andrade, a equipe de ginástica artística do Distrito Federal se apresentou no Centro de Convenções de João Pessoa, nas finais por equipe e individuais da modalidade, nos Jogos da Juventude 2024. Gabriel Castro e Rafael Fernandes, atletas da equipe masculina, garantiram vagas para as finais nos aparelhos – os dois jovens de 17 anos treinam no ginásio do Centro de Ensino Médio (CEM) Setor Leste. Já no feminino, Maria Sofia Alberto conquistou um lugar nas finais de trave, solo, barras assimétricas e salto. A equipe masculina de ginástica artística do DF, formada por Rafael Fernandes, o técnico Carlos Bezerra, e Gabriel Castro, treina no ginásio do CEM Setor Leste | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF Berço da modalidade em Brasília, o ginásio do CEM Setor Leste, localizado na 611/612 Sul, abriga um centro de iniciação desportiva (CID) que atende cerca de 300 estudantes da rede pública do DF. O local também é palco dos treinos das equipes de alto rendimento, como a masculina, da qual fazem parte os atletas Rafael e Gabriel. Os dois compartilham a paixão pela ginástica, que surgiu de maneira diferente para cada um. “Temos uma evolução da ginástica masculina na cidade. Ao longo dos anos, tivemos representantes na seleção brasileira infantil, juvenil e adulta” Carlos Augusto Bezerra, técnico Rafael, aluno do Centro Educacional (CED) Gisno, começou no esporte aos 12 anos, movido pelo gosto de combinar técnica e expressão. “Eu fazia judô, mas, no meu tempo livre, comecei a me interessar por vídeos de ginástica e a aprender por conta própria”, relembra. Antes de ingressar nos treinos, ele fez um ano de capoeira. Em 2021, começou a competir e, neste ano, participa pela segunda vez dos Jogos da Juventude. Nesta quarta-feira (20), Rafael disputa as finais de solo, argolas, paralelas e barras. “Ano passado, participei de três finais. Neste ano, estou em quatro, e minha expectativa é boa”, avalia. Aluno do CED Gisno, Rafael deixou o judô para praticar ginástica artística aos 12 anos: “Lembro até hoje de quando cheguei [ao CEM Setor Leste] e vi aparelhos que nunca tinha visto” Já Gabriel, estudante do Colégio Militar de Brasília, disputará uma medalha no cavalo com alças e no salto. Pela primeira vez nos Jogos da Juventude, o atleta relembra a escolha pela ginástica, aos 10 anos. Ex-estudante da rede pública de ensino, foi dentro de uma escola parque que ele ouviu falar dos treinos no Setor Leste. “Foi lá que me apaixonei ainda mais pela ginástica. Lembro até hoje de quando cheguei e vi aparelhos que nunca tinha visto. Com poucos treinos, consegui entrar na equipe, na qual sigo até hoje”, conta. O ginásio do CEM Setor Leste, com 800 metros quadrados, é equipado com traves, argolas, trampolins, barras fixas, cavalos com alças e trampolins. Evolução Para o técnico Carlos Augusto Bezerra, professor aposentado da Secretaria de Educação, a presença dos dois jovens na competição é significativa. “Temos uma evolução da ginástica masculina na cidade. Ao longo dos anos, tivemos representantes na seleção brasileira infantil, juvenil e adulta, inclusive. Mesmo disputando com atletas de clubes de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que possuem grande estrutura, nossa competitividade é alta”, pondera. Conversa inspiradora No feminino, a atleta Maria Sofia, de 13 anos, logo na sua primeira participação nos Jogos da Juventude, mostrou a que veio. Ficou em oitavo lugar no individual geral e ainda brigará nesta quarta por uma medalha nos quatro aparelhos: salto, trave, solo e barras assimétricas. “A competição foi maravilhosa. Eu sabia que ela iria se sair bem porque estava muito tranquila e sorridente, com aquele brilho de determinação”, disse o técnico Weverton Felix. Antes de competir, a atleta Maria Sofia Alberto teve a oportunidade de conversar e tirar fotos com a medalhista olímpica Rebeca Andrade Um dia antes da competição, Maria Sofia teve a oportunidade de conversar