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Dia Nacional de Combate ao Câncer

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Selo reconhece iniciativas de combate ao fumo

No Dia Nacional de Combate ao Câncer, nesta quinta-feira (27), a Secretaria de Saúde (SES-DF) entregou o Selo Equipes Inovadoras no Controle do Tabagismo, criado para reconhecer iniciativas que ajudam pessoas a largar o vício. O evento, realizado na Escola de Governo do Distrito Federal, destacou a relevância do trabalho de equipes multiprofissionais e de abordagens integradas para ampliar a efetividade dos tratamentos. “É muito difícil fazer as pessoas pararem de fumar se não usarmos ferramentas inovadoras. Essas equipes trouxeram muitas coisas novas, criativas, formas de fazer diferente. Isso faz toda a diferença na adesão ao tratamento desses pacientes”, explica a gerente de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde da SES-DF, Melquia da Cunha Lima. Cada proposta foi avaliada em 19 critérios distintos, indo desde a originalidade ao uso de canais de comunicação apropriados. A SES-DF conta hoje com mais de 84 unidades que promovem ações de combate ao tabagismo, incluindo tanto os cigarros tradicionais quanto às novas formas do vício, como os cigarros eletrônicos, os vapes e os pods. Tratamento integrado A Unidade Básica de Saúde (UBS) 3 de São Sebastião foi selecionada como a experiência de maior destaque. O trabalho desenvolvido pela equipe alcançou adesão de quase 100% dos pacientes nas quatro primeiras semanas e 58% conseguiram atingir abstinência total no período. Objetivo da premiação foi reconhecer iniciativas de sucesso no tratamento do tabagismo e promover a replicação em unidades de saúde do DF | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Para isso, a equipe combina conhecimento científico, compreensão da realidade local e criatividade para ajudarem os pacientes a largarem o tabagismo. “Muitas pessoas têm o cigarro como um companheiro, por isso, não é fácil de largar”, explica a farmacêutica Fernanda França, uma das servidoras das UBS 3 de São Sebastião. O grupo de tabagismo se caracteriza por ser aberto à comunidade e misturar tanto pacientes no início de tratamento quanto aqueles que já estão em abstinência. Além de ações de educação em saúde, com explicações claras sobre os malefícios do fumo, há a escuta qualificada e atividades que dão protagonismo ao fumante. Há, por exemplo, o Diário Tabágico, em que a pessoa registra todos os seus cigarros, com detalhes sobre o que estava fazendo, qual era o horário e seus sentimentos. É promovida ainda a “cápsula do tempo”, em que o próprio paciente registra seus pensamentos no início do tratamento e os recupera na fase final. Destaque ainda para a ação em que cada um pode, livremente, registrar o que o cigarro tirou de si. “Houve o caso de uma mulher que fumava escondida dos filhos. E ela notou que o cigarro a afastava deles”, conta a farmacêutica. [LEIA_TAMBEM]A UBS 3 de São Sebastião oferta, ainda, a auriculoterapia, também chamada de terapia auricular, uma especialidade da acupuntura que faz parte do programa de Práticas Integrativas em Saúde (PIS) da SES-DF. A técnica usa pinças, sementes de mostarda, esparadrapo e placas especializadas para agrupar as sementes em pontos da orelha, com foco em proporcionar alívio de patologias físicas e emocionais. Medicamentos para o tratamento de tabagismo ou de outras doenças associadas são utilizados na UBS premiada. Também há o “kit fissura”, um conjunto de itens que podem ser usados para tentar contornar a vontade de voltar ao tabagismo. Experiências de sucesso Durante a entrega do selo, essa abordagem múltipla foi elogiada pela gerente do Componente Básico de Assistência Farmacêutica da SES-DF, Fernanda Duarte. “Não há como cessar o tabagismo sem a parte cognitiva comportamental. O paciente tem que sentir que está participando do processo”, explica. Já a coordenadora do Comitê de Enfrentamento ao Tabagismo da SES-DF, Carolina Gerald, destacou a importância do compartilhamento de experiências. “É positivo ter essa iniciativa de premiação para haver reconhecimento dos trabalhos e para que as experiências sejam replicadas”, acrescentou. Além da UBS 3 de São Sebastião, também foram reconhecidas as iniciativas da UBS 1 do Riacho Fundo, UBS 2 de Sobradinho, UBS 1 do Lago Norte, UBS 12 de Samambaia, UBS 2 de Taguatinga, UBS 2 do Guará, UBS 7 de Santa Maria e UBS 2 de Brazlândia. Foram apresentadas múltiplas estratégias, como a “farofa da fissura”, “meditação com uva passa”, dinâmica da ambivalência, troca de bebidas de associação positiva e a biodança, dentre outras. Houve ainda a premiação do programa Livres da Fumaça, desenvolvido pela Secretaria de Educação do DF em escolas, com envolvimento de alunos, famílias e servidores. *Com informações da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

