Rede pública de ensino aposta em diferentes iniciativas para combater o bullying
Desde 2016, o 7 de abril é marcado como Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola — data escolhida em alusão ao massacre de Realengo, no Rio de Janeiro. Visto como prioritário pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), o enfrentamento a esse problema é o objeto de diversas ações e programas desenvolvidos pela pasta. Neste mês, quatro escolas da rede pública receberão o espetáculo Hora da Saída, que trata do bullying, e poderão participar de bate-papo sobre o tema com profissionais | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Entre as iniciativas, está a promoção de cursos de formação para os professores. “No ano passado, em parceria com a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos, com o Batalhão de Policiamento Escolar e com a Secretaria de Segurança Pública, fizemos oficinas e chegamos a capacitar 5 mil profissionais para trabalhar a questão do bullying”, lembra Ana Beatriz Goldstein, chefe da Assessoria Especial de Cultura de Paz da SEEDF. “Depois da pandemia, a gente começou a perceber que os casos de violência nas escolas eclodiram. Os jovens estavam confinados e ficaram muito expostos às redes, que são um inimigo invisível. Por isso, houve essa intensificação do trabalho de cultura pela paz” Ana Beatriz Goldstein, chefe da Assessoria Especial de Cultura de Paz da SEEDF Em relação aos estudantes, as ações variam de escola para escola. Uma iniciativa de sucesso, que inclusive foi destacada em uma transmissão ao vivo nesta segunda-feira (7), é o programa desenvolvido no Centro de Ensino Médio 01 do Guará, que valoriza o protagonismo dos próprios jovens, estimulando a escuta ativa. “Muitas vezes, o aluno prefere falar com um colega do que com um profissional”, pontua Ana Beatriz. Esse e outros projetos foram compilados em um livro lançado pela Secretaria com práticas exitosas contra o bullying. Mas há uma ação voltada aos alunos que integra diferentes unidades. É o programa NaMoral, desenvolvido em parceria com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e que acaba de ser aprovado, por unanimidade, na Câmara Legislativa para virar a Política Distrital de Educação para a Integridade. Na prática, o projeto deixa de ser aplicado apenas nas escolas que se voluntariaram a recebê-lo e passa a ser levado a todos os colégios, públicos e particulares. Projeto NaMoral leva às escolas públicas do Distrito Federal vivências de integridade | Fotos: Mary Leal/SEEDF “Ele vira um programa de governo, sobre a educação para a integridade. E o objetivo é trabalhar esses valores com os estudantes, porque, antes, o bullying terminava na escola, mas, agora, ele te acompanha nas redes sociais. E a gente está trabalhando isso com os alunos, para eles verem que bullying não é brincadeira. É crime”, enfatiza a chefe da Assessoria Especial. “Depois da pandemia, a gente começou a perceber que os casos de violência nas escolas eclodiram. Os jovens estavam confinados e ficaram muito expostos às redes, que são um inimigo invisível. Por isso, houve essa intensificação do trabalho de cultura pela paz”, acrescenta. Espetáculo Ao longo do mês marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Bullying, quatro escolas da rede pública receberão o espetáculo Hora da Saída, que aborda o tema. Além da apresentação, também haverá um bate-papo com profissionais e a entrega de uma cartilha informativa. “Falar de bullying por meio do teatro é importante pelo caráter pedagógico da linguagem. Diferente de os alunos ouvirem um adulto explicando sobre o tema, eles se veem em cena por meio das personagens que soam como tendo idades aproximadas às deles e estão vivenciando situações que eles próprios lidam no cotidiano”, explica a idealizadora do projeto, Lucianna Mauren. Segundo Lucianna, a ideia do espetáculo surgiu a partir de sua experiência em sala de aula. “O que me permitiu também assistir a essa violência, que quando ganha nome pode ser debatida, trabalhada e esclarecida junto não só aos alunos, mas também ao corpo docente que muitas vezes se perde imerso no cotidiano dessa prática criminosa”, aponta. “O projeto funciona, então, como um espaço de identificação por parte dos alunos e de acolhimento das suas dores. No bate-papo, eles dão depoimentos pessoais, se posicionam e entendem a questão de forma autônoma, não mais com alguém os explicando, mas eles por meio da vivência ali chegam às suas próprias conclusões”, arremata. Confira o cronograma de apresentações do Hora da Saída: → 24 e 25/4 (à tarde) – CEF 104 da Asa Norte → 28 e 29/4 (à tarde) – CED Gesner Teixeira do Gama → 30/4 (manhã e tarde) – CEF 01 do Guará → 5/5 (manhã e tarde) – CEF Queima Lençol Fercal/Sobradinho
