Resgate aéreo do Corpo de Bombeiros salva vidas em menos de 20 minutos no DF
A vida pode mudar em um sopro e, em casos de emergência, minutos podem ser a diferença entre uma despedida e um recomeço. No Distrito Federal, o serviço aeromédico do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) tem sido decisivo nessa corrida contra o tempo. Entre janeiro e junho de 2025, o 1º Esquadrão de Aviação Operacional com Suporte Avançado de Vida atendeu 356 ocorrências, com tempo médio de resposta de 17,7 minutos. Em cerca de 66% dos casos, o socorro chegou em menos de 20 minutos. No primeiro semestre de 2025, o serviço aeromédico do Corpo de Bombeiros atendeu 356 ocorrências, com tempo médio de resposta de 17,7 minutos | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília O serviço aeromédico dispõe atualmente de três helicópteros e dois aviões adaptados para atendimento, além de contar com 14 médicos. Todos os operadores de suporte médico, grupo formado por médicos e enfermeiros, passam por treinamento específico para garantir cuidados intensivos imediatos. A tripulação também é composta por piloto, copiloto e tripulante operacional. E as aeronaves são equipadas com todos os dispositivos necessários para atendimentos críticos. O drama vivido por Téo Zanello Brixi ilustra o quanto a rapidez no socorro pode ser determinante em situações críticas. Com apenas 1 ano e 9 meses, Téo sobreviveu a um afogamento graças à resposta rápida do resgate aéreo. Luísa Zanello, 35, mãe da criança que em breve completará 7 anos, relembra o dia do afogamento do filho. Ela conta que tudo aconteceu muito rápido. Quando viu o garoto na piscina, roxo e sem respirar, agiu instintivamente e pulou para resgatá-lo. Ainda molhada, correu para ligar para os bombeiros. “Eu nem sabia meu nome naquela hora. Só pensei em pedir ajuda”, lembra. O atendimento foi praticamente imediato. Enquanto os socorristas atendiam Téo, Luísa foi orientada a procurar um local onde o helicóptero pudesse pousar. Era época de pandemia, poucas casas atenderam, mas os bombeiros decidiram que pousariam na própria rua da casa: “Tudo aconteceu em minutos. Vieram os bombeiros, depois o Samu, e o helicóptero pousou”. Luísa Zanello, mãe de Téo, acredita que a resposta rápida do CBMDF fez diferença no socorro ao filho: “Foi tudo no tempo certo. Foram muitas peças que se encaixaram perfeitamente” Ela lembra que, após cerca de 40 minutos de manobras de ressuscitação, os bombeiros conseguiram identificar um pulso. “Quando perguntaram quantos anos ele tinha e minha irmã respondeu que faria 2 anos, o bombeiro disse: ‘Pode deixar que ele vai fazer 2 anos’”, conta, emocionada. Para a enfermeira de voo do Samu, Mônica Ortolan, o atendimento do Téo foi um caso que a marcou profundamente. A equipe conseguiu pousar com tranquilidade, pois a área era ampla e permitia manobras seguras. Eles já sabiam do que se tratava e embarcaram com todos os equipamentos adequados. Teo foi levado ao Hospital de Base com o pai, acompanhado pelo médico e pela equipe que estava no helicóptero. Ao chegar, foi direto para a sala vermelha e, pouco depois, encaminhado à UTI. Luísa foi avisada de que o estado dele era gravíssimo e a criança poderia ter sequelas. Quando foi extubado, Teo reconheceu a mãe. Esse foi o primeiro grande sinal de que o pior havia passado. Luísa é categórica ao dizer que a resposta rápida fez toda a diferença: “Se qualquer parte disso tivesse sido diferente, talvez não tivesse dado certo”. Ela destaca a precisão dos bombeiros, a chegada em poucos minutos, o transporte aéreo, o atendimento do médico no local e o encaminhamento imediato ao hospital: “Foi tudo no tempo certo. Foram muitas peças que se encaixaram perfeitamente”. Mônica chegou a visitar Téo no hospital, poucos dias depois do resgate, e se emocionou ao vê-lo sentado na cama, se recuperando. “Hoje, ele está bem, sabe da história e ainda guarda o bolachão do Samu que dei para ele”, conta. Recentemente, reencontrou Téo no hangar onde ele aprendeu a identificar os tipos de aeronaves: “Tudo isso faz parte da construção do saber dele. É lindo ver esse reencontro com a vida”. Victor Fonseca e o médico Pierre Novais, do CBMDF, um dos responsáveis por resgatá-lo depois de um acidente na estrada para a Chapada dos Veadeiros, em 2023 Renascimento Victor Fonseca, 36, nasceu duas vezes: a primeira vez foi em Brasília e a segunda, no asfalto da estrada para a Chapada dos Veadeiros, após sobreviver a um acidente que quase tirou sua vida. No dia 6 de setembro de 2023, enquanto seguia de moto para o Parque Nacional goiano, um carro fez uma conversão errada e acabou se chocando violentamente contra o veículo. “Fui esmagado. Tive um politrauma grave, mais de 16 fraturas. A única chance de sobrevivência era a aeronave”, lembra. Por sorte, um bombeiro do DF que estava de folga passava pelo local e prestou os primeiros socorros: “Ele já tinha oxímetro, torniquete, atadura… Todo o material. Foi ele quem acionou o resgate”. A resposta foi rápida e a equipe do Corpo de Bombeiros chegou de helicóptero em São João d’Aliança. “Perdi mais de 80% do sangue do corpo”, revela Victor. Das 356 ocorrências registradas de janeiro a junho deste ano, 278 resultaram em atendimento efetivo e 78 foram canceladas, principalmente por óbito no local Ele conta que, no momento do acidente, achou que não escaparia. “Quando ouvi uma voz dizendo que era do Corpo de Bombeiros, foi como se acendesse uma luz. Ali, eu pensei: tem chance”, recorda. Para ele, a atuação rápida e precisa da equipe foi determinante para sobreviver. “Sem helicóptero, não teria dado tempo”, acredita. A rapidez do atendimento e a atuação do bombeiro fora de serviço foram essenciais para a vida de Victor. O médico Pierre Novais, do CBMDF, participou do resgate e relata que, na chegada ao Hospital de Base, o caso foi considerado muito complexo: “Foi um trauma fechado, que é ainda mais grave, e ele sobreviveu. A literatura médica mostra que apenas 1% dos pacientes sobrevivem a esse tipo de lesão”. Hoje, Victor encara o acidente como uma segunda chance: “Digo que nasci de novo no dia 6 de setembro de 2023. Vou fazer 37 anos agora e nesses quase dois anos vivi mais do que nos 35 anteriores. Mudei completamente: na cabeça, na fé, na família, em tudo. Antes, eu tinha uma vida boa, mas hoje sou mais feliz, mais grato. Não troco nada disso. Essa é a minha história”. A enfermeira de voo do Samu, Mônica Ortolan, reencontrou Téo no hangar do CBMDF: "Hoje, ele está bem, sabe da história e ainda guarda o bolachão do Samu que dei para ele" Estatísticas Das 356 ocorrências registradas