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Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo

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Dia do Autismo: Servidor se destaca com trabalho no Museu da Limpeza Urbana

Nesta quarta-feira (2), é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A data foi criada em 2007 para informar as pessoas sobre as particularidades dos autistas e lutar contra o preconceito. Há décadas, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) abre oportunidades de trabalho para as pessoas com algumas limitações, sejam elas físicas ou mentais. Hoje, a autarquia conta com 73 colaboradores terceirizados pelo Instituto Lucimar Malaquias atuando em diversas áreas. Gabriel Chaib (D), é recepcionista e guia no Museu do SLU, que reúne mais de 600 peças | Foto: Divulgação/SLU “Aprendi a aceitar o meu autismo e também sobre respeito, disciplina e determinação. Ninguém é perfeito” Gabriel Chaib, servidor do SLU Um exemplo é Gabriel Chaib, que tem transtorno do espectro autista (TEA) e trabalha há 16 anos no SLU. “Quando cheguei, em 2009, foi muito difícil a adaptação ao trabalho sendo pessoa com deficiência, mas aos poucos eu fui me adaptando e me descobrindo”, conta. “Aprendi a aceitar o meu autismo e também sobre respeito, disciplina e determinação. Ninguém é perfeito”. Atualmente, Gabriel recepciona os visitantes do Museu da Limpeza Urbana, que funciona no Venâncio Shopping desde 1996 e conta com um acervo de mais de 600 peças encontradas no lixo e algumas doadas. Fora do expediente, ele pratica artes marciais e dança de salão. “Respeitamos os limites dos nossos colaboradores e servidores e suas individualidades para que possam desempenhar suas atribuições com entusiasmo e felizes com o ambiente de trabalho” Luiz Felipe Carvalho, diretor-presidente do SLU   “Eu me sinto muito bem em receber as pessoas”, afirma ele. “Elas olham o nosso acervo e se lembram de épocas que viveram, se emocionam e ficam felizes. Hoje no SLU eu me sinto muito valorizado e respeitado. Trabalhar com a comunicação e a mobilização realmente fez bem para minha autoestima, e hoje estou muito feliz e realizado.” O diretor-presidente do SLU, Luiz Felipe Carvalho, reforça: “Respeitamos os limites dos nossos colaboradores e servidores e suas individualidades para que possam desempenhar suas atribuições com entusiasmo e felizes com o ambiente de trabalho”. Tratamentos Os transtornos do espectro autista (TEAs) são condições que começam na infância e podem durar a vida toda. Geralmente, os primeiros sinais aparecem antes dos 5 anos de idade. Pessoas com TEA podem ter outras condições, como epilepsia, depressão ou ansiedade. O autismo afeta cada pessoa de um jeito: algumas precisam de muita ajuda, enquanto outras vivem de forma independente. Os sintomas variam muito, mas podem incluir dificuldade em se relacionar com outras pessoas, problemas para falar ou usar a fala para se comunicar, repetição de movimentos, interesse excessivo em alguns assuntos, alta capacidade de linguagem e inteligência e dificuldade em manter contato visual. As principais formas de tratamento são terapias e programas de treinamento para pais que ajudam na comunicação e no comportamento. É importante criar ambientes acolhedores e acessíveis para essas pessoas. Também é recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra. *Com informações do SLU

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Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo reforça rede de atendimento