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Educação participa do 3º Seminário de Segurança Pública Escolar
A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) participou, nesta quarta (2) e quinta-feira (3), do 3º Seminário de Segurança Pública Escolar, realizado no auditório do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O tema de combate à violência nas escolas vem sendo amplamente discutido com o intuito de criar estratégias imediatas e eficazes na redução dos índices de conflito escolar. Para esse desafio, a SEEDF atua em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e com o MPDFT. O evento reuniu profissionais da educação e da segurança pública para dialogar sobre os desafios e as soluções para garantir a segurança dentro das instituições educacionais, fortalecendo a cooperação entre escolas, forças de segurança e comunidade. O seminário contou com a presença da chefe da Assessoria de Cultura de Paz da SEEDF, Ana Beatriz Goldstein, além do secretário-executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, a Comandante do Batalhão de Policiamento Escolar do DF, Renata Cardoso, o Procurador de Justiça, Nísio Tostes Filho, entre muitas outras autoridades. A chefe da Assessoria de Cultura da Paz da SEEDF, Ana Beatriz Goldstein, agradeceu à parceria com a Polícia Militar nas escolas | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF Ana Beatriz Goldstein ressaltou estar orgulhosa, pois a Secretaria de Educação está presente desde o 1º Seminário de Segurança Pública Escolar. Ela destaca essa parceria. “As forças de segurança e a Secretaria de Educação estão trabalhando de uma forma tão integrada e parceira. Vocês trazem essa tranquilidade, essa cultura de paz para dentro das nossas escolas”. Ela reforça que é necessário ter um ambiente saudável e tranquilo, para que os estudantes possam focar no processo de ensino-aprendizagem. “Se você tem um ambiente tumultuado, obviamente, terá problemas nessa questão da aprendizagem. Eu entendo o Batalhão de Policiamento Escolar como um grande parceiro das escolas. Devemos encará-lo como educadores parceiros que auxiliam na mediação de conflito”. A programação dos dois dias contou com palestras sobre o Programa Guardião Escolar, saúde mental no ambiente escolar, ataques de violência extrema às escolas no Brasil: mapeamento, fatores associados e caminhos de prevenção e enfrentamento, além da cultura de paz nas escolas. Parceria com o Batalhão O Batalhão de Policiamento Escolar (BPESC) também listou em quais casos deve ser acionado. São eles: situações de risco à segurança da comunidade escolar; no cometimento ou na iminência de ocorrência de crime ou contravenção penal nas escolas ou em seu perímetro; na presença de pessoas com atitudes suspeitas nas imediações das escolas; na suspeita de uso ou tráfico de drogas; para a realização de operações preventivas nas escolas; e em caso de ameaça à escola, aluno ou estudante. Para entrar em contato, basta ligar no (61) 3190-3717. A diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante da SEEDF, Larisse Cavalcante, abordou a importância de cuidar da saúde mental dos estudantes A tenente-coronel Renata Cardoso, atual comandante do Batalhão de Policiamento Escolar do DF, foi uma das palestrantes. Ela trouxe dados importantes como a criação do 1º Batalhão de Policiamento Escolar do Brasil, no Distrito Federal, em 1.988, por meio do Decreto nº 11.958. “Exatamente hoje estou completando 28 anos de serviço. Posso dizer que tive a oportunidade de viver os dois melhores anos da minha vida aqui à frente do Batalhão de Policiamento Escolar. Uma unidade que eu tive a oportunidade de servir em 2003 como tenente e retornei 20 anos depois como tenente-coronel”. Saúde mental Outra palestrante foi a diretora de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante da SEEDF, Larisse Cavalcante. Ela destacou como um trabalho de saúde mental é essencial na vida do estudante. “É muito importante que a pauta de saúde mental seja discutida quando se fala em situações de violência, de enfrentamento ou situações de crise dentro da escola. Muitas vezes quando entramos nas escolas numa situação crítica, com a comunidade escolar muito abalada, nós vemos que esse debate é muito importante de ser realizado no ambiente escolar, até para prevenir outras situações de violência ou de ataques”, disse. O Seminário também indicou ações do papel da família na vida escolar do estudante: participar dos eventos da escola, da rotina escolar e da vida social de seu filho; conhecer os amigos de seu filho e os ambientes que ele frequente; perguntar a origem de qualquer objeto estranho que seu filho trouxer para a casa; sempre que possível, acompanhar as crianças até a entrada da escola; acompanhar as redes sociais de seu filho; e verificar diariamente a mochila de seu filho. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Espaço Conciliar registra aumento de mais de 600% em acordos nos últimos dois anos