de janeiro a junho deste ano, 278 resultaram em atendimento efetivo e 78 foram canceladas, principalmente por óbito no local, sendo que as regiões com maior número de acionamentos foram Plano Piloto, Ceilândia e São Sebastião. A faixa etária mais atendida foi de 60 a 70 anos, seguida por pacientes com mais de 80 anos e, em terceiro, por vítimas com idade entre 70 a 80 anos. Do total, o sexo masculino representou cerca de 65%. O Hospital de Base foi o principal destino dos pacientes, seguido pelo Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A principal natureza dos atendimentos foi a parada cardiorespiratória. A taxa de retorno à circulação espontânea (RCE) foi de quase 30%, com 67 pacientes reanimados apenas com manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP). Esse índice está alinhado à média global de 29,7% em paradas extra-hospitalares, segundo meta-análise internacional. [LEIA_TAMBEM]O médico Pierre Novais, do Serviço Aeromédico, explica que a taxa de RCE – ou seja, quando o coração volta a bater após uma parada cardíaca – é um dos indicadores mais importantes de sucesso do atendimento. “Fazemos isso com manobras de ressuscitação cardiopulmonar. Comparando com os dados mundiais, percebemos que estamos relativamente bem. Cerca de 30% dos pacientes com parada cardíaca clínica voltam à circulação espontânea com o auxílio do socorro, e isso nos orgulha muito”, destacou. Já nos casos de trauma, o índice é bem menor: em torno de 10% têm retorno à circulação, mas apenas de 1% a 2% têm alta hospitalar. Nos casos em que foi necessário o uso do desfibrilador, a taxa de RCE subiu para 38,6%. De acordo com o relatório do CBMDF de ocorrências atendidas pelo serviço aeromédico, esse resultado está dentro da faixa superior dos índices internacionais, que ficam entre 25% a 40%, o que significa que, a cada 2,6 pacientes desfibrilados, um teve a circulação restabelecida. Ele reforça a importância da parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e destaca que, em muitas situações, uma viatura terrestre disponível numa região administrativa pode ser até mais rápida do que o transporte aéreo. Essa integração entre Bombeiros Militares e profissionais do Samu-DF, é uma parceria que completa 15 anos em 2025.
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Equipamento do CBMDF para reflutuar até 22 toneladas será enviado para missão no Maranhão
Oito mergulhadores altamente experientes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) foram escalados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para integrar a missão de resgate das vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Estreito, no Maranhão, ocorrido no último domingo (22). Com ampla experiência em operações de resgate e atuação em missões humanitárias, a equipe levará, além da expertise, um equipamento especializado capaz de reflutuar até 22 toneladas de material submerso. O CBMDF levará para o Maranhão um equipamento capaz de reflutuar até 22 toneladas; a ferramenta vai auxiliar no resgate às vítimas e remoção de veículos que caíram no Rio Tocantins | Fotos: Divulgação/CBMDF A ferramenta de reflutuação é utilizada especificamente em operações de resgate subaquático e contém grandes bolsas que, uma vez infladas, geram uma força de subida suficiente para levantar objetos pesados do fundo do rio. O sistema é especialmente projetado para operações em águas profundas, como as do Rio Tocantins, onde a ponte desabou. O equipamento de reflutuação irá reforçar o trabalho dos bombeiros do DF na remoção dos veículos e na busca por vítimas que caíram no Rio Tocantins. Entre os militares convocados, está o subtenente Danilo Brites, o mais experiente mergulhador do Corpo de Bombeiros em atividade. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Governo do Distrito Federal (@gov_df) “Todos os bombeiros escalados são altamente capacitados e carregam uma vasta bagagem de atuação em missões humanitárias. São profissionais com bastante experiência, tendo atuado em diversas operações, incluindo no resgate às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul”, detalha o capitão Ramon Lauton, chefe da delegação. Ajuda humanitária Nesse sábado (28), o governador Ibaneis Rocha autorizou o envio da equipe do CBMDF, atendendo a pedido do Corpo de Bombeiros do Maranhão. A autorização ocorreu no mesmo dia em que a prefeitura de Estreito decretou situação de emergência e informou a necessidade de apoio técnico e financeiro aos governos federal e estadual. O envio da equipe do CBMDF foi autorizado pelo governador Ibaneis Rocha nesse sábado (28), atendendo a pedido do Corpo de Bombeiros do Maranhão; foram escalados oito mergulhadores altamente experientes para a missão “Vamos colaborar com o trabalho de resgate, após a tragédia da ponte que liga o Tocantins ao Maranhão”, afirmou o chefe do Executivo local. “Lamento as vidas que foram perdidas nessa tragédia e reforço que o DF está à disposição para oferecer todo o suporte necessário aos nossos irmãos tocantinenses e maranhenses.” Além dos militares altamente qualificados, a delegação está levando itens de mergulho (cilindros, válvulas, coletes equilibradores e lastros), materiais de reflutuação (três almofadas e nove globos elevadores) e de salvamento (cordas, fitas de carga, mosquetões e outros itens técnicos de suporte). “A preocupação do governador e da vice-governadora é atender prontamente, por meio do Corpo de Bombeiros, o estado do Maranhão”, ressaltou o atual comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), coronel Leonardo Raslan. “Estamos nos preparando o mais rápido possível e estamos sempre à disposição para auxiliar todo o território brasileiro.” Ao longo deste ano, o GDF enviou missões de apoio ao Rio Grande do Sul, para atuar em buscas e salvamentos após as enchentes no estado, e à Amazônia e ao Pantanal, para o combate a incêndios. “O GDF autorizou, mais uma vez, o apoio a outros estados brasileiros”, reforçou a vice-governadora Celina Leão. “Essa é a nossa missão e também do Corpo de Bombeiros Militar, que vai dar o suporte ao trabalho desafiador de resgate no Rio Tocantins após o desabamento da ponte que liga o Maranhão e o Tocantins. Contem conosco”. Acidente No último domingo (22), parte da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira desabou na cidade de Estreito, no Maranhão. Na hora do acidente, oito veículos passavam pela estrutura e caíram no Rio Tocantins. Com 533 metros de extensão, o elevado liga Estreito à cidade de Aguiarnópolis, no Tocantins, pela BR-226, além de integrar o corredor rodoviário Belém-Brasília.
