GDF entregou mais de 5,5 mil escrituras de casas desde 2019
“Isso aqui é uma vitória”, diz a aposentada Nair Napoleão, 71 anos, com a mão sobre o documento pelo qual aguardou por quase 30 anos: a escritura da casa onde mora, no Riacho Fundo II. O título é um dos 5.558 entregues pelo Governo do Distrito Federal (GDF) desde 2019, beneficiando mais de 22 mil pessoas. A aposentada Nair Napoleão, “apaixonada por Brasília” desde os 13 anos, não precisa mais “ficar agoniada com a escritura” do lote que recebeu de programas habitacionais em 1995: “Já vou correr atrás de outras coisas. Minha filha quer dar uma reforminha aqui em casa. É o que eu vou poder deixar para eles” | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília O sonho de dona Nair de ter um imóvel no DF começou aos 13 anos, quando, na palavras dela, ficou “apaixonada por Brasília”, ao mudar-se de Formosa (GO) para a capital federal. Em 1995, recebeu o lote por meio de programas habitacionais — anúncio feito em um jornal guardado até hoje —, mas sem a devida documentação de propriedade, que só chegou no início deste mês: “É batalha, é oração, é choro, é vela, é corrida, corre daqui, corre dali, mas não pode desistir”, lembra. “Agora, não preciso ficar agoniada com escritura mais. Já vou correr atrás de outras coisas. Minha filha quer dar uma reforminha aqui em casa. É o que eu vou poder deixar para eles”. A aposentada Tereza França, moradora de Ceilândia Norte, tem orgulho de dizer que mora em um lote que está em seu nome | Foto: Arquivo Pessoal Para a Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab-DF), a marca de mais de 5 mil Certidões de Registro Fundiário (CRFs) — nome oficial da escritura — entregues foi expressiva e deve ficar ainda maior nos próximos anos. “A gente tem alguns passos para poder seguir para a regularização fundiária. Desenvolvemos os projetos, eles vão a registro, depois a Terracap doa os lotes para o DF e aí a Codhab consegue pegar a documentação [com os moradores] para titular. Foram 19 projetos urbanísticos aprovados desde 2019, estamos indo para o vigésimo”, explica Júnia Salomão, diretora de Regularização Fundiária da companhia. O funcionário público Guanair Florentino da Silva pôs fim a uma espera de 32 anos: “Sou dono do meu lote. Vai ficar de herança para os filhos” | Foto: Arquivo Pessoal Para que esses projetos urbanísticos possam ser aprovados, a diretora ressalta, é necessário que estejam previstas áreas para equipamentos públicos. “Muitas vezes, essas áreas são invadidas. A própria comunidade pode tentar frear essa ocupação para não inviabilizar a regularização de cidades inteiras”. A projeção de que mais escrituras sejam entregues vem de programas como o RegularizaDF e de um trabalho de busca ativa da Codhab. “A gente está buscando os documentos das pessoas. Temos uma média baixa de moradores que trazem os documentos. Então, a gente está fazendo uma busca ativa; também inauguramos o aplicativo para que eles possam mandar esses documentos por lá”, detalha Júnia. Ela acrescenta que as duas ações darão mais celeridade à liberação de CRFs, ao passo que, “vão liberar as equipes para analisar os processos e não para pegar os documentos”. Realização A expectativa é de que mais pessoas possam realizar o sonho da casa própria regularizada. Como aconteceu com a aposentada Tereza França, 64, moradora de Ceilândia Norte. “Eu comprei em 2006. Até pegar a documentação [em agosto deste ano] foi uma luta. Saía para umas pessoas e, para outras, não. Eu confesso que já tinha perdido a esperança. Graças a Deus chegou agora, na hora certa. É uma sensação muito boa, ninguém mais tira o que você tem. Agora eu tenho uma casa, um lote que eu moro, que está no meu nome”, celebra. Foi o caso, também, do funcionário público Guanair Florentino da Silva, 65, que pôs fim a uma espera de 32 anos. “Sou filho de pioneiros, meus pais chegaram aqui nos anos 1960, vieram morar aqui na Vila Planalto e foram ficando”, conta. “É a realização de um sonho. Acabou aquele boato de que, a qualquer hora, alguém pode tirar. Sou dono do meu lote. Vai ficar de herança para os filhos”.
