Resultados da pesquisa

Delegacia de Atendimento à Mulher II (Deam II)

Thumbnail

Cidade da Segurança Pública prioriza combate à violência de gênero

Região administrativa que está recebendo a sétima edição da Cidade da Segurança Pública, Ceilândia contará com uma programação especial de proteção à mulher e combate à violência de gênero. Equipes do Programa de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar (Provid) e da unidade móvel da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) estarão presentes na estrutura montada na região central da região, ao lado do restaurante comunitário. Os atendimentos serão oferecidos até sábado (26), das 9h às 14h. No sábado (26), haverá uma reunião com lideranças religiosas da região, por meio da Aliança Distrital de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar. “Durante a Cidade da Segurança, criamos um canal de interlocução com a população, o que permite criar uma  programação direcionada. Neste caso do enfrentamento da violência de gênero, focamos principalmente na divulgação dos canais de denúncia e na busca ativa de mulheres que precisam de orientação”, ressalta explica o secretário de Segurança Pública, Júlio Danilo. Equipes do Programa de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar (Provid) e da unidade móvel da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) oferecem atendimentos até sábado (26), das 9h às 14h | Fotos: Divulgação/SSP-DF “No caso de Ceilândia, em especial, a população conta, ainda, com uma delegacia especializada no atendimento das mulheres, a Deam II. Além do Plano Piloto, a região é a única região a contar com um equipamento como este”, acrescentou, que também mencionou a Casa da Mulher Brasileira na região. “O acesso mais fácil a esses serviços mostra que o combate à violência de gênero é, de fato, prioridade para todo o Governo do DF”, completa Danilo. Proteção No sábado (26), será realizada a Oficina de Atenção à Vítima de Violência Intrafamiliar. Serão ministradas palestras, das 9h às 11h, no auditório da Escola Técnica de Ceilândia. Servidores da Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Suprec), da SSP-DF, irão  conversar com os participantes. [Olho texto=”A unidade móvel da Secretaria da Mulher estará no local. A equipe fará bate-papos sobre o enfrentamento à violência de gênero e apresentará os equipamentos de acolhimento da secretaria” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] O objetivo é capacitar lideranças, servidores públicos e comunidade para atenção qualificada das vítimas de violência intrafamiliar. “Será uma oportunidade de compartilhar com o público presente as leis de proteção das mulheres e vulneráveis, da rede de atenção do governo, bem como habilidades básicas de comportamento para auxiliar vítimas na procura de ajuda na rede de segurança pública, saúde e assistência”, detalha o subsecretário de Prevenção à Criminalidade da SSP, Sávio Ferreira. Deam Móvel  Os policiais lotados na Deam II farão orientações sobre a Lei Maria da Penha. A ação tem como objetivo conscientizar mulheres vítimas de violência, bem como a população em geral, em relação à importância do registro policial. Também serão distribuídas cartilhas com informações sobre a lei e medidas protetivas. As mulheres que decidirem registrar ocorrência serão orientadas a buscar a Deam II ou realizar o procedimento de forma virtual pelo site da Polícia Civil do DF (Maria da Penha Online). Provid [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Equipes do Provid farão esclarecimentos sobre as formas de acesso ao programa e irão distribuir panfletos informativos, bem como disponibilizar o telefone direto do Provid (99977-2710), no 8º Batalhão da Polícia Militar (PMDF), responsável pela área. O programa atende, além de mulheres, todas as vítimas de violência doméstica que, independentemente de gênero, aceitam o acompanhamento de forma voluntária. A unidade móvel da Secretaria da Mulher estará no local. A equipe fará bate-papos sobre o enfrentamento à violência de gênero e apresentará os equipamentos de acolhimento da secretaria. Também serão oferecidas informações sobre os cursos de capacitação gratuitos promovidos pela pasta. *Com informações da SSP-DF  

Ler mais...