O Espaço Conciliar, parceria entre a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), registrou aumento de 662,28% em acordos, nos últimos dois anos. Segundo levantamento realizado pela Subsecretaria de Mediação e Cultura de Paz da DPDF, entre dezembro de 2022 e novembro de 2023, foram contabilizados 3.356 acordos. De dezembro de 2023 a novembro de 2024, foram registrados 25.586. Já as petições iniciais tiveram recuo de 6,87%, sendo contabilizadas 39.420, no primeiro período, e 36.712, no segundo. Ainda de acordo com o balanço, foram registrados 774.592 atendimentos, de dezembro de 2022 e novembro de 2023, e 850.140, de dezembro de 2023 a novembro de 2024, totalizando um acréscimo de 3,44%. O total de processos recebidos registrou aumento de 30,62%, sendo 660.754, no primeiro período, e 863.056, no segundo. O local foi criado com o intuito de permitir mediações pré-processuais à população do DF, especialmente à população hipossuficiente, de forma a proporcionar solução menos burocrática e mais célere para revolucionar o atendimento jurisdicional | Foto: Divulgação/DPDF Para o defensor público-geral, Celestino Chupel, os dados reforçam que o Espaço Conciliar consolidou-se como ferramenta essencial para a solução consensual de conflitos, refletindo a eficácia da iniciativa em garantir que cidadãos em situação de vulnerabilidade tenham acesso a alternativa mais rápida, eficiente e menos burocrática para resolver suas demandas jurídicas. “Com esse aumento nos números dos acordos, a instituição reafirma seu compromisso com a promoção do acesso à Justiça e da pacificação social, fortalecendo a cultura da conciliação como um meio eficaz de garantir direitos e resolver conflitos de forma humanizada”, afirmou. A Subsecretária de Mediação e Cultura de Paz da DPDF, Lídia Nunes, destaca que o avanço demonstra a importância do investimento em métodos alternativos de solução de disputas, beneficiando tanto os assistidos quanto o próprio sistema de Justiça. “A conciliação desempenha papel fundamental na desjudicialização dos conflitos, reduzindo o número de processos no sistema Judiciário e proporcionando soluções mais ágeis. Além disso, o Espaço Conciliar contribui para a construção de um ambiente de diálogo e entendimento mútuo, minimizando desgastes emocionais para as partes envolvidas”, pontuou. Espaço Conciliar O Espaço Conciliar revolucionou o atendimento jurisdicional e a cultura de paz e mediação com magistrados, promotores e defensores públicos juntos. Por meio dele, foram organizados fluxos para inovar a entrega jurisdicional e agilizar o atendimento, com vistas a desburocratizar a entrega de documentos e aumentar a satisfação dos cidadãos. A iniciativa possibilita que as equipes das instituições, a partir de triagem apropriada, identifiquem a viabilidade de resolução das questões sem interposição de ação judicial e as solucionem por meio da realização de sessão de mediação ou conciliação “in loco” e gratuita, conduzida por colaboradores capacitados, com posterior homologação de sentença por magistrado exclusivo do projeto. O local foi criado com o intuito de permitir mediações pré-processuais à população do DF, especialmente à população hipossuficiente, de forma a proporcionar solução menos burocrática e mais célere para revolucionar o atendimento jurisdicional. O espaço oferece serviços de mediação, conciliação, exames de DNA, pedidos de creche pública, ações na área de Fazenda Pública, ações da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab), ações de família e cíveis, serviços gratuitos de transporte público em parceria com o BRB Mobilidade e a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob), entre outras. Além disso, as universidades jurídicas, que fazem parte do programa de interação acadêmica da Escola de Assistência Jurídica da DPDF (Easjur/DPDF), estão presentes no local. *Com informações da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF)
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Projeto Construindo a Cultura de Paz chega ao CEF Queima Lençol para transformar o ambiente escolar