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GDF chega a 8 mil unidades habitacionais entregues desde 2019
O Governo do Distrito Federal (GDF) ultrapassou a marca de 8 mil unidades habitacionais entregues à população desde 2019, o que significa um novo lar para cerca de 32 mil pessoas. A quantia foi superada neste sábado (29), com a entrega de 50 apartamentos em Samambaia – totalizando 8.009 imóveis, com investimento de R$ 2,2 bilhões. “É a realização de um sonho. A gente sabe como é importante para uma família ter sua casa própria, sair do aluguel. É uma alegria muito grande porque a gente percebe a alegria das pessoas” Celina Leão, governadora em exercício A governadora em exercício, Celina Leão, observa a preocupação do GDF em tornar possível o sonho da casa própria para a população do DF. Ela ressalta que o empreendimento lançado neste sábado contou com a cessão do terreno onde o residencial foi construído como subsídio do governo. O objetivo foi garantir que os apartamentos tivessem preço acessível. “Foram R$ 15 milhões investidos pelo GDF aqui para que as pessoas conseguissem acessar por um preço justo e ter direito à moradia”, afirma a governadora em exercício ao ser referir ao valor do terreno. “É a realização de um sonho. A gente sabe como é importante para uma família ter sua casa própria, sair do aluguel. É uma alegria muito grande porque a gente percebe a alegria das pessoas.” A governadora em exercício, Celina Leão, observa a preocupação do GDF em tornar possível o sonho da casa própria para a população do DF | Foto: Lúcio Bernardes Jr/Agência Brasília Apenas no Residencial Ruth, em Samambaia, foram investidos R$ 10.810.743,66, com geração de 150 empregos diretos. As unidades do local, cujos tamanhos variam de 47,62 m² a 56,21 m², têm dois quartos, banheiro, sala e varanda. Elas foram destinadas a candidatos inscritos na Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab), com renda na faixa de R$ 1.800 a 12 salários mínimos. As unidades do Residencial Ruth, cujos tamanhos variam de 47,62 m² a 56,21 m², têm dois quartos, banheiro, sala e varanda | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O prédio conta com cobertura coletiva, elevadores, garagem e bicicletário. “A região aqui é muito boa, próximo à estação do metrô e à Administração de Samambaia… É uma região bem localizada, tem creche, tem uma escola e também é próxima do estádio. É uma área nobre e que tem um grande potencial de crescimento”, enfatizou João Eduardo Moraes, engenheiro da Prospec, construtora responsável pela obra. Marcelo Fagundes, diretor-presidente da Codhab: “Esse belo empreendimento é destinado às famílias que recebem até cinco salários mínimos e a grande maioria das pessoas já habitam em Samambaia. Nosso objetivo é dar dignidade, segurança e qualidade de vida” | Foto: Lúcio Bernardes Jr/Agência Brasília O diretor-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), Marcelo Fagundes, observa que o GDF trabalha para contemplar especialmente os que mais precisam e respeitando a história e os vínculos que as pessoas têm com as regiões do DF. “Esse belo empreendimento é destinado às famílias que recebem até cinco salários mínimos e a grande maioria das pessoas já habitam em Samambaia. Nosso objetivo é dar dignidade, segurança e qualidade de vida”, pontua Fagundes. Uma das contempladas, a contadora Laysa Benedete, 29 anos, lembra que “o sonho de todo brasileiro hoje é ter seu teto”. No caso dela, inclusive, esse era também o sonho da mãe, com quem dividirá a nova moradia. “Eu acompanho a obra desde quando ela era um buraquinho no chão. Você vê a construtora colocando tijolinho por tijolinho, laje por laje, passa a tinta de um lado, depois passa do outro. Então você vai acompanhando e cria um vínculo emocional. Estou realizando o meu sonho e estou realizando o sonho da minha família”, afirmou a jovem, escolhida síndica do novo condomínio. Outro que está de endereço novo é o gestor financeiro Jorge Marques, 31. Ao entrar no imóvel, ele lembrou a infância difícil e celebrou poder deixar “um legado” para o filho: “Me sinto realizado. É uma coisa assim que ainda nem caiu a ficha”. Moradia A entrega de unidades habitacionais é apenas uma das ações que o GDF realiza voltadas à moradia. Nesta semana, por exemplo, foram entregues os primeiros subsídios do programa Morar DF, outra iniciativa, por meio da qual famílias de baixa renda recebem R$ 15 mil para darem de entrada na casa própria. https://www.flickr.com/photos/agenciabrasilia/albums/72177720318360044
