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Creas da Diversidade

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Creas da Diversidade fez 1,3 mil atendimentos contra direitos violados neste ano

O Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) da Diversidade já realizou, de janeiro a junho deste ano, 1.297 atendimentos particularizados, abrangendo 397 famílias, sendo cerca de 80%, de pessoas LGBTQIAPN+. Os dados são do Sistema de Assistência Social (Sids) da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), gestora da unidade. O espaço atende especificamente pessoas que tiveram os direitos violados devido à orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia ou religião. Planejado para atender a diversidade em toda a sua expressão, o Creas da Diversidade é pioneiro no Brasil. O principal critério de atendimento é se a vítima sofreu algum tipo de violação de direito motivada pela questão da diversidade, como violência física, sexual ou psicológica, afastamento do convívio familiar, abandono, negligência, trabalho infantil ou outra violação. Diferentemente do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que trabalha com prevenção, o Creas atua em situações de maior complexidade e gravidade. Caso o titular não esteja em um desses casos, mas vivencie situação de vulnerabilidade socioeconômica, deve agendar atendimento em um Cras mais próximo. O principal critério de atendimento no Creas é se a vítima sofreu algum tipo de violação de direito motivada pela questão da diversidade | Foto: Divulgação/Sedes-DF “A maioria dessas pessoas estão em vulnerabilidade a partir do rompimento do vínculo familiar simplesmente por serem quem são”, pontua a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. São histórias repletas de desafios e o Creas Diversidade acompanha a maioria delas, contribuindo para a superação com inclusão social e visibilidade dessas pessoas”, completou Ana Paula. O Creas da Diversidade está localizado na Quadra 614/615 da L2 Sul, no Plano Piloto, e funciona das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. O atendimento ocorre quando a própria pessoa procura o centro de referência (demanda espontânea) ou por encaminhamento de outros órgãos (Saúde, Justiça, Assistência Social e Conselho Tutelar, por exemplo), também chamado de demanda externa. Nos dois casos, a pessoa é registrada em um sistema interno de atendimento. Depois, é convidada para uma reunião de acolhida coletiva mensal. Nessa acolhida, é explicado o funcionamento da unidade e os serviços e ações oferecidos pelo Creas da Diversidade. Após o encontro coletivo, é feito um agendamento para atendimento individualizado com um especialista em assistência social. Nesse momento, o profissional realiza escuta qualificada para compreender melhor as necessidades do usuário. Caso seja preciso, a vítima é incluída no acompanhamento realizado por meio das ações do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi). Nesse processo, pode ser construído um Plano Individual de Atendimento (PIA), no qual são estabelecidos objetivos e ações tanto para o Creas quanto para o usuário. “É um serviço de extrema importância para a Política de Assistência Social, pois reafirma o princípio constitucional de que todas as pessoas são sujeitos de direitos, independentemente de raça, credo, orientação sexual ou identidade de gênero”, destaca a gerente do Creas Diversidade, Grazielle Blanco. “Nosso trabalho busca desconstruir a ideia equivocada que ainda persiste em nossa sociedade, de transformar diversidade em desigualdade”, complementou.  Entre as principais ações e serviços desenvolvidos no Creas da Diversidade, estão: → Inclusão e garantia dos direitos constitucionais; → Acesso aos serviços e benefícios socioassistenciais, como Cadastro Único, Bolsa Família e benefícios eventuais em razão da vulnerabilidade socioeconômica; → Intermediação para garantia de direitos junto a outras políticas públicas, como saúde, educação e segurança pública; → Atendimento psicossocial individual e em grupo visando o enfrentamento aos crimes de racismo e LGBTfobia; → Demanda por acolhimento institucional; e → Encaminhamento para inclusão no mercado de trabalho. *Com informações da Sedes-DF

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Novo centro de referência vai atender imigrantes em situação de violação de direitos no DF

A Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF) inaugurou, nesta quarta-feira (27), o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) Migrantes, que oferecerá atendimento multilíngue a imigrantes, refugiados e apátridas vítimas de violações de direitos. Desde 2022, a equipe especializada no atendimento a imigrantes atuava em conjunto com o Creas da Diversidade, nas quadras 614/615 da L2 Sul. Agora, o centro de referência possui salas próprias dentro da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), localizada no Edifício Rossi Esplanada Business, ao lado do Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, abrigar o Creas Migrantes no Nuclão da DPDF simboliza a centralidade do direito de acesso à Justiça na agenda de proteção a migrantes, refugiados e apátridas. “A parceria entre o Creas e a DPDF amplia a rede de proteção social, articulando diversos atores públicos e privados para atender de forma mais eficiente as demandas dessa população. A integração de serviços jurídicos e assistenciais sob um mesmo espaço facilita o acesso e otimiza o atendimento, garantindo uma resposta mais ágil e eficaz às necessidades dos usuários, independentemente de sua origem ou condição”, comentou. A nova unidade é o 14º Centro de Referência Especializado de Assistência Social da capital | Foto: Flávio Anastácio/Sedes Este é o 14º Centro de Referência Especializado de Assistência Social da capital, reforçando o compromisso do Governo do Distrito Federal (GDF) com a proteção social de populações em situação de risco e vulnerabilidade socioeconômica. “O Creas Migrantes é fundamental no Distrito Federal, pois, como capital do país, concentra várias embaixadas e recebe muitas pessoas de fora”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “É a primeira unidade pública especializada de assistência social no país a oferecer serviços para imigrantes, refugiados e apátridas”, completa. Atendimento A unidade funcionará das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, oferecendo atendimento socioassistencial e inclusão em programas sociais para imigrantes, refugiados e apátridas vítimas de xenofobia, tráfico de pessoas e dificuldades de integração por questões linguísticas e culturais. Os interessados podem comparecer diretamente na unidade, para orientações, ou ser encaminhados formalmente por diversos órgãos. Diferentemente do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que foca na prevenção, o atendimento nos Creas não é agendado pelo 156 ou site. O público-alvo dessas unidades são pessoas vítimas de violações de direitos, como violência, negligência, abandono familiar, entre outros, sendo necessária uma avaliação do caso. Confira o endereços dos Creas no DF. *Com informações da Sedes

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Creas da Diversidade fez mais de 2,7 mil atendimentos contra direitos violados neste ano

O Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) da Diversidade já realizou, de janeiro a junho deste ano, 2.752 atendimentos. Antes chamado de Núcleo de Atenção à Diversidade Étnico-racial, Sexual e Religiosa, o espaço atende especificamente pessoas que tiveram seus direitos violados devido a orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia ou religião. Isso inclui membros da comunidade LGBTQIA+, povos indígenas, ciganos, indivíduos pretos ou pardos e grupos de diversas religiões, por exemplo. O atendimento no Creas da Diversidade ocorre quando a própria pessoa procura o centro de referência (demanda espontânea) ou por encaminhamento de outros órgãos, chamado de demanda externa | Foto: Divulgação/Sedes Em 2023, foram realizadas 6.088 ações de atendimentos, segundo dados do Sistema de Assistência Social. Um espaço para atender a diversidade em toda a sua expressão, o Creas da Diversidade foi inaugurado em 2013 oferecendo um serviço pioneiro no Distrito Federal. O principal critério de atendimento é se a vítima sofreu algum tipo de violação de direito motivada pela questão da diversidade, como violência física, sexual ou psicológica, afastamento do convívio familiar, abandono, negligência, trabalho infantil ou outra violação. Diferentemente do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que trabalha com prevenção, o Creas atua justamente em situações de maior complexidade e gravidade. Caso o titular não esteja em um desses casos, mas vivencie situação de vulnerabilidade socioeconômica, deve agendar atendimento em um Cras mais próximo. “O Creas da Diversidade representa um importante passo na garantia de direitos de grupos discriminados”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “Ao ofertar esse serviço pioneiro no país, estamos enviando uma mensagem clara de que a diversidade é valorizada, e de que toda forma de expressão e identidade devem ser respeitadas, sobretudo quando houver violação de direitos”, completa. “É um serviço que garante a proteção especializada para questões muito específicas”, finaliza. Atendimento Entre os serviços oferecidos no Creas da Diversidade está atendimento psicossocial individual e em grupo visando o enfrentamento aos crimes de racismo e LGBTfobia O Creas da Diversidade está localizado na Quadra 614/615 da L2 Sul, no Plano Piloto, e funciona das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. O atendimento ocorre da seguinte maneira: quando a própria pessoa procura o centro de referência (demanda espontânea) ou por encaminhamento de outros órgãos (Saúde, Justiça, Assistência Social e Conselho Tutelar, por exemplo), também chamado de demanda externa. Nos dois casos, a pessoa é registrada em uma planilha interna de atendimento. Depois, é convidada para uma reunião de acolhida coletiva mensal. Nessa acolhida, é explicado o funcionamento da unidade e os serviços e ações oferecidos pelo Creas da Diversidade. Após o encontro coletivo, é feito um agendamento para atendimento individualizado com um especialista em assistência social. Nesse momento, o profissional realiza escuta qualificada para compreender melhor as necessidades do usuário. Caso seja preciso, a vítima é incluída no acompanhamento realizado por meio das ações do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi). Nesse processo, pode ser construído um Plano Individual de Atendimento (PIA), no qual são estabelecidos objetivos e ações tanto para o Creas quanto para o usuário. Entre as principais ações e serviços desenvolvidos no Creas da Diversidade, estão: → Inclusão e garantia dos direitos constitucionais; → Acesso aos serviços e benefícios socioassistenciais, como Cadastro Único, Bolsa Família e benefícios eventuais em razão da vulnerabilidade socioeconômica; → Intermediação para garantia de direitos junto a outras políticas públicas, como saúde, educação e segurança pública; → Atendimento psicossocial individual e em grupo visando o enfrentamento aos crimes de racismo e LGBTfobia; → Demanda por acolhimento institucional; e → Encaminhamento para inclusão no mercado de trabalho. “É um serviço pioneiro no Brasil em termos de política pública”, destaca a psicóloga do Creas da Diversidade, Amanda Carvalho Valadares. “Embora haja outras unidades que atuem com a temática da diversidade, sobretudo a diversidade sexual, somos pioneiros justamente por ofertar o serviço como parte da política pública de assistência social”, ressalta. Amanda ainda explicou que o principal público atendido na unidade é aquele da diversidade sexual, composto por pessoas transgênero, transexuais, travestis, gays, lésbicas etc., seguido por comunidades indígenas. Intersetorialidade O Creas da Diversidade atua de forma intersetorial, encaminhando o público atendido para serviços de outros órgãos e instituições, como a Defensoria Pública, a Delegacia de Repressão a Crimes de Discriminação (Decrin), o Adolescentro (atendimento especializado para adolescentes com questões de saúde mental), o Ambulatório Trans, os Centros de Atenção Psicossocial (Caps), universidades e a Agência do Trabalhador. Além disso, o Creas tem parceria com organizações não governamentais, como o coletivo Mães pela Diversidade e a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), além de outras instituições. Por exemplo, se uma pessoa trans precisa retificar seu nome civil — assim como obter assistência jurídica —, ela é encaminhada para o serviço correspondente, com o auxílio do Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública. Caso enfrente alguma questão de saúde mental relacionada à sua identidade de gênero ou orientação sexual, ela pode ser direcionada para os serviços médicos e psicológicos do Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal. Povos indígenas e demais grupos populacionais específicos também recebem encaminhamentos para outras políticas públicas, conforme as demandas apresentadas durante o atendimento socioassistencial. *Com informações da Sedes  

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Rede de apoio garante direitos e acolhimento LGBTQIAP+