Thumbnail

Proteção à mulher aumenta durante a pandemia

Medidas como a ampliação dos canais de denúncia contribuem para a diminuição dos crimes | Foto: Divulgação/SSP O cenário de pandemia não impede que a lei mantenha o rigor, especialmente diante de episódios de violência contra a mulher. De março a setembro, aumentou em 8,3% o número de prisões relacionadas a esses casos: neste ano, foram 2.115 registros, contra 1.952 no mesmo período do ano passado. Os dados se referem aos flagrantes realizados pelas polícias Civil e Militar do DF (PCDF e PMDF). O aumento das prisões e a ampliação das campanhas de incentivo e dos canais de denúncia vêm trazendo esses resultados, o que contribui para uma redução de mais de 50% dos casos de feminicídio no DF. “Diante de todos os ajustes necessários por conta da pandemia, o trabalho policial não parou – pelo contrário, a produtividade de nossas forças de segurança aumentou, e seguimos com protocolos adaptados à nova realidade”, avalia o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. [Olho texto=”“Diante de todos os ajustes necessários por conta da pandemia, o trabalho policial não parou – pelo contrário, a produtividade de nossas forças de segurança aumentou, e seguimos com protocolos adaptados à nova realidade” ” assinatura=”Anderson Torres, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”centro”] [Numeralha titulo_grande=”97% ” texto=”dos casos de violência contra a mulher ocorrem dentro da residência da vítima ou do autor” esquerda_direita_centro=”direita”] O número de ocorrências relacionadas à violência doméstica apresentou decréscimo de 5% no acumulado de janeiro a outubro deste ano – 13.209, contra 13.886, número registrado no mesmo período de 2019. Os casos envolvem violência física, moral a psicológica, patrimonial e a financeira. Um estudo detalhado feito pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) revela que, nos primeiros nove meses deste ano, 97% dos casos ocorreram dentro da residência da vítima ou do autor. O estudo mostra ainda que, em 33,3% das ocorrências o agressor tinha entre 18 e 30 anos; em 32,1%, entre 31 e 40 anos e, em 19,3% entre 51 e 60 anos. A maioria dos agressores (90,1%) era do sexo masculino e 9,9%, do sexo feminino. Já a maior parte das vítimas era da faixa etária de 18 a 30 anos – em 35,9% dos casos –, sendo as demais entre 31 e 40 anos (28%) e de 41 a 50 anos (17,2%). A violência moral e psicológica – referente a injúria, difamação, ameaça e perturbação da tranquilidade – liderou as ocorrências (81,2%) entre as demais violências especificadas pela Lei Maria da Penha. Alguns episódios, porém, podem registrar mais de um tipo das naturezas criminais. Desta forma, do total de registros, a violência patrimonial esteve em 40,45%; a violência física, em 53,4% e a sexual, em 1,9% da totalidade. Reforço na segurança “Desde que passou a ser possível o registro on-line desses crimes, em abril deste ano, houve uma média de 2,4 ocorrências de violência doméstica por dia registradas na Delegacia Eletrônica da PCDF”, informa o secretário executivo de Segurança Pública, Júlio Danilo. “A ampliação dos canais de denúncia permite um tempo de resposta mais rápido por parte da polícia.” Um outro fator contribuiu para que os registros continuassem a ser feitos: a inauguração, em Ceilândia, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam II), que neste mês completa cinco meses de funcionamento. Nesse período, foram contabilizados 1.240 inquéritos e 1.617 ocorrências policiais – a maioria por conta de violência doméstica. A delegacia conta com um posto descentralizado do Instituto de Medicina legal (IML). No local, médicos-legistas fazem o atendimento a situações de violência sexual e violência doméstica e familiar, bem como avaliação de lesões corporais em situações diversas, sempre com foco nas vítimas, encaminhadas pela Deam II e por outras delegacias. [Olho texto=”“Temos a missão e o dever de realizar um atendimento especializado, de excelência, para as mulheres” ” assinatura=”Adriana Romana, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam II) de Ceilândia” esquerda_direita_centro=”esquerda”] “Temos a missão e o dever de realizar um atendimento especializado, de excelência, para as mulheres”, destaca a delegada Adriana Romana, titular da Deam II. “A delegacia é uma reivindicação da população local, que é uma das regiões mais carentes, sob o aspecto social, no DF, e concentra os maiores índices de registro de ocorrências policiais no âmbito da Lei Maria da Penha. Os policiais foram capacitados para esse tipo de atendimento específico.” Outro serviço prestado às vítimas de violência são as visitas dos policiais que integram o Programa de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), da PMDF. Essa ação tem o objetivo de prevenir, inibir e interromper o ciclo da violência doméstica. Entre janeiro e agosto, foram feitas 9.520 visitas a vítimas e familiares. [Numeralha titulo_grande=”9.520 ” texto=”Número de visitas feitas pelo Programa de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid)” esquerda_direita_centro=”centro”] “Muitas denúncias são de ameaças”, explica a coordenadora do Provid, tenente Adriana Vilela. “A partir do conhecimento do fato, o policial realiza o atendimento e entende do que se trata a situação. Antes de qualquer decisão, como orientar a registrar uma ocorrência, conversamos com a vítima para que ela se sinta amparada e segura.” Medidas protetivas O estudo realizado pela SSP também mostra o descumprimento de 11,8% das Medidas Protetivas de Urgência (MPU), previstas na Lei Maria da Penha. “A medida protetiva pode evitar a escalada da violência, ou seja, que a violência doméstica possa resultar num crime mais grave, como o feminicídio”, ressalta o coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), Marcelo Zago. Nos nove primeiros meses deste ano, foram registradas ocorrências de desrespeito a 938 MPUs. Em 2019, no mesmo período, 839 medidas foram desrespeitadas por agressores. Em ambos os casos, desse total, há casos de reincidência no descumprimento por parte dos autores. * Com informações da SSP