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Brasilienses e turistas acompanham troca da Bandeira Nacional organizada pelo GDF
O Governo do Distrito Federal (GDF) organizou a substituição da bandeira nacional neste domingo (4), por meio do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), na Praça dos Três Poderes. Uma das maiores expressões do turismo cívico do país, a troca é realizada sempre no primeiro domingo de cada mês, sob coordenação do Ministério da Defesa, e a responsabilidade pela execução da solenidade é intercalada entre as forças de segurança do Executivo local e o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira. Uma das maiores expressões do turismo cívico do país, a troca é realizada sempre no primeiro domingo de cada mês | Fotos: Matheus H. Souza/ Agência Brasília Conforme o protocolo, a programação inicia com a leitura do histórico da bandeira, seguida pelo hasteamento do novo exemplar ao som do Hino Nacional e de uma salva de 21 tiros de canhão. Por fim, ocorre o arriamento da bandeira substituída, acompanhado do Hino da Bandeira, e o desfile da tropa em continência às autoridades presentes. A cerimônia foi instituída pela Lei Federal nº 5.700 em 1º de setembro de 1971, que estipula que o novo exemplar deve chegar ao topo do mastro antes da saída do antigo. Ao todo, 150 militares participaram do desfile da tropa. “O sentimento é de orgulho porque nós estamos em frente ao símbolo da nação brasileira, que é a nossa bandeira, no meio dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário. Isso tudo representa o nosso país. Para o Corpo de Bombeiros Militar do DF, é gratificante fazer parte desse momento”, declarou o comandante-geral da corporação, coronel Sandro Gomes. A solenidade faz parte do cronograma mensal do empresário Marcus Todeschini, 46 anos, e de seu filho, o estudante Pedro, 7 A cerimônia deste mês, inicialmente, seria realizada pela Polícia Militar do DF (PMDF). No entanto, a corporação repassou a responsabilidade para atender outras atribuições. “Solicitei ao comandante do Corpo de Bombeiros Militar que organizasse a cerimônia e ele nos atendeu prontamente. Tivemos muitas manifestações nesta semana, o Dia de Finados, e hoje temos o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), em que todos os nossos policiais estão empenhados para que os estudantes tenham uma boa prova”, explicou a comandante-geral da PMDF, coronel Ana Paula Habka. A substituição ocorre a cada 30 dias devido às alterações climáticas as quais a bandeira está suscetível, como temporais e ventanias. O exemplar antigo é incinerado após a cerimônia. A manutenção do mastro e dos dispositivos de arriamento é executada por empresa contratada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). A solenidade faz parte do cronograma mensal do empresário Marcus Todeschini, 46 anos, e de seu filho, o estudante Pedro, 7. “Ele é uma criança que pede pra ouvir o Hino Nacional, então sempre que podemos a gente vem prestigiar a troca da bandeira. Faço questão de incentivar porque o patriotismo é um valor importante para o cidadão”, contou Marcus. O menino revelou que a afeição surgiu durante aulas de história e que, quando crescer, deseja trabalhar nas Forças Armadas: “Quero ser do Exército. E pretendo vir assistir até o meu falecimento.” Antônio Dias, aposentado: “Estamos aproveitando para conhecer um pouco de Brasília e tivemos o prazer de vir no dia dessa solenidade” Os aposentados Nazaré Ferreira, 62, e Antônio Dias, 67, também participaram da celebração patriota. Os dois são de Teresa (PI) e vieram à capital federal para visitar uma tia que está doente. “Estamos aproveitando para conhecer um pouco de Brasília e tivemos o prazer de vir no dia dessa solenidade”, disse Antônio, ao que a esposa completou: “Achei tudo lindo – o desfile, os canhões, a bandeira. É uma tradição que a gente não conhecia, mas que marcou nossa visita.” A Bandeira Nacional hasteada no coração de Brasília tem 286 m² e fica a 105 metros do chão, fixada em local de destaque. É considerada o símbolo mais importante da nação, e ostenta, na base do mastro, a inscrição: “Sob a guarda do povo brasileiro, nesta Praça dos Três Poderes, a Bandeira, sempre no alto – visão permanente da Pátria”. Além disso, é a maior bandeira do mundo, segundo o livro dos recordes, Guinness Book, com 286 metros quadrados, 20 metros de comprimento, 14 de altura e 90 quilos.