Nesta sexta-feira (21), o Centro de Ensino Fundamental (CEF) Queima Lençol, no Setor Habitacional Fercal, recebeu o projeto Construindo a Cultura de Paz. Com um investimento de R$ 400 mil, a iniciativa das educadoras Débora Carreira e Lair França é executada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) em parceria com o Instituto Latinoamerica, oferece oficinas, palestras e distribuição de livros para fortalecer o respeito e a convivência harmoniosa entre estudantes e educadores. A escola é a primeira a receber a ação, que também será levada a outras três escolas públicas do DF. “Queremos tirar a ideia de que cultura de paz é algo utópico e mostrar que, na verdade, é uma necessidade para a sobrevivência humana”, diz uma das coordenadoras do projeto, Débora Carreira (ao centro) | Fotos: Lúcio Bernardo Jr./ Agência Brasília O projeto atenderá estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental I, com o objetivo de construir uma cultura de paz e prevenção ao bullying. “Queremos mostrar a educadores e estudantes que, por meio da arte, da cultura e da música, podemos ressignificar o espaço escolar e fortalecer a cultura de paz diariamente”, explica uma das idealizadoras do projeto, Débora Carreira. Ela destaca que o projeto surgiu com a intenção de alcançar a rede pública, especialmente diante do aumento dos episódios de violência escolar nos últimos anos. Os alunos tiveram oficinas dinâmicas e interativas, com contação de histórias, atividades musicais e até uma oficina especial chamada “Rap da Paz”. O foco, segundo Débora, é proporcionar experiências prazerosas para que o conceito de cultura de paz se torne algo concreto, prático e essencial para a convivência diária. “Queremos tirar a ideia de que cultura de paz é algo utópico e mostrar que, na verdade, é uma necessidade para a sobrevivência humana”, finaliza. “O foco é desenvolver a comunicação não violenta como ferramenta para a resolução de conflitos e a construção de um ambiente escolar mais respeitoso e inclusivo”, diz o vice-diretor da CEF Queima Lençol, Marc Araújo (à direita) Segundo o vice-diretor da CEF Queima Lençol, Marc Araújo, na Secretaria de Educação, há um grande desafio em atender os alunos do ensino fundamental, especialmente do 6º ao 9º anos. Muitos projetos não chegam a essa faixa etária, mas é essencial que esses estudantes ingressem no ensino médio com mais maturidade para lidar com os desafios da adolescência. Ele ressalta que a violência muitas vezes é vista como algo natural nessa fase, mas o objetivo é mostrar que existem outras formas de expressão e resolução de conflitos sem recorrer à agressão. “O projeto traz uma abordagem antibullying e antirracista, ensinando os alunos a lidarem com problemas por meio do diálogo, e não da agressão ou do confronto. O foco é desenvolver a comunicação não violenta como ferramenta para a resolução de conflitos e a construção de um ambiente escolar mais respeitoso e inclusivo”, pontua Marc. Maria Clara Tavares acredita que ações como esse projeto possam ajudar alunos a refletir e a mudar comportamentos Para a estudante Maria Clara Tavares, de 12 anos, esse tipo de ação faz com que se sinta segura no ambiente escolar. “Muitas vezes sofremos por causa da aparência, seja por obesidade ou por sermos muito magrinhos. Acho que essa ação faz com que os alunos reflitam e parem de agir dessa forma”, afirma. Ela ainda ressalta que a iniciativa pode tornar os alunos mais empáticos, o que faz diferença no dia a dia. Brayan da Silva, de 11 anos, já percebe que a prática do bullying é algo prejudicial, pois pode levar a pessoa à depressão e a pensamentos negativos. Ele conta que, após as oficinas, a convivência tem melhorado e os colegas estão mais tranquilos e se ajudando mais, principalmente nos deveres. Quando há algum problema, em vez de brigar, eles buscam ajuda na direção da escola, o que demonstra mais união e respeito entre todos. No lançamento do projeto, houve diversos momentos simbólicos, como a entrega da Flâmula da Paz, que simboliza o compromisso da escola com a construção de um ambiente pacífico; a execução da canção Paz pela Paz; o plantio da Árvore da Paz e abraço coletivo, todos com o objetivo de criar um espaço de pertencimento e fortalecer a cultura de paz. Para tornar o projeto ainda mais lúdico, foi apresentado o mascote Pazito, o passarinho da palavra. Confira as próximas escolas que receberão as atividades do projeto: → 28 de março: Escola Classe Vicente Pires → 4 de abril: Escola Classe 10 de Sobradinho → 11 de abril: Escola Classe Riacho Fundo
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Professores participam de oficinas para a promoção de cultura de paz nas escolas