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Dia Nacional de Combate ao Câncer reforça importância da prevenção e do diagnóstico precoce

O câncer ainda é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Falar sobre a doença e agir cedo para tratá-la salva vidas. Nesta quinta-feira (27), Dia Nacional de Combate ao Câncer, é importante reforçar a importância de informar, conscientizar e incentivar o cuidado contínuo. Alinhado a esse propósito, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), em parceria com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), amplia o acesso ao atendimento especializado, fortalecendo a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento de diferentes tipos de câncer na rede pública. Josilene Batista, 48 anos, mais conhecida como Jojo, identificou um nódulo durante o autoexame em 2019 e não imaginava que se tratava de um câncer de mama. “Eu estava em casa deitada, e fui me tocando, me apalpando no peito. Aí eu senti um caroço que já estava quente e doendo”, relembra. Buscando atendimento em uma unidade básica de saúde (UBS) próxima de casa, entrou na fila para consulta ginecológica. Foi quando conheceu o trabalho da Rede Feminina de Combate ao Câncer e a Verinha, que à época era coordenadora da instituição. Verinha auxiliou Jojo no acesso ao exame para a detecção da doença. Graças à intervenção rápida, Jojo passou por cirurgia no mesmo ano. O câncer ainda estava em estágio inicial, permitindo tratamento completo, incluindo quimioterapia, com chances altas de cura. Desde então, a paciente segue recuperada e tornou-se voluntária da rede, sediada no Hospital de Base do DF (HBDF). “Eu nunca mais larguei. Aqui é a minha vida, eu respiro isso aqui”, conta, com orgulho. A prevenção continua sendo a maior arma contra o câncer | Fotos: Divulgação/IgesDF Casos como o de Jojo demonstram como o diagnóstico precoce pode elevar as chances de cura em até 90%, conforme dados do Ministério da Saúde. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar cerca de 704 mil novos casos de câncer em 2025. Entre os tipos mais incidentes estão os tumores de mama (73 mil casos por ano), próstata (71 mil), cólon e reto (45 mil), pulmão (32 mil), estômago (21 mil) e colo do útero (17 mil). Somados aos tumores de pele não melanoma, cuja estimativa é de 483 mil diagnósticos anuais, o cenário reforça a importância de medidas contínuas de prevenção, diagnóstico precoce e acesso ao tratamento adequado. No Distrito Federal, os tipos mais frequentes de câncer acompanham a tendência nacional, com destaque para mama, próstata e colorretal, situações que comprovam a importância de manter os exames em dia e adotar hábitos de vida saudáveis. Câncer x estilo de vida Ainda de acordo com o INCA, entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a fatores externos, como tabagismo, consumo de álcool, má alimentação, obesidade, exposição solar e sedentarismo. “Grande parte dos tumores poderia ser evitada com a redução de comportamentos de risco e o estímulo a práticas saudáveis. O cuidado começa na rotina: parar de fumar, reduzir o álcool, praticar atividades físicas e manter alimentação equilibrada são atitudes que salvam vidas”, explica Fabiana Comar, médica oncologista que atua no Hospital de Base. A oncologista destaca ainda que o avanço das políticas públicas tem ampliado o acesso da população a exames fundamentais. “A nova Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer reforça a importância da detecção precoce e trouxe mudanças significativas, como a ampliação da oferta de mamografia pelo SUS para mulheres a partir dos 40 anos, devido ao alto acometimento desse tipo de tumor no país”, pontua. Casos como o de Jojo demonstram como o diagnóstico precoce pode elevar as chances de cura em até 90%, conforme dados do Ministério da Saúde | Fotos: Divulgação/IgesDF Fabiana destaca também outra evolução importante como a substituição gradual do exame de Papanicolau pelo teste molecular de DNA-HPV em todo o território nacional. “O teste é mais sensível e permite identificar precocemente lesões que podem evoluir para o câncer do colo do útero, doença que ainda apresenta índices elevados no Brasil”, complementa. Outros fatores, como predisposição genética e idade, também influenciam, mas podem ser controlados com acompanhamento médico regular e exames de rastreamento.[LEIA_TAMBEM] Fatores de risco e formas de prevenção Segundo a médica oncologista, a prevenção continua sendo a maior arma contra o câncer. Confira as principais recomendações do INCA e do Ministério da Saúde: Não fumar e evitar locais com fumaça de cigarro; Manter o peso corporal adequado; Praticar atividades físicas regularmente; Evitar o consumo excessivo de álcool; Manter alimentação saudável, rica em frutas, verduras e legumes; Usar protetor solar e evitar o sol entre 10h e 16h; Vacinar-se contra HPV e hepatite B, doenças que podem causar câncer; Realizar exames preventivos: Papanicolau (ou teste de DNA-HPV, onde já está disponível), mamografia, colonoscopia e PSA, conforme orientação médica.   *Com informações do IgesDF

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