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Divulgada nova lista para regularização fundiária no Recanto das Emas
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab-DF) divulgou, nesta quarta-feira (21), a listagem com 12 moradores do Recanto das Emas, agora habilitados para o procedimento de regularização fundiária, por legitimação fundiária. Após análise da documentação necessária, esses imóveis estão aptos para receberem a escritura. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] No Recanto das Emas, diversos moradores estão habilitados ou já possuem suas escrituras em mãos. Essa habilitação é iniciada com a coleta de documentos na cidade, depois seguindo para análise da companhia e, assim, habilitando os ocupantes para doação ou venda direta, de acordo com os requisitos estabelecidos na legislação. Todas as listas de habilitados ficam disponíveis no portal da Codhab-DF, na aba Regularização – Andamento da Localidade. É importante que cada morador habilitado atenda ao contato da Codhab, isso para não perder nenhuma orientação referente a entrega das escrituras. Confira a lista de habilitados RA15-Recanto das Emas – Etapa 11 *Com informações da Codhab-DF
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Moradores do DVO, no Gama, são convocados para titulação dos imóveis
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF) convoca os ocupantes de imóveis localizados no DVO, no Gama, para apresentarem, entre os dias 25 e 31 deste mês, a documentação com vistas à habilitação para doação ou venda direta e posterior emissão do documento com o registro definitivo da propriedade. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] A íntegra do edital e a listagem de documentos consta do Portal da Codhab. A documentação poderá ser enviada pelo e-mail regularizagama@codhab.df.gov.br ou apresentada presencialmente na Administração Regional do Gama, no Setor Central, Área Especial s/nº, das 8h às 12h e das 14h às 17h. Os documentos podem, ainda, se entregues em visita domiciliar da Codhab-DF. Informações complementares poderão ser obtidas pelo telefone (61) 3214- 1883 ou pelo e-mail regularizagama@codhab.df.gov.br. *Com informações da Codhab-DF
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GDF é reconhecido nacionalmente por política de habitação
O Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab-DF), recebeu nesta quarta-feira (11), o prêmio Selo de Mérito promovido pela Associação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos de Habitação – ABC e o Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbano – FNSHDU 2020. [Olho texto=”“A Codhab já está no terceiro ano seguido com essa conquista, pelo trabalho de excelência que ela desenvolve no setor habitacional”” assinatura=”Nelson Nicolau Szwec, secretário executivo da ABC” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O prêmio foi anunciado no 67º Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, que, devido à pandemia do coronavírus, aconteceu por reunião virtual no dia 15 de junho, onde foram apresentados os projetos vencedores. O objetivo do encontro é estimular e difundir as experiências bem-sucedidas, desenvolvidas pelos órgãos públicos estaduais e municipais no âmbito da habitação de interesse social. O projeto da Codhab-DF premiado nesta edição do fórum, na categoria Projetos, Ações, Planos e Programas produção e/ou gestão de Habitação de Interesse Social (HIS), é o Programa Moradia Digna. Ele oferece Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social (ATHIS) de forma gratuita nas áreas de arquitetura e engenharia para desenvolvimento de projetos, construção e ampliação de moradias precárias, conforme determina a Lei 11.888/08. Os beneficiários são famílias classificadas prioritariamente em situação de vulnerabilidade social. “É motivo de muito orgulho, fruto de um trabalho dedicado às pessoas que mais precisam. A gente tem que homenagear a equipe da Diretoria de Assistência Técnica (DIATE), o diretor Mauro de Paulo e a arquiteta Sandra Marinho, que estão à frente desse projeto que dá muito orgulho, tanto a nós da Codhab quanto à população mais carente do DF”, diz o presidente da Codhab, Wellington Luiz. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O intuito do Selo de Mérito é promover, estimular e divulgar projetos relevantes dos estados e municípios no âmbito da habitação de interesse social, objetivando o enfrentamento do déficit habitacional nos seus aspectos qualitativos e quantitativos. “O prêmio Selo de Mérito a gente já realiza há quase 20 anos na ABC, é uma forma de estimular as companhias de todo o Brasil a desenvolverem projetos importantes para a população de baixa renda. A Codhab já está no terceiro ano seguido com essa conquista, pelo trabalho de excelência que ela desenvolve no setor habitacional”, afirma Nelson Nicolau Szwec, secretário executivo da ABC. *Com informações da Codhab-DF