A Coordenação Regional de Ensino (CRE) de Sobradinho recebeu, nesta quarta-feira (12), a primeira oficina “Gestão de Incidentes na Perspectiva da Cultura de Paz”, que passará por todas as 14 CREs no primeiro semestre deste ano. Esse foi o primeiro dos sete encontros que serão realizados pela Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF), em parceria com a Polícia Militar, que abordarão a cultura de paz e a comunicação não-violenta nas escolas. A iniciativa visa a capacitar professores, gestores e orientadores para reconhecer situações de risco na unidade escolar, identificar possíveis ataques à escola e aos alunos, além de ensinar como trabalhar a não-violência e o combate ao bullying em sala de aula. Cerca de 500 profissionais da Educação se inscreveram na primeira oficina, realizada nesta quarta (12) | Fotos: Mary Leal/SEEDF A abertura do evento contou com a presença da secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, do deputado distrital João Cardoso, autor da emenda parlamentar que possibilitou a realização das oficinas, e da comandante do Batalhão Escolar, tenente-coronel Renata Braz das Neves Cardoso. “Nós estamos trabalhando com nossos professores e gestores para instruí-los como agir em situações de um ataque ativo, para perceber quando um aluno está passando por algum tipo de sofrimento gerado pelo bullying”, ressaltou Hélvia. Para a gestora, “a prevenção é o melhor caminho para combater a violência e estabelecer uma cultura de paz dentro da escola”. Em 2024, as oficinas capacitaram 5 mil professores e profissionais da educação. Esse ano os encontros trabalharão a comunicação não-violenta e a paz nas unidades escolares, com o objetivo de promover o diálogo respeitoso entre estudantes, professores e comunidade. A comandante do Batalhão Escolar, tenente-coronel Renata Braz das Neves Cardoso, participou do encontro Lilian Monteiro, professora do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 1 Planaltina, avalia que é necessário trabalhar a cultura de paz em sala de aula, com o apoio de toda a comunidade escolar. “São necessárias políticas que nos ajudem a combater a violência, não só na sala de aula, não só na perspectiva de interação, mas que o aluno possa reproduzir em casa e ajudar a reeducar seus pais, sua comunidade”, disse. O coronel Hamilton Santos Júnior, ex-comandante do Corpo de Bombeiros do DF e um dos palestrantes da oficina, frisa a importância do conhecimento como forma de prevenção de ataques nas escolas. “Nós queremos que isso nunca aconteça, mas temos que trabalhar com a prevenção”, disse, destacando que o treinamento dos profissionais escolares em tais situações pode salvar vidas. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Educação planeja ações comemorativas ao Dia da Não Violência e Cultura de Paz
Estabelecido pelas Organizações da Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial da Não Violência e Cultura de Paz, comemorado em 30 de janeiro, tem como objetivo promover a educação para a paz e a não violência. Para celebrar a data, a Secretaria de Educação (SEEDF), por meio da Assessoria Especial de Cultura de Paz, planeja diversas ações para o ano letivo de 2025. Criado em 2019, projeto NaMoral promove ações voltadas à cultura da paz nas escolas públicas do Distrito Federal | Foto: Mary Leal/SEEDF Oficinas começam em 12 de março, contemplando, inicialmente, as coordenações regionais de Sobradinho e de Planaltina Logo no início do primeiro semestre, a pasta promoverá oficinas para os profissionais da educação, com o intuito de identificar sinais que possam levar a situações de crise, como agressão, violência, bullying, dentro das escolas. Com o tema “Gestão de incidentes na perspectiva da cultura de paz”, as oficinas contemplarão professores, gestores e merendeiras de todas as coordenações regionais de ensino (CREs), começando pelas de Sobradinho e Planaltina, a partir de 12 de março. “O trabalho que a SEEDF vem desenvolvendo tem sido no sentido de trabalhar a comunicação não violenta, a mediação de conflitos, a cultura de paz, o respeito à diversidade e a implementação de valores que promovam a educação para a integridade”, explica a chefe da Assessoria Especial de Cultura de Paz, Ana Beatriz Goldstein. “Nesse sentido, nós temos priorizado o protagonismo dos estudantes, por meio de projetos que são desenvolvidos dentro das unidades escolares.” Iniciativas Um dos exemplos é o programa NaMoral, que gera um rico espaço de debate sobre honestidade, integridade e ética. Composto por ações realizadas nas escolas, como oficinas interativas, jogos, bate-papo, palestras com especialistas em ética e direitos humanos, o programa já mostra bons resultados. Professores relatam uma significativa melhora no ambiente escolar, com a redução de conflitos e um aumento na disposição dos alunos para resolver desavenças de maneira pacífica. O envolvimento das famílias nas atividades também contribui para a construção de um ambiente educacional mais acolhedor. Já pelo programa Maria da Penha Vai à Escola, a SEEDF reconheceu e premiou iniciativas de estudantes da rede pública e privada, bem como profissionais da educação responsáveis por ações e projetos inovadores voltados para a prevenção e o enfrentamento da violência de gênero. O programa, que já alcançou mais de 62 mil pessoas, busca desenvolver ações protetivas para acolher e orientar estudantes que enfrentam situações de violência. *Com informações da Secretaria de Educação