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GDF envia bombeiros para combater incêndios no Pantanal sul-mato-grossense
O Governo do Distrito Federal (GDF) enviará uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) para ajudar a combater os incêndios que assolam o Pantanal sul-mato-grossense. Trinta militares especializados partem para a missão na madrugada desta quarta-feira (26), em caminhonetes munidas de equipamentos como abafadores, sopradores e bombas costais. O Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência por causa dos incêndios, nessa segunda-feira (24), uma vez que, somente neste ano, o fogo já consumiu cerca de 600 mil hectares do bioma. Conforme o planejamento da corporação, a missão terá duração inicial de 30 dias, com possibilidade de prorrogação para 90 dias, caso necessário | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Os nossos coirmãos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul já estão neste combate há meses. Então, quando a Secretaria Nacional de Segurança Pública, juntamente com a Força Nacional, conversou conosco (sobre a missão), o governador Ibaneis Rocha de pronto atendeu a demanda. A nossa maior preocupação é com a vida. E quando falamos de vida, falamos da natureza e dos animais que estão sendo acometidos pelo fogo”, afirmou o comandante-geral do CBMDF, Sandro Gomes. Conforme o planejamento da corporação, a missão terá duração inicial de 30 dias, com possibilidade de prorrogação para 90 dias, caso necessário. Com o lema de “Vidas alheias e riquezas salvar”, o CBMDF atua em diversas outras missões no Brasil, inclusive no próprio Pantanal. Atualmente, há uma equipe de 20 militares especializados em combate a incêndios participando da Operação Tamoiotatá no Amazonas. A ação ocorre em conjunto com a Força Nacional e visa o planejamento, instrução e combate aos incêndios florestais na região amazônica. O comandante do Grupamento de Proteção Ambiental (GPRAM) do CBMDF, tenente coronel Daniel Saraiva, explica que os militares enviados dominam os conhecimentos e técnicas necessárias para combater incêndios florestais. “Temos um curso de especialização que dura oito semanas e aborda os diversos biomas no território brasileiro. O Distrito Federal tem experiências em missões desse tipo, enviando militares para ajudar em queimadas há muitos anos”, observou. “Estamos indo com recursos, que são nossos equipamentos, para poder ajudar no combate e minimizar o impacto ambiental na região.” Formada no Curso de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal, Debora Lopes, 28 anos, é a única mulher enviada para a missão pelo GDF Entre as 30 pessoas enviadas para a missão no Pantanal sul-mato-grossense, há uma única mulher – a bombeira militar Debora Lopes, 28 anos. Formada no Curso de Prevenção e Combate a Incêndio Florestal, ela está na corporação desde 2021 e terá a primeira experiência em queimadas fora do DF. “É uma oportunidade muito grande estar representando o DF e combatendo incêndios em outro bioma, diferente do que estamos acostumados”, comentou. “O curso de incêndio florestal nos torna especialistas em combate a incêndios, mostrando a melhor forma de atacar. Por estarmos em Brasília, o foco são as queimadas que ocorrem no Cerrado, que é o nosso bioma, mas temos noções sobre os outros estados também”, comentou. Em maio deste ano, a corporação mandou uma equipe de militares para missão humanitária no Rio Grande do Sul, com atuação em diversas frentes em prevenção, busca, salvamento e resgate de vítimas em decorrência das catástrofes climáticas que assolaram o estado.
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Conheça as mulheres que estão no comando da PM e do Corpo de Bombeiros do DF
O Distrito Federal foi a primeira unidade da Federação a ter mulheres à frente das forças militares de segurança. Em janeiro de 2023, ocorreu a nomeação da primeira comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), a coronel Mônica de Mesquita Miranda. Meses depois, em fevereiro deste ano, foi a vez de a coronel Ana Paula Habka assumir o Comando-Geral da Polícia Militar, sendo a segunda mulher a desempenhar o posto na história do DF. Natural de Brasília, Mônica é mãe de três filhas – de 24, 16 e 9 anos – e casada há mais de duas décadas. Ela entrou para o CBMDF na primeira turma do curso de formação de oficiais com participação feminina, em 1993. Entre 120 alunos, havia apenas ela e mais duas mulheres. O número aumentou ao longo dos anos, e, atualmente, há em torno de 1.200 bombeiras dentro da corporação. Para Mônica Mesquita, é emocionante ser espelho para outras pessoas que desejam galgar cargos de comando | Foto: Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília “Foi um desafio desde o início, já que para nós três era tudo novo. Tínhamos muita expectativa, mas não tínhamos referências. Era tudo na base da tentativa e erro. Depois, as coisas foram melhorando. As alunas que entraram em seguida puderam ver que ‘ah, deu certo com elas, então também pode dar certo para mim’”, revela Mônica, que acredita no poder da representatividade. Durante a formação, Mônica manteve a dedicação aos estudos e concluiu diversas capacitações, como a de aperfeiçoamento de oficiais em administração corporativa e de altos estudos para oficiais. Além disso, ocupou o cargo de comandante do Centro de Assistência Bombeiro Militar e atuou na Diretoria de Ensino CBMDF, entre outras funções. Também foi condecorada com a Medalha Dom Pedro II e a Ordem do Mérito Aeronáutico. “Estou aqui para abrir portas para que outras mulheres possam vir, fazendo caminho para novas comandantes” Mônica