Especialista alerta sobre os riscos do consumo no Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo
Em 20 de fevereiro, o Brasil celebra o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, uma data crucial para conscientizar a população sobre os perigos associados ao uso de substâncias psicoativas. A psiquiatra do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) Jéssica Jacomelli enfatiza a necessidade de prevenção e alerta para os riscos do consumo de álcool e drogas. “O consumo de álcool pode ser classificado em três padrões principais: uso recreativo, onde há controle total e não há ameaças; uso nocivo, quando o indivíduo começa a perder o controle e enfrentar problemas relacionados ao álcool, como os famosos ‘apagões’; e a dependência, caracterizada pelo consumo maior do que o desejado, dificuldade em parar, problemas decorrentes do uso e negligência com a saúde, responsabilidades domésticas ou profissionais”, explica a psiquiatra. A psiquiatra do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) Jéssica Jacomelli enfatiza a necessidade de prevenção e alerta para os riscos do consumo de álcool e drogas | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília Ela destaca que o excessivo consumo de álcool pode levar a doenças como câncer, depressão, arritmia e hipertensão. “Se você concordar com alguns desses comportamentos como descontrole, apagões, entre outros sintomas em si ou em alguém próximo, é fundamental procurar ajuda médica”, orienta. Jéssica também ressalta a importância dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no tratamento da dependência química. “Na rede pública de saúde, contamos com os CAPS, que oferecem apoio psicossocial aos dependentes químicos”, afirma. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 12 milhões de pessoas no Brasil são dependentes químicas, representando cerca de 6% da população. O consumo abusivo de álcool, por exemplo, é identificado quando uma pessoa ingere quatro latas de cerveja ou quatro doses de destilado em uma única ocasião, pelo menos uma vez no último mês. “Esse padrão de consumo já representa um risco elevado à saúde e pode evoluir para o alcoolismo ao longo do tempo”, alerta a especialista. No Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, a mensagem central é clara: prevenção e informação são as principais armas contra esse grave problema de saúde pública. Se você ou alguém enfrentar dificuldades com o uso de álcool ou drogas, procure ajuda. O tratamento pode fazer uma diferença. *Com informações do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF)
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DF conta com rede para atendimento de dependentes químicos
Quando um hábito inicialmente divertido se torna um desafio pessoal? E onde procurar ajuda para enfrentar uma mudança necessária a fim de voltar a viver bem? Especialmente nesta segunda-feira (20), Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, as respostas para essas duas perguntas dependem de uma reflexão e ajudam a explicar como funciona a rede de atendimento mental da Secretaria de Saúde (SES). “Cada situação vai se desenhar de uma forma – é o que a gente chama de plano terapêutico singular”, pontua a assistente social Carla Sene, do Caps-AD do Setor Comercial Sul| Foto: Sandro Araújo/SES De acordo com a psicóloga Priscila Estrela, da Diretoria de Serviços de Saúde Mental, o momento de pedir ajuda é quando o hábito começa a afetar o trabalho, a vida social e até os momentos de lazer. “O uso passa a ser disfuncional na vida de uma pessoa”, resume. Na prática, percebe-se que as substâncias psicoativas utilizadas com frequência causam transtornos, como o afastamento de amigos e parentes, problemas laborais e até danos à saúde física. Um exemplo típico é quando a pessoa abandona o hábito de beber eventualmente, como em dias de jogo do time preferido, e passa a só poder assistir a uma partida se estiver embriagada, chegando ao ponto de priorizar o vício. A mesma situação pode ocorrer em aniversários, festas e datas comemorativas: o sinal de alerta é quando nada parece fazer sentido se não estiver acompanhado da substância ligada ao vício – álcool, tabaco, drogas ilícitas. Porta de entrada [Olho