A dona de casa Rute Vieira, 39, conhece bem os serviços da Secretaria de Saúde (SES-DF). Mãe de Isabella, 9, diagnosticada com transtorno de espectro autista (TEA), ela sabe explicar como funcionam as redes envolvidas no atendimento da filha, entre unidades da Atenção Primária e centros especializados. E elogia o tratamento recebido: “Faz toda a diferença quando o profissional é realmente capacitado”, afirma. Esse cuidado integrado ganha destaque no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, comemorado nesta quarta-feira (2). Atendimento, bem como o acompanhamento, se dá conforme as necessidades apresentadas pelos pacientes | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF O autismo é um tema sob atenção de praticamente toda a Secretaria de Saúde, conforme detalhado na Linha de Cuidado da Saúde da Pessoa com TEA, em vigência desde 2023. Mesmo os profissionais não envolvidos diretamente no tema recebem qualificação sobre o assunto. “O atendimento multiprofissional para esses casos é muito importante porque permite uma intervenção integral, abordando todos os aspectos e fatores envolvidos no quadro” Fernanda Falcomer, subsecretária de Saúde Mental Isabella foi encaminhada para avaliação após um atendimento por conta do refluxo gástrico. Hoje, ela faz acompanhamento no Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi) de Taguatinga, no Centro Especializado em Reabilitação (CER) II de Taguatinga, no Centro de Orientação Médico-psicopedagógica (Compp) e na Unidade Básica de Saúde (UBS) 11 de Ceilândia – perto de onde mora. Em cada um desses locais, há um atendimento específico, conforme as necessidades da Isabella e da sua mãe, que também conta com apoio da SES-DF tanto para a saúde física quanto mental. “O atendimento multiprofissional para esses casos é muito importante porque permite uma intervenção integral, abordando todos os aspectos e fatores envolvidos no quadro”, pontua a subsecretária de Saúde Mental da SES-DF, Fernanda Falcomer. Porta de entrada A principal porta de entrada é a rede de UBSs, onde os servidores podem identificar os sinais do transtorno e encaminhar a centros especializados, em caso de necessidade. As UBSs também fazem a orientação das famílias e o acompanhamento contínuo, além de lidarem com outras questões de saúde. “A maior parte das necessidades das pessoas com TEA pode e deve ser atendida nesse nível, garantindo um cuidado próximo da comunidade, reduzindo barreiras de acesso e promovendo melhor qualidade de vida”, explica a chefe da Assessoria de Redes de Atenção à Saúde da SES-DF, Carolina César Ferreira. Além da equipe de enfermagem e de profissionais de medicina da área de família e comunidade, as UBSs contam com as equipes e-Multi, formadas por servidores especialistas em áreas como terapia ocupacional, psicologia, fisioterapia e nutrição, entre outras. Tratamentos odontológicos especializados são ofertados nos Centro de Especialidades Odontológicas (CEOs), enquanto os centros especializados em reabilitação tratam aspectos específicos, como o desenvolvimento da fala. Já os Caps e o Compp oferecem acompanhamento na área de saúde mental. Todos os encaminhamentos são feitos a partir da UBS onde a pessoa com TEA é atendida, considerando a complexidade de cada caso e seguindo critérios específicos. Respeito e acolhimento “Trabalhamos para que essa criança ou esse adolescente consiga ter uma reintrodução na sociedade, com uma qualidade de vida melhor” Viviane Veras, gerente substituta do Capsi de Taguatinga Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo revela a importância do tema. Profissionais de saúde e familiares precisam estar atentos aos sinais para alcançar um tratamento precoce e um acompanhamento adequado das pessoas com TEA.  “A nossa sociedade está caminhando para uma aceitação melhor, mas ainda há muito preconceito”, opina a gerente substituta do Capsi de Taguatinga, Viviane Veras. Duas vezes por semana, a unidade da SES-DF reúne crianças e adolescentes com TEA, e seus familiares, para encontros em que são discutidos os desafios da integração social. “Trabalhamos para que essa criança ou esse adolescente consiga ter uma reintrodução na sociedade, com uma qualidade de vida melhor”, acrescenta a gestora. “Pessoas que não têm filhos com TEA pensam que é falta de educação. Falta conhecimento e empatia” Elisângela Viola, mãe de um menino autista Nem sempre é fácil. Além de enfrentar os desafios diários e cumprir uma agenda ampla de atendimentos, é necessário lidar com julgamentos e falta de compreensão. É o que conta Elisângela Viola, 40, mãe de Arthur da Silva, 4: “Pessoas que não têm filhos com TEA pensam que é falta de educação. Falta conhecimento e empatia”. A experiência dela ensina que é preciso ser forte para enfrentar os desafios diários e esperar uma melhor compreensão de quem não tem autistas na família. *Com informações da Secretaria de Saúde

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Alunos com autismo encontram acolhimento na rede pública de ensino