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Moradia regularizada para 50 mil pessoas
Os moradores de ocupações como o Morro da Cruz, em São Sebastião, poderão ter suas residências registradas em cartório e escrituradas. Foto: Mozart Silva/Divulgação Preocupado em garantir à população do Distrito Federal o direito social a moradia, o GDF, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), está elaborando um projeto de lei complementar (PLC) que permite a regularização fundiária de áreas ocupadas irregularmente por cerca de 50 mil pessoas. É prevista a criação de oito novas áreas de regularização de interesse social (Aris) no DF, abrangendo ocupações em Sobradinho, Planaltina, São Sebastião e Sol Nascente/Pôr do Sol onde vivem predominantemente pessoas de baixa renda que ganham até cinco salários mínimos. O PLC regulamenta a Lei Federal nº 13.465, de 11 de julho de 2017, incorporando alguns elementos para sua utilização no Distrito Federal, e altera a Lei Complementar nº 803, de 25 de abril de 2009, que aprova a revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (Pdot). Na prática, adianta a revisão do capítulo de regularização fundiária do Pdot e permite o início da legalização de áreas que antes não faziam parte da estratégia do governo e agora passam a ser urbanas passíveis de regularização. Audiência pública Antes de ser enviada à Câmara Legislativa, a proposta será debatida com a sociedade. Na edição desta quarta-feira (14) do Diário Oficial do DF (DODF), foi publicada a convocação para uma audiência pública a ser realizada em 18 de novembro, às 9h. A reunião ocorrerá presencialmente e também será transmitida pela internet. A comunidade poderá participar das discussões na sede da Seduh (Quadra 6 do Setor Comercial Sul), interagir com os participantes em uma sala virtual ou acompanhar o debate pelo YouTube – nesse caso, não será possível fazer perguntas. A minuta do projeto de lei está disponível na página da Seduh. As contribuições enviadas pela comunidade serão avaliadas pela equipe da Seduh e poderão ser incorporadas ao projeto. O GDF pretende encaminhar o texto para a análise dos deputados distritais até dezembro deste ano. Iniciativa desta gestão “Qualquer inovação na legislação de regularização fundiária teria que estar no Plano Diretor”, explica o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira. “O nosso último Pdot é de 2009, e a lei é de 2017. Desde 2017 vínhamos realizando estudos e fazendo a regulamentação da lei federal por decreto, mas agora, até com a preocupação do governador Ibaneis Rocha de garantir moradia à população de baixa renda, decidimos fazer um projeto de lei.” O GDF está elaborando a revisão do Pdot, mas o projeto de lei só deve ser enviado à Câmara Legislativa em 2022. “O primeiro passo para a regularização é o Pdot reconhecer a área como passível de regularização, e esses oito locais eram rurais ou para a oferta de novas unidades habitacionais”, pontua o secretário. “Assim, os moradores teriam que esperar a revisão do Pdot para que o processo de regularização fosse iniciado – mas são locais que não podem esperar, porque as ocupações cresceram e se consolidaram.” Ocupação de área rural Os moradores de ocupações como o Morro da Cruz, em São Sebastião, poderão ter suas residências registradas em cartório e escrituradas. De acordo com o último Pdot de 2009, a maior parte da área ainda era zona rural, e uma pequena parte das terras se encontrava destinada à regularização fundiária. De 2009 para cá, porém – e principalmente em 2014 –, a ocupação do local se expandiu consideravelmente. O local, que em 2009 era uma zona de chácaras, hoje já se constituiu como uma ocupação com características urbanas, com moradores de baixa renda em área demarcada como rural e