Ambulatório oferece apoio psicológico a funcionários do HCB
Os funcionários do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) têm acesso a escuta qualificada, que objetiva promover a qualidade de vida e preservar a saúde mental das equipes. O espaço Cuidando do Cuidador, como é chamado esse ambulatório voltado à equipe, oferece atendimento individual e em grupo, podendo ser demandado tanto pelos próprios funcionários como pela liderança da assistência, se assim identificar a necessidade. Ambulatório oferece apoio psicológico aos profissionais do HCB, que lidam com o impacto das ocorrências do ambiente hospitalar | Foto: Divulgação/HCB O HCB, compreendendo a importância da integralidade da saúde psicológica para um bom ambiente de trabalho, criou esse atendimento, que foi incorporado em 2019. São disponibilizadas duas psicólogas em turnos opostos. Desde médicos pediatras, enfermeiros e outros profissionais da equipe assistencial até estagiários e funcionários das áreas administrativas podem solicitar acolhimento psicológico. [Olho texto=”“Não precisa estar mal para procurar um psicólogo. Não precisa ter sintomas alarmantes, como taquicardia, para olhar para você. Todo tempo é tempo de falar sobre saúde mental”” assinatura=”Marina Monteiro, psicóloga clínica do trabalho” esquerda_direita_centro=”esquerda”] Segundo Marina Monteiro, psicóloga clínica do trabalho, ter um ambiente de trabalho acolhedor tem inúmeros benefícios. “É uma forma de impulsionar o trabalhador a usar a criatividade dele para transformar o sofrimento em soluções no trabalho e na qualidade de vida dele”, diz Marina. Ela entende que o suporte emocional entre os pares, no trabalho, ajuda a fortalecer o trabalho em equipe e a criação de soluções em conjunto. A psicóloga comenta que muitas pessoas têm resistência a procurar um atendimento especializado. Com isso, a disponibilidade do serviço no hospital faz com que elas ampliem a consciência e olhem para si mesmas como alguém que também precisa de cuidado. “Não precisa estar mal para procurar um psicólogo. Não precisa ter sintomas alarmantes, como taquicardia, para olhar para você. Todo tempo é tempo de falar sobre saúde mental”, complementa Monteiro. O Cuidado com o Cuidador leva em conta, também, o impacto das ocorrências dentro do ambiente hospitalar como algo que pode afetar, por consequência, a equipe que cuida diretamente das crianças internadas. Na UTI, a gerente da Linha de Cuidado Paciente Crítico, Jéssica Lima, aciona o atendimento da Psicologia do Trabalho desde setembro de 2021 para terapias em grupo, em que a equipe consegue trabalhar em conjunto situações que afetam esses profissionais no exercício da sua profissão. “Quando tem um caso muito sensível, onde a criança chega grave, com um prognóstico ruim, isso impacta muito, porque a equipe fica sensibilizada”, explica a gerente. Ela diz ter percebido que os profissionais da assistência passaram a se sentir mais confortáveis em procurar por ajuda das psicólogas para desabafar ou conseguir lidar melhor com as próprias questões. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] A diretora de Recursos Humanos, Vanderli Frare, explica que o ambulatório surgiu a partir de uma análise da medicina de trabalho, onde foi notado que alguns funcionários também passavam por questões de saúde não relativas a doenças físicas. No HCB, os funcionários são orientados a procurar um acompanhamento psiquiátrico, se necessário for, mas o acompanhamento segue no ambulatório do hospital. “Nós temos setores que, pela natureza das atividades do próprio trabalho, exigem muito mais emocionalmente. É o caso de uma UTI de crianças, por exemplo, que têm complexidades graves. Suprimir reações emocionais se torna parte da rotina e o acúmulo dessas reações reprimidas, a falta da autopercepção e do cuidado podem gerar um adoecimento profissional”, pontua a diretora. “Nós prezamos pela humanização, não só dos nossos pacientes e acompanhantes, mas também em relação aos nossos funcionários”, afirma Vanderli. *Com informações do HCB
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Projeto melhora a saúde e o relacionamento entre servidores
Foto: Secretaria de Saúde / Divulgação O projeto Cuidando do Cuidador, da UBS 1 do Riacho Fundo II, nasceu para atender às necessidades físicas e mentais dos servidores da unidade. Com eixos temáticos, os próprios servidores do local elaboraram uma série de atividades semanais para incentivar, cuidar e tratar dos colegas de trabalho. As ações vão desde a automassagem até desafios motivacionais. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O objetivo é promover um espaço de cuidado físico e mental contínuo para melhorar o clima organizacional na unidade. O secretário de Saúde, Francisco Araújo, alerta que “em tempo de pandemia com a que estamos enfrentando no momento, temos que redobrar os cuidados com os profissionais de saúde e incentivar ações com as que são realizadas pelo Cuidando do Cuidador”. Segundo ele, não se pode esquecer que esses profissionais estão na linha de frente do combate à Covid-19 – portanto, “estão sob riscos e trabalhando num ritmo estressante”. A programação que acontecia de forma experimental veio para ficar. Em maio, passou a fazer parte do cronograma permanente de ações que acontecem na unidade. Em horários diferenciados, de duas a três vezes na semana, o servidor pode escolher a atividade, a temática e o horário que melhor cabe no seu fluxo de trabalho. Terapeuta ocupacional, Larissa Mazépas traz principalmente ações focadas na Terapia Cognitiva Comportamental. A prática busca, sobretudo, mudar o comportamento da pessoa a partir de ações práticas. “As atividades que buscamos tem o objetivo de melhorar o comportamento e atitude do servidor em diversos aspectos. O principal é a forma como ele se relaciona e como vive o ambiente de trabalho, pois impacta diretamente os seus colegas, pacientes e família”, esclarece a terapeuta. Mazépas reforça que “se ele absorve tudo que vive, a tendência é ter relacionamentos ruins tanto no trabalho quanto em casa”. “Ou até mesmo, se não sabe lidar assertivamente com situações de conflito, acaba por absorver e levar esse sentimento ruim para casa, afetando seus familiares”, conclui Larissa. Ao chegar à unidade, é possível ver ações por toda parte. Como o quadro “Bom Dia!”, em que as pessoas podem escrever algo e ainda a parede do elogio. Ela funciona com vários posts com qualidades escritas e cada servidor é desafiado a pegar um e entregar a outro colega de trabalho. Mazépas afirma que, infelizmente, a tendência costuma ser a de reforçar defeitos dos colegas e dar sempre uma opinião ruim. “Queremos buscar uma rede do bem que saiba dar uma opinião sem machucar, falando de forma assertiva. A comunicação violenta traz abismos e só cria distanciamento da equipe”, acrescentou. Todas as atividades são de participação voluntária e realizadas na própria unidade. Confira o cronograma da unidade com as atividades para o mês de maio. * Com informações da Secretaria de Saúde
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