texto=”“Quando fazemos o acolhimento desse indivíduo, acolhemos a família”” assinatura=”Ângela Sacramento, gerente de apoio à Saúde da Família” esquerda_direita_centro=”direita”] O primeiro passo é procurar uma das 175 unidades básicas de saúde (UBSs) espalhadas por todo o Distrito Federal. Ali, o paciente passará a ser acompanhado por profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), como médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, entre outros especialistas. “É realizado um acompanhamento interdisciplinar, inclusive para detectar e tratar outras queixas de saúde”, explica a gerente de apoio à Saúde da Família, Ângela Sacramento. A pessoa pode passar por consultas e atividades em grupo, incluindo as práticas integrativas em saúde, como terapia comunitária e yoga. A UBS também fornece medicação e faz o acompanhamento necessário de várias outras doenças que possam ter sido desenvolvidas em decorrência do abuso de álcool, cigarro ou outras drogas. Para ser atendido, basta levar documento de identificação e comprovante de residência à UBS mais próxima. Ângela Sacramento também destaca a lógica de atuação com base no núcleo familiar. “Quando fazemos o acolhimento desse indivíduo, acolhemos a família”, afirma. A equipe da UBS também faz a interface com programas sociais, e se houver a identificação da necessidade de tratamento mais intenso, a pessoa pode ser encaminhada a uma das sete unidades do Centro de Atenção Psicossocial Especializado em Álcool e Drogas (Caps-AD). Atendimento especializado [Olho texto=”Ceilândia, Samambaia e Setor Comercial Sul têm unidades do Caps-AD em funcionamento 24 horas por dia” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”] As unidades do Caps-AD do Guará, Santa Maria, Sobradinho, Itapoã, Ceilândia, Samambaia e do Setor Comercial Sul atendem pessoas a partir dos 16 anos com sofrimento intenso causado pelo uso de álcool e de outras drogas. O tratamento pode ir desde consultas e atividades coletivas a internação por períodos de até 14 dias. “Cada situação vai se desenhar de uma forma – é o que a gente chama de plano terapêutico singular”, detalha a assistente social Carla Sene, gerente do Caps-AD do Setor Comercial Sul, conhecido como Caps Candango. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”] O público de um Caps-AD é variado. Há pacientes encaminhados pelas UBSs, pessoas em situação de rua e aquelas que procuram atendimento diretamente na unidade. Em Ceilândia, Samambaia e no Setor Comercial Sul, o funcionamento é 24 horas, incluindo fins de semana e feriados. Com uma equipe especializada, esses locais fazem uma avaliação de cada paciente, de forma a identificar transtornos que tenham sido provocados ou agravados por abuso de drogas lícitas ou ilegais. No dia a dia de um Caps, os servidores identificam a situação geral da vida de um paciente, como sua rede de apoio e condições psicossociais. O principal alerta é para o fato de os dependentes do álcool adiarem o início do tratamento. “No caso do álcool, que é uma substância socialmente aceita, a pessoa demora para perceber o seu grau de dependência, e isso é muito grave”, alerta Carla Sene. Confira a localização e os serviços oferecidos pelos centros de atenção psicossocial do DF. *Com informações da Secretaria de Saúde
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Socioeducandos participam de semana de prevenção às drogas
[Olho texto=”“Iniciativas dessa natureza são essenciais para uma efetiva política de ressocialização, estimulando a reflexão e o pensamento crítico dos adolescentes” ” assinatura=” – Marcela Passamani, secretária de Justiça e Cidadania” esquerda_direita_centro=”direita”] Em alusão ao Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, celebrado no último domingo (20), a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) promoveu atividades de prevenção e conscientização de socioeducandos da Unidade de Internação de Planaltina, ao longo da última semana. No total, 40 adolescentes participaram da ação, que integrou música e reflexão sobre o tema em uma oficina de duelo de MCs, com a participação do DJ Leandro Hungria. Servidores da Subsecretaria de Enfrentamento às Drogas (Subed) abordaram vários aspectos da prevenção