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+, celebrado mundialmente nesta sexta-feira (28), não apenas relembra um marco histórico na luta pelos direitos e pela igualdade, mas também destaca o compromisso das autoridades e da sociedade civil na promoção de políticas públicas inclusivas e no combate à discriminação. O Distrito Federal tem se destacado nas últimas décadas como uma das regiões mais avançadas do país no que diz respeito aos direitos da comunidade LGBTQIAP+. Com uma série de políticas públicas voltadas para este público, o GDF tem buscado não só garantir direitos básicos, mas também promover a inclusão e o respeito dessa população. A comunidade LGBTQIAP+ encontra atendimento para cuidar da saúde física e mental em projetos do GDF | Fotos: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília O DF conta com diversas frentes para atender esse público. Uma delas é o Ambulatório Trans – o primeiro da capital a ter sido credenciado no Sistema Único de Saúde (SUS). No local estão disponíveis serviços médicos que vão desde a saúde física até a saúde mental do usuário, como endocrinologia, enfermagem, ginecologia, psicologia, medicina de família, psiquiatria e terapia ocupacional. A iniciativa é uma verdadeira rede de apoio à pessoa que busca a própria identidade de gênero. O espaço mudou a vida de Ruth dos Santos, 29 anos, uma trans que frequenta o Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) há um ano. Nesta semana, ela foi ao espaço para uma consulta psiquiátrica. Ruth dos Santos conta que a vida dela mudou quando começou a ser atendida no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin) há um ano “Eu comecei a ser atendida aqui faz quase um ano. É muito recente para mim, mas eu estou gostando muito. Mudou minha vida no sentido de que a gente se sente mais acolhida; a gente se sente mais pertencente. Eu não esperava que o GDF tivesse esse espaço. Quando eu soube, fiquei muito feliz”, relata Ruth. O ambulatório visa capacitar e sensibilizar os profissionais de saúde para lidar, de forma humanizada, com transexuais e travestis. Atualmente na coordenação do espaço, Sidneia Vasconcelos explica que o atendimento aos usuários é contínuo. A ideia é justamente ter uma equipe de profissionais qualificados para facilitar essa aproximação com pessoas LGBTQIAP+ que estão em condição de risco social, garantindo o acesso a direitos sociais e à rede de proteção. Sidneia Vasconcelos: “Existe uma porta de entrada, mas não existe uma porta de saída para um processo de transição, porque é um processo para a vida toda” “Existe uma porta de entrada, mas não existe uma porta de saída para um processo de transição, porque é um processo para a vida toda. Até por isso as equipes precisam estar especializadas. E a gente caminha junto. O nosso serviço é de acolhimento, cuidado e promoção à saúde desse usuário de forma continuada”, ressalta Sidneia. O espaço também acolhe Maria Luiza da Silva, 63, primeira mulher trans do país a ter ingressado nas Forças Armadas. Usuária do ambulatório, ela conta que o diferencial do atendimento está na especialização dos médicos para lidar com a realidade da comunidade trans. “A gente tem muitos acompanhamentos aqui e que são muito necessários e úteis para a comunidade. Tem uma série de especialidades, e os médicos têm muito carinho pela gente. É um atendimento especializado, com pessoas preparadas para lidar com a nossa realidade”, enfatiza a militar aposentada. Maria Luiza da Silva destaca a qualidade técnica do quadro de especialistas do Ambulatório Trans Atualmente, o Ambulatório Trans atende entre 350 e 400 pessoas por mês. Para ter acesso aos serviços, as pessoas interessadas podem se dirigir à unidade de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h e das 13h às 19h. Serão atendidos no ambulatório os usuários encaminhados pelas unidades básicas de saúde (UBSs), pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade e por busca espontânea. Auxílio social Outro ponto de destaque no acolhimento do GDF à comunidade LGBTQIAP+ é a política oferecida pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) por