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Bombeiros militares recebem formação para atuarem na rede pública de ensino
A Secretaria de Educação do DF, por meio da Assessoria Especial de Cultura da Paz e da Unidade-Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape), em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) realizou nesta semana a formação de 130 bombeiros da reserva para atuar em novas escolas de Gestão Compartilhada da rede pública de ensino, no ano de 2025. A capacitação dos veteranos, com carga horária de 30 horas, teve certificação da Eape. A capacitação dos veteranos foi oferecida por meio da Escola de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape) | Fotos: Felipe de Noronha/SEEDF A procura na rede pública de ensino por escolas cívico-militares vem se expandindo, e inicialmente, no ano letivo de 2025, oito novos colégios vão aderir a esse modelo. Estes receberão os bombeiros formados: CEF 04 do Guará, CEM 01 do Riacho Fundo 1, CED Miriam Ervilha do Recanto das Emas, CEF 427 de Samambaia, CEF 103 de Santa Maria, além dos CEF 12, CEF 16 e CEF 17 de Taguatinga. Todas as novas escolas já realizaram a audiência pública, atendendo a Lei de Gestão Democrática, nº 4.751, de 7 de fevereiro de 2012, com a comunidade escolar seguida de votação para aprovação do modelo, que só é consolidado com a aprovação da maioria de pais, alunos e professores. Os resultados foram favoráveis à implantação do projeto. A previsão de atuação desses veteranos nas instituições de ensino é para o início do semestre letivo. A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, destacou a importância da parceria entre as Secretarias A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, esteve presente em um dos três dias de formação e ressaltou a importância de firmar parcerias de sucesso. “Estou muito feliz, porque essa parceria veio para engrandecer a educação. Eu tenho muita gratidão pela nossa gestão compartilhada, na qual compartilhamos experiências, alegrias, tristezas e até mesmo problemas. Sempre surgirão problemas, mas o que não pode faltar é a vontade de solucioná-los”. Presente também nas formações, o Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros do DF, Leonardo Raslan, exaltou a parceria entre a Educação e a Segurança Pública. “Muito me alegra estar participando desse momento. Esperamos contribuir com a formação no caráter e intelectual das crianças”, destacou. Além do comandante-geral do Corpo de Bombeiros do DF, também estiveram presentes no primeiro dia de oficina diversas autoridades como o secretário executivo de Segurança Pública do DF, Alexandre Patury, o subsecretário de Escolas de Gestão Compartilhada, Alexandre Ferro, o deputado distrital, Roosevelt Vilela, a diretora da Eape, Linair Moura. O primeiro dia de oficina contou com a presença de diversas autoridades da Segurança Pública do DF Formação Desde dezembro, os bombeiros já vinham obtendo formação dentro da própria instituição. Agora em janeiro, os militares passarão por oficinas, palestras e capacitações com o intuito de inseri-los no ambiente pedagógico, nos programas que a Secretaria de Educação tem em parceria com vários órgãos, além de preparar melhor os bombeiros para um atendimento de excelência nas escolas cívico-militares. A diretora da EAPE, Linair Moura, destacou a consequência dos bons resultados desse modelo. “Sabemos que este modelo tem dado excelentes resultados e motivado a sociedade em buscar sua ampliação, pois este ano estamos aumentando o número de escolas de gestão compartilhada. É nelas que nossos esforços se materializam, demonstrando como diálogo intersetorial pode fortalecer políticas educacionais e contribuir para a formação integral dos nossos estudantes”. Cultura de Paz A assessora especial da Cultura de Paz e coordenadora-geral do programa NaMoral, Graça de Paula, explicou sobre a inserção dos bombeiros no ambiente escolar. “A ideia é prepará-los para compreender o aspecto pedagógico das escolas cívico-militares, os projetos da escola já com formação, dentro da construção de uma cultura de paz”. Entre as principais atividades da Assessoria da Cultura de Paz estão o desenvolvimento de políticas de promoção da cultura nas escolas, a mediação de conflitos, o apoio emocional e capacitação de educadores e educandos em práticas de educação socioemocional. Uma das palestras dadas na formação foi a “Marcando Pegadas no Futuro”, do professor Henrique Fernandes, que abordou a importância da bagagem dos militares veteranos no dia a dia dos estudantes, relacionando as nuances do passado e do futuro. *Com informações da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
