Capacitação sobre covid-19 ajuda a enfrentar desinformação sobre vacinas
Nesta semana, foi lançado o projeto Covid Combate no Distrito Federal, uma iniciativa de capacitação técnica e educativa voltada a profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) que busca combater a desinformação no país. Participaram da capacitação 125 servidores da APS da Secretaria de Saúde (SES-DF). A médica de família e comunidade Lívia Mariosi lembra que a cobertura vacinal está baixa: “De uma meta de 90% de cobertura dos grupos prioritários e especiais, segundo o Plano Nacional de Imunizações, tivemos uma abrangência média de 13% apenas” | Foto: Yuri Freitas/Agência Saúde-DF Iniciado na segunda-feira (10), o curso busca fortalecer as competências de trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente do atendimento à população. O objetivo é recuperar os níveis de cobertura vacinal infantil contra a covid-19 no Brasil. Parte importante da capacitação consiste em criar estratégias eficazes para contrapor as fake news sobre imunização, em especial de crianças menores de 5 anos. “Essa é a vacina mais estudada da história, é uma vacina supersegura. Para mim, é inconcebível uma criança morrer por uma doença que é prevenível por imunização” Tereza Luiza Pereira, gerente da Rede de Frio Central da SES-DF Fruto de parceria entre o Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social (Ipads), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a empresa farmacêutica Pfizer, o curso é ministrado na modalidade semipresencial, com duração de quatro semanas. Imunização Segundo a médica de família e comunidade Lívia Antunes Mariosi, desde a pandemia de covid-19, a vacinação de grupos elegíveis a se imunizar contra o coronavírus – entre idosos, gestantes e crianças de seis meses e menos de cinco anos – nunca esteve tão baixa. “Nós temos essa vacina em nosso calendário normal, mas as pessoas não têm procurado as doses”, alerta. “De uma meta de 90% de cobertura dos grupos prioritários e especiais, segundo o Plano Nacional de Imunizações [PNI], tivemos uma abrangência média de 13% apenas”. A gerente da Rede de Frio Central da SES-DF, Tereza Luiza Pereira, reforça que, embora a pandemia de covid-19 tenha terminado, a vacinação contra o coronavírus continua sendo a principal estratégia de prevenção à doença: “A covid foi um dos vírus respiratórios que mais matou neste ano, e uma das faixas etárias que mais veio a óbito foi a das crianças até 5 anos – exatamente pela baixa cobertura vacinal desse grupo”. De acordo com a gestora, mesmo não evitando que as crianças contraiam a doença, a imunização serve para evitar o agravamento dos quadros. “Isso mostra a importância de se vacinar, de os pais manterem a caderneta de vacinação atualizada”, enfatiza. “Essa é a vacina mais estudada da história, é uma vacina supersegura. Para mim, é inconcebível uma criança morrer por uma doença que é prevenível por imunização”. Projeto de conscientização [LEIA_TAMBEM]Presidente do Ipads, o sanitarista Thiago Lavras Trapé afirma que a baixa cobertura vacinal pediátrica, observada de norte a sul do Brasil, foi o que impulsionou a criação do curso Covid Combate. “Essa baixa cobertura tem muito a ver com o desenvolvimento de fake news associadas à imunização, o que cria uma hesitação às mães em levarem suas crianças aos postos de vacina”, observa. “Por isso, já implementamos esse projeto em 12 cidades pelo país, Brasília é a 13ª”. Durante a capacitação, os profissionais da APS concebem diversas estratégias para acolher e educar o usuário dos serviços de saúde sobre a importância e a segurança da vacinação infantil contra o coronavírus. “Desenvolvemos, por exemplo, um modelo de ‘entrevista motivacional’, em que se ensina a não se contrapor, num primeiro momento, à resistência demonstrada pelos pais em relação às vacinas, mas encorajando, sim, a construírem-se vínculos que possam, pouco a pouco, reverter aquela percepção errada causada pelas fake news”, defende Thiago. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Mais rapidez no socorro a vítimas de traumas
[Olho texto=”“Este é um momento que me deixa muito contente porque, através de dados bem consolidados, prestaremos melhor assistência” – General Manoel Pafiadache, secretário de Saúde” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Foi lançado nesta segunda-feira (3) o projeto Dados Rápidos e Integrados: Tecnologia de Rápido Acesso de Dados Unificados para Mitigação da Acidentalidade (Trauma). O objetivo é criar uma base de dados integrada, com atualização instantânea, para ser compartilhada entre as assistências prestadas pelo Samu, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e Detran. A medida facilitará o acesso a informações sobre pacientes, com mais subsídios para o atendimento e melhor gestão. A iniciativa é do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), do Ministério da Saúde, em parceria com os conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. No lançamento do Projeto Trauma, o secretário Manoel Pafiadache reforçou a necessidade de integrar todos os sistemas para dar respostas mais rápidas e melhorar o atendimento à população | Fotos: Sandro Araújo / Agência Saúde-DF Durante a cerimônia, no auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), o secretário de Saúde, general Manoel Pafiadache, destacou a importância da reunião de informações dos serviços que prestam atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência. [Olho texto=”“Hoje, o que vemos em todo o Brasil são diversos sistemas diferentes, que não se falam e que acabam atrapalhando na hora de fazer a integração de dados. Nosso desafio é ter o histórico de atendimento do paciente na rede pública através do CPF” – Bruno Zoca, epidemiologista e representante do Einstein” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Queremos e precisamos integrar todos os sistemas para dar respostas mais rápidas e melhorar o atendimento à população. Não podemos mandar todos os pacientes vítimas de trauma para o Hospital de Base, tem que ser feita uma melhor distribuição do serviço. Esse é um momento que me deixa muito contente porque, através de dados bem consolidados, prestaremos melhor assistência”, afirmou. O projeto Trauma propõe estruturar as informações entre registros de vítimas de causas externas atendidas por serviços de urgência e emergência que podem evoluir para internação ou óbito. Os registros contêm informações qualificadas e oportunas sobre lesões por violências e acidentes, que servem de apoio para o atendimento e a gestão. Isso permitirá melhorar a assistência e embasar políticas públicas. Desafio O Hospital Israelita Albert Einstein é a instituição que vai desenvolver o projeto no DF. “Hoje, o que vemos em todo o Brasil são diversos sistemas diferentes, que não se falam e que acabam atrapalhando na hora de fazer a integração de dados. Nosso desafio é ter o histórico de atendimento do paciente na rede pública através do CPF”, explicou Bruno Zoca, epidemiologista e representante do Einstein. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, assegurou que o projeto fará uma grande diferença na ponta do SUS. “Ter dados limpos e de maneira ágil nos dará a oportunidade de compor indicadores, recontar a história de pacientes e fazer diferença na saúde pública do Brasil”, disse o gestor. O evento ainda contou com a participação de representantes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Ministério da Saúde. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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