meio do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade. A unidade atende especificamente pessoas em situação de violação de direitos em razão de orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia ou religiosidade. O espaço, que recebe entre 100 e 150 usuários por mês, disponibiliza apoio psicossocial, jurídico e social, auxiliando na superação de violências, discriminação e violações de direitos, visando garantir o acesso a direitos fundamentais e a inclusão social dessa população. Grazielle da Silva Blanco: “A ação aqui vai nesse sentido, de humanidade, que trabalha com essa questão da prevenção às situações de violência, negligência ou algum tipo de vivência de violência ou violação de direitos” Além disso, o local também auxilia para agilizar a retificação na Certidão de Nascimento do nome e gênero de pessoas trans. Recentemente, a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) lançou uma cartilha com uma série de orientações às pessoas trans sobre o processo de retificação de nome e gênero. Segundo a coordenadora do Creas Diversidade, Grazielle da Silva Blanco, atualmente, a maior demanda é por atendimentos ao público LGBTQIAP+. “São demandas relacionadas a algum tipo de situação que eles vivenciaram, então são demandas relacionadas a justiça, saúde, vulnerabilidade socioeconômica. A ação feita aqui vai nesse sentido, de humanidade, que trabalha com essa questão da prevenção às situações de violência, negligência ou algum tipo de vivência de violência ou violação de direitos”, detalha. Por dois anos, Rubi Martins, uma mulher trans de 36 anos, foi atendida no Creas. Ela conta que o acolhimento feito no espaço foi essencial. A partir do atendimento, ela se integrou aos movimentos sociais, e sua vida deu uma “guinada”, conta. A vida de Rubi Martins deu uma guinada após atendimento no Creas Diversidade “Eu sempre falo para as pessoas que é preciso aproveitar as oportunidades que a vida proporciona. O serviço do Creas está aí e é feito com o maior carinho. A gente, por outro lado, também precisa fazer a nossa parte. A gente tem que querer, porque não é fácil. A gente cresce aqui para estender e apontar caminho para os outros”, destaca. Qualificação profissional Quando o assunto é qualificação profissional, a comunidade LGBTQIAP+ também tem a oportunidade de se candidatar a vagas gratuitas para cursos do programa RenovaDF. O objetivo é aprimorar o conhecimento de trabalhadores como carpinteiros, jardineiros, eletricistas, encanadores, serralheiros e pedreiros. Hellen Gabrielle Cunha, 31, é aluna do RenovaDF. Ela lembra que, por muito tempo, viu espaço em ambientes profissionais por ser uma mulher trans. “Vim representar a mim mesma, sair das margens e arrumar um emprego, quebrar barreiras e mostrar para a sociedade que a gente pode ocupar vagas de emprego também. Temos que sair e colocar a cara a tapa para que deixem de ter uma visão equivocada de nós”, relata. “Eu me sinto muito feliz porque é bom demais sair da margem de situação de rua e o RenovaDF vem transformando essa realidade” Fernanda Gaspar, aluna do RenovaDF “É muito importante o apoio do GDF para nós. Eu me sinto muito feliz porque é bom demais sair da margem de situação de rua, e o RenovaDF vem transformando essa realidade”, complementa Fernanda Gaspar, 49, também aluna do programa. Os cursos do projeto têm duração de 240 horas, divididas em três etapas de 80 horas, com quatro horas diárias de atividades. Os alunos recebem auxílio pecuniário equivalente a um salário mínimo após a conclusão de cada 80 horas, auxílio-transporte, seguro contra acidentes pessoais e certificado. Além do programa de qualificação profissional, o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), está promovendo o projeto Empreendedor LGBT, criado para apoiar e dar visibilidade a empreendedores ligados à causa LGBTQIAP+, até 10 de julho. De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, quem passa pelo local pode conferir os trabalhos e os produtos expostos nas passagens subterrâneas da Galeria dos Estados que conectam o Setor Comercial Sul (SCS) ao Setor Bancário Sul (SBS).