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Curso Mobilidade e Trânsito capacita 293 professores da rede pública de ensino do DF
O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) realizou, na manhã e na tarde desta quinta-feira (28), no edifício-sede, a aula de encerramento do 14º Ciclo do Curso Mobilidade e Trânsito 2024. O objetivo do curso é desenvolver ações pedagógicas voltadas à educação para o trânsito, numa perspectiva de mobilidade segura e desenvolvimento de uma cultura de paz. Para isso, busca-se a compreensão das particularidades implicadas no transitar com segurança, nos variados espaços públicos, observando as diferentes possibilidades, orientações técnicas e determinações legais. O curso tem o objetivo de desenvolver ações pedagógicas voltadas à educação para o trânsito | Foto: Divulgação/Detran-DF Oferecido pelo Detran-DF em parceria com a Secretaria de Educação do DF (SEEDF), o curso contou com uma carga horária de 120 horas, tendo sido disponibilizado para professores efetivos e temporários da rede pública de ensino e das instituições de educação infantil conveniadas. Foram inscritos 293 professores da rede pública de ensino do DF. A aula de encerramento incluiu apresentações em que as profissionais compartilharam um pouco das experiências obtidas ao longo do curso, além da participação de professores cursistas que contaram sobre suas vivências com o aprendizado da educação de trânsito através de apresentações orais ou banners. A diretora de Educação de Trânsito, Ana Moreira, enfatizou a importância dessa parceria: “É através desse trabalho que a gente vai conseguir ter um trânsito seguro. São as crianças que vão fazer a diferença”, destacou. A formação de professores é um dos eixos pedagógicos do programa Detran nas Escolas, realizado pelo Detran-DF em conjunto com a Secretaria de Educação (SEEDF) e previsto no Termo de Cooperação Técnica nº 05/2020. *Com informações do Detran-DF
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Membros dos Consegs elegem dois participantes que atuarão no Conselho Distrital de Segurança
A eleição dos membros dos Conselhos Comunitários de Segurança do Distrito Federal (Consegs) que participarão do Conselho Distrital de Segurança Pública (Condisp) foi realizada nesta terça-feira (19) na sede da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Participaram da eleição o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, 23 representantes dos Consegs e o chefe da Unidade Gestora dos Conselhos Comunitários de Segurança, coronel Paulo André. Aguida Maciel e Danielle Carvalho, dos Consegs, respectivamente, do Recanto das Emas e do Guará foram eleitas por maioria dos presentes e o nome de ambas representam indicação formal do presidente do Condisp, secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar. “Os Conselhos Comunitários identificam os problemas locais e atuam por meio de um trabalho voluntário de interlocutores, direcionando esforços para a implementação de medidas concretas relacionadas à segurança e ao cumprimento de políticas públicas. Esses conselhos convidam os setores responsáveis a buscar soluções para as demandas apresentadas ou encaminhar as questões pertinentes, promovendo um modelo que compartilha responsabilidades. No Distrito Federal, a população reconhece, cada vez mais, que a integralidade é o alicerce principal dessa iniciativa. A união entre sociedade civil, forças de segurança e órgãos públicos é considerada a estratégia mais eficaz para alcançar o objetivo de uma segurança integral nas regiões”, disse Sandro Avelar. Participaram da eleição o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, 23 representantes dos Consegs e o chefe da Unidade Gestora dos Conselhos Comunitários de Segurança, coronel Paulo André | Foto: Paulo Jamir/SSP-DF As demandas previstas pelos Consegs, que serão apresentadas durante o Conselho Distrital de Segurança Pública (Condisp), representam o acompanhamento social das atividades de segurança pública, propondo diretrizes para a promoção da segurança e defesa social, além da prevenção e repressão à violência no Distrito Federal. Ao todo, o conselho é composto por 34 conselheiros titulares cujos representantes da sociedade civil e da segurança pública, entidades de classe, poder público, imprensa, instituições acadêmicas e órgãos governamentais e não governamentais. “O Condisp tem esse papel consultivo, propositivo e de acompanhamento social das atividades de segurança pública, validado por todos os que realmente querem, estrategicamente, melhorias e edificações reais para o Distrito Federal. E com as demandas abordadas e validadas poderemos implementá-las