Dia Mundial do Lúpus chama a atenção para a conscientização sobre a doença
O Dia Mundial do Lúpus, estabelecido em 10 de maio, visa aumentar a conscientização sobre essa doença autoimune crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O Hospital de Base do DF é uma das unidades da rede pública de saúde que oferecem atendimento especializado a pacientes com lúpus | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília O lúpus provoca inflamação e danos a diversos órgãos, como a pele, as articulações e os rins. Viver com a condição pode ser desafiador, não apenas pelos sintomas debilitantes, mas também pelas dificuldades no diagnóstico e no acesso a tratamentos adequados. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, em 2024, a estimativa era que existiam cerca de 150 mil a 300 mil pessoas com a enfermidade no país. No Distrito Federal, os pacientes com suspeita ou diagnóstico de lúpus têm atendimento prioritário nos serviços de reumatologia no DF, como no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), nos hospitais regionais da Asa Norte (Hran) e de Taguatinga (HRT), no Hospital Universitário de Brasília (HUB), dentre outras unidades de saúde. Para ter acesso aos ambulatórios de reumatologia da Secretaria de Saúde (SES-DF), é necessário ter o encaminhamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. “É muito bom ver o envolvimento do governo na nossa luta", diz o servidor Fabiano da Silva, ao lado da vice-governadora Celina Leão | Foto: Arquivo pessoal A vice-governadora Celina Leão destaca a importância de chamar a atenção para a doença. “É uma data importante em que reforçamos para a população a importância de buscar o atendimento, que é disponibilizado em nossa rede pública de saúde do DF. Os pacientes não estão sozinhos. Estamos cuidando com carinho, atenção e investimentos para garantir que recebam o acolhimento e os atendimento que merecem”, ressalta Celina. O servidor público Fabiano da Silva conhece de perto os desafios enfrentados por quem convive com o lúpus. Ele já passou por momentos críticos, incluindo uma internação em UTI, e ressalta a importância do engajamento do poder público na causa. [LEIA_TAMBEM]“É muito bom ver o envolvimento do governo na nossa luta. O lúpus ainda é uma doença pouco conhecida por grande parte da pessoas, e isso alimenta muito o preconceito. Há quem pense que é contagiosa apenas pelo toque, o que só aumenta ainda mais a discriminação com quem vive essa realidade”, elogiou. Sintomas e tratamento O lúpus é uma doença de múltiplas faces. Os sintomas podem surgir de forma lenta e progressiva, e afeta diferentes regiões do corpo. Alguns sintomas da doença são fadiga intensa, febre persistente, dores articulares e problemas renais. Em alguns casos, os sintomas podem surgir como dor no peito, causada por inflamações que envolvem o coração e os pulmões. Embora o lúpus ainda não tenha cura, a medicina já dispõe de tratamentos capazes de controlar os sintomas, evitar o avanço da doença e proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes. Entre as opções terapêuticas mais utilizadas estão os antimaláricos, anti-inflamatórios, corticoides, imunossupressores e medicamentos biológicos. *Com informações da Vice-Governadoria
Ler mais...
Dia Mundial do Lúpus reforça a importância da conscientização sobre a doença
Pele, rins e cérebro são alguns dos órgãos que podem ser afetados pelo Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus), uma doença inflamatória crônica e autoimune que, se não tratada adequadamente, pode levar a óbito. A doença pode ocorrer em pessoas de qualquer idade e raça, porém é prevalente em mulheres, principalmente, na faixa etária entre 20 e 45 anos. A Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR) estima que existam cerca de 150 a 300 mil pessoas com lúpus no Brasil. “Embora a causa não seja conhecida e a doença seja considerada multifatorial, sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais contribuem para o seu desenvolvimento” Rodrigo Aires, reumatologista Dentre as mais de 80 doenças autoimunes conhecidas atualmente, o lúpus é uma das mais graves e importantes. Para promover maior compreensão sobre ela, 10 de maio foi estabelecido como o Dia Mundial do Lúpus. “Embora a causa não seja conhecida e a doença seja considerada multifatorial, sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais contribuem para o seu desenvolvimento”, explica o reumatologista e Referência Técnica Distrital (RTD) na área, Rodrigo Aires. Sintomas O indivíduo com lúpus pode ter diferentes tipos de sintomas em vários locais do corpo, que podem surgir de forma lenta e progressiva, em meses ou semanas. As manifestações mais comuns são fadiga, lesões de pele, principalmente lesões avermelhadas nas maçãs do rosto e dorso do nariz, febre, dor nas articulações, dor no peito e problemas renais. Arte: Agência Saúde-DF Segundo Aires, o desenvolvimento da doença pode ser imprevisível, variando de pessoa para pessoa. “Alguns pacientes podem experimentar períodos de remissão, nos quais os sintomas estão ausentes ou controlados, enquanto outros podem ter sintomas persistentes ou recorrentes”. A patologia se manifesta em dois tipos principais: o cutâneo, que se manifesta por meio de manchas avermelhadas em regiões expostas ao sol (rosto, colo e braços) e o sistêmico, que afeta um ou mais órgãos internos. O diagnóstico da doença é feito com base em manifestações clínicas e laboratoriais da doença. É necessária uma avaliação especializada com um reumatologista para confirmação e acompanhamento do paciente. Tratamento Atualmente, não há cura para o lúpus, mas existem tratamentos disponíveis que visam controlar os sintomas, prevenir a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Os medicamentos comumente usados incluem antimaláricos, anti-inflamatórios, corticoides, imunossupressores e terapias biológicas. “O manejo do lúpus inclui também o controle de fatores desencadeantes, como exposição ao sol, gerenciamento do estresse e manutenção de um estilo de vida saudável. O acompanhamento médico regular é essencial para ajustar o tratamento conforme necessário e monitorar a progressão da doença”, ressalta o especialista. Para ter acesso aos ambulatórios de reumatologia da Secretaria de Saúde (SES-DF), o cidadão precisa ter o encaminhamento da Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência. Pacientes com suspeita ou diagnóstico de lúpus têm atendimento prioritário nos serviços de reumatologia no DF, como no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), nos Hospitais Regionais da Asa Norte (Hran) e de Taguatinga (HRT), no Hospital Universitário de Brasília (HUB), dentre outras unidades de saúde. Prevenção Não existem métodos conhecidos para prevenir o lúpus. No entanto, os pacientes devem adotar certas medidas para reduzir os gatilhos da doença, como evitar exposição prolongada ao sol e outras fontes de radiação ultravioleta, tratar infecções, evitar o uso de estrógenos e outras drogas. É preciso também considerar evitar a gravidez durante períodos ativos da doença e minimizar o estresse sempre que possível. *Com informações da SES-DF
Ler mais...