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Equipe socioassistencial atendeu 910 famílias imigrantes em situação de risco no DF

Em 25 de junho é comemorado o Dia do Imigrante. Criada em 1957 pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a data instituída no Brasil celebra a importância de incluir, respeitar e homenagear pessoas vindas de outros países. Quem migra de determinado território para outro país enfrenta diariamente desafios inimagináveis ao buscar uma vida melhor em terras estrangeiras. A luta pela integração, a barreira do idioma, a adaptação a novas culturas e a busca por oportunidades são apenas alguns dos obstáculos. Em determinadas situações, a luta é para superar possíveis violações de direitos. A Secretaria de Desenvolvimento Social do DF (Sedes) tem uma equipe especializada para garantir direitos a imigrantes, refugiados e apátridas. O serviço funciona dentro do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade, localizado na Quadra 614/615 Sul. A equipe do Creas da Diversidade, na 614/615 Sul, está preparada para atuar em defesa de imigrantes, refugiados e apátridas | Foto: Renato Raphael/Sedes A equipe atua em casos de risco social e violações de direitos em virtude de xenofobia; isolamento social e dificuldades de integração comunitária; barreiras linguísticas e culturais; vítimas de tráfico internacional de pessoas ou trabalho análogo à escravidão; crianças e adolescentes desacompanhados ou separados do representante legal; violação de direitos étnico-raciais e culturais (direito à religião, direito ao território, entre outros). Desde 2022, pelo menos 910 famílias imigrantes já foram atendidas pela equipe, sendo a maioria da Venezuela. “O atendimento a imigrantes pela rede de proteção socioassistencial pública no Distrito Federal é uma iniciativa pioneira”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. “A equipe é capacitada para garantir que essas pessoas tenham acesso à assistência necessária para superar as dificuldades e reconstruir as vidas de maneira digna e segura”, completou a secretária. Atendimento “A equipe é capacitada para garantir que essas pessoas tenham acesso à assistência necessária para superar as dificuldades e reconstruir as vidas de maneira digna e segura” Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social O atendimento é feito de duas formas: o cidadão estrangeiro pode comparecer diretamente no Creas Diversidade (demanda espontânea), ou por encaminhamento formalizado de outros órgãos da Sedes. Na primeira situação, de demanda espontânea, o imigrante/refugiado/apátrida é recebido com atendimento em espanhol, inglês, francês ou português. Após uma breve acolhida para compreender a situação, é aplicado um questionário para identificar outras questões. Se o caso não for urgente, a família é convidada a participar da acolhida coletiva, que ocorre a cada 15 dias para pessoas que se comunicam em espanhol, o maior público atendido. Durante o atendimento, são repassadas orientações, como regularização migratória, direitos dos migrantes no Brasil, acesso à educação e cursos de português, acesso à saúde, acesso ao trabalho, entre outros. Já os casos de urgência, como solicitação de acolhimento institucional e passagem, são prontamente atendidos conforme a demanda. Na segunda situação, de encaminhamentos, os casos são monitorados semanalmente e atendidos pela equipe. Há o contato com a família para agendar atendimento e identificar a demanda. Os imigrantes, refugiados e apátridas têm direitos semelhantes aos dos brasileiros. Assim, todos os benefícios eventuais (auxílio-natalidade, vulnerabilidade, calamidade pública e auxílio por morte) ofertados à população brasileira também devem ser ofertados aos migrantes internacionais. Isso ainda abrange a inclusão em benefícios, programas, projetos e serviços socioassistenciais, bem como o encaminhamento para outras políticas públicas. Parcerias A Sedes está em contato constante com organizações internacionais, como a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM), na formulação de programas e projetos para atender a população migrante refugiada. A pasta também firmou parcerias com organizações não governamentais específicas, como o Instituto de Migrações e Direitos Humanos (IMDH) e a Casa Bom Samaritano. No âmbito federal, as articulações ocorrem junto ao Departamento de Migrações da Secretaria Nacional de Justiça, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Creas Diferentemente do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que trabalha com prevenção, o Creas atua quando as pessoas ou famílias já tiveram os direitos violados. A unidade oferece acompanhamento especializado com técnicos em assistência social, assistentes sociais, psicólogos e pedagogos por meio de escuta qualificada, atendimento emergencial e continuado, além de oferecer os benefícios eventuais e serviços também executados pelos Cras. Além de migrantes internacionais, o equipamento atua no enfrentamento à violação de direitos de grupos específicos, como crianças, adolescentes, mulheres, idosos, pessoas com deficiência e população em situação de rua. Veja aqui os endereços dos Creas do DF. Relação de famílias atendidas por nacionalidade Venezuela – 602 Cuba – 55 Haiti – 43 Colômbia – 26 Afeganistão – 24 Peru – 20 Argentina – 16 Gana – 10 Rússia – 8 Benim – 7 Congo – 7 Guiné-Bissau – 7 Marrocos – 7 Senegal – 6 Angola – 5 Paquistão – 4 Síria – 4 Índia – 4 Bangladesh – 3 Bolívia – 3 Brasil – 3 China – 3 Nigéria – 3 República Democrática do Congo – 3 Ucrânia – 3 Camarões – 2 Chile – 2 Espanha – 2 Guiana – 2 México – 2 Moçambique – 2 Quênia – 2 República Dominicana – 2 África do Sul – 1 Cazaquistão – 1 Colômbia – 1 Costa do Marfim – 1 Egito – 1 Equador – 1 Estado da Palestina – 1 França – 1 Guiné – 1 Iraque – 1 Jordânia – 1 Libéria – 1 Portugal – 1 El Salvador – 1 Sudão – 1 Togo – 1 Tunísia – 1 Uruguai – 1 Total: 910 famílias *Com informações da Sedes