Miranda, Comandante-Geral do CBMDF Tamanho empenho culminou em um dos maiores feitos de sua carreira. “O cargo é desafiador, independentemente do gênero. Mas, por ser mulher, isso é ainda maior. Estou sendo testada o tempo inteiro. Os desafios são enfrentados diariamente, mas sigo com coragem e fé. Estou aqui para abrir portas para que outras mulheres possam vir, fazendo caminho para novas comandantes”, destaca a brasiliense. Mônica reconhece a importância de ter encontrado outras mulheres na caminhada. “É uma felicidade imensa saber que ingressamos na corporação e mantemos a determinação de continuar, independentemente dos obstáculos. São mais de 30 anos disso, e até hoje tempos desafios. Hoje verificamos que muito já foi conquistado, principalmente respeito e admiração do grupo”. Sobre o comando da corporação, ela é enfática: “A minha participação vem de parceria com homens, ainda mais porque não quero gerar nenhum conflito, mas quero respeito. Não quero estar além de ninguém, só no meu lugar. Os privilégios e obrigações masculinas, também quero ter. Não quero ter privilégio por ser a primeira comandante mulher; quero o mesmo que outros comandantes tiveram. E quem vier me suceder, homem ou mulher, que tenha as mesmas coisas”, diz. Mônica acrescenta, ainda, que é emocionante ser espelho para outras pessoas que desejam galgar cargos de comando, e deixa um recado àquelas que não acreditam em si mesmas: “Nunca duvidem da sua força e capacidade. Façam a gestão da formação profissional de vocês de uma forma objetiva, sem temer desafios, porque, na maioria das vezes, eles são superados. Abnegação, determinismo, força de vontade e, acima de tudo, muita fé”. Representatividade Ana Paula Habka entrou na PMDF em 1994 e não imaginava chegar ao maior posto da corporação | Foto: Foto Paulo H. Carvalho/ Agência Brasília Em 7 de fevereiro deste ano, a coronel Ana Paula Habka assumiu o comando-geral da PMDF, após 30 anos de trabalho na corporação. Ana entrou para PMDF em 1994 e, à época, não imaginava que poderia alcançar o posto mais alto entre os militares. Anteriormente, a patente mais alta permitida a mulheres na carreira era a de capitã. “Tendo em vista tudo o que vivi na corporação, chegar a essa função é muito nobre para mim, não por vaidade de poder, mas por vaidade da minha corporação, pela qual sinto muito amor”, conta. O dia que marcou a carreira de Ana Paula, coincidentemente, seria a data do aniversário de seu falecido pai, o coronel Chagas. O militar era considerado referência na corporação e inspirou a dedicação da nova comandante-geral. “É uma missão que me orgulha e me honra muito, que me faz querer inspirar outras pessoas em ter uma liderança firme que encoraja a equipe e que não se intimida”, acrescenta. “Tenho total convicção de que a mulher pode estar tanto na área administrativa quanto na operacional sem precisar competir com outro homem ou mulher e nem consigo mesma. A mulher não precisa perder a feminilidade para não perder a firmeza” Ana Paula Habka, comandante-geral da PMDF Com a mudança de regimento, esforço, persistência e competência, ela passou por diversos setores na PMDF. “Fui chefe do Departamento de Gestão Pessoal, onde tive grandes aprendizados e lidei, diretamente, com o policial, o que me agrada muito. É por lá que iniciamos e terminamos nossa carreira, é a área que conduz a vida inteira do policial”, explica. Ana Paula também já atuou como juíza na Auditoria Militar, diretora de Pessoal Militar, chefe do Estado-Maior e subcomandante-geral. Estudiosa, ela coleciona capacitações relacionadas a direitos humanos, gestão e segurança de autoridades. O mais desafiador delas foi o curso de cinotecnia, treinamento com cães, por exigir maior condição física dos participantes. Ana era a única mulher na turma e alcançou o primeiro lugar no curso. “Eu me preparei desde o início para conseguir terminar o curso da melhor forma possível”. A comandante, que tem uma filha de 21 anos, deseja ser referência para outras mulheres. “Tenho total convicção de que a mulher pode estar tanto na área administrativa quanto na operacional sem precisar competir com outro homem ou mulher e nem consigo mesma. A mulher não precisa perder a feminilidade para não perder a firmeza. Eu não sou só uma policial militar, sou mãe, esposa, e sei conduzir muito bem a minha vida dizendo sim e não”, salienta. “Não tenho medo ou receio de ser julgada por me acharem com cara de frágil. Vou para a missão”. Prioridades Na lista de objetivos para a corporação, Ana Paula destaca o empenho em defender os direitos das mulheres. “Desejo encorajar uma mulher que tem uma dependência até emocional ou financeira a sair dessa situação. Conduzindo uma corporação majoritariamente masculina, consigo mostrar para uma mulher que às vezes está caladinha que ela tem essa capacidade – e não apenas de conquistar a profissão que desejar, mas de fazer o que quiser, independentemente da idade. Não precisa ficar presa à vida que é dela”, complementa. Outro compromisso é com a saúde física e mental dos policiais. “Com a saúde em dia, a tropa pode entregar as habilidades físicas e técnicas da melhor forma”, pontua. As metas da gestão incluem também aumento do efetivo e mudanças salariais. “Valorizar o trabalho do policial e a pessoa que ocupa essa função é essencial, porque é uma missão muito nobre para a sociedade”. Mônica também tem como meta promover saúde mental para a frota de bombeiros do DF. “A qualidade de vida influencia diretamente na qualidade do trabalho e na vida do cidadão. Uma pessoa adoecida adoece todos ao redor. Aquele militar por trás da farda é uma pessoa”, frisa.