na qual o Estado não pode fazer obras de infraestrutura nem construir equipamentos públicos. Segundo estudos da Seduh, são mais de três mil lotes e 10 mil moradores. Além do Morro da Cruz, serão incluídas como áreas de interesse social e possíveis de regularização o Acampamento Dorothy Stang, em Sobradinho; o Assentamento Zilda Xavier, a Favelinha da Horta Comunitária e o Condomínio Bica do DER, em Planaltina; o Capão Comprido e o Vila do Boa, em São Sebastião, e o Residencial Nova Gênesis, no Sol Nascente/Pôr-do-Sol. Depois que a lei for aprovada, o processo de regularização será elaborado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab). Mateus Oliveira ressalta que o início do processo de regularização dá tranquilidade aos moradores, impedindo ações de derrubadas e outras operações. “A permanência das pessoas que já estão nas áreas é garantida, mas o que está vazio não pode ser ocupado”, adverte. [Olho texto=”“A permanência das pessoas que já estão nas áreas é garantida, mas o que está vazio não pode ser ocupado” ” assinatura=”Mateus Oliveira, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação” esquerda_direita_centro=”centro”] Equipamentos públicos Não é permitida a regularização fundiária de núcleos urbanos informais em áreas de proteção integral, em áreas indicadas na estratégia de oferta de áreas habitacionais definidas no Pdot, nas áreas indispensáveis à segurança nacional ou de interesse da defesa e em locais definidos como área de risco ou não passível de ocupação urbana. O projeto também altera a destinação de áreas no Setor Habitacional Nova Colina, em Sobradinho; do Mestre d’Armas, em Planaltina, e do Setor Nacional, em São Sebastião – onde, em 2009, havia espaços vazios destinados à oferta de novas moradias, mas que foram invadidos e, atualmente, estão fora de qualquer possibilidade de ter seus moradores removidos. A Codhab chegou a fazer projetos para ocupar essas áreas quando se encontravam vazias, mas não deu tempo. Requisitos O beneficiário da regularização de interesse social deve possuir renda familiar igual ou inferior a cinco salários mínimos, não pode ter sido beneficiado em programas habitacionais e não deve ser nem ter sido proprietário ou comprador de imóvel urbano ou rural no DF ou em outra unidade federativa. O projeto de lei também autoriza a instalação e a adequação da infraestrutura essencial, em caráter provisório, nos núcleos urbanos informais em processo de regularização fundiária, com abastecimento de água potável, sistema de coleta e tratamento de esgotamento sanitário, redes de energia e de iluminação pública, rede de drenagem e outros equipamentos que garantam o mínimo de qualidade de vida para os moradores. O texto ainda prevê que ocupações informais de interesse social situadas em lotes destinados a equipamentos públicos comunitários ou urbanos poderão ser regularizadas, desde que o projeto urbanístico encontre outras áreas vazias para a construção de escolas ou unidades básicas de saúde (UBSs) ou o governo comprove que a demanda pode ser atendida pela rede existente.
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Itapoã Parque começa a ganhar forma
Complexo será inaugurado com equipamentos públicos como escolas e centros de assistência social | Foto: Renato Alves / Agência Brasília A espera pela casa própria está perto do fim para 12 mil famílias do Distrito Federal. Primeiro empreendimento habitacional feito integralmente pela atual gestão do GDF, a construção dos primeiros 84 prédios do Itapoã Parque está 33% executada (veja mais no vídeo abaixo). A partir de 2021 o condomínio começará a entrega das unidades para os habilitados, beneficiando mais de 1,3 mil famílias na primeira leva de distribuição (confira a lista inicial dos candidatos). [Olho texto=”“É um novo conceito. A ideia é que as pessoas tenham, perto de suas casas, acesso aos serviços do governo, além da infraestrutura”” assinatura=”Wellington Luiz, presidente da Codhab” esquerda_direita_centro=”centro”] A obra é executada pela empresa JC Gontijo, contratada por licitação, e já gerou seis mil empregos, entre diretos e indiretos, desde janeiro de 2019. As obras dos primeiros prédios está adiantada, e alguns deles já estão até pintados. Assista ao vídeo: A construção dos seis primeiros equipamentos públicos cabe à construtora. Os demais serão feitos pelo GDF à medida que houver necessidade. Mais do que um