Ler mais...

Thumbnail

GDF abraça campanha nacional Sinal Vermelho

Primeira-dama e secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha mobiliza o GDF na campanha | Foto: Divulgação Ativa como pessoa pública, a primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, sabe fazer bom uso do mundo virtual em favor de ações sociais. Foi o que avaliou a primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro, ao chamar Mayara, que é secretária de Desenvolvimento Social, a abraçar a causa da campanha nacional Sinal Vermelho. A ação é organizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em parceria com a Associação dos Magistrados do Brasil (AMB). Não demorou muito para Mayara Rocha aparecer na sua conta do Instagram com um “X” rubro na palma da mão. A imagem despertou curiosidade para o tema. “Foi um desafio de rede social”, comenta Mayara. “Outras primeiras-damas de estados, como Gracinha Caiado [de Goiás], também tinham feito o convite. Foi um reforço de que eu realmente teria que entrar na campanha. É uma ação de extrema relevância.” Não à violência A iniciativa tem como meta ajudar as mulheres em situação de violência doméstica a buscarem socorro nas farmácias de todo o país. Basta a vítima marcar com um batom, ou mesmo caneta vermelha, a letra “X” na palma da mão, sinalizando que está em perigo, e um balconista ou o dono do estabelecimento ligará, imediatamente, para o 190. Ao todo, 10 mil farmácias e drogarias brasileiras aderiram ao projeto. “O símbolo ‘X’ é uma proibição, quer dizer ‘não à violência doméstica’”, explica Mayara Rocha. “Não necessariamente tem que ter a marca, é só mostrar a mão ao farmacêutico ou balconista que eles já estão treinados para agir nessa situação.” No Brasil, que  ocupa o quinto lugar no ranking mundial de países onde mais se matam mulheres dentro do contexto doméstico e familiar, medidas preventivas, como a da campanha Sinal Vermelho, são sempre bem-vindas. Daí a adesão não apenas da primeira-dama do DF, mas também de órgãos do GDF relacionados ao tema, como as secretarias da Mulher (SM) e de Segurança Pública (SSP). Todos podem ajudar No DF, segundo dados da SSP, em média, 43 mulheres são agredidas diariamente, ou seja, uma a cada 34 minutos. “Toda campanha que ajude no combate à violência contra a mulher é de suma importância para a segurança pública”, defende o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. “Estamos trabalhando para criar protocolos visando ao perfeito trâmite dessas informações, em tempo hábil, para que o socorro possa chegar e estancar esse horrendo tipo de violência”. [Olho texto=”“Toda campanha que ajude no combate à violência contra a mulher é de suma importância para a segurança pública”” assinatura=”Anderson Torres, secretário de Segurança Pública” esquerda_direita_centro=”centro”] Para a secretária da Mulher, Ericka Filippelli, o engajamento da sociedade no combate contra a violência doméstica é fundamental. Em reuniões com representantes da campanha, ela chegou a sugerir adesão de outros setores do comércio. “O que precisamos é justamente que outros setores se engajem”, destaca. “Estamos à disposição para