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Nova comandante-geral da PMDF anuncia saúde mental como prioridade
Com a missão de cuidar da saúde mental dos servidores, trabalhar por melhorias salariais e recompor o efetivo, a coronel Ana Paula Habka assumiu o comando-geral da Polícia Militar nesta quarta-feira (7), durante cerimônia de passagem do cargo na academia da corporação no Setor Policial Sul. Ana Paula entra no lugar do coronel Adão Teixeira, que deixou o posto após ser transferido para a reserva remunerada. Durante a posse, a coronel Ana Paula Habka declarou: “É com profunda emoção que assumo o mais importante posto da carreira” | Foto: Renato Alves/Agência Brasília [Olho texto=”“Estamos trabalhando juntos desde 2019. Temos concurso em andamento, repondo assim as forças de segurança, que trabalham de forma harmônica” ” assinatura=”Governador Ibaneis Rocha” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O trabalho pela PMDF se reflete no reforço de profissionais e em outras ações. Entre 2019 e 2023, foram nomeados 2.540 militares, e outros 2.100 estão sendo incorporados. O reajuste de 18% da corporação e a aquisição de equipamentos como viaturas e armamentos também foram lembrados durante a cerimônia. “Tenho orgulho de ser o comandante da melhor polícia do Brasil”, declarou o governador Ibaneis Rocha. “Estamos trabalhando juntos desde 2019. Temos concurso em andamento, repondo assim as forças de segurança, que trabalham de forma harmônica. Agradeço pelo trabalho que realizam nas ruas do DF e pelas ações da inteligência.” Mulheres no comando [Olho texto=”“A PMDF é uma aliada no trabalho de melhoria da qualidade de vida da população” ” assinatura=”Ana Paula Habka, nova comandante-geral da Polícia Militar do DF ” esquerda_direita_centro=”direita”] Com a chegada de Ana Paula Habka ao comando da Polícia Militar, o Distrito Federal tornou-se a primeira unidade da Federação a ter duas mulheres à frente das forças militares de segurança, juntamente com a coronel Mônica Miranda, que lidera o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) desde 2023, sendo a primeira mulher a comandar uma corporação dos bombeiros no país. Em seu discurso, Ana Paula Habka agradeceu o voto de lealdade e confiança ao assumir o cargo: “É com profunda emoção que assumo o mais importante posto da carreira. A PMDF é uma aliada no trabalho de melhoria da qualidade de vida da população”. Ela também elencou as prioridades à frente da PMDF: “A minha meta, nesse primeiro momento, é a saúde mental do nosso policial militar. Há algumas coisas que a gente também tem que rever na nossa legislação, são questões de efetivo, e a questão salarial também. Isso tudo são pautas que já estão no meu plano de comando”. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Presente à cerimônia, o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, ressaltou: “A coronel Ana Paula é respeitadíssima pelos colegas pela brilhante carreira que fez à frente da Polícia Militar. E ela vinha agora já ocupando o cargo de subcomandante, então a ascensão é natural, pelo prestígio que ela tem dentro da carreira e pelo respeito que nós temos pela pessoa e pela profissional”. Trajetória A coronel Ana Paula ingressou na PMDF em 1994. De subcomandante da corporação, passou a atuar como chefe do Estado Maior. Ela já esteve à frente da Companhia do Batalhão de Operações Especiais e trabalhou como chefe de Segurança da Vice-Governadoria da Casa Militar do DF e juíza militar na Auditoria Militar do Distrito Federal. Formada em educação física e bacharel em direito com pós-graduação em ciência jurídica, a nova comandante-geral realizou cursos operacionais, como Cinotecnia, pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope); Repressão às drogas e Segurança de autoridades. *Com informações da SSP-DF
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Férias escolares: atenção deve ser redobrada para evitar acidente com pipa
Com a chegada das tão esperadas férias escolares, é comum observar ruas preenchidas pelas crianças que aproveitam ao máximo o tempo livre. Muitas vezes, o clima descontraído incentiva atividades ao ar livre e, entre elas, uma das favoritas é empinar pipa. No entanto, é preciso redobrar os cuidados para evitar que os momentos de lazer coloquem em risco a segurança dos pequenos, especialmente quando a brincadeira ocorre próximo de redes elétricas. O alerta é urgente, uma vez que, somente este ano, a concessionária de distribuição de energia do Distrito Federal já registrou 329 ocorrências relacionadas à empinada de pipas – média de quase um incidente por dia. O número é equivalente ao do ano anterior, quando houve 325 incidentes. Os casos costumam ocorrer quando a linha dos brinquedos se prende aos postes de iluminação, transformadores ou cabos elétricos. “É muito comum que nessa época as crianças recorram à pipa como uma alternativa de lazer. Mas é preciso que a diversão ocorra de forma sadia, segura e em locais adequados”, enfatiza o tenente Mauro Coimbra, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Somente em 2023, o DF já registrou 329 ocorrências relacionadas a pipas – média de quase um incidente por dia | Fotos: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília O militar orienta os praticantes a não utilizar as conhecidas linhas chilenas e de cerol artesanais. “Além de serem extremamente cortantes, é comum vermos linhas confeccionadas com pó metálico, que funciona como um condutor de eletricidade, amplificando o risco do choque elétrico”, explica. Segundo o militar, o ideal é que a brincadeira seja realizada, de preferência, em campos abertos, em parques, distantes de redes elétricas e de grandes centros, onde o fluxo de pessoas é maior. “Não solte pipa em dias nublados, armando chuva ou com tempestades de raio. A pipa pode virar um verdadeiro para-raios, atraindo descargas elétricas”, alerta. O que fazer em situações de risco? Não devem ser utilizadas as conhecidas linhas chilenas e de cerol artesanais Ao adotar medidas simples e conscientes, é possível garantir que as férias ocorram de maneira segura para os pequenos. Caso a pipa enrosque no poste ou na fiação elétrica, é crucial não tentar retirá-la por conta própria. Isso aumenta o risco de curto-circuito na rede e, consequentemente, de choques elétricos. [Olho texto=”Socorro imediato pelos telefones de emergência 193, do Corpo de Bombeiros, e 192, do Samu” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Se alguém receber uma descarga elétrica, a primeira orientação é desligar a fonte de energia, se possível. Caso contrário, é essencial sinalizar o risco de choques. Essas práticas ajudam a evitar que mais pessoas se tornem vítimas do acidente. Em seguida, busque socorro imediatamente pelos telefones de emergência 193 (CBMDF) e 192 (Samu). Choques leves geralmente resultam em formigamentos breves, enquanto os mais graves podem ocasionar queimaduras, desmaios, arritmias cardíacas e até paradas respiratórias.