ao uso de substâncias. “Iniciativas dessa natureza são essenciais para uma efetiva política de ressocialização, estimulando a reflexão e o pensamento crítico dos adolescentes”, disse a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani. Ações integram o programa Acolhe DF, lançado no ano passado | Foto: Divulgação/Sejus “Cada vez mais devemos apostar em ações estratégicas, pois a temática é transversal a todas as políticas públicas, logo faz-se necessário trabalhar na perspectiva de integração de rede e com linguagem que aproxima os jovens do debate e reflexão”, resumiu o subsecretário de Enfrentamento às Drogas, Diego Moreno. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Acolhe DF As ações fazem parte do programa Acolhe DF, lançado em 2021 pela Sejus para fortalecer a política de enfrentamento às drogas. Além das atividades de prevenção, o programa oferece acolhimento e tratamento de dependentes químicos, por meio do encaminhamento a comunidades terapêuticas e reinserção social. Em seis meses de atuação, já foram registrados cerca de 10 mil atendimentos. *Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania
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Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo traz um alerta
Este domingo (20), Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, é mais uma data no desafio pessoal de Rafael Souza, 36 anos. Se encerrar o dia em total abstinência, ele alcança seu objetivo de vencer um dia por vez. “O vício não tem cura. Se ficar sem tratamento, tenho a sensação de que estou bem e acabo no meio novamente”, conta. Na psiquiatria do Hospital Regional do Gama, Sandro Machado descobriu que a dependência do álcool era origem de transtornos físicos e mentais | Foto: Agência Saúde-DF Nos últimos anos, não lembra quantos, Rafael participa dos grupos terapêuticos promovidos pelo Centro de Atenção Psicossocial de Santa Maria, especializado no tratamento de casos de dependência de álcool e drogas, e por isso nomeado Caps AD. Ali, ele recebe apoio de profissionais de saúde e troca experiências com outros pacientes, como o Sandro Machado, 40 anos. [Olho texto=” “As famílias muitas vezes não têm o entendimento de que a dependência é uma questão de saúde”, explica a psicóloga Najara Pedrosa, do Caps AD de Santa Maria” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”] Técnico em telecomunicações, Sandro trabalhava normalmente há poucos meses e lembra jamais ter imaginado um dia ser paciente do Caps AD. Porém, um pico de pressão alta o fez procurar a Unidade Básica de Saúde 1, de Santa Maria. Dali, foi encaminhado ao setor de psiquiatria do Hospital Regional do Gama, onde a dependência do álcool foi identificada como a origem dos transtornos físicos e mentais. “Por pressão alta eu não sou impedido de trabalhar, mas pela psiquiatria, sim”, relata. É diferente do caso da Camila* (nome fictício), 39 anos. Abusada sexualmente na infância, há décadas ela luta contra vícios. “Chegou uma hora em que conheci o cigarro, e aí começou tudo”, diz, se referindo ao álcool e posteriormente a drogas ilícitas. Ela chegou a passar 16 anos livre da dependência, mas não aguentou a pressão no ano passado, ao descobrir que seus filhos também haviam passado pelo mesmo drama do abuso. “A gente quer ser forte, mas a parte patológica é muito importante”, afirma. [Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”] Tratamento De acordo com a psicóloga Najara Pedrosa, do Caps AD de Santa Maria, a dependência química é uma questão multifatorial, por isso a Secretaria de Saúde envolve diversas unidades no tratamento. Nos Caps, há grupos terapêuticos até para os familiares dos pacientes. “As famílias muitas vezes não têm o entendimento de que a dependência é uma questão de saúde”, explica. A gerente da unidade, Adriana Câmara, ainda ressalta que nos Caps AD as pessoas que sentirem necessidade de ajuda podem encontrar suporte. “Tratamos a dependência, independentemente de qual seja a substância”, finaliza. A unidade funciona de segunda à sexta, das 7h às 22h, e atende pacientes acima dos 16 anos de idade, além dos seus familiares. *Com informações da Secretaria de Saúde do DF
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