trabalhar nessa articulação. É uma campanha que vem para somar”. Ericka Filippelli, secretária da Mulher: “O que precisamos é justamente que outros setores se engajem” | Foto: Vinicius de Melo / Agência Brasília Mayara Rocha lembra que quanto mais participantes da sociedade civil estiverem envolvidos, melhor. “Estamos seguindo o modelo do CNJ, mas nada impede de termos a nossa atuação dentro do DF, expandindo para outros estabelecimentos”, afirma. “É uma campanha que tomou uma proporção de divulgação enorme, alertando sobre o que está acontecendo. Os agressores, quando tomam conhecimento desse tipo de ação, se sentem inibidos”.  Delegacia da Mulher A delegada Adriana Romana: “É uma responsabilidade de toda a sociedade” | Foto: Divulgação Ainda segundo pesquisa da SSP, 60% das vítimas do Plano Piloto e Entorno têm entre 30 e 49 anos. Uma das principais motivações para os crimes é o ciúme, sendo que 40% dos casais estavam morando juntos e outros 40%, separados. Um dado mais alarmante é que 60% dos casos aconteceram na própria residência. E pior: segundo o estudo, mais de 80% nunca chegaram a uma delegacia especializada. “O grande desafio é incentivar as próprias mulheres a denunciar”, alerta Mayara Rocha. “Acredito que o medo e o preconceito interno, a vergonha de ir até à delegacia, são os principais impedimentos.” [Olho texto=”“O grande desafio é incentivar as próprias mulheres a denunciar”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”centro”] Titular da segunda Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do DF, inaugurada há um mês em Ceilândia, Adriana Romana ressalta que o problema da violência doméstica não é apenas da mulher agredida e do marido agressor, mas engloba todos aqueles em torno desse casal que passa por situação similar – parentes, vizinhos e a comunidade, como um todo. Responsabilidade social “Trata-se de uma conscientização, mudança de ideia, e todos nós temos o dever de ajudar essas mulheres; é uma responsabilidade de toda a sociedade”, reforça a delegada. Ceilândia lidera os números de ocorrências por violência doméstica. De 2018 a 2019, aponta a SSP, os casos aumentaram em 13% – 330 ocorrências registradas. Isso explica a criação de uma unidade específica na região para atender essa demanda social gritante. Desde que foi inaugurada, em 16 de junho deste ano, a Deam 2 registrou quase 400 ocorrências – 390 casos, até a última-terça-feira (14), o que dá uma média de 13 atendimentos por dia. Desse montante, mais de 70% são de crimes ocorridos em Ceilândia, sendo 30%, aproximadamente, no Sol Nascente/Pôr do Sol. “Quase todas essas ocorrências vão virar um inquérito policial”, explica Adriana Romana. “Estamos conseguindo atender todas os flagrantes vinculados à Lei Maria da Penha, buscando um atendimento diferenciado, mais humano.” Diante de temática complexa, o secretário de Segurança Pública não descarta a possibilidade da criação de outras delegacias de atendimento à mulher no DF. “ “Com a futura reposição do efetivo de policiais civis, serão analisadas novas ações visando atender outras áreas com esse tipo de estrutura”, prevê. * Colaborou Rosi Araújo

Ler mais...