Estar em sala de aula é um dos momentos mais importantes na rotina de Davi Ferreira, 13 anos. O estudante do Centro de Ensino Fundamental (CEF) da 104 Norte tem Transtorno do Espectro Autista (TEA) e, graças aos estímulos do ambiente escolar, tem apresentado melhoras significativas no desenvolvimento. “Ele sempre teve estímulos pedagógicos por meio das escolas públicas do Distrito Federal. Temos uma adequação curricular, uma equipe multidisciplinar dentro da escola e uma monitora que o acompanha”, conta a mãe do menino, a administradora Geane Ferreira, 46. Frequentando o CEF 104 Norte, o estudante Davi Ferreira tem apresentado melhoras significativas no desenvolvimento | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília ‌A rotina de Davi começa cedo, com aulas de inglês no Centro Interescolar de Línguas 1 de Brasília. Depois, ele vai para as aulas no CEF 104 Norte e, em dias alternados, para a Sala de Recursos da instituição. O estudante afirma que gosta de frequentar o espaço de ensino e conta um pouco do dia a dia: “Eu vou para a escola de inglês, eu pego o livro, o caderno. [Estudo] matemática, biologia, artes…”, diz. Todas as unidades da rede pública de ensino do DF são inclusivas, não há qualquer distinção entre os alunos. Além disso, existem instituições especializadas dedicadas à complementação de necessidades específicas dos estudantes O diagnóstico veio quando ele tinha 2 anos. Geane conta que notou a ausência de contato visual e o levou para uma consulta neurológica. “Cheguei no fundo do poço, porque até então eu não sabia o que era o autismo. Mas tive amparo nas escolas públicas em que Davi estudou, que o ajudaram a se desenvolver, a ter maior interação social”, relembra. Nesta terça-feira (2) é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, criado em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para levar informação à população e reduzir o preconceito contra quem tem a condição. Na capital do país, o Governo do Distrito Federal (GDF) oferece apoio e acolhimento a toda a população com autismo, sobretudo no ambiente escolar. Geane Ferreira elogia: “Tive amparo nas escolas públicas em que Davi estudou, que o ajudaram a se desenvolver, a ter maior interação social” Todas as unidades da rede pública de ensino do DF são inclusivas, não há qualquer distinção entre os alunos. Além disso, existem instituições especializadas dedicadas à complementação de necessidades específicas dos estudantes. São elas os centros de ensino especial (CEEs), o Centro de Ensino Especial para Deficientes Visuais (CEEDV), o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS), e a Escola Bilíngue Libras Português Escrito. “Quando falamos de inclusão, falamos de redução no número de alunos por turmas, no atendimento complementar na sala de recursos e na figura dos monitores e dos educadores sociais voluntários, que atuam nas escolas com a função de auxiliar os estudantes nas áreas de alimentação, locomoção e higiene e onde mais for necessário”, informa a gerente de Acompanhamento da Educação Inclusiva da Rede Pública do DF, Jane Corrijo. Todas as unidades da rede pública de ensino do Distrito Federal são inclusivas, não há distinção entre os alunos Cada caso é analisado pelas equipes pedagógicas das regionais de ensino, para identificação da necessidade de inclusão dos estudantes nos centros especiais e em outras iniciativas. A Secretaria de Educação do DF (SEEDF) é responsável por 14 unidades especializadas e mantém iniciativas que ensejam o desenvolvimento da pessoa com deficiência, como o Programa de Educação Precoce e a Educação de Jovens e Adultos Interventiva. Acolhimento Quem acompanha Davi em sala de aula e nas demais dependências da escola é a educadora social voluntária Sandra Alves Gomes, 37 anos. Ela relata que, em dois anos de suporte, o menino já apresentou diversas evoluções. “Ele escreve mais, lê mais, participa mais em sala e no intervalo, conversa mais com os alunos, brinca com eles. Antes não era assim, ele era muito na dele, ficava sempre quietinho, e hoje está mais livre, mais solto”, afirma. Monitora do CEF da 104 Norte, Priscilla Rocha explica que, com adaptações, alunos com necessidades específicas são atendidos em turmas regulares ‌A monitora Priscilla Franco Rocha explica que as crianças com necessidades específicas são atendidas em classes regulares. “São as salas de aulas comuns em que os professores adaptam o material didático-pedagógico para o atendimento específico desses estudantes”, pontua. “Então, se ele tem TEA ou Síndrome de Down, o professor vai adaptando o conteúdo e avaliando o progresso daquela criança. Assim, o aluno vai adquirindo os conteúdos previstos no currículo de ensino no próprio tempo”, explica. ‌Um dos professores da Sala de Recursos do CEF 104 Norte é Luiz Peres, que acumula mais de 30 anos de docência. Ele explica que as atividades aplicadas variam conforme o estudante. Para alguns, o tempo disponível serve para aprofundar conhecimentos e tirar dúvidas, enquanto para outros é o momento de desenvolver habilidades como concentração e memória. ‌“Essa sala funciona como um complemento ao trabalho dos professores em sala de aula. Os alunos têm aula regular no turno normal e no turno contrário vêm aqui para o atendimento”, explica. “A filosofia fundamental é a ludicidade, com atividades e jogos feitos pela gente ou adaptado. Também priorizamos o acolhimento, porque caso não se sintam acolhidos, o trabalho não funciona”, completa o professor.