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Parcelamento irregular no Gama é alvo de operação pela quarta vez em um ano
A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) realizou, nesta segunda-feira (27), mais uma operação de combate ao parcelamento irregular do solo no Núcleo Rural Alagado da Suzana, no Gama. Esta é a quarta vez desde outubro de 2022 que a pasta atua no local, que integra a Área de Proteção de Manancial (APM) do Córrego Crispim. A operação contou com a participação da Polícia Militar (PMDF), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), da Neoenergia, da Caesb e da Novacap. Foram desconstituídos quase 7 km de cercas de madeira e arame farpado, 400 m de arruamentos, desligadas duas ligações clandestinas de luz, tapadas duas fossas sépticas e demolidas uma estrutura em madeira, uma em alvenaria, um barraco precário e um cercamento com tela. Foram desconstituídos quase 7 km de cercas de madeira e arame farpado, 400 m de arruamentos, desligadas duas ligações clandestinas de luz, entre outras coisas | Fotos: Divulgação/ DF Legal Vale lembrar que, para ocupação de terras rurais, é necessário o cumprimento de requisitos legais e a outorga da Empresa de Regularização de Terras Rurais (ETR), o que não ocorreu neste caso. Reocupação insistente As operações da DF Legal na área começaram em outubro do ano passado, quando 14 barracos precários e quatro edificações em alvenaria desabitados foram demolidos. Os grileiros, no entanto, insistem em reocupar o espaço próximo à Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF) e a uma estação de captação da Caesb. Esta é a quarta vez desde outubro de 2022 que a pasta atua no local, que integra a Área de Proteção de Manancial (APM) do Córrego Crispim Em abril, por duas vezes, a secretaria esteve novamente no local e descaracterizou mais de 100 lotes demarcados de maneira irregular. Diante da reiterada conduta dos invasores, a DF Legal vai formalizar pedido para que a Delegacia de Combate a Ocupação do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) apure o crime de parcelamento irregular e dano ambiental. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Só entre janeiro e outubro deste ano, no Gama, a pasta realizou 22 operações e desobstruiu 2.803.970 m² de área pública. Em todo o DF são 712 operações e 8.870.040 m² de espaço público liberados. *Com informações da DF Legal
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Mais de 300 homens nas ruas para manutenção das cidades após as chuvas
Depois das fortes chuvas que atingiram o Distrito Federal no último fim de semana, o Governo do Distrito Federal (GDF) reuniu órgãos técnicos para uma ação conjunta a fim de minimizar os danos causados pelas precipitações. Cerca de 40 equipes com mais de 300 funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) estão nas ruas desde o último sábado (25) para atuar nas regiões mais afetadas, como Plano Piloto, Lago Sul, Sol Nascente e Estrutural. [Olho texto=”“Estamos com mais de 300 funcionários envolvidos nas ações em toda a cidade. Realizamos os atendimentos emergenciais liberando as vias, calçadas, ciclovias. E agora estamos agindo nas áreas menos urgentes”” assinatura=”Raimundo Oliveira Silva, Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap” esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo o secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, o trabalho ocorre em todas as regiões administrativas. “Estamos fazendo recuperação das áreas públicas danificadas e atuando na erradicação das árvores e recolhimento dos galhos”, afirma. “A gente vê que a população, embora esteja convivendo com transtornos causados pelas intempéries da natureza, reconhece que a resposta do governo esteja vindo com rapidez para trazer conforto e segurança”, pontua. As ações pelo DF envolveram, além da Novacap e do programa GDF Presente, equipes do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), da Companhia Energética de Brasília (CEB) e das administrações regionais. “Estamos com mais de 300 funcionários envolvidos nas ações em toda a cidade. Realizamos os atendimentos emergenciais liberando as vias, calçadas, ciclovias. E agora estamos agindo nas áreas menos urgentes. Também temos equipes fazendo limpeza de galhos caídos e lixos provenientes das operações, além de podas preventivas em todas as regiões administrativas”, explica o chefe do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) da Novacap, Raimundo Oliveira Silva. Na Ponte Honestino Guimarães, as equipes atuaram na desobstrução parcial de árvores caídas na calçada de pedestre | Fotos: Divulgação/Segov Com ventos que atingiram a marca de 90 km/h, 22 árvores foram removidas ou suprimidas com riscos de causar danos maiores. Na Ponte Honestino Guimarães, as equipes da Secretaria de Governo (Segov-DF), em parceria com a administração regional, Novacap e CBMDF, atuaram na desobstrução parcial de árvores caídas na calçada de pedestre do elevado. No Plano Piloto, as ações de conservação continuaram nesta segunda-feira (27). “Nós dividimos os setores da administração para que todos atuem, em parceria com outros órgãos. Além de limpar toda a cidade, removendo o lixo verde, estamos nos esforçando para dar uma visão melhor depois do que aconteceu. As regiões mais atingidas foram a L4, o Setor de Embaixadas e Setor de Clubes Sul. Nesses locais tudo já foi resolvido”, frisa o administrador do Plano Piloto, Valdemar Medeiros. “As regiões mais atingidas foram a L4, o Setor de Embaixadas e o Setor de Clubes Sul. Nesses locais tudo já foi resolvido”, afirmou o administrador do Plano Piloto, Valdemar Medeiros Na região central de Brasília, o GDF dispõe de mais de dez caminhões para atuar nos estragos das chuvas. “Nós fizemos uma vistoria em todos os locais mais graves com o temporal. Em alguns locais precisamos interditar as pistas e vias. Hoje estamos com reforço maior, com 15 caminhões só no Plano Piloto para nos auxiliarem a atuar nas 175 árvores que precisaram da nossa intervenção”, detalha o coordenador do Polo Central III do GDF Presente, Alexandro Cesar. Já no Sol Nascente as ações foram para minimizar os danos causados