Thumbnail

Adriana Romana: a missão de um atendimento de excelência

Na última terça-feira (16), a cidade mais populosa do DF, Ceilândia, passou a contar com uma unidade policial específica para o público feminino: a Delegacia de Atendimento Especial à Mulher II (Deam II), da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). À frente da estrutura, a delegada Adriana Romana chega com vasta experiência na área. Além de ter atuado na Deam I, já trabalhou  nas 15ª, 19ª, 23ª e 24ª delegacias de polícia de Ceilândia.  Em entrevista à Agência Brasília, a delegada fala sobre o trabalho a ser desenvolvido na nova unidade. Localizada no centro de Ceilândia, a Deam II funcionará 24 horas por dia. O local também comporta um posto descentralizado do Instituto Médico Legal (IML), para atender demandas que não chegam à unidade central do instituto, no Complexo da PCDF, no Parque da Cidade. São quatro seções, dedicadas à apuração de crimes violentos, contra a dignidade sexual, cibernéticos e contra mulheres idosas. Crianças e adolescentes também terão atendimento especial na nova delegacia. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista. Foto: Divulgação / SSP Qual a importância da nova delegacia para Ceilândia? Essa nova delegacia é uma reivindicação antiga de toda a população de Ceilândia, uma das regiões mais carentes, sob o aspecto social, no Distrito Federal. A cidade também concentra os maiores índices de registro de ocorrências policiais no âmbito da Lei Maria da Penha. Temos a missão e o dever de realizar um atendimento especializado, de excelência, para as mulheres de Ceilândia, de reproduzir aqui as boas práticas que foram consolidadas na Deam I – que já conta com mais de 30 anos de existência. A PCDF conta com um protocolo de atendimento, desde 2019, voltado a esse público, que orienta todo o registro policial, desde o seu início, com vistas a evitar a revitimização, principalmente por parte daqueles que devem prestar o atendimento. [Olho texto=”“Temos a missão e o dever de realizar um atendimento especializado, de excelência, para as mulheres de Ceilândia”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Pode-se dizer que a cidade registra números altos de episódios de violência doméstica? A região concentra o maior número de ocorrências policiais no âmbito da Lei Maria da Penha, pois é também a mais populosa do Distrito Federal. A PCDF, por meio da Divisão de Análise Técnica e Estatística [Date], realiza o monitoramento de todos os tipos/registros de ocorrências policiais nas delegacias do Distrito Federal, o que inclui a pesquisa e produção de relatórios. No ano passado, as quatro delegacias de polícia de Ceilândia foram responsáveis pelo registro de 2.617 ocorrências desse tipo, sendo 514 delas situações flagranciais. Neste ano de 2020, cerca de 54,7% dos autores de crimes de violência doméstica e familiar no Distrito Federal foram os companheiros e maridos, ou ex-companheiros e ex-maridos. Cerca de 60% dos delitos ocorreram no período vespertino e noturno, sendo 37% desses crimes praticados aos sábados e domingos. Como foi a criação da delegacia? A Deam II foi criada por meio de um decreto publicado em abril deste ano pelo governador Ibaneis Rocha, que, muito sensível à temática, entendeu essa demanda da população de Ceilândia. A nova delegacia faz parte do plano de governo – a criação da Deam II e do posto descentralizado do IML nesse novo prédio, que passou a ser denominado Complexo Regional Base Ceilândia, juntamente com a 15ª DP, que já existia no local. O local passou a ser uma central de atendimento muito importante para a população, principalmente as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e de crimes contra a dignidade sexual. A criação desse complexo é a implementação do planejamento estratégico da PCDF. [Olho texto=”“A criação desse complexo é a implementação do planejamento estratégico da PCDF”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Quanto tempo durou a obra de adaptação para que a nova delegacia funcionasse? Cerca de dois meses. O prédio em que funcionava a 15ª DP passou por uma reforma importante para abrigar as novas unidades da PCDF. Com a ampliação, a quantidade e a qualidade dos atendimentos que passaram a ser ofertados à população foram ampliadas de forma mais eficiente. Quais serão as seções da nova unidade policial?  A Deam II conta com atendimento de 24 horas no plantão policial e é responsável por todos os registros de ocorrências policiais das regiões administrativas de Ceilândia e do Sol Nascente/Pôr do Sol – que envolvem situações de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e de crimes contra a dignidade sexual – sendo responsável, pelas situações de flagrante. Internamente, a Deam II conta com quatro seções de investigação. São elas: apuração de crimes contra a dignidade sexual e violentos; uma seção especializada em oitivas e depoimento especial de crianças e adolescentes, com apuração de todas as denúncias anônimas e requisição de órgãos externos; investigação dos crimes cibernéticos e dos praticados contra idosas. Qual o diferencial da Deam II em relação às demais unidades policiais da cidade? As demais delegacias circunscricionais realizam o atendimento de situações de violência doméstica e demandas diversas de diferentes tipos de crimes.  