e tirar fotos com Rebeca Andrade, que esteve no Centro de Convenções de João Pessoa. A conversa foi uma dose extra de inspiração. “Ela me falou para persistir e treinar direitinho que, um dia, eu chego lá”, contou. A brasiliense, que começou na modalidade aos 6 anos, conquistou neste ano o título de vice-campeã brasileira no salto, no Campeonato Brasileiro Juvenil. A equipe feminina de ginástica artística do DF também conta com a atleta Ana Luísa Garcia, de 15 anos, que treina no CID do Setor Leste. Com Maria Sofia, ela conquistou a 7ª colocação geral entre os estados. *Com informações da Secretaria de Educação
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Equipe de ciclismo do DF é comandada por técnico da seleção paralímpica do Brasil
A modalidade que garantiu a primeira medalha do Distrito Federal nos Jogos da Juventude 2024, o ciclismo, conta com um reforço de peso no comando da equipe formada por estudantes da rede pública de ensino. Cláudio Civatti, técnico da Seleção Brasileira Paralímpica desde 2010 e professor de educação física da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), é quem orienta os ciclistas nas disputas da edição de 2024 dos Jogos, em João Pessoa (PB). Equipe de ciclismo composta por estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal é comandada pelo professor Cláudio Civatti (de boné) | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF Aos 59 anos, Civatti é referência tanto no desenvolvimento de atletas de elite quanto na formação de jovens promessas. O professor concilia a preparação da nova geração com a liderança em competições internacionais de alto rendimento, acumulando passagens marcantes por duas Olimpíadas, cinco Paralimpíadas e quatro Jogos Parapan-Americanos. Nos Jogos da Juventude, o técnico busca transferir suas experiências aos estudantes e fortalecer o ciclismo desde a base. “Essa é uma oportunidade de formar cidadãos antes de atletas. Se posso usar minha trajetória para inspirar, estarei sempre aqui, seja no alto rendimento ou com iniciantes”, destaca. A relação de Civatti com o esporte paralímpico trouxe conquistas expressivas para o Brasil. Ele já trabalhou com grandes nomes do ciclismo paralímpico, como Lauro Chaman e Jady Malavazzi, atletas que brilharam nos Jogos do Rio 2016 e de Tóquio 2020. No entanto, ele considera o trabalho com os jovens essencial para o futuro do esporte: “Se quisermos um Brasil competitivo no ciclismo, precisamos investir na base; e os Jogos Escolares, de forma geral, são o cenário perfeito para isso”. Nos bastidores das competições, o técnico Civatti acompanha de perto os estudantes, oferecendo orientações e estratégias para o melhor desempenho nas provas Experiência e inspiração Conhecido por sua abordagem motivacional, Civatti desempenha um papel fundamental ao conectar o alto rendimento à formação de novos talentos. Entre os integrantes da equipe de ciclismo do DF nos Jogos da Juventude 2024 está Igor Arantes Batista, de 15 anos, aluno do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 412 de Samambaia. O jovem compete em diferentes provas de ciclismo e conquistou o Bolsa Atleta nos Jogos Escolares de 2023, um marco que já destaca sua trajetória no esporte. “É a primeira vez que estou sendo treinado pelo professor Cláudio, e isso tem um peso enorme para mim. Ele é como uma lenda aqui, um técnico que inspira todos nós. Poder contar com a experiência dele é algo que realmente faz a diferença”, afirma Igor, que considera essa oportunidade essencial para seu desenvolvimento dentro e fora das pistas. Para Civatti, o contato com os atletas mais jovens renova sua energia e reforça seu compromisso com o esporte: “Esses garotos têm uma força incrível. Eu aprendo tanto com eles quanto eles aprendem comigo. Essa troca é o que mantém o esporte vivo e relevante”. Aluno do Centro de Ensino Fundamental 412 de Samambaia, Igor Arantes (de capacete amarelo) ficou em sexto lugar na prova