pelas obras de urbanização realizadas pelo GDF na região. De acordo com o coordenador do Polo Oeste II do programa, Willian Lima da Silva, as equipes atuaram em ações solicitadas pela comunidade. “Não tivemos nenhum transtorno grave com as chuvas, mas estamos atuando com base no que a população pede. Hoje aplicamos RCC [resíduos da construção civil] em uma via que estava interditada por conta de um grande atoleiro”, destaca. Canais diretos Arte: Agência Brasília A semana deve ser de mais tempo fechado e chuvas no Distrito Federal, com possibilidade de ventos fortes em diversas regiões administrativas. Por isso, é importante ficar atento e manter os canais diretos com o GDF sempre disponíveis com facilidade. Ao notar sinais de risco à segurança, a população deve acionar o CBMDF pelo telefone 193. Se houver ameaça de desabamento de estruturas, chame também a Defesa Civil, pelo 199. O órgão envia alertas sobre fortes chuvas por SMS para a população. Para receber, basta enviar o CEP da residência para o número 40199. Já no caso de árvores que representem risco em áreas públicas, a poda dos galhos ou até a remoção da planta podem ser solicitadas ao Departamento de Parques e Jardins, da Novacap, pelo telefone 3403-2626, ou às administrações regionais. Veja o contato e o endereço de cada uma neste site. As administrações regionais também recebem demandas da população em relação à infraestrutura das cidades, como no caso de queda de galhos, entupimento de bueiros e bocas de lobo, e mais. As solicitações também podem ser feitas pela Ouvidoria-Geral do Distrito Federal, neste site, ou ainda pelo telefone 162. Se houver problemas com a rede elétrica, a CEB pode ser chamada pelo número 155 e a concessionária Neoenergia Brasília pelos telefones 3465-9318, que também é WhatsApp, ou 0800-701-0102, opção 116.
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Atenção redobrada com enfeites natalinos para evitar riscos de incêndios
Com a chegada do Natal, brasilienses se movimentam para decorar suas residências com enfeites característicos das festividades de fim de ano. Luzes coloridas, guirlandas e árvores iluminadas fazem parte da tradição natalina, mas é preciso estar atento, pois a má instalação das decorações pode resultar em choques elétricos e até riscos de incêndios residenciais. Para garantir que sua festa ocorra com segurança, a Agência Brasília elenca cuidados recomendados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) durante a instalação da decoração natalina. [Olho texto=”Em caso de incêndio, acione o socorro através do telefone 193, do Corpo de Bombeiros, ou 192, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Segundo os bombeiros, a prevenção deve começar ainda no ato de compra dos enfeites natalinos. No caso das decorações alimentadas por energia elétrica, o recomendado é adquirir apenas os produtos com a devida certificação, especialmente a expedida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). “Hoje, com a facilidade de comprar produtos importados pela internet, é muito comum que os enfeites adquiridos não tenham o certificado. Isso configura um risco, pois a pessoa vai conectar esse aparato na energia de sua residência e nada garante que ele será capaz de suportar a carga da rede elétrica”, explica o major Fábio Bohle, do CBMDF. Segundo os bombeiros, a prevenção deve começar ainda no ato de compra dos enfeites natalinos. No caso das decorações alimentadas por energia elétrica, o recomendado é adquirir apenas os produtos com a devida certificação, especialmente a expedida pelo Inmetro | Foto: Cristiano Costa/Fecomércio-DF O bombeiro destaca que a sobrecarga da rede elétrica está entre os principais fatores que ocasionam os incêndios residenciais. “Muitos desses produtos não têm a durabilidade necessária para suportar a carga elétrica, gerando superaquecimento, que pode se tornar o foco do incêndio”, detalha. [Olho texto=”“Um problema recorrente é a sobrecarga dos multiplicadores de tomada, os chamados filtros de linha e extensões. Procure comprar equipamentos certificados, com a alternativa do fusível de segurança. Verifique, também, sua voltagem e vida útil”” assinatura=”Fábio Bohle, major do CBMDF” esquerda_direita_centro=”esquerda”] No caso das tradicionais luzes natalinas, opte por lâmpadas de LED – além de mais econômicas, elas não aquecem como as antigas lâmpadas incandescentes. Já os produtos para decoração em áreas externas devem ser exclusivos para esses ambientes, uma vez que terão de suportar chuvas e ventos. E, se o produto tiver sido usado em anos anteriores, faça uma inspeção visual antes de conectá-lo à tomada. Outra dica é não ligar muitos dispositivos em uma única tomada. O uso de extensões e filtros de linha pode ser uma solução, mas é fundamental respeitar a capacidade máxima de cada circuito. “Um problema recorrente é a sobrecarga dos multiplicadores de tomada, os chamados filtros de linha e extensões. Procure comprar equipamentos certificados, com a alternativa do fusível de segurança. Verifique, também, sua voltagem e vida útil”, aconselha. Também são recorrentes os atendimentos realizados pelos bombeiros que envolvem incêndios residenciais decorrentes da má utilização de velas. Enfeites comumente associados ao Natal, as velas precisam ser mantidas longe de mobílias e cortinas, por exemplo, já que são materiais de fácil combustão. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Se for utilizá-las, procure colocar dentro de um pote de vidro ou de um copo. Isso evita que a vela caia e a chama possa ter contato com algum material que pode vir a ser um combustível para o incêndio”, pontua Bohle. “Se for sair de casa, nunca deixe velas acesas”, enfatiza o bombeiro. Como proceder Em caso de incêndio, acione o socorro através do telefone 193 (CBMDF) ou 192 (Samu). Ter um extintor por perto pode ajudar a debelar as chamas antes da chegada dos bombeiros. Se a causa do incêndio for elétrica, realize o desligamento do fornecimento de energia. Não tente se aventurar em apagar as chamas; procure um local seguro e aguarde a chegada das equipes do Corpo de Bombeiros.
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