Desta forma, na Deam II é possível fazer o atendimento inicial – que ocorre no balcão da delegacia – de forma diferenciada, com um olhar mais acolhedor e atendimento especializado. O encaminhamento para atendimento em outras áreas na rede pública e privada, como hospitais e centros de atendimento, por meio de parcerias e protocolos já estabelecidos, é mais fácil, pois faz parte de nossa missão. [Olho texto=”“Na Deam II é possível fazer o atendimento inicial de forma diferenciada, com um olhar mais acolhedor e atendimento especializado”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Os servidores foram capacitados para atuar na Deam II de forma inovadora na PCDF. Como foi o curso? Os 49 servidores foram devidamente capacitados para essa nova missão. Tivemos um curso que ocorreu entre os dias 1º e 5 deste mês. A capacitação contou com a participação de palestrantes de renome do Banco Mundial, do Núcleo Judiciário da Mulher do TJDF [Tribunal de Justiça do Distrito Federal], da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, da Secretaria da Mulher, da Secretaria de Desenvolvimento Social e da Secretaria da Saúde, além da PCDF. O conteúdo das palestras foi muito variado, como a temática exige. Houve palestras sobre cenário mundial da violência contra a mulher no contexto de pandemia, experiências internacionais de enfrentamento, criação da Lei Maria da Penha, medidas protetivas de urgência, questionário de avaliação de risco, questões de gênero, preservação de informações, coleta de vestígios de crimes cibernéticos, entre outros temas. Qual a importância da Lei Maria da Penha no contexto da violência contra a mulher? A quem se aplica? A violência doméstica e familiar, principalmente de crimes praticados no interior da residência, é um fenômeno social comum. Não existia a Lei Maria da Penha, portanto. Quando o agressor era levado à delegacia, juntamente com a vítima, todos eram ouvidos e, após a assinatura de um termo de compromisso e comparecimento, os dois voltavam juntos para casa, como se nada tivesse ocorrido. E o pior: a mulher voltava para casa com ele e muitas vezes voltava a ser agredida. A publicação da Lei nº 11.340/2006, ou Lei Maria da Penha, foi um divisor de águas. Agressores passaram a ficar presos, e as mulheres, mais protegidas nessa relação desigual, principalmente porque ela [a lei] trazia a criação de um instrumento legal muito importante: as medidas protetivas de urgência. Esse momento foi muito importante, um marco histórico para que uma nova consciência, por parte de toda a sociedade, fosse criada e se libertasse de velhos paradigmas. A Lei Maria da Penha fez com que todos os envolvidos nesse processo de violência passassem a refletir sobre a violência que ocorre no âmbito doméstico, a mudar o ditado e agora a pensar que “em briga de marido e mulher se mete a colher”. A lei se aplica a mulheres, crianças, adolescentes e idosas, incluindo também as mulheres trans. [Olho texto=”“A Lei Maria da Penha se aplica a mulheres, crianças, adolescentes e idosas, incluindo também as mulheres trans”” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”centro”] Qual a importância da denúncia nesses casos? A denúncia é muito importante, pois muitas vezes a mulher está sendo vítima de crimes no âmbito da Lei Maria da Penha e não procura a delegacia para o registro policial, nem outros órgãos que poderiam ajudá-la nesse momento. Na maioria dos casos de feminicídio do Distrito Federal, as mulheres não tinham realizado nenhum registro policial contra o agressor, e esse é um dado preocupante, pois sem conhecimento é difícil alcançar e ajudar essas mulheres, que certamente vivenciaram um ciclo de violência antes do desfecho final trágico, com sua morte. Ao decidir fazer a denúncia, a vítima deve procurar primeiramente uma delegacia ou um hospital? Se a mulher precisa de algum atendimento hospitalar, esse é o atendimento prioritário. A notificação da delegacia pode ser feita no próprio hospital, que realizará o contato, e as demais providências relativas ao registro serão tomadas, principalmente nos casos de agressão física. Quais as formas de denúncia? O telefone da Deam II é o (61) 3207-7391. As denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 197; e na opção 3, devido à pandemia da Covid 19, é possível o registro da ocorrência policial também. Outro canal disponibilizado é a Delegacia Eletrônica, no endereço https://delegaciaeletronica.pcdf.df.gov.br/ * Com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP)

Ler mais...

Ordenar

Ordenar

Faceta do tipo

Tipo

Filtro personalizado

Faceta da marca

Marcador