por pontos do ciclismo Desempenho Nesta sexta-feira (15), Igor e os colegas participaram da prova por pontos do ciclismo. O estudante garantiu um bom desempenho e ficou em sexto lugar, resultado destacado pelo técnico, que acredita que, na prova de estrada, marcada para este sábado (16), Igor terá um desempenho ainda melhor. Influenciado pelo irmão mais velho, de 36 anos, Igor começou a praticar ciclismo há um ano e meio. “Treino com ele e, em Brasília, geralmente pedalo em rodovias, enfrentando longas distâncias”, explica. Os treinos são realizados à tarde, e o atleta percorre cerca de 70 km em cada um deles. Igor iniciou na modalidade ao lado de Victor Hugo Silveira, também de 15 anos, colega do Centro de Ensino Médio (CEM) 414 de Samambaia. Este ano, ambos participam pela primeira vez dos Jogos da Juventude. *Com informações da Secretaria de Educação
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DF conquista quatro medalhas no primeiro dia dos Jogos da Juventude
No primeiro dia de competições dos Jogos da Juventude 2024, marcado pela disputa de sete modalidades diferentes, a delegação do Distrito Federal brilhou nas lutas e conquistou quatro medalhas no judô e no taekwondo, destacando o desempenho dos jovens da capital federal. Os atletas brasilienses garantiram dois ouros e dois bronzes logo no primeiro dia de competição. A técnica de judô da equipe do DF, Phyllis Marques, com os medalhistas Nicole Marques (esquerda), Luiz Coelho e Heloisa Trondoli | Fotos: Jotta Casttro/SEEDF O judô trouxe alegrias para a delegação brasiliense ao conquistar as duas primeiras medalhas de ouro dos Jogos da Juventude 2024, com os estudantes Luiz Coelho (-60 kg) e Nicole Marques (-52 kg). Na mesma modalidade, Heloisa Trondoli ficou com o terceiro lugar na categoria -40 kg. Os judocas do DF enfrentaram oponentes de alto nível, demonstrando resiliência e habilidade no tatame, tudo isso sob o olhar da judoca campeã olímpica em Paris 2024, Beatriz Souza, que esteve presente na arena. “A Nicole é tricampeã dos Jogos e, mesmo não estando no seu 100%, trouxe esse importante resultado para o DF. Esperamos ainda mais medalhas nos próximos dias, como de Pedro Caldas e Ana Rabis, mas todos que lutaram tiveram boas lutas”, destacou a técnica de judô da delegação brasiliense, Phyllis Marques. No taekwondo, a delegação brasiliense conquistou uma medalha de bronze, trazida pela estudante do Colégio Militar Tiradentes Valentina Barnabé Já no taekwondo, a equipe do DF conquistou uma medalha de bronze, mostrando uma combinação de técnica, força e disciplina. A estudante do Colégio Militar Tiradentes Valentina Barnabé ficou com o terceiro lugar após ser derrotada na semifinal por uma atleta do Rio Grande do Norte na categoria -44 kg. “Essa é minha primeira participação nos Jogos da Juventude, e eu confesso que não esperava uma medalha, apesar de já conhecer as minhas adversárias e de já ter lutado com elas”, compartilhou a medalhista, que pratica taekwondo desde os 6 anos de idade. O tiro com arco também fez parte da primeira onda dos Jogos da Juventude 2024, nesta quinta (14) Primeira onda Além do judô, taekwondo e tiro com arco, os atletas do DF também participaram de provas de tênis de mesa, ciclismo, badminton e do treino de pódio de ginástica rítmica. Essas modalidades formam a primeira onda dos esportes dos Jogos da Juventude 2024, que será encerrada no sábado (16). Para Marcelo Magalhães, chefe da delegação do Distrito Federal, a participação dos jovens nos Jogos tem um valor que vai além das medalhas. “A presença dos nossos atletas é uma oportunidade de crescimento e aprendizado, de formação integral e de cultivo de valores. O esporte é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento dos jovens, e estar aqui nos Jogos da Juventude é algo que transforma vidas. O esporte é vida”, ressaltou. *Com informações da Secretaria de Educação
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