durante o evento da Conferência Distrital, no final deste mês”, finalizou Avelar. Confedisp Durante a reunião também foram apresentadas as pautas de encontros previstos para os próximos dias que acontecem durante a Conferência Distrital de Segurança Pública (Confedisp). A atuação dos Consegs, em conjunto com o poder público promove aproximação à população, tanto no recebimento de solicitações e demandas, quanto na disseminação de informações em prol da integração de políticas públicas de segurança no DF. Inserida no eixo Cidadão Mais Seguro do programa DF Mais Seguro – Segurança Integral, da SSP-DF, a conferência vai abordar as causas e consequências da criminalidade, da violência e da insegurança, priorizando projetos, ações e serviços voltados para a manutenção da ordem pública. A Confedisp é um evento programado para atuar como instância de consulta e participação social, que reúne representantes da sociedade civil e da segurança pública, entidades de classe, poder público, imprensa, instituições acadêmicas e órgãos governamentais e não governamentais para discutir diversos temas relacionados à segurança pública. Qualquer pessoa pode participar. As inscrições estão abertas até segunda-feira (25) pelo endereço confedisp.com.br. O evento, pioneiro no Distrito Federal, reunirá sociedade civil, entidades de classe e representantes do poder público para debater as diretrizes do Plano Distrital de Segurança Pública e Defesa Social (PDISP). Ao final da conferência, estão programados painéis temáticos e plenárias entre os dias 26 e 28 deste mês, no auditório do ParlaMundi Centro de Convenções, quando serão definidas as diretrizes para nortear as ações de segurança no DF nos próximos anos. *Com informações da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF)
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Gestores se reúnem na XVIII Conferência do Conselho de Educação do DF
Desde a década de 1960, a Conferência dos Educadores do Distrito Federal aborda temáticas relevantes e presentes na rede pública e particular de ensino. Na 18ª edição, realizada nesta terça-feira (8), na sede da Secretaria de Educação (SEEDF), o tema foi “Gestão Escolar – da Regulação às Práticas”. O evento reuniu conselheiros, professores e gestores de escolas públicas e privadas do DF. O presidente do Conselho de Educação, Álvaro Moreira, ressaltou: “É importante criar um momento de reflexão para a comunidade escolar, mais especificamente para os gestores educacionais e professores” | Foto: Andressa Rios/SEEDF “O tema central desta conferência nos convida a uma profunda reflexão sobre o papel de cada um de nós nesse processo”, afirmou a subsecretária de Educação Básica da SEEDF, Iêdes Barbosa. “Uma gestão educacional precisa sim ter uma gestão técnica e ao mesmo tempo humanizada, porque nós lidamos com seres humanos que carecem muito do nosso olhar cuidadoso e da nossa atuação – ainda mais lidando com um público muito vulnerável pós-pandemia.” Luta contra o preconceito Além de debater sobre como colocar em prática a regulação, o evento promoveu uma mesa-redonda sobre o enfrentamento ao preconceito, ao racismo, à violência e à discriminação nas escolas. A discussão contou com a apresentação de Wilson Barboza, integrante do Conselho Distrital de Promoção de Igualdade Racial; do professor Erasto Fortes, coordenador-geral de Políticas Educacionais em Direitos Humanos do Ministério da Educação, e da vice-presidente do Conselho de Educação do DF, Solange Foizer. Solange salientou a importância da representatividade de negros nas equipes de gestores, professores e estudantes das escolas, além de apresentar propostas para uma educação antirracista, como currículo inclusivo, formação continuada dos profissionais de educação e a criação de espaços seguros. Wilson Barboza abordou a cultura de paz nas escolas e ressaltou o diálogo e mediação em vez do uso da força. Já Erasto Fortes falou sobre a educação em Direitos Humanos nas escolas e na orientação para a construção de projetos pedagógicos. Relevância O encontro ainda contou com a palestra “Inteligência Artificial na Educação: Benefícios e Desafios”, proferida pelo professor Marcos Ramon Ferreira, do Instituto Federal de Brasília (IFB). Também foram apresentadas as notas técnicas do Conselho de Educação publicadas no segundo semestre deste ano. “É importante criar um momento de reflexão para a comunidade escolar, mais especificamente para os gestores educacionais e professores”, pontuou o presidente do Conselho de Educação, Álvaro Moreira. “Mais do que um documento formal para o credenciamento da escola, o projeto pedagógico deve nortear as ações concretas da escola no seu dia a dia.” *Com informações da SEEDF
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