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Creas divulga serviços para fortalecer rede de atendimento a pessoas trans

O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) da Diversidade promoveu, nesta terça-feira (30), um evento em alusão ao Dia da Visibilidade Trans, celebrado em 29 de janeiro. O encontro teve como objetivo apresentar os serviços públicos que são oferecidos a essa população, além de fortalecer a articulação da rede de atendimento para travestis, transexuais e transgêneros no Distrito Federal. [Olho texto=”“O Dia da Visibilidade Trans foi criado para isso, para dar visibilidade a uma população que sempre foi tão invisibilizada, que sofre violações de direitos. É um dia de celebrar, mas é também um dia de luta e de avaliação para planejar políticas públicas efetivas para atender e acolher essa população”” assinatura=”Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Foram convidados usuários da unidade e representantes dos órgãos e instituições que compõem essa rede. Cerca de 50 pessoas participaram do bate-papo. “É uma reativação de serviços de pessoas que trabalham com essa questão da diversidade. Nós estamos aqui há mais de dez anos como Creas da Diversidade e ainda hoje há pessoas que desconhecem o nosso serviço. Os usuários precisam ter conhecimento de toda a rede. Estamos falando de várias políticas públicas e organizações da sociedade civil. Esse trabalho de politização na unidade nós sempre fizemos para que as pessoas conheçam todos os serviços”, explicou a gerente substituta do Creas da Diversidade, Maria Alice Saad. Servidora pública e mulher trans Rubi Martins: “O papel do Creas, além do social, é de orientação, de empoderar as pessoas para que elas conheçam e lutem pelos seus direitos” | Foto: Cynthia Ribeiro/Sedes Quem fez questão de participar do encontro desta terça e compartilhar um pouco da sua experiência com os participantes foi a servidora pública Rubi Martins, 36 anos. “O fato de termos um Creas da Diversidade em Brasília é um privilégio em relação a outros estados que não têm essa importante política pública. O papel do Creas, além do social, é de orientação, é de empoderar as pessoas para que elas conheçam e lutem pelos seus direitos”, reiterou. Rubi é mulher trans e começou a ser atendida pelo Creas da Diversidade em 2015. Com o apoio da unidade, ela atuou na equipe de abordagem social no atendimento à população em situação de rua. Hoje, trabalha no governo federal e é estudante de serviço social. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] “Já fui usuária do Creas há muitos anos. O Creas me abriu portas para o mercado de trabalho, me ensinou a correr atrás dos meus objetivos. Então, eu sou a prova viva de que o Creas da Diversidade muda histórias, muda vidas. Foi um divisor de águas. O Creas da Diversidade me deu as ferramentas para que pudesse conquistar meu futuro e meu destino”, comemorou Rubi. Gerenciado pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF), o Creas da Diversidade foi criado para atender pessoas em situação de violência e discriminação por orientação sexual, identidade de gênero, raça, etnia ou religiosidade. A unidade fica localizada na 614/615 Sul e atende pelos telefones 3773-7498 e 3773-7499. “O Dia da Visibilidade Trans foi criado para isso, para dar visibilidade a uma população que sempre foi tão invisibilizada, que sofre violações de direitos. É um dia de celebrar, mas é também um dia de luta e de avaliação para planejar políticas públicas efetivas para atender e acolher essa população”, ressaltou a secretária de Desenvolvimento Social, Ana Paula Marra. *Com informações da Sedes-DF

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