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No DF, inclusão se aprende na escola

Um exemplo de instituição inclusiva, acessível e com educação humanizada é o trabalho da Escola Classe 45 (EC 45) de Ceilândia. A unidade lembra a importância do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, celebrado neste domingo (2), e mostra, por meio de ações desenvolvidas cotidianamente, o que é inclusão. Vitor Sousa: “O que importa é que todo mundo é amigo aqui. Eu gosto de todas as matérias e da escola” | Foto: André Amendoeira/SEE A unidade tem 775 estudantes, entre os quais 37 diagnosticados com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O local atende alunos da educação infantil e do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Nas turmas inclusivas, a equipe pedagógica da EC 45 observa peculiaridades durante o ano letivo. No início das aulas, a escola opta por manter as mesmas turmas ao longo dos anos. As professoras dos anos anteriores também conversam e fazem um trabalho integrado na adaptação com a professora que vai assumir a turma. Turmas inclusivas [Olho texto=”“Os cursos e capacitações são importantes, mas você tem que observar a criança e seus hábitos para começar a relação e evoluir ao longo do ano com processo de aprendizagem” ” assinatura=”Ianê Rodrigues, professora da EC 45″ esquerda_direita_centro=”esquerda”] O estudante Vitor Sousa, 10, cursa o quinto ano e está em uma turma inclusiva. Crianças do ensino regular e alunos diagnosticados com TEA, como ele, estudam juntas. “O que importa é que todo mundo é amigo aqui. Eu gosto de todas as matérias e da escola”, afirma ele.  Ele estuda na EC 45 desde os 4 anos de idade e diz apreciar a integração com as outras crianças, os momentos culturais na escola e a convivência. Recentemente, passou a investir em seu talento artístico. Durante a entrevista, ficou animado, fez uma escultura utilizando fita adesiva de um dos seus personagens preferidos, o Sonic, e mostrou o trabalho no pátio da escola, no meio do recreio, rodeado pelos colegas. A EC 45 também tem acessibilidade física em toda estrutura da escola. O local também atende estudantes com outras necessidades especiais e deficiências, como a síndrome de Down. “A inclusão de todos é importante, em um local que esteja fisicamente acessível ou adequando as atividades pedagógicas do currículo escolar às necessidades de cada estudante”, pontua o diretor da escola, Fernando Tiago. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] Cada estudante importa O ensino humanizado é uma missão realizada a cada dia na EC 45 de Ceilândia. Ianê Rodrigues é professora na unidade e vive essa experiência há 26 anos. “Cada aluno é único, especialmente os autistas”, afirma. “Temos que ter esse olhar individualizado nas turmas inclusivas e ter uma observação direta. Os cursos e capacitações são importantes, mas você tem que observar a criança e seus hábitos para começar a relação e evoluir ao longo do ano com processo de aprendizagem.” Carlos Eduardo Soares, 6 anos, está na turma de alfabetização da professora Ianê. O autismo não impede seu processo de aprendizagem. “Eu me sinto integrado com meus amigos e já sei ler; gosto da Turma da Mônica e da Bíblia”, conta ele. A semente da conscientização e inclusão já mostra frutos. Um dos colegas de turma de Carlos, Heitor, diz se sentir à vontade em interagir com estudantes autistas na mesma sala e afirma que todos se dão bem. “Carlos é meu amigo”, diz. “Eu gosto dele. Nós nos ajudamos aqui na escola.”   *Com informações da Secretaria de Educação

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