condomínio, o Itapoã Parque é um bairro para 50 mil pessoas – o número tem como base a média de pessoas por família, que é de quatro membros. A obra é erguida em uma área de 200 hectares – o equivalente a 200 campos de futebol – e será inaugurado com equipamentos públicos, como escolas e centros de assistência social. Na primeira etapa do empreendimento serão duas escolas classe, um Centro Especializado de Assistência Social (Creas) e um Centro de Assistência Social (Cras). Na segunda etapa, que deve ser concluída até abril de 2022, serão erguidos mais uma escola classe e um centro de ensino infantil. Unidades de dois e três quartos têm tamanhos, respectivamente, de 46 e 60 metros quadrados | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Além disso, haverá terrenos destinados à construção de outros prédios para a prestação de serviços públicos, como unidades básicas de saúde (UBSs). O projeto também prevê lotes reservados ao comércio, ainda a serem licitados pela Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap). “É um novo conceito. Problemas que aconteceram no passado foram corrigidos. A ideia é que as pessoas tenham, perto de suas casas, acesso aos serviços do governo, além da infraestrutura”, afirma o presidente da Companhia Habitacional do DF (Codhab), Wellington Luiz. [Numeralha titulo_grande=”400 mil famílias” texto=”do DF na lista da Codhab para adquirir a casa própria” esquerda_direita_centro=”centro”] “Mais do que entregar moradia, estamos realizando sonhos, com dignidade e respeito com os que mais precisam. Em 2022, ainda no nosso governo, todo o Itapoã Parque estará pronto. É uma grande obra que certamente vai diminuir o déficit habitacional do DF”, ressalta o gestor. Subsídio O Itapoã Parque é um empreendimento habitacional erguido com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida. Os apartamentos serão vendidos com subsídio do governo e financiados pela Caixa Econômica Federal. São unidades de dois e três quartos, com tamanhos de 46 e 60 metros quadrados, que custam R$ 112 mil e R$ 114 mil, respectivamente – valor bem abaixo do mercado. Empreendimento é rodeado de núcleos rurais nas proximidades de Paranoá, Itapoã e Sobradinho | Foto: Renato Alves / Agência Brasília Serão beneficiadas famílias das faixas 1,5, 2 e 3 do eixo Morar Bem, programa habitacional do DF vinculado ao Minha Casa, Minha Vida. Ou seja aquelas com renda familiar mensal de R$ 1,8 mil até R$ 7 mil. Cerca de 1,2 mil mil delas já foram habilitadas e as demais estão sendo selecionadas e encaminhadas ao agente financeiro, que deve aprovar o financiamento dos interessados. Atualmente, cerca de 400 mil famílias estão na lista da Codhab com interesse de adquirir a casa própria. Habilitados A Codhab convocou hoje (sexta, 21) mais candidatos inscritos no programa Morar Bem. A partir da convocação, eles devem enviar a documentação necessária e, em caso de aprovação dos papéis, estarão aptos a receber uma das unidades do Itapoã Parque. Os classificados deverão aguardar o contato da construtora JC Gontijo Engenharia, que vai agendar o atendimento e entregar a unidade habitacional. Depois de 11 anos de espera, o vidraceiro Roberto Carlos Francisco Dourado, 42 anos, vai morar em sua própria casa quando receber o apartamento de dois quartos no Itapoã Parque. Ele mora com a esposa e as duas filhas, de oito e 18 anos, em uma casa emprestada pelo patrão, no Guará. Antes, morava no fundo da casa dos pais. “Eu ganho R$ 1,8 mil, minha esposa faz bico. Nunca tivemos condições nem de pagar aluguel, quanto mais comprar uma casa”, relata. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O imóvel cedido pelo patrão dele tem apenas um quarto, que ele divide com a esposa e a filha mais nova. A mais velha dorme de forma improvisada na cozinha. “No apartamento elas terão o quarto delas. Aqui vivemos todos amontoados. Estamos muito ansiosos”, conta. A auxiliar de saúde bucal Juliana Ellen Munhoz, 36 anos, também foi habilitada para receber um imóvel no novo empreendimento habitacional do DF. Ela mora em uma casa grande com o marido, porteiro, e os dois filhos em Samambaia Norte, mas paga R$ 1 mil de aluguel todo mês. O financiamento da casa própria já foi aprovado e, a partir de agora, ela vai pagar pouco mais de R$ 300 de prestação. “Agora vou pagar mais barato e no que é